sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

proverbios


Prefacio.

As palavras voam, os escritos ficam

Proverbios e ditos populares

A abelha-mestra nao tem sesta, e se a tem, pouca e depressa.
A afeicao cega a razao.
A agua corre sempre para o mar.
A agua lava tudo menos as mas linguas.
A agua que no verao ha-de regar, em abril ha-de ficar.
A albarda nunca pesou ao burro.
A ambicao cerra o coracao.
A ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A amizade nao tem preco.
A amizade vive de provas.
A apressada pergunta, vagarosa resposta.
A avareza e a origem de todo o mal.
A azeitona e a fortuna, as vezes muita, as vezes nenhuma.
A balanca quando trabalha, nao conhece ouro nem chumbo.
A barriga manda a perna.
A bebida quer-se comida e a comida bebida.
A beleza depressa se acaba.
A beleza esta nos olhos de quem a ve.
A boa filha duas vezes vem para casa.
A boa vida e a mae de todos os vicios.
A boca da barra perde-se o navio.
A boca do ambicioso so se enche com a terra da sepultura.
A boda e ao baptizado, nao vas sem ser convidado.
A bondade e perdao so fazem ingratidao.
A boniteza nao se poe a mesa.
A brincar a brincar, com as verdades me enganas.
A brincar a brincar, o macaquinho casua com a mae.
A brincar se dizem muitas verdades.
A burro velho, capim novo.
A cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A cada bacorinho vem seu s.martinho.
A cada dia, da deus a dor e alegria.
A carapuca e para quem a enfia.
A caridade, bem entendida, comeca por nos.
A caridade comeca em casa.
A casa de teu irmao, nao vas sem ter razao.
A casa do mentiroso esta em cinzas, e ninguem acredita.
A casa do rico iras se fores chamado a do pobre sem seres chamado.
A casa do teu amigo nao vas sem ser convidado.
A cascais, uma vez e nunca mais.
A cavalo dado nao se olha ao dente.
A cisma e pior que uma doenca.
A comida depois de passada a goela, o estomago que se entenda com ela.
A comprar, so o que se pode pagar.
A confraria e rica, os padres e que sao pobres.
A corda quebra sempre pelo lado mais fraco.
A culpa e sempre dos ausentes.
A curiosidade matou um frade.
A desgraca ninguem foge.
A destreza pode muito, mas mais a perseveranca.
A doenca vem a cavalo e vai a pe.
A duvida e a sala de espera do conhecimento.
A economia e a base da riqueza.
A erva ruim nao queima a geada.
A esperanca e a ultima a morrer.
A excepcao faz a regra.
A fadiga e a melhor almofada.
A falar e que a gente se entende.
A falar no diabo e ele a aparecer.
A falta de pao, ate migalhas vao.
A falta do amigo ha-de-se conhecer, mas nao aborrecer.
A familiaridade provoca desrespeito.
A felicidade e proporcional ao grau de esforco.
A felicidade esta onde cada um a poe.
A ferro quente, malhar de repente.
A fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro nao for secalhao e o rapaz nao for ladrao.
A fome e ma cozinheira.
A fome e o melhor tempero.
A fome espreita a porta de quem trabalha, mas nao entra em casa.
A fome faz sair o lobo do mato.
A forca esta na constancia.
A galinha da minha vizinha e melhor que a minha.
A galinha, onde tem os ovos, tem os olhos.
A ganhar se perde e a perder se ganha.
A gente julga mal ou bem, conforme o interesse que tem.
A gente pensa que se benze e parte o nariz.
A gente so aprende quando e tarde demais.
A gratidao e a memoria do coracao.
A hora de comer e a mais curta.
A ignorancia do bem e a causa do mal.
A ignorancia e ma conselheira.
 A ignorancia e o vento sao do maior atrevimento.
A imagem do que amamos e como a nossa sombra, segue-nos por toda a parte.
A irritacao nao tem olhos.
A justica comeca em casa.
A juventude e imprudente, salta por cima do riacho e a ponte ali ao lado.
A lei e dura, mas e a lei.
A lingua nao mente o que o coracao sente.
A ma companhia torna o bom, mau e o mau, pior.
A magreza e sinal da probreza.
A maior ventura e a que menos dura.
A mal desesperado, remedio heroico.
A maria vai com as outras.
A melhor palavra e a que fica por dizer.
A mentira  so dura enquanto a verdade nao chega.
A minha pobre casinha, e pobre mas e minha.
A montanha pariu um rato.
A mordedura do cao cura-se com a baba do mesmo.
A mulher casada, o marido lhe basta.
A mulher e a cereja para seu mal se enfeitam.
à mlher e sardinha, nem da maior nem da mais pequenina.
A mulher e a sardinha querem-se da mais maneirinha.
A mulher e como a laranja, so depois de descascada e que se sabe se e doce.
A mlher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
A mulher e o melao, o calado e o melhor.
A mulher e o peixe no mar, sao dificeis de apanhar.
A mulher e o vidro estao sempre em perigo.
A mulher ri quando pode e chora quando quer.
A necessidade aguca o engenho.
A necessidade faz os homems espertos.
A necessidade nao tem barreiras.
A nenhum coxo esquecem as muletas.
A noite e boa conselheira.
A ocasiao faz o ladrao.
A ociosidade e responsavel por muitos vicios.
A paciencia e amarga, mas os seus frutos deliciosos.
A pai avarento, filho prodigo.
A pai ganhador, filho gastador.
A paixao torna o homem cego, surdo e ... e burro!
A palavra e de prata e o silencio de ouro.
A palavras loucas, orelhas moucas.
A pedra e a palavra, depois de lancadas nao voltam atras.
A pensar morreu um burro.
A pergunta disparatada, nao se da resposta.
A pergunta insolente, resposta valente.
A perseveranca tudo alcanca.
A pia e a mesma, os porcos e que mudam.
A pior tinta e sempre melhor que a melhor memoria.
A politica e para os politicos.
A porta da rua e serventia da casa.
A porta mais seguramente trancada e a que pode ser deixada aberta.
A pratica faz o mestre.
A precaucao vale mais que a cura.
A preguica morreu de sede a beira da agua.
A preguica torna tudo dificil; o trabalho tudo facilita.
A primeira cavadela, minhoca.
A qualidade pesa mais que a quantidade.
A quem disseste o teu segredo, fizeste senhor de ti.
A quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
A quem doi o dente e que vai ao dentista.
A quem e famoso, nao faltam parentes.
A quem erra perdoa uma vez e nao tres.
A quem muito quer saber, nada se lhe diga.
A que se fez mel, moscas o comem.
A quem servir a carapuca que a ponha.
A quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
A racao nao e para quem se talha, e para quem a come.
A raiva apressa as maos de um faxineiro.
A rapidez consegue-se com calma.
A raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A razao e a verdade fogem quando ouvem dispustas.
A razao, qaunta mais melhor.
A rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A saudade e a companheira dos que nao tem companhia.
A saude e um bem precioso.
A semente da mao pegara ou nao, mas a da boca pega toda.
A serenidade vence o furor.
A sombra da arvore nao deites o filho, encontra-lo-as ao sol.
A sombra passa, a luz fica.
A sorte ajuda as vezes, o trabalho sempre.
A sorte bate uma vez a porta de cada um.
A sorte e para quem a tem.
A terra o criou, a terra o ha-de comer.
A terra onde fores ter, faz o que vires fazer.
A tres de abril, o cuco ha-de vir.
A tua fama longe soa, e mais depressa e a ma que a boa.
A ultima gota e a que faz transbordar o copo.
A uniao faz a forca.
A vantagem e sempre de quem sorri.
A velhice faz o homem prudente.
A verdade contenta-se com poucas palavras.
A verdade e como o azeite, vem sempre ao de cima.
A verdade e para ser dita.
A verdade nao tem pes, ... e anda.
A verdadeira amizade dura uma eternidade.
A vida e bela, o que e preciso e saber vive-la.
A vida e bela, os homems e que dao cabo dela.
A vida e como uma vela acesa ao vento.
A vida e um pau ensebado, com uma nota falsa presa na ponta.
A vida nao e so prazer.
A vida quanto mais se estica, mais curta fica.
A vida e o tambor querem-se na mao do tocador.
A vontade vale tanto ou mais que a accao.
Abre o poco antes que tenhas sede.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril frio; pao e vinho.
Aceita, sem receio, azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio.
Achar e guardar e furtar.
Acolhe-se uma pessoa pelo traje que veste, mas despe-se pela cultura que mostra.
Adeus mundo cruel!
Adiante, que atras vem gente.
Adivinhar e proibido.
Aduba as terras e veras como medras.
Afoga-se mais gente em vinho do que em agua.
Agarra o tempo pelos cabelos.
Agora e que a porca torce o rabo.
Agosto amadurece, setembro vindimece.
Agosto debulhar, setembro vindimar.
Agua corrente nao mata gente.
Agua da, agua leva.
Agua de fevereiro mata o onzeneiro.
Aguas e conselhos so se dao a quem os pedir.
Agua fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Agua fria lava e cria.
Agua mole em pedra dura, tanto bate ate que fura.
Aguas passadas nao movem moinhos.
Aguas verdadeiras, por s. Mateus as primeiras(21/09)
Ai miguel, miguel, que nao tens abelhas e vendes mel.
Ai por sant’ana, limpa a pragana.
Ai vem o meu irmao marco, que fara o que eu nao faco.
Ainda a procissao vai no adro e o andor ja via desequilibrado.
Ainda esta para nascer o que agrada a todos.
Ajuda-me e eu te ajudarei.
Albarda-se o burro a vontade do dono.
Alcanca quem nao cansa.
Alho e limao, sao meio cirurgiao.
Alto e para o baile!
Alto! ... a burra deu um salto.
Alto mar e sem vento, nao promete seguro o tempo.
Amanha tambem e dia.
Amar e dar alguem o poder de nos causar sofrimento.
Amigo de bom tempo, muda-se com o vento.
Amigo de mesa nao e de firmeza.
Amigo de um, inimigo de nenhum.
Amigo do meu amigo, amigo e.
Amigo fiel e prudente vale mais doq ue parente.
Amigo na necessidade, e amigo de verdade.
Amigo nao empata amigo.
Amigo que nao presta e faca que nao corta, que se percam, pouco importa.
Amigo reconciliado, inimigo dobrado.
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Amigos, amigos, negocios a parte.
Amigos de longe, contas de perto.
Amigos e livros, querem-se poucos mas bons.
Amigos no emprestar, inimigos no entregar.
Amigos que desaparecem, esquecem.
Amo impertinente faz o criado desobediente.
Amor a quanto obrigas.
Amor ausente, amor para sempre.
Amor com amor se paga.
Amor da praia, fica enterrado na areia.
Amor de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Amor velho, ciumes de novo.
Amor e fe, nas obras se ve.
Amor e morte, nada e mais forte.
Amor que nasce de subito, mais tempo leva a curar.
Amor sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Amor sem vintem, nao governa ninguem.
Amor verdadeiro nao envelhece.
Amores arrufados, amores dobrados.
Anda direito se queres respeito.
Anda em capa de letrado, muito asno disfarcado.
Anda meio mundo a enganar outro meio.
Anda-se toda a vida a aprender e morre-se sem saber.
Andar de anas para caifas.
Andar marinheiro andar, nao te apanhe s. Simao no mar.
Ande o frio por onde andar, no natal ca vem parar.
Ano de ameixa, ano de muita queixa.
Ano de nevao, ano de muito pao.
Ano-novo, vida nova.
Ano seco, ano bom.
Antao era pastor, olhava cabras e tocava tambor.
Antes a crianca chore que a mae suspire.
Antes a pobreza honrada que a riqueza roubada.
Antes burro vivo, que sabio morto.
Antes dar ao gato doq ue leve o rato.
Antes das sopas, molham-se as bocas.
Antes de entrares, pensa na saida.
Antes de escarneceres do coxo, ve se andas direito.
Antes de falares uma vez, pensa duas.
Antes de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar tres.
Antes de mal com os homems por amor a el-rei,q ue de mal com el-rei por amor aos homems.
Antes desejado que aborrecido.
Antes homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Antes invejado, que coitado.
Antes marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Antes minha face com fome amarela, que vergonha nela.
Antes morrer arruinado, que viver esfaimado.
Antes morrer da doenca que da cura.
Antes para nos um baguinho que dois figos para o vizinho.
Antes que cases olha o que fazes.
Antes que conhecas, nao louves nem ofendas.
Antes que fales ve o que dizes.
Antes quebrar que torcer.
Antes sem ceia do que sem candeia.
Antes ser martelo que bigorna.
Antes trabalhar que chorar.
Ao afortunado, ate os galos poem ovos.
Ao amigo, ama-o com o seu vicio.
Ao amigo nao encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Ao amigo que nao e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao amigo que pede, nao se diz amanha.
Ao ano andar, aos dois falar.
Ao avarento, tanto lhe falta o que tem como o que nao tem.
Ao fim de um ano tem o criado as manhas do amo.
Ao ignorante sempre aborrece o sabedor.
Ao luar de janeiro se conta o dinheiro.
Ao menino e ao borracho por deus a mao por baixo.
Ao mesmo tempo soprar e sorver, nao pode ser.
Ao pobre ate os caes ladram.
Ao pobre falta muito e ao avarento tudo.
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamparam.
Ao rico nao devas e ao pobre nao prometas.
Ao ruim, nao ha mal que lhe pegue.
Ao vilao, dao-lhe o pe e toma a mao.
Aonde te querem muito, nao vas amiude.
Aos mortos e aos ausentes, nao os insultes nem os atormentes.
Apaixonado nao admite conselhos.
Apanha com o cajado, quem se mete onde nao e chamado.
Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo.
Aparelha-se o cavalo a vontade do dono.
Aprende e saberas.
Aprende e seras mestre.
Aprender ate morrer.
Aprender e como remar contra corrente; e so parar e anda-se para tras.
Aproveita o que o velho diz, que actua como juiz.
Aproveite fevereiro, quem folgar em janeiro.
Aquele que conta dez amigos, nao tem um.
Aquele que sobre salada nao bebe, nao sabe o que perde.
Aqui ha gato!...
Aquilo que deus uniu, jamais o homem podera separar.
Ar e vento, e meio sustento.
Arranjar sarna para se cocar.
Arre ca, orelhudo, diz o asno ao burro.
Arrenda a vinha e o pomar, se os queres desgracar.
Arrobas nao sao quintais, nem as coisas sao iguais.
Arrufos de namorados, amores dobrados.
Arte de agradar, arte de enganar.
As aparencias iludem.
As boas accoes recomendam o homem.
As boas contas fazem os bons amigos.
As boas maneiras sao a melhor carta de recomendacao.
As coisas bem feitas bem parecem.
As conversas sao como as cerejas, umas puxam as outras.
As dez, mete na cama os pes.
As grandes dores sao mudas.
As palavras boas sao, se assim for o coracao.
As palavras mostram o que cada um realmente e.
As palavras nao proferidas sao as flores do silencio.
As palavras voam, os escritos ficam.
As paredes tem ouvidos.
As pulgas vem com as favas e vao com as uvas.
As tres e de vez.
Assim como vires o tempo de santa luzia ao natal, assim estara o ano mes e mes ate final.
Assim como vive o rei, vivem os vassalos.
Ate ao lavar dos cestos e vindima.
Ate ao s. Pedro o vinho tem medo.
Ate aos quanrenta bem eu passo; depois, ... ai a minha perna, ... ai o meu braco,...
Ate o diabo se ri!
Atras de mim vira quem de mim bom fara.
Atras de um grande homem ha sempre uma grande mulher.
Atras do consentimento anda perto o arrependimento.
Atras do isco vem o anzol.
Atras do tempo, tempo vem.
Ave so nao faz ninho.
Aveia de fevereiro enche o celeiro.
Aves da mesma pena andam juntas.
Azar ao jogo, sorte no amor.
Azul e verde, escarro na parede.
Barbeiro nao paga a barbeiro.
Barco parado nao faz viagem.
Barriga cheia, companhia desfeita.
Barriga cheia e pe dormente, nao dura sempre.
Barriga vazia nao tem alegria.
Barrigudo nao danca, so sacode a panca.
Basta arranhares um homem para encontrares um animal.
Basta uma ovelha ranhosa para perder o rebanho.
Batendo ferro e fogo o ferreiro consegue tempera e dinheiro.
Beber vinho nao e beber siso.
Bebidas fortes, homems fracos.
Beleza sem virtude e como uma rosa sem cheiro.
Bem ama quem nao esquece.
Bem canta a marta depois de farta.
Bem comecado e meio feito.
Bem dissimular, para bem governar.
Bem dizer e bem ouvir e arte de conversar.
Bem esta o que bem acaba.
Bem fazer nunca se perde.
Bem mal ceia quem come de mao alheia.
Bem prega maria, em casa vazia.
Bem prega o frei tomas; facam como ele diz e nao o que ele faz.
Bem querer e bem fazer, muito importa para bem viver.
Bem sabe a burra, diante de quem zurra.
Bem sabe mandar, quem sabe obedecer.
Bem se lambe o gato, depois de farto.
Beneficio oferecido vale mais que pedido.
Bens mal adquiridos,... vao como vieram.
Besterio mau, aos seus atira.
Boa amizade e um segundo parantesco.
Boa arvore nao da ruim fruto.
Boa fama granjeia quem nao diz mal da vida alheia.
Boa leitura, tristeza cura.
Boa palavra custa pouco e vale muito.
Boa romaria faz, quem em sua casa esta em paz.
Boa vida, pai e mae olvida.
Boas contas fazem boas amizades.
Boca de rico, bolsa de pobre.
Boca que diz sim, tambem diz nao.
Bocejo longo ou e fome, ou sono, ou ruindade do dono.
Boda molhada, boda abencoada.
Bolo torto nao perde o gosto.
Bolsa cheia, coracao alegre.
Bom comer, tres vezes beber.
Bom conselho desprezdo, ha-de ser muito lembrado.
Bom e ter amigos, nem que seja no inferno.
Bom exemplo, meio sermao.
Bom nome e melhor que riqueza.
Bom rei, se quereis que vos sirva, dai-me de comer.
Bom saber e calar, ate ser tempo de falar.
Bom vinho escusa pregao; bom peso faz vender o pao.
Bom vinho, ma cabeca.
Bonito e, o que bonito parece.
Bons amigos, bons conselhos.
Bons dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Bons livros, bons amigos.
Borreguinha mansa, mama a sua teta... e alheia.
Branco e, galinha o poe.
Branco em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Brigas de namorados, amores dobrados.
Burra velha nao toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro com fome, cardos come.
Burro morto, cevada ao rabo.
Burro velho nao aprende linguas.
Burro velho nao tem andadura, e se a toma, pouco dura.
Buscar lenha para se queimas.
Ca se fazem, ca se pagam.
Cabra manca nao tem sesta.
Cada cabeca, sua sentenca.
Cada coisa tem o seu tempo.
Cada macaco no seu galho.
Cada ovelha com sua parelha.
Cada panela tem o seu testo.
Cada passarinho gosta do seu ninho.
Cada qual com seu igual.
Cada qual no seu oficio.
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato.
Cada qual sente o seu mal.
Cada santo tem o seu nicho.
Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso.
Cada tolo tem a sua mania.
Cada um acha prazer onde o encontra.
Cada um colhe aquilo que semeia.
Cada um come do que gosta.
Cada um come o que e seu.
Cada um constroi a sua felicidade.
Cada um deve varrer diante da sua porta.
Cada um e como e.
Cada um e para o que nasce.
Cada um fala como e.
Cada um leva a agua ao seu moinho.
Cada um na sua casa e deus na de todos.
Cad aum por si e deus por todos.
Cada um procura o que lhe convem.
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha.
Cada um sabe as linhas com que se cose.
Cada um so goza a paz que o vizinho quer.
Cada um tem aquilo que tem.
Cada um tem o seu fraco.
Cada um tem o seu gosto.
Cada um tem o seu s. Joao.
Cada um ve mal ou bem, conforme os olhos que tem.
Caes e lobos comem todos.
Caindo o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
Calar a verdade e enterra ouro.
Caldo sem pao, no inferno dao.
Cale o que deu e fale o que recebeu.
Calma que deus e grande e o mundo e pequeno.
Candeia que vai a frente, alumia duas vezes.
Canta que logo choras.
Cao na igreja, toda a gente o apedreja.
Cao que ladra nao morde (enquanto ladra).
Capa e merenda nunca pesaram.
Capoeira onde ha galo, nao canta galinha.
Ca pricho teimoso nao cede a razao.
Caranguejo que dorme, mare que o leva.
Carne que baste, vinho que farte e pao que sobre.
Carro alugado, nao anda sem ser untado.
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Casa de pais, escolha de filhos.
Casa o teu filho quando ele quiser e a tua filha quando puderes.
Casa onde caibas, vinho quanto bebas, terra quanta vejas.
Casa onde comem dois, comem tres.
Casa onde nao ha pao, nao e bem governada.
Casa varrida e mulher penteada, parece bem e nao custa nada.
Casamento, apartamento.
Casamento e mortalha, no ceu se talha.
Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguem.
Cava fundo em novembro para plantaress em janeiro.
Cavalo que voa nao quer espora.
Cedo ou tarde, tudo quanto se faz se sabe.
Cego e o que nao quer ver.
Cem amigos e pouco, um inimigo e muito.
Cerra a porta e faras a tua vizinha boa.
Cessa a prudencia quando falta a paciencia.
Cesteiro que faz um cesto faz um cento, dando-lhe verga e tempo.
Chao pisado nao da erva.
Chapa ganha, chapa batida.
Chega-se o ouro para o tesouro.
Chegou, viu e venceu.
Choupana onde se ri, vale mais que palacio onde se chora.
Chovam trinta maios e nao chova em junho.
Chuva civil nao molha militares.
Chuva de ascensao nao da palhas nem pao.
Chuva em janeiro e nao frio, vai dar riqueza ao estio.
Chuva fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Chva que nao acaba ao meio-dia, e chuva para todo o dia.
Coelho casa com coelha e nao com ovelha.
Coisa adiada nao esta acabada.
Coisa julgada e tida por verdadeira.
Coisa ruim nao tem perigo.
Com direito por teu lado, nunca receies dar brado.
Com fafe ninguem fanfe.
Com jeito e com arte iras a toda a parte.
Com melao vinho bom, e com melancia agua fria.
Com melao vinho de tostao.
Com o fogo nao se brinca.
Com o mal que faz o lobo, folga o corvo.
Com pao e vinho ja se anda caminho.
Com papas e bolos se enganam os tolos.
Com peras vinho bebas, mas nao tanto que nade uma em cada canto.
Com teu amo nao jogues as peras, ele come as maduras e deixa-te as verdes.
Comamos e bebamos e nunca mais ralhamos.
Come como sao, bebe como doente.
Come  para viver, nao vivas para comer.
Comer e beber, so o que apetecer.
Comer gato por lebre.
Comer o pao que o diabo amassou.
Comer que nem um abade.
Comer sem pao, e comer de lambao.
Comida fina em corpos grossos faz mal aos ossos.comparacao nao e razao.
Conseguir vender areia na praia.
Conselho de raposas, morte de galinhas.
Conselho de vinho, falso caminho.
Contas adiadas saiem furadas.
Contra factos nao ha argumentos.
Contrato de casamento leva consigo o testamento.
Cresce e aparece.
Cria corvos e eles te comerao os olhos.
Criado que faz o seu dever, orelhas moucas deve ter.
Criados e bois um ano ou dois.
Crianca mimada, crianca estragada.
Cuida bem no que fazes e nao te fies em rapazes.
Cuida o ladrao, que todos o sao.
Da abundancia vem o tedio.
Da discussao nasce a luz.
Da duas vezes, aquele que da depressa.
Da galiza, nem bom vento nem bom casamento.
Da garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha.
Da o pai ao filho que nada merece; nunca o filho da ao pai sem interesse.
Da proibicao nasce a tentacao.
Dado e dado, vendido e vendido, esquecido nem e pago nem agradecido.
Dai a cesar o que e de cesar e a deus o que e de deus.
Daqui ate la, so deus sabe o que sera.
Daquilo que bem lhe sabe, nao reparte o frade.
Dar antes de morrer, e dispor-se a sofrer.
Dar e honra, pedir e desonra.
Dar esmola nao empobrece.
Dar o dito por nao dito.
Dar tempo ao tempo.
Dar uma bofetada de luva branca.
Dar uma no cravo e outra na ferradura.
Dar grandes ceias estao as sepulturas cheias.
De algodao velho nao se faz bom pano.
De alto cai quem alto sobe.
De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
De boa arvore bons frutos.
De boas intencoes esta o inferno cheio.
De burros nao se espera senao coices.
De calar ninguem se arrependa, quando na discussao ninguem se entenda.
De contente se ri o dente.
De esperanca vive o homem ate a morte.
De falso bem, o verdadeiro mal vem.
De fio o pavio.
De focinho de cao nao se tira manteiga.
De graca trabalha o relogio, mas quer corda todos os dias.
De homem para homem nao vai forca de boi.
De livro fechado nao sai letrado.
De longe se faz perto.
De mal agradecidos esta o inferno cheio.
De manha comeca o dia.
De medico e louco todos temos um pouco.
De medico, padre e advogado todos temos um bocado.
De nada duvida quem de nada sabe.
De noite, a candeia, parece bonita, a feia.
De noite todos os gatos sao pardos.
De onde menos se espera e que vem a ingratidao.
De pequenino e que se torce o pepino.
De pequeno veras, que filho teras.
De pessoa calada afasta a tua morada.
De quem menos se espera, muitas vezes vem o bem.
De quem nao e prudente, afaste-se a gente.
De raminho em raminho, o passarinho faz o seu ninho.
De santa catarina oa natal, bom chover e melhor nevar(25/11).
De santa catarina ao natal, mes igual.
De todos desconfia o coracao culpado.
De um “sim” de um “nao” nasce uma questao.
De velho se torna a menino.
Defeitos do meu amigo, lamento mas nao maldigo.
Deitar cedo e cedo erguer da saude e faz crescer.
Depois da casa roubada, trancas as portas.
Depois da filha casada, nao lhe faltam pretendentes.
Depois da tempestade vem a bonanca.
Depois das sopas molham-se as bocas.
Depois de almocar, deitar; depois de cear, andar, andar...
Depois de comer e beber, cada qual da o seu parecer.
Depois de um bom poupador, um bom gastador.
Depois diz que tens azar!...
Depois do mal acontecido, todos o tinham adivinhado.
Depois do mal feito, todos sabem como se teria evitado.
Depois dos santos(01/11), neve nos campos.
Depois que o menino naceu, tudo cresceu.
Depressa e bem, ha pouco quem.
Depressa e bem nao faz ninguem.
Desconfia daquele a quem fizeste o bem.
Deseja o melhor e espera o pior.
Desejo proibido e o mais apetecido.
Desmanchar e fazer, tudo e aprender.
Desta vida nada se leva.
Deus ajuda a quem se ajuda.
Deus ajuda quem trabalha, que e o capital que menos falha.
Deus castiga sem paus nem pedras.
Deus da as nozes, mas nao as parte.
Deus da frio conforme a roupa.
Deus da nozes a quem nao tem dentes.
Deus escreve direito por linhas tortas.
Deus me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Deus nao e de vinganca, mas castiga pela mansa.
Deus nos livre dos maus vizinhos ao pe da porta.
Deus os fez, deus os juntou.
Deus tarda mas nao falta.
Devagar, que o santo e de barro.
Devagar que tenho pressa.
Devagar se vai longe.
Dezembro com junho ao desafio, traz janeiro frio.
Dezembro molhado, janeiro geado.
Dia de s. Barnabe seca-lhe a palha pelo pe.
Dia de s. Bras a cegonha veras e se nao a vires, o inverno vem atras(3/11).
Dia de s. Lourenco vai a vinha e enche o lenco(10/08).
Dia de s. Martinho lume, castanhas e vinho(11/11).
Dinheiro emprestado sai rindo e volta chorando.
Dinheiro faz dinheiro.
Dinheiro mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Dinheiro nao conhece dono.
Dinheiro nao fala.
Dinheiro nao tem cheiro.
Dispensaste auxilio alheio, carregas o saco cheio.      
Ditados velhos sao evangelhos.
Dividir o mal pelas aldeias.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem es.
Diz o roto para o nu: -porque nao te veste tu?
Dizer e facil, o dificil e fazer.
Dizer e fazer nao comem a mesma mesa.
Do amigo nao esperes, aquilo que tu puderes.
Do dito ao feito vai um grande eito.
Do dizer ao fazer, ha muita coisa a ver.
Do dizer ao fazer, vai uma grande distancia.
Do erro alheio, tira o prudente conselho.
Do instrumento vem o sustento.
Do mal o menos.
Do natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Do poupar vem o ter.
Do prato a boca, arrefece a sopa.
Do trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Do vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder.
Dobrado tem o perigo, quem foge do inimigo.
Dois pobres a mesma porta, um deles fica sem esmola.
Dor compartilhada e dor aliviada.
Dormem os gatos, descansam os ratos.
Dos enganos vivem os escrivaes.
Dos fracos nao reza a historia.
Dos males o menos.
Dos santos ao advento, nem muita chuva nem muito vento.
Dos santos ao natal, inverno natural(01/11).
Dos santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
Dos santos ao natal, vai um salto de pardal.
Duas pedras duras nao fazem farinha.
Duas terras mantam um homem, quatro matam de fome.
Duro de cozer, duro de roer.
E areia de mais para a minha camioneta!
E bem casada a que nao tem sogra nem cunhada.
E cao que nao conhece dono.
E como cair em saco roto.
E como chover no molhado.
E como o ferreiro c/ maldicao, quando tem ferro nao tem carvao.
E como o vinho do porto, quanto mais velho melhor.
E dito e feito!
E dos carecas que elas gostam mais.
E espirito santo de orelha!
E fatal como o destino.
E fino como um rato!
E leve o fardo nos ombros dos outros.
E ma como as cobras!
A mais facil dizer que fazer.
E mais facil prometer que dar.
E malhar em ferro frio.
E na ausencia que se conhece a falta.
E na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
E para o que der e vier.
E prudente desconfiar de quem e desconfiado.
E rainha a galinha que poe os ovos na vindima.
E so atar e por ao fumeiro.
E tarde para economia, quando a bolsa esta vazia.
Em 1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires terrear, poe-te a cantar.
Em abril, aguas mil, canta o carro e o carril.
Em abril, cada pula da mil.
Em abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em agosto, suor no rosto.
Em agosto, toda a fruta tem gosto.
Em boca fechada nao entra mosca.
Em casa cheia e facil fazer a ceia.
Em casa do goncalo mais manda a galinha que o galo.
Em caso de necessidade, casa a freira com o frade.
Em cima do leite, nada lhe deite.
Em dezembro treme o frio em cada membro.
Em dia de santa luzia, cresce a noite e minga o dia.
Em fevereiro chuva, em agosto uva.
Em fevereiro neve e frio, e de esperar ardor no estio.
Em frente da arca aberta, o justo peca.
Em janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em janeiro, um salto de carneiro.
Em janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar.
Em julho, ao quinto dia veras que mes teras.
Em julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando o vou limpando.
Em junho, foicinha em punho.
Em lugar para dois, nao cabem tres.
Em maio, come-se a cereja ao borralho.
Em marco o sol rega e a chuva queima.
Em marco tanto durmo como faco.
Em mesa redonda nao ha cabeceira.
Em novembro, poe tudo a secar, que pode o sol nao voltar.
Em outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em outobro semeia e cria, teras alegria.
Em roma, se romano.
Em setembro, ardem montes e secam as fontes.
Em setembro, lavra, semeia e colhe que e mes para tudo.
Em sua casa cada um rei.
Em tempo de figos, nao ha amigos.
Em tempo de guerra nao se limpam armas.
Em terra de cegos quem tem um olho e rei.
Em terra de lobos uiva-se com eles.
Em terra ruim, nao se gaste boa semente.
Em tua casa nao tens sardinha e na alheia pedes galinha.
Em velha gamela tambem se faz boa sopa.
Encobrir o erro, e errar outra vez.
Encomendas sem dinheiro, ficam no cais de aveiro.
Encostar a barriga ao balcao.
Enquanto dura, vida e docura.
Enquanto ha vida, ha esperanca.
Enquanto o ouro luz, os amigos sao de truz.
Enquanto o pau vai e vem, a gente folga as costas.
Enquanto se descansa, vamos aqui rachar esta lenha!
Enquanto se vai e vem, nao esta o caminho sem gente.
Entra o beber, sai o saber.
Entra por um ouvido e sai pelo outro.
Entrada de leao, saida de carneiro.
Entre dois males, o menor.
Entre marido e mulher, cortesia se quer.
Entre marido e mulher, nao se meta a colher.
Entre mortos e feridos, alguem ha-de escapar.
Entre um e outro, o diabo que escolha.
Entregar a carta a garcia.
Enxame de maio, a quem o pedir, dai-o.
Era bom, mas acabou-se.
Errar e humano.
Errar e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Erros de medico, a terra os encobre.
Es esperto, mas nao cacas ratos.
Escuta mil vezes e fala so uma.
Espirro de bode e sinal de chuva.
Estar com o pes para a cova.
Estar como o bebado no meio da ponte.
Estar como boi a olhar para um palacio.
Este conselho so: causa inveja, nao causes do.
Este mundo e uma bola, quem anda nele e que se amola.
Este mundo sao dois dias, e este ja vai na conta.
Estes publicitarios sao uns exagerados!...
Eu ca sou como o jacinto, tanto bebo branco como tinto.
Eu gosto de quem gosta de mim.
Eu seja cao!
Excesso de justica, faz injustica.
Faca agucada nao se afia.
Fala pouco e bem, ter-te-ao por alguem.
Falai no mau, aparelhai o pau.
Falai no mendes, aqui o tendes.
Falar bem, nao custa a ninguem.
Falar nao enche barriga.
Falar para com os seus botoes.
Falar sem pensar, vem muitas vezes a falhar.
Falas-me a gaguejar, estas-me a enganar.
Fama e melhor que dourada cama.
Fama sem proveito, da dor no peito.
Faz o mal, espera igual.
Faz-se o caminho ao andar.
Fazer a festa e deitar os foguetes.
Fazer bem a vilao ruim e lancar agua em cesto roto.
Fazer das tripas coracao.
Fazer dele gato sapato.
Fazer o bem sem olhar a quem.
Fazer ouvidos de mercador.
Fazer trinta por uma linha.
Fazer uma tempestade num copo de agua.
Feliz e quem por feliz se tem.
Ferro que nao usa, gasta-o a ferrugem.
Festa acabada, musicos em pe.
Fevereiro enxuto roi mais pao do quantos ratos ha no mundo.
Fevereiro matou a mae ao solheiro.
Fevereiro quente tras o diabo no ventre.
Fevereiro trocou dois dias por uma tigela de papas.
Fia-te na virgem nao corras.
Ficar a ver navios.
Ficar tudo em aguas de bacalhau.
Filho aborrecido, nao teve bom castigo.
Filho de burro um dia da coice.
Filho de gato, mata rato.
Filho de peixe, peixinho e.
Filho de peixe sabe nadar.
Filho es, pai seras, assim como fizeres, assim encontraras.
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Flor no peito, um burro perfeito.
Foge do maldizente, como da serpente.
Frango de janeiro canta a meia-noite em ponto.
Freio de ouro nao melhora o cavalo.
Frio de julho, abrasa em s. Tiago.
Frutos e amores, os primeiros sao os melhores.
Fugir a boca para a verdade.
Fugir do gago quando esta zangado, porque facilmente fica endiabrado.
 Fui a casa da vizinha e envergonhei-me, voltei para casa e remediei-me.
Gaba-te cesto, que logo vais a vindima.
Gaiola bonita nao faz cantar o canario.
Gaivotas em terra, tempestade no mar.
Galinha de campo nao quer capoeira.
Galinha gorda por pouco dinheiro, nao ha poleiro.
Galinha  que canta quer galo.
Galinhas de s. Joao, pelo natal poedeiras sao.
Galo pedres nao o vendas nem o des.
Ganha fama e deita-te na cama.
Ganha-lo como um preto, gasta-lo como um fidalgo.
Ganhar e perder, tudo e desporto.
Gato escaldado, de agua fria tem medo.
Gato escondido com o rabo de fora.
Gato miador, ruim cacador.
Generosidade e dar antes de ser solicitado.
Gordura e formosura.
Gota a gota, o tonel se esgota.
Gozar a grande e a francesa.
Gracas a deus muitas e gracas com deus nenhumas.
Grandes caminhadas, grandes mentiras.
Grandes peixes se pescam em grandes rios.
Grao a grao enche a galinha o papo.
Guarda em moco, acharas em velho.
Guarda o que nao presta e teras o que precisas.
Guarda pao para maio e lenha para abril.
Guarda para maio o pao tremes, nao o percas nem o des.
Guarda que comer, nao guardes que fazer.
Guarda-te do tolo, se tens miolo.
Guardado esta o bocado para quem o ha-de comer.
Guerra avisada nao mata soldados.
Guerra de s. Joao, paz todo o ano.
Ha dias em que cair e uma sorte.
Ha gostos para tudo.
Ha limites para tudo.
Ha mais ingratos que sapatos.
Ha mais mares que marinheiros.
Ha mais quem nos queira mal que bem.
Ha mais quem suje a casa, do que quem varra.
Ha males que vem para bem.
Ha mar e mar, ha ir e voltar.
ha muitas maneiras de matar pulgas.
Ha muitas marias na terra.
Ha sempre um ajudante a missa.
Ha sempre um mau da fita.
Ha sempre uma primeira vez para tudo.
Haja fartura, que a fome ninguem a atura.
Homem ajizado por todos e respeitado.
Homem casado, nem bom marido nem bom soldado.
Homem de sete oficios, em todos e remendao.
Homem em jejum, nao ouve nenhum.
Homem embrutecido tem pouca educacao e menos juizo.
Homem prevenido vale por dois.
Homem velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Honra e proveito nao cabem em saco estreito.
Hora a hora, deus melhora.
Hospede e pescada, aos tres dias enfada.
Inverno de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Inverno laborioso, verao venturoso.
Ir a guerra ou casar, nao se deve aconselhar.
Ir a la e ser tosquiado.
Ir de vento em popa.
Ir desta para melhor.
Ir tudo por agua abaixo.
Isso e outra loica!
Ja aqui nao esta quem falou.
Janeiro fora, mais uma hora.
Janeiro molhado, se nao cria pao, cria gado.
Jogaras, pediras, furtaras.
Jogo e bebida: casa perdida.
Julga-se sempre o lobo maior do que ele e.
Junho abafadico, sai a abelha do cortico.
Junho calmoso, ano formoso.
Junho floreiro, paraiso verdadeiro.
Junta-te aos bons e seras como eles, junta-te aos maus e seras pior que eles.
Juntar-se a fome a vontade de comer.
Juntar-se o util ao agradavel.
Junto a panela que ferve, nao faltam amigos.
Juventude leviana faz a velhice desolada.
La me leve deus, onde estao os meus.
La por nao haver neve no telhado, nao significa que a lareira nao arda.
Ladrao nao rouba ladrao.
Ladrao de manha e ouro, a tarde e prata e a noite mata.
Laranjas em janeiro, dao que fazer ao coveiro.
Lavrador, antes sem orelhas que sem ovelhas.
Lembra-te do futuro e o futuro se lembrara de ti.
Lembra-te sogra, que foste nora.
Lerpar como o cao do miguel.
Levar a agua ao seu moinho.
Levar a sua cruz ao calvario.
Liga-se ao coice conforme o burro.
Lingua de mel, coracao de fel.
Livra-te do homem que nao fala e do cao que nao ladra.
Lobo nao come lobo.
Logo que outobro venha, procura lenha.
Longe de vista, longe do coracao.
Louvor em boca propria e vituperio.
Louvor humano e puro engano.
Lua a tardinha, com seu anel, da chuva a noite a granel.
Lua com “circo”, traz agua no bico.
Lua de pe, marinheiro deitado.
Lua nova setembrina, sete luas domina.
Lua nova trovejada, trinta dias e molhada.
Lua setembrina, para sete luados se inclina.
Luar de janeiro e amor o primeiro.
Luar de janeiro nao tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Ma vizinha a porta e pior que lagarta na horta.
Maca podre apodrece um cento.
Macaco velho nao mete a mao em cumbuca.
Madrasta, o nome lhe basta.
Maio coveiro nao e vinhateiro.
Maio frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Maio hortelao, muita parra e pouco grao.
Maio me molhou, maio me enxugou.
Maio pardo, centeio grado.
Maio pardo e ventoso, faz o ano formoso.
Maior fosse o dia, maior a romaria.
Mais caro e o dado que o comprado.
Mais perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais quero asno que me leve, a cavalo que me derrube.
mais se sabe por experiencia que por teoria.
Mais vale a boa fama doq ue se deitar numa boa cama.
Mais vale a experiencia que ciencia.
Mais vale bom vagar que ma pressa.
Mais vale cair em graca que ser engracado.
Mais vale cautela que arrependimento.
Mais vale ir que mandar.
Mais vale nada dizer, que dizer:-nada.
Mais vale o exemplo que a doutrina.
Mais vale o vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Mais vale pedir que roubar.
Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
Mais vale pouco com deus, que muito sem deus.
Mais vale pouco que nada.
Mais vale pouco mas certo que muito e incerto.
Mais vale prevenir que remediar.
Mais vale pronto recusar que falso promoter.
Mais vale sabedoria que forca.
Mais vvale se-lo que parece-lo.
Mais vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Mais vale so que mal acompanhado.
Mais vale suar que enfermar.
Mais vale tarde que nunca.
Mais vale ter mau halito que nao ter halito nenhum.
Mais vale um bom trabalhador que um mau mandador.
Mais vale um coracao sem palavras, que palavras sem coracao.
Mais vale um gosto na vida que cem mil reis na algibeira.
Mais vale um mau acordo que uma boa demanda.
Mais vale um passaro na mao que dois a voar.
Mais vale um pe no travao que dois no caixao.
Mais vale um toma que dois te darei.
Mais vale uma mao inchada que uma enxada na mao.
Mal de amor nao tem cura.
Mal de muitos, consolo e.
Mal fechado, mal guardado.
Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Mal me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Mal por mal, antes cadeia que hospital.
Mal que nao tem cura: a velhice e a loucura.
Mal que se ignora, coracao que nao chora.
Mal te aconselha quem do trabalho te afasta.
Mal vai a beira se antes dos santos nao moi a ribeira.
Mal vai portugal, se tres cheias nao vierem ate ao natal.
Manda a santa religiao, cocar onde nao ha comichao.
Manda quem pode, obedece quem deve.
Mande bem, mande mal, mas mande um so.
Manha de nevoeiro, tarde solheiro.
Manhas de abril, boas de andar e doces de dormir.
Maos a mais, trabalho a menos.
Maos frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos generosas, maos poderosas.
Maos que nao dais, porque esperais?
Maos quentes, coracao frio, amor vadio.
Marco chuvoso, s. Joao farinhoso.
Marco marcagao, curas meadas, esteiras nao.
Marco marcagao, de manha cara de cao, ao meio-dia de rainha e a noite de fuinha.
Marco marcagao, manha de inverno e tarde de verao.
Mata a sede a terra que ela te matara a fome.
Mata com ferros, com ferros morres.
Mau pai, mau marido.
Mau principio, pior fim.
Mau vinho, bom vinagre.
Medico cura-se a si mesmo.
Meia vida e a candeia; pao e vinho a outra meia.
Meias, so para os pes.
Mel novo, vinho velho.
Melao e casamento sao coisas de acertamento.
Melhor e pao duro, que figo maduro.
Melhor e que pelo natal, tenha o alho bico de pardal.
Menino amimalhado, mal dobrado.
Menino farto nao e comedor.
Merece primeiro e pede depois.
Merenda comida, companhia desfeita.
Mesmo a casa de teu irmao, nao vas cada serao.
Metade do pagamento e o agredecimento.
Meter o nariz onde nao e chamado.
Meu dito, meu feito.
Migalhas tambem sao pao.
Misturar alhos com bugalhos.
Mocidade ociosa, velhice trabalhosa.
Morra marta, mas morra farta.
Morrer por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
Morreu o bicho, acabou-se a pessonha.
Morte desejada nao e mais chegada.
Morte desejada, vida dobrada.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Mudam os ventos, mudam-se os pensamentos.
Muita confianca, pouco respeito.
Muita parra, pouca uva.
Muitas vezes se perde por preguica o que se ganha com justica.
Muito ameca quem de medroso nao passa.
Muito amor, muito perdao.
Muito atura quem precisa.
Muito esquece a quem nao sabe.
Muito padece quem ama.
Muito pode o galo no seu poleiro.
Muito pouco sabe quem muito se gaba de saber.
Muito riso, pouco siso.
Muito sabe a raposa, mas quem a apanha sabe mais.
Muito se engana quem cuida.
Muito se gasta, que a metade basta.
Muitos poucos fazem muito.
Mula que faz him e mulher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher arrenegada e pior que vibora assanhada.
Mulher boa, ave rara.
Mulher bonita nunca e pobre.
Mulher de bom recado, enche a casa ate ao telhado.
Mulher de buco, nem qualquer um lhe apalpa o pulso.
Mulher de cego, para quem se enfeita?
Mulher de fidalgo, pouco dinheiro e grande tracado.
 Mulher de janela, diz de todos e todos dela.
Mulher de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher de pelo na venta, nem o diabo a aguenta.
Mulher doente, mulher para sempre.
Mulher e vinho enganam o mais fino.
Mulher honrada e a menos falada.
Mulher janeleira, raramente encarreira.
Mulher que a dois ama, aos dois engana.
Mulher que assobia, seu homem cornia.
Mlher que bem se arreia, nunca parece feia.
Mulher que muito bebe, tarde paga o que deve.
Mulher que nao perde festa, para pouco presta.
Mulher seria nao tem ouvidos.
Mulher so faz tudo; duas, fazem pouco; tres, nao fazem nada.
Mulheres e ferramentas de corte, acertar com elas e uma sorte.
Na adverisdade e que se prova a amizade.
Na boa cabeca nunca faltam chapeus.
Na casa manda ela, mas nelas mando eu.
Na desconfianca esta a seguranca.
Na intencao esta o valor da accao.
Na necessidade se prova a amizade.
Na primeira que quer cai, na segunda cai quem quer.
Na prisao e no hospital, ves quem te quer bem e quem te quer mal.
Na santa marinha(18) vai ver tua vinha, assim como a achares, assim a vindima.
Na semana de ramos lava os teus panos, que na da paixao lavaras ou nao.
Na vida nem tudo esta totalmente mal; ate um relogio parado esta certo duas vezes por dia.
Na vida nem tudo sao rosas.
Nada e mais prejudicial a quem trabalha, que a presenca dos que nada fazem.
Nada ha mais certo na vida que a propria morte.
Nada se faz sem tempo.
Nao acordes o gato que dorme.
Nao adianta chorar, depois do leite derramado.
Nao anda descalco, quem semeia tojos.
Nao andar la muito catolico.
Nao batas mais no ceguinho.
Nao bate a bota com a perdigota.
Nao bebas coisa que nao vejas, nao assines papel que nao leias.
Nao cantar vitoria antes do tempo.
Nao contar com o ovo no cu da galinha.
Nao contes os pintos senao depois de nascidos.
Nao dar a mecha para o sebo.
Nao dar o braco a torcer.
Nao dar ponto sem no.
Nao deitar foguetes antes da festa.
Nao deixes para amanha o que podes fazer hoje.
Nao des a ovelha a guardar ao lobo.
Nao des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Nao des perolas a porcos.
Nao digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo o que dizes.
Nao diz coisa com loisa.
Nao dizer uma para a caixa.
Nao e com palha que se apaga o fogo.
Nao e com vinagre que se apanham moscas.
Nao e o habito que faz o monge.
Nao e por ai que o gato vai as filhos.
Nao e por muito madrugar que amanhece mais cedo.
Nao e por ter grandes orelhas que o burro vai a feira.
Nao e santo da minha devocao.
Nao esta mais aqui quem falou.
Nao facas mal, que esperes vir bem.
Nao facas nada, sem consultar a almofada.
Nao falar ao mestre do que ele ensina mal.
Nao ha amor como o primeiro.
Nao ha ano, afinal, que nao tenha o seu natal.
Nao ha atalho para o exito.
Nao ha atalho sem trabalho.
Nao ha ausentes sem culpas, nem presentes sem desculpas.
Nao ha vela sem senao.
Nao ha bem que sempre dure nem mal que se nao acabe.
Nao ha bom mosto, colhido em agosto.
Nao ha bom que nao possa ser melhor, nem mau que nao possa ser pior.
Nao ha carne sem osso, nem fruta sem caroco.
Nao ha casamento sem choro, nem funeral sem riso.
Nao ha coisa escondida, que nao venha a ser sabida.
Nao ha crime perfeito.
Nao ha domingo sem sol, nem noiva sem lencol.
Nao ha duas sem tres.
Nao ha fome que nao traga fartura.
Nao ha fumo sem fogo.
Nao ha gloria sem inveja.
Nao ha gosto sem desgosto.
Nao ha lenha como o azinho, nem carne como o toucinho.
Nao ha luar como o de janeiro.
Nao ha madeira sem nos.
Nao ha maior amigo que o julho com seu trigo.
Nao ha maior idiotica do que viver pobre para morrer rico.
Nao ha maior parente que amigo fiel e prudente.
Nao ha melhor juiz que o tempo.
Nao ha melhor juiz que o tempo.
Nao ha mes mais irritado que abril zangado.
Nao ha mes que nao volte outra vez.
Nao ha ninguem que nao se engane.
Nao ha pior despeito que o do pobre orgulhoso.
Nao ha prazer onde nao ha de comer.
Nao ha regra sem excepcao.
Nao ha rosa sem espinhos.
Nao ha sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguica.
Nao ha sabio nem douto que ded louco nao tenha um pouco.
Nao ha ventos favoraveis,para quem nao sabe para onde ir.
Nao julgues mal de ninguem, nem para mal nem para bem.
Nao me enganas dormitando, tambem costumo dormir.
Nao mecas todos pela mesma bitola.
Nao metas a foice em seara alheia.
Nao ocupa mais pes de terra o papa que o sacristao.
Nao pecas a quem pediu, nem sirvas a quem ja serviu.
Nao perdes pel demora!
Nao ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.
Nao queiras mais ao amigo do que ele quer contigo.
Nao queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho.
Nao quero que ninguem morra, so quero que a vida me corra(diz o cangalheiro).
Nao responder, ja e resposta.
Nao sabe governar quem tudo quer controlar.
Nao sabe mandar quem nao sabe obedecer.
Nao saber da missa a metade.
Nao saia de casa sem capa e merenda, para que ao fim do dia nao se arrependa.
Nao saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nao se afoga no mar quem por la nao andar.
Nao se cacam lebres tocando tambor.
Nao se deve despir um santo para vestir outro.
Nao se deve falar em corda em casa de enforcado.
Nao se deve festejar o santo antes do seu dia.
Nao se gaste vela em mau defunto.
Nao se lastima o que bem termina.
Nao se pescam trutas e bragas enxutas.
Nao se pode agradar a gregos e a troianos.
Nao se rasgue um lencol para remendar outro.
Nao se ria o roto do esfarrapado.
Nao sei que faca, se beba o vinho, se parta a cabaca.
Nao seras bem amado, se so contigo tens cuidados.
Nao subas tu, sapateiro, acima da chinela.
Nao sujes a agua que has-de beber.
Nao ter eira enm beira, nem raminho na figueira.
Nao ter papas na lingua.
Nao ter ponta por onde se lhe pegue.
Nao trocar o certo pelo duvidoso.
Nao va o diabo tece-las.
Nao vas sem a borracha a caminho e, se a levares, nao seja sem vinho.
Nariz de cao e cu de gente, nunca esta quente.
Nas costas dos outros ve as tuas.
Nasce erva em marco, ainda que lhe deem com o maco.
Natal ao lar (chuva), pascoa a assoalhar.
Natal em casa, pascoa na praca.
Nem a camisa seja ciente doq ue a tua alma sente.
Nem amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
Nem aquece, nem arrefece!
Nem come nem deixa comer!
Nem em agsoto caminhar, nem em dezembro marear.
Nem o pai morre, nem a gente almoca!
Nem oito nem oitenta!
Nem sempre aquele que danca e quem paga a musica.
Nem sempre galinha, nem sempre sardinha.
Nem sempre o que parece e.
Nem so de pao vive o homem.
Nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Nem tanto nem tao pouco.
Nem tudo o que luz e ouro, nem tudo o que alveja e prata.
Nem tudo o que vem a rede e peixe.
Nem tugiu, nem mgiu.
Nem um dedo faz a mao, nem uma andorinha faz o verao.
Neve em fevereiro, pressagio de mau celeiro.
Nevoas de agosto, nem bom nabo, nem bom magusto.
Nevoeiro de mais de tres dias, durara oito.
Nevoeiro de s. Pedro, poe vinho a medo.
Ninguem corta a mao porque lhe doi um olho.
Ninguem cria fama, deitado na cama.
Ninguem diga que esta bem.
Ninguem e bom juiz em causa propria.
Ninguem e obrigado a fazer o que nao pode.
Ninguem e pobre senao de juizo.
Ninguem e profeta em sua terra.
Ninguem esta bem com a vida que tem.
Ninguem fica para semente.
Ninguem foge ao seu destino.
Ninguem gosta de estar preso.
Ninguem nasce ensinado.
Ninguem pode ser julgado duas vezes pelo mesmo erro.
Ninguem se embebeda com vinho da sua adega.
Ninguem se envergonhe de perguntar o que nao sabe.
Ninguem se meta onde nao e chamado.
Ninguem sera bom senhor se nao for bom servidor.
No amor, quem foge e vencedor.
No aperto e no perigo e que se conhece o amigo.
No carnaval ninguem leva a mal.
No dar e no tomar, cuidado no enganar.
No dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No dia de santo andre diz o porco “quie”, “quie”(30/11).
No dia de santo andre, vai a esquina e traz o porco pelo pe.
No entrudo, vale tudo.
No meio e que esta a virtude.
No melhor pano cai a nodoa.
No outono o sol tem sono.
No po semeia que setembro to pagara.
No poupar e que esta o ganho.
No quartel de abrantes, tudo como dantes.
No riso e o doido conhecido.
No s. Joao a sardinha pinga no pao.
No tempo do cuco, tanto esta molhado como enxuto.
No vinho esta a verdade.
Nossa senhora de marco, traz o cestinho no braco (dia 25).
Noticia ruim corre depresa.
Novo rei, nova lei.
Novos tempos, novos costumes.
Nunca digas desta agua nao beberei.
Nunca e tarde para amar.
Nunca e tarde para aprender.
Nunca falta um chinelo velho para um pe manco.
Nunca o ivejoso medrou, nem quem a beira dele morou.
O amor de mae e cego.
O amor e cego, mas ve.
O amor e como a lua; quando nao cresce mingua.
O amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
O amor e fogo que arde sem se ver.
O amor nao escolhe idades.
O arrependimento lava a culpa.
O barato sai caro.
O bom cao nao ladra em falso.
O bom filho a casa torna.
O bom fruto vem de boa semente.
O bom gosto nao se ensina.
O bom, jnto ao pequeno fica maior e junto ao mau fica pior.
O bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar.
O bom mosto sai ao rosto.
O bom por si se gaba.
O bom vinho arruina a bolsa, e o mau o estomago.
O bom vinho faz bom sangue.
O bom vinho por si fala.
O bom vinho traz a venda consigo.
O caminho mais curto nem sempre e o mais a direito.
O cantaro tantas vezes vai a fonte que um dia la deixa a asa.
O cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O comer e cocar vao do comecar.
O competente nao aquece o lugar.
O conselheiro nao e quem paga.
O coracao e uma crianca, deseja tudo o que ve.
O coracao tem razoes que a propria razao desconhece.
O crime nao compesa.
O criminoso volta sempre ao local do crime.
O demasiado rompe o saco.
O descuido e a morte do artista.
O destino a deus pertence.
O dever acima de tudo.
O diabo nao e como o pintam.
O diabo sabe muito, porque e velho.
O dinheiro abre todas as portas.
O dinheiro e bom de gastar e mau de granjear.
O dinheiro e bom servidor, porem mau senhor.
O dinheiro e um diabo, mas sem dinheiro sao dois.
O dinheiro fez-se para gastar.
O dono do boi e quem pega no chifre.
O escorregar da lingua e pior que o do pe.
O fim justifica os meios.
O fogo e a agua sao maus amos e bons criados.         
O fraco ofendido, atraicoa; o forte, perdoa.
O fruto proibido e o mais apetecido.
O futuro a deus pertence.
O habito e uma segunda natureza.
O homem de sete oficios nem por isso chega a rico.
O homem poe e deus dispoe.
O homem que nao tem um sorriso, nao deve abrir uma loja.
O invejoso e mau e manhoso.
O lume ao pe da estopa e o diabo lhe assopra.
O mal e o bem a cara vem.
O medo guarda a vinha que nem o vinhateiro.
O medroso ate da sombra tem medo.
O melhor bocado e o do fim.
O menino engorda para crescer e o velho para morrer.
O mes de agosto sera gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro.
O mocho nao entra no ninho da calandra.
O mundo e uma bola, quem anda nele e que se amola.
O mundo nos ve, deus e que nos conhece, ninguem e como parece.
O olho do dono e que engorda o cavalo.
O optimo e inimigo do bom.
O pagar e o morrer, o mais tarde que puder ser.
O pao pela cor e o vinho pelo sabor.
O parvo calado por sabio e reputado.
O pavao quanto mais levanta a cauda mais se lhe ve o rabo.
O peixe que se escapa do anzol e sempre enorme...
O pobre pode ir sem esmola, mas nao vai sem resposta.
O pote tanto vai a bica, que um dia la fica.
O pouco com deus e muito, o muito sem deus e nada.
O pouco nos basta, o muito se gosta.
O primeiro milho e para os pardais.
O que a noite se faz, de manha aparece.
O que a uns cura, a outros mata.
O que arde cura, a outros mata.
O que arde o que aperta segura.
O que arma a esparrela, tarde ou cedo cai nela.
O que comeca bem esta meio feito.
O que e bom acaba depressa.
O que e demais, e molestia.
O que e doce nnca amargou.
O que e nosso a nossa mao vem ter.
O que esta escrito faz lei.
O que existe sempre aparece.
O que faz falta e animar a malta.
O que la vai, la vai.
O que mais custa, melhor sabe.
O que nao custa nao lustra.
O que nao e de ninguem e de todos e o que e de todos nao e de ninguem.
O que nao mata, engorda.
O que nao faz de uma vez, faz-se em duas ou tres.
O que nao se faz no dia de santa luzia, faz-se noutro dia.
O que nao tem remedio, remediado esta.
O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
O que o jogo da, o jogo leva.
O que os olhos nao veem, o coracao nao sente.
O que ouvires dos outros, escuta de ti.
O que passou, passou.
O que sabe recear, sabe ponderar.
O que se aprende no berco dura ate a sepultura.
O que se da ao rato, da-se ao gato.
O que se ouve no lr, diz-se ao luar.
O que tem a ver o cu com as calcas?
O que tem de ser tem muita forca.
O rabo e mais dificil de esfolar.
O rei nasce e o homem faz-se.
O saber nao esta todo numa so cabeca.
O saber nao ocupa lugar.
O sabio sabe que nao sabe, e o nescio julga que sabe.
O sabio so deve ter a si por guardiao do seu segredo.
O sao ao doente, em regra mente.
O segredo e a alma do negocio.
O segredo e bom conselheiro, o melhor e estar calado e aguardar primeiro.
O segredo melhor guardado e o que a ninguem e revelado.
O seguro morreu de velho.
O servico bem feito, bem parece.
O seu a seu dono.
O silencio e de ouro.
O sol quando nasce e para todos.
O temor do senhor e o principio da sabedoria.
O tempo a tudo da remedio.
O tempo e a honra, uma vez perdidos, nunca mais se recuperam.
O tempo e dinheiro, o resto e conversa.
O trabalho do menino e pouco, mas quem o nao aproveita e louco.
O trabalho e a fonte de todas as riquezas.
O trabalho enriquece, a preguica empobrece.
O ultimo a rir e oq ue ri melhor.
O ultimo que vier come do que trouxer.
O util junta-se ao agradavel.
O velho por nao poder e o moco por nao saber, deitam as coisas a perder.
O vinho e a musica alegram o coracao.
O vinho e que “induca” e o fado e que “instroi”
Obra apressada, obra estragada.
Obra de prudente e, podendo fazer mal, nao o fazer.
Obra de vilao, atirar a pedra e esconder a mao.
Oh pernas, para que vos quero!
Olha para o que eu digo e nao olhes para o que eu faco.
Olho por olho, dente por dente.
Olho que ve, mao que pilha.
Olho vivo e pe ligeiro!
Oliveira a do meu avo, figueira a do meu pai e vinha a que eu plantar.
Onde entra o sol, ha fogo.
Onde ha galo, nao canta galinha.
Onde manda o amor, nao ha outro senhor.
Onde todos ajudam, nada custa.
Os amigos dos meus amigos, meus amigos sao.
Os amigos sao para as ocasioes.
Os bons conselhos sao sempre amargos.
Os caes ladram e a caravana passa.
Os extremos tocam-se.
Os factos nao deixam de existir, so porque sao ignorados.
Os filhos da minha filha meus netos sao, os da minha nora serao ou nao.
Os filhos nunca cheiram mal aos pais.
Os gostos nao se discutem.
Os homems inteligentes mudam de opiniao, so burros nao.
Os homems mostram a sua superioridade por dentro; os animais, por fora.
Os homems nao se medem aos palmos.
Os homems sao todos iguais, so tirar o nome e nada mais.
Os olhos fizeram-se para ver e nao para dormir.
Os ouvidos nao se limpam com o cotonete, mas com o cotovelo.
Os pecados dos nossos avos, fazem-nos eles e pagamo-los nos.
Os problemas dos outros sao sempre faceis de resolver.
Os que falam muito nao sao os que mais produzem.
Os rios correm para o mar.
Os santos esperam, mas nao perdoam.
Os sapateiros olham para os sapatos.
Os ultimos sao os primeiros.
Ou e de minha vista ou os barrotes estao tortos.
Ou entra mosca ou sai asneira.
Ou ha moralidade ou comem todos.
Ou sim ou sopas!
Ou vai ou racha!
Outros tempos, outros ventos.
Outobro chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Outobro suao, negacas de verao.
Ouvir e prata, calar e ouro.
Ovelha que bale, bocado que perde.
Paga o justo pelo pecador.
Paga o que deves, saberas com quanto ficas.
Pagar com o pelo do mesmo cao.
Pai impertinente, filho desobediente.
Pai nao tiveste, mae nao temeste, diabo te fizeste.
Palavra de rei nao volta atras.
Palavra puxa palavra.
Palavras fazem muitas vezes mais que as pancadas.
Palavras, leva-as o vento.
Palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
Pao com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Pao de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem sao.
Pao pao, queijo queijo.
Pao quente, muito na mao, pouco no ventre.
Papagaio come o milho, periquito leva a fama.
Papas sem pao, abaixo se vao.
Para a frente e que e o caminho.
Para a missa e para o moinho, nao esperes pelo teu vizinho.
Para boa vida levar, ver, ouvir e calar.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus(21/09).
Para colher, e preciso semear.
Para curar um amor, so outro grande amor.
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Para ensinar, e preciso saber.
Para ganhar, basta poupar.
Para grandes males, grandes remedios.
Para la do marao, mandam os que la estao.
Para mim vens de carrinho!
Para morrer basta estar vivo.
Para o ano de s. Cerejo, que e tarde e nunca o vejo.
Para o filho, um bom conselho, e o pai servir-lhe de espelho.
Para o mau oficial nenhuma ferramenta presta.
Para o prudente, uma palavra e suficiente.
Para onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Para os entendidos, acenos lhes bastam.
Para pe de pobre, qualquer calcado serve.
Para quem compra, amanhece; para quem vende, anoitece.
Para quem e, bacalhau basta.
Para quem sabe ler, um ponto e letra.
Para tras mija a burra!
Para tudo ha solucao.
Para um bom entendedor meia palavra basta.
Parar de aprender, e esquecer o que se sabe.
Parar e morrer.
Parecer sem ser, e fiar sem tecer.
Parir e dor, criar e amor.
Pascoa alta, chumbo na malta.
Pascoa em marco, ano de mortaco.
Passar a mao pelo pelo.
Passar as passas do algarve.
Passar como um cao por vinha vindimada.
Passaros de arribacao, tao depressa estao como vao.
Patrao fora, dia santo na loja.
Pecado confessado e meio perdoado.
Pede o guloso para o desejoso.
Pedir a avarento e cavar no mar.
Pedra que rola nao cria limo.
Peixe nao puxa carroca.
Pela aragem se ve quem vai na carruagem.
Pela assuncao, cada pinga vale um tostao.
Pela boca morre o peixe.
Pela obra se conhce o artesao.
Pela sta. Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, sera a vindima.
Pelo cao, se respeita o patrao.
Pelo dedo se conhece o gigante.
Pelo s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo s. Lourenco (10/08) vai a vinha e enche o lenco.
Pelo s. Martinho, abatoca o teu pipinho(11/11).
Pelo s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pelo s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, ja te nao faz dano.
Pelo s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Pelo s. Mateus, comecam as enxertias.
Pelo s. Silvestre, nem no alho nem na reste.
Pelo s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Pelo tempo do cuco, de manha molhado e a tarde enxuto.
Pelo teu coracao, julgas o teu irmao.
Pelos frutos se conhece a arvore.
Pelos santos, neve nos campos.
Penso, logo existo.
Pequeno machado derruba grande arvore.
Pequenos mananciais formam grandes rios.
Perder uma batalha nao e perder uma guerra.
Perdido por dez, perdido por vinte.
Perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe.
Pergunta e saberas.
Perguntar nao ofende.
Peso e medida, governam a vida.
Pimenta no cu dos outros e refresco.
Pintainho de janeiro nao vai com a mae ao poleiro.
Por a emenda que o soneto.
Pior e fingido amigo que declarado inimigo.
Pobre e namoradeira, toda a vida solteira.
Pobrete mas alegrete.
Pobreza nao e vileza.
Poda curta, vindima longa.
Poder em marco e ser madraco.
Podar em marco ou no folhato.
Por baixo da amnta, tanto vai preta como vai branca.
Por bem fazer, mal haver.
Por casa nem por vinha, nao cases com mulher parida.
Por cima folhos e rendas, por baixo nem fralda tem.
Por falta de um prego, perdeu-se a ferradura.
Por morrer uma andorinha, nao acaba a primavera.
Por muito que queira julho ser, pouco ha-de chover.
Por natal ao jogo e pela pascoa ao fogo.
Por o carro a frente dos bois.
Por os pontos nos is.
Por s. Clemente, alca a mao da semente(22/11).
Por s. Gil(01/08) aduba teu candil.
Por s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por s. Martinho, semeia o teu linho.
Por s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Por s. Vicente toda a agua e quente.
Por santo andre, o sete estrelo posto e.
Por santo andre, todo o dia noite e.
Por santo urbao, gaviao na mao (03/11).
Por santos, semeia trigo e colhe cardos.
Por um cravo se perde um cavalo.
Por uns pagam os outros.
Porca de muitos e bem comida mas mal cebada.
Porco fresco e vinho novo: cristao morto.
Porta aberta tenta um santo.
Pouco manda quem quer que muito lhe obedecam.
Poupa na cozinha e aumentaras a tua casinha.
Poupa o vintem, seras um dia alguem.
Poupa-se no farelo e gasta-se na farinha.
P’ra vilao, vilao e meio.
Preso por ter cao, preso por nao ter.
Presuncao e agua benta, cada qual toma a que quer.
Primeiro a obrigacao, depois a devocao.          
Primeiro de agosto, primeiro de inverno.
Primeiro nos, depois os outros.
Primeiro os dentes, depois os parentes.
Primeiro ouve-se, depois julga-se.
Promessa e divida.
Promessas e cascas fizeram-se para se quebrarem.
Prometer mundos e fundos.
Prometido e devido.
Quando a cabeca nao tem juizo, o corpo e que paga.
Quando a esmola e grande, o santo desconfia.
Quando a fonte seca e que agua tem valor.
Quando a mare bate quem se lixa e o mexilhao.
Quando chover em agosto, nao gastes o teu dinheiro em mosto.
Quando deus fecha uma porta, abre sempre uma janela.
Quando deus quer, agua fria e remedio.
Quando deus queria, ate do norte chovia.
Quando dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quando e velho o cao, se ladra e porque tem razao.
Quando em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando ha fome nao ha ruim pao.
Quando ha obrigacoes, nao ha devocoes.
Quando ha vento, nao ha bom tempo.
Quando maio chegar, e preciso enxofrar.
Quando mal, nunca pior.
Quando nao chove em fevereiro, enm bom prado nem bom centeio.
Quando nao chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
Quando o amo e glutao, passam fome o criado e o cao.
Quando o mar esta calmo, qualquer um pode ir ao leme.
Quando o vinho desce, as palavras sobem.
Quando os favores acabam, comeca a ingratidao.
Quando se faz uma panela, faz-se o testo para ela.
Quando um perde, outro ganha.
Quando um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quando uma galinha cacareja, a outra copeja.
Quando vem a gloria, vai-se a memoria.
Quando vires a barba do vizinho arder, poe a tua de molho.
Quanto maior e a nau, maior e a tormenta.
Quanto maior e a ventura, menos e segura.
Qunato mais alta a berlinda, maior e o trambolhao.
Quanto mais aprendo, menos sei.
Quanto mais cedencia, mais exigencia.
Quanto mais conheco os homems, mais gosto dos  animais.
Quanto mais ha, mais se gasta.
Quanto mais me bates, mais gosto de ti.
Quanto mais o tolo sobe, tanto mais mostra o que e.
Quanto mais olho menos vejo.
Qaunto mais prima, mais se lhe arrima.
Quanto mais ralos se matam, mais raros ficam.
Quanto mais se tem, mais se quer.
Quanto sabes, quanto vales.
Qauntos criados, tantos inimigos.
Quatro olhos veem mais do que dois.
Que o diabo seja cego, surdo e mudo!
Quem a boa arvore se chega, boa sombra o cobre.
Que a si teme, nada mais tem a temer.
Quem alegre se levanta, todo o dia canta.
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Quem ama, o longe faz perto.
Quem anda a chuva, molha-se.
Quem andou nao tem para andar.
Quem bebe agua nao se empenha.
Quem bebe e canta seu mal espanta.
Quem bem ama, bem castiga.
Quem bem ata, bem desata.
Quem bem comeca, bem acaba.
Quem bem nada nao se afoga.
Quem brinca com o fogo, queima-se.
Quem burro vai a roma, burro de la vem.
Quem ca fica come e bebe, e a paixao logo se vai.
Quem cabritos vende e cabras nao tem, de algum lado vem.
Quem cala consente, mas nem sempre.
Quem canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Quem canta mal, canta sempre.
Quem canta nao assobia.
Quem carrega e que sabe o peso que leva.
Quem casa a correr, tem toda a vida para se arrepender.
Quem casa  nao pensa; quem pensa nao casa.
Quem casa quer casa.
Quem com ferros mata, com ferros morre.
Quem com porcos se mistura, farelo come.
Quem com tolo se aconselha, mais tolo  e que ele.
Quem come a carne, que roa os ossos.
Quem come a correr, do estomago vem a sofrer.
Quem come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem come pouco aproveita muito.
Quem compra sem poder, vende sem querer.
Quem conduz com cautela, nada ve, tudo atropela.
Quem conta um conto, aumenta um ponto.
Quem corre por gosto nao cansa.
Quem cospe para o ar, cai-lhe na cara.
Quem cria e nao castiga, mal cria.
Quem da aos pobres, empresta a deus.
Quem da e torna a tirar, ao inferno vai parar.
Quem da o conselho nao da o remedio.
Quem da o pao, da educacao.
Quem da o que tem, a mais nao e obrigado.
Quem de novo nao morrer, de velho nao escapa.
Quem desdenha quer comprar.
Quem deseja fazer algo, encontra um meio; quem nao quer fazer nada, encontra uma desculpa.
Quem disputa, fala mal.
Quem diz a verdade nao merece castigo.
Quem diz “eu nao erro”, acabou de se enganar.
Quem diz o que quer, ouve do que nao quer.
Quem do vinho e amigo, cedo esta perdido.
Quem e desconfiado nao e fiel.
Quem e infeliz cai de costas e quebra o nariz.
Quem e vivo sempre aparece.
Quem economiza tem o que precisa.
Quem em abril nao varre a eira e em maio nao sacha a leira, anda todo o ano em canseira.
Quem em maio nao merenda, aos finados se encomenda.
Quem em maio relva nao tem pao nem erva.
Quem empresta a um amigo, cobra a um inimigo.
Quem encomendou o sermao que o pague.
Quem enganar, tem de casar.
Quem envelhece, arrefece.
Quem escorrega tambem cai.
Quem escuta, de si ouve.
Quem espera, desespera.
Quem espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalco.
Quem espera sempre alcanca.
Quem esta de fora nao racha lenha.
Quem esta perto do lume e que se aquece.
Quem estraga velho, paga novo.
Quem fala assim nao e gago.
Quem fala com surdos, perde o seu latim.
Quem fala em barca, quer embarcar.
Quem fala o que quer, ouve do que nao quer.
Quem fala semeia, quem escuta colhe.
Quem faz mal, espere outro tal.
Quem faz o que pode, a mais nao e obrigado.
Quem fia e tece, bem lhe parece.
Quem fizer a cama bem feita, melhor nela se deita.
Quem foi ao ar perdeu o lugar, e quem foi ao vento perdeu o assento.
Quem furta pouco e ladrao, quem furta muito e barao.
Quem gasta mais do que tem, a pedir vem.
Quem gasta mais do que tem, mostra que siso nao tem.
Quem guarda, tem.
Quem junta para si, poupa para os outros.
Quem ler, leia para aprender.
Quem madruga, deus ajuda.
Quem mais alto sobe, de mais alto cai.
Quem mais dorme, menos vive.
Quem mais jura, mais mente.
Quem mais promete, menos cumpre.
Quem mais sabe, mais aprende.
Quem mais tem, mais quer.
Quem mal anda, mal acaba.
Quem mal comeca, mal acaba.
Quem mal entende, mal conta.
Quem mal fala, sua boca suja.
Quem mal faz, por mal espere.
Quem mal nao tem, mal nao pensa.
Quem mal nao usa, mal nao cuida.
Quem mal ouve, mal responde.
Quem me repreende, me defende.
Quem menos merece, mais reclama.
Quem mente, cai-lhe um dente.
Quem meus filhos beija, minha boca adoca.
Quem muda, deus ajuda.
Quem muito abarca, pouco abraca.
Quem muito ama, muito sofre.
Quem mito burro toca, ha-de ficar para tras.
Quem muito canta, seu mal espanta.
Quem muito chora, muito mija.
Quem muito corre, depressa se cansa.
Quem muito dorme, pouco aprende.
Quem muito fala, pouco acerta.
Quem muito promete pouco cumpre.
Quem muito pula, pouco caca.
Quem murmura, a muito se aventura.
Quem na despesa e frugal, logo aumenta o capital.
Quem nada deseja, nada lhe falta.
Quem nada promete, nada deve.
Qeum nada tem, nada perde.
Quem nao anda com os cestos na vindima tem pouco amor a vinha.
Quem nao aparece, esquece.
Quem nao arrisca, nao petisca.
Quem nao arriscou, nao perdeu nem ganhou.
Quem nao ceia, toda a noite rabeia.
Quem nao chora, nao mama.
Quem nao come por ter comido, a doenca nao e de perigo.
Quem nao confia, nao e de confiar.
Quem nao conta, nao erra.
Quem nao debulha em agosto, debulha contra o seu gosto.
Quem nao deve nao teme.
Quem nao e para comer, nao e para trabalhar.
Quem nao entende, nao aprende.
Quem nao estiver bem, que se mude.
Quem nao gasta, o pouco lhe basta.
Quem nao gosta, nao come.
Quem nao herda, nao medra.
Quem nao ouve conselho, nao chega a velho.
Quem nao podar ate marco, vindima no regaco.
Quem nao pode, arreia.
Quem nao pode dormir, acha a cama mal feita.
Quem nao pode, nao promete.
Quem nao poupa a agua e a lenha nao poupa o mais que tenha.
Quem nao quer ser lobo, nao lhe veste a pele.
Quem nao sabe calar, nao sabe falar.
Quem nao sabe disfarcar, nao sabe reinar.
Quem nao sabe, e como quem nao ve.
Quem nao sabe latim, fica assim...
Quem nao se aventurou, nao perdeu nem ganhou.
Quem nao se enfeita, por si se enjeita.
Quem nao se sente, nao e filho de boa gente.
Quem nao semeia, nao colhe.
Quem nao te conhecer, que te compre.
Quem nao tem cabeca, tem pernas.
Quem nao tem cao, caca com gato.
Quem nao tem dinheiro, nao tem vicios.
Quem nao tem farinha, nao precisa de peneira.
Quem nao tem manha, morre no mar como a aranha.
Quem nao tem maozinhas, nao come bolachinhas.
Quem nao tem sorte, tanto faz correr, como saltar.
Quem nao tem vergonha, todo o mundo e seu.
Quem nao trabuca, nao manduca.
Quem nao vai a palavra, nao vai a pancada.
Quem nao viu lisboa, nao viu coisa boa.
Quem nasce pataca, nao chega a vintem.
Quem nasceu para ser pobre, masi vale a morte que a ma sorte.
Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.
Quem nnca subiu uma montanha, nao conhece a planicie.
Quem o alheio nao sente, nao tem quem o lamente.
Quem o alheio veste, na praca o despe.
Quem oferece nao quer dar.
Quem paga adiantado, nao tem bom resultado.
Quem parte e reparte e nao fica com a melhor parte, ou e tolo ou nao tem arte.
Quem passa o dia a beber, no dia seguinte tem de fazer.
Quem pede, vende-se; quem da, compra.
Quem pedir fiado, paga mais que dobrado.
Quem perde a vergonha, nada mais tem a perder.
Quem perdoa nao esquece.
Quem pergunta quer saber.
Quem pergunta que rsaber.
Quem planta no outono leva um ano de abono.
Quem poda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem pode manda, quem deve obedece.
Quem pode o mais, pode o menos.
Quem porfia mata a caca.
Quem poupa o mau, prejudica o bom.
Quem poupa o seu inimigo, as maos lhe morre.
Quem primeiro chega, primeiro e servido.
Quem procede bem, nao teme ninguem.
Quem procura demais, encontra o que nao quer.
Quem procura sempre encontra.
Quem quer bolota, trepa.
Quem quer bom conselheiro, consulta o travesseiro.
Quem quer festa, sua-lhe a testa.
Quem quer ir longe, prepare bem a sua montada.
Quem quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem quer vai, quem nao quer manda.
Quem quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada.
Quem quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou trates.
Quem quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo.
Quem recebe dado, nao escolhe.
Quem sabe calar, evita guerrear.
Quem sabe nao fala; quem fala nao sabe.
Quem sabe o que se passa no convento, e quem esta la dentro.
Quem sai aos seus nao degenera.
Quem se deita com criancas, acorda molhado.
Quem se deserda antes que morra, precisa de uma cachaporra.
Quem se engana, aprende.
Qeum se engana no caminho, bem enganado vai.
Quem se faz temer, nao se faz amar.
Qeum se levanta a cantar, deita-se a chorar.
Quem se mete por atalhos, nao se livra de trabalhos.
Quem se ofusca, alguma coisa busca.
Quem se queixa, larga a ameixa.
Quem se quer bem, sempre se encontra.
Quem se rala morre cedo.
Quem se veste de ruim pano, veste-se duas vezes por ano.
Quem segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Qeum sem dificuldades vence, sem prazer triunfa.
Qeum semeia e nao segura, pode colher amargura.
Quem semeia, colhe.
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Quem sempre mente, vergonha nao sente.
Quem serve a dois senhores, a algum ha-de enganar.
Quem tarde adenta, tarde aparenta.
Quem tarde vier, come do que trouxer.
Quem te avisa teu amigo e.
Quem te manda a ti, oh sapateiro, tocar rabecao?
Quem te viu e quem te ve.
Quem tem amigos, e rico.
Quem tem amigos, nao morre na cadeia.
Quem tem boca, nao manda soprar.
Quem tem boca vai a roma.
Quem tem bom vizinho, nao tema ruido.
Quem tem burro e vai a pe, mais burro e.
Quem tem calos, nao se meta em apertos.
Quem tem capa, sempre escapa; quem tem gabao, escapara ou nao.
Quem tem cem e deve cem, nada tem.
Quem tem cu tem medo.
Quem tem dinheiro, nao lhe falta companheiro.
Quem tem doenca, abra a bolsa e tenha paciencia.
Quem tem filhos tem cadilhos, e quem nao tem, cadilhos tem.
Quem tem fome, nao olha ao que come.
Quem tem fome, tudo come.
Quem tem ma memoria, comete sempre os mesmos erros.
Quem tem azela, tudo lhe da nela.
Quem tem medo, compra um cao.
Quem te o que e seu na mao dos outros, perde-lo quer.
Quem tem oficio, nao morre de fome.
Quem tem peneiras, nao se livra de asneiras.
Quem tem pressa, vai andando.
Quem tem que perder, perde sempre.
Quem tem quem o chore, todos os dias morre.
Quem tem telhados de vidro, nao atira pedras.
Quem tem tres e gasta quatro, depressa esvazia o saco.
Quem tem unhas, toca guitarra.
Quem tem vergonha, passa mal.
Quem tiver mando, nao tema para ser obedecido.
Quem toca o carrilhao, nao vai na procissao.
Quem tudo quer, tudo perde.
Quem tudo receia, nada teme.
Quem usa, cuida.
Quem vai a festa, tres dias nao presta.
Quem vai a guerra, da e leva.
Quem vai ao ar, perde olugar.
Quem vai ao mar, previne-se em terra.
Quem vai ao vento, perde o assento.
Quem vai muito depressa, pode quebrar a cabeca.
Quem vai seguro, vai longe.
Quem vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
Quem ve caras, nao ve coracoes.
Qeum vier atras,q ue feche a porta.
Qeum vive em paz, dorme em descanso.
Quem vive na taberna, morre no hospital.
Qeum vive sem conta, vive sem honra.
Quer dado e arregacado!
Querer e poder.
Querer ensinar o padre-nosso ao nosso vigario.
Querer sol na eira e chuva no nabal.
Querer tapar o sol com a peneira.
Raposa que dorme nao apanha galinhas.
Recordar e viver.
Rei morto, rei posto.
Remenda o teu pano, que te durara um ano.
Repreensao bem dada, e palavra abencoada.
Responde-se ao tolo, consoante a sua tolice.
Ri-so o roto do esfarrapado, o sujo do mal lavado.
Rico sera, quem bons amigos puder contar.
Rio onde ha piranha, jacare nada de costas.
Riso pronto, miolo tonto.
Rodas e advogados, nao andam sem ser untados.
Roma e pavia nao se fizeram num dia.
Roubar galinhas e vende-las ao dono.
Roupa suja, lava-se em casa.
Rua, que e a sala dos caes!
Ruim marido, pior sem ele.
s. miguel soalheiro, enche o celeiro.
Sabados a chover e bebados a beber, ninguem os pode vencer.
Sabedor e quem nao quer subir muito alto, nem descer demasiado.
Saber esperar e uma virtude.
Saco vazio nao fica de pe.
Sacudir a agua do capote.
Sai mais cara a mecha que o sebo.
Sair melhor do que a encomenda.
Sair o tiro pela culatra.
Salada bem salgada, pouco vinagre e bem azeitada.
Santos de ao pe da porta nao fazem milagres.
Sao desculpas de mau pagador.
Sao dez caes a um osso.
Sao favas contadas!
Sao mais as vozes que as nozes.
Sao mais que as maes.
Sao precisos dois para se dancar um tango.
Sarampo e sarampelo sete vezes vem ao pelo.
Saveis em maio, maleitas de todo o ano.
Saveis po s. Marcos (25/03) enchem os barcos.
Se a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno para vir.
Se as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se bebe para esquecer, pague antes de beber.
Se bebes demais, tropecas e cais.
Se deus nao perdoasse a ladrao, ficava sozinho no ceu.
Se deus o marcou, alguma coisa nele notou.
Se deus quisesse que o homem voasse, tinha-lhe feito asas.
Se es demasiado doce comer-te-ao; se es demasiado amargo, vomitar-te-ao.
Se es velho comilao, encomenta o teu caixao.
Se indulgente e mostraras ser prudente.
Se maome nao vai a montanha, vai a montanha a maome.
Se muito come o tolo, mais tolo e quem lho da.
Se nao arrancas a silveira, sofre a videira.
Se nao convem, nao facas; se nao e verdade, nao digas.
Se nao e boi e vaca.
Se nao fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes.
Se nao gostas, poes na beirinha do prato.
Se nao ha vento, rema.
Se nao podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
Se o cego guia o cego, correm ambos o risco de cair.
Se o cuco nao vem entre marco e abril, ou e morto ou esta para vir.
Se o inverno nao erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Se o primeiro a ouvir e o ultimo a falar.
Se o trabalho da saude, entao trabalhem os doentes.
Se podes olhar, ve; se podes ver, aprecia.
Se queres aprender a rezar, entra no mar.
Se queres bom conselho, pede-o ao velho.
Se queres conhecer o teu corpo, mata o teu porco.
Se queres conhecer o vilao, poe-lhe uma vara na mao.
Se queres o menino correcto, vigia-o de perto.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha, esterca pelo s. Martinho.
Se queres paz, evita a guerra.
Se queres que digam bem de ti, nao digas mal de ninguem.
Se queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo.
Se queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz.
Se queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Se queres ver o teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
Se um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Seara e pao, fogo e destruicao.
Seda em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Segredo de dois, segredo de deus; segredo de tres, o diabo o fez.
Segredo muito encoberto, e sempre descoberto.
Segredos, nem a mulher se devem contar, para nao complicar.
Segue a moda ou abadona o mundo.
Segue tu sempre a razao, muito embora a uns agrade e a outros nao.
Sem dinheiro, nada feito.
Sem ovos nao se fazem omeletas.
Sem saude nao ha felicidade.
Sem tempo nada se faz.
Sem trabalho nada se faz.
Separar o trigo do joio.
Ser mais paista que o papa.
Ser useiro e vezeiro.
Sera bom prudencia quando falta a paciencia.
Seras o que quiseres, se ousares e puderes.
Setembro e o maio do outono.
Setembro molhado, figo estragado.
Silencio, nao significa esquecimento.
Sinal na perna, mulher de taberna.
Sinal no braco, mulher de desembaraco.
Sinal no peito, mulher de respeito.
So deus sabe o que esta para vir.
So deus sabe o que vai na cabeca de cada um.
So fala quem tem que se lhe diga.
So ganha quem joga.
So me saiem duques!
So os cordais merecem ser tratados com cordialidade.
So perde quem tem.
So quem a si se governa, pode governar os outros.
So se morre uma vez.
So sentimos o mal alheio, quando o nosso bate a porta.
So te lembras de sta. Barbara quando troveja.
Sobe devagar, chegaras sem cansar.
Sofrer que nem passarinho, na mao do menino.
Sol de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol de junho madruga muito.
Sol de marco, fere que nem maco.
Sol de marco queima a dama no paco.
Sol e chuva, casamento de viuva.
Sonhar e facil!
Tal pai, tal filho.
Tanto barulho para nada!
Tanto faz da-me como de-me.
Tanto fazdar-lhe na cabeca, como na cabeca lhe dar.
Tantos dias de geada tera maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro.
Tao certo como dois e dois serem quatro.
Tao grande e o marao, nao da seara nem pao.
Tao ladrao e o que vai a horta, como oq ue fica a porta.
Tarde e o que nunca chega.
Tarefa apressada, tarefa estragada.
Tarefa que agrada e depressa acabada.
Teima, mas nao apostes.
Tem muito tempo aquele que nao o perde.
Tem o porco meao pelo s. Joao.
Tem tudo o que lhe apraza, quem com pouco se satisfaz.
Temos muito, falta-nos muito.
Tempo de guerra, mentira na terra.
Tempo e dinheiro.
Tempo e mare, nao esperam por ninguem.
Tenda e preciso quem a entenda, senao que a venda.
Ter cara de quem comeu e nao gostou.
Ter dor de cotovelo.
Ter fraca cara para ser santo.
Ter mais olhos que barriga.
Ter uma aduela partida.
Testemunha so, testemunha nula.
Tirar o cavalinho da chuva.
Tocar os racos a alguem.
Toda a panela tem a sua tampa.
Toda a pergunta tem resposta.
Todo o burro come palha, a questao e saber dar-lha.
Todo o galo tem o seu poleiro.
Todo o homem tem o seu preco.
Todos falam e murmuram, e ninguem olha para si.
Todos os caminhos vao dar a roma.
Todos sao anjos na hora de pedir e diabos na hora de pagar.
Todos tem a sua cruz.
Todos tem a sua hora.
Tola e ovelha que se confessa ao lobo.
Toma em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Tonel mal lavado, vinho estragado.
Tostao a tostao, faz um milhao.
Trabalha e teras, madruga e veras.
Trabalhador prudente evita o acidente.
Trabalhar com mulheres e beber por cabaca.
Trabalhar para aquecer, todos gostamos de nao fazer.
Trabalho apressado, nao da bom resultado.
Trazer o rei na barriga.
Tres, foi a conta que deus fez.
Trigo limpo, farinha amparo.
Trinta dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 tera um e os mais tem 31.
Tristezas nao pagam dividas.
Trovoadas em agosto, abundancia de uva e mosto.
Tu qeu sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei.
Tudo ao monte e fe em deus.
Tudo esta bem quando acaba em bem.
Tudo falta a quem tudo quer.
Tudo o que e pequeno tem graca.
Tudo o que e violento nao dura muito tempo.
Tudo o que entra sai.
Tudo o que vier e ganho.
Tudo se lava, menos a ma lingua.
Tudo se quer no seu tempo; os nabos pelo advento.
Tudo tem o seu preco.
Um abismo chama outro.
Um avarento por causa de um, perde um cento.
Um bom conselheiro, alumia como um candeeiro.
Um bom gato, um bom rato.
Um bom livro e o melhor dos amigos.
Um burro carregado de livros e um doutor.
Um cego nao pode ser juiz em cores.
Um dia nao sao dias.
Um dia vale por dois, para quem diz “ja” e nao “depois”.
Um gesto diz mais que muitas palavras.
Um gosto, mil desgostos.
Um grao nao enche o celeiro, mas ajuda o seu companheiro.
Um mal nunca vem so.
Um mau com outro se quer.
Um padre a pecar,... conta a dobrar.
Um por todos e todos por um.
Um tolo tem sempre outro que o admira.
Uma agua de maio e tres de abril valem por mil.
Uma andorinha so, nao faz a primavera.
Uma boca, uma sopa.
Uma coisa e dizer, outra e fazer.
Uma desgraca nunca vem so.
Uma gota de mel apanha mais moscas que um tonel de vinagre.
Uma imagem vale mais que mil palavras.
Uma maca por dia mantem o medico longe.
Uma mao lava a outra e ambas o rosto.
uma mentira descobre outra.
Uma onca de bom senso vale um arratel de espirito.
Uma ovelha ma poe o rebanho a perder.
Uma vez nao sao vezes.
Unidos resistimos, divididos caimos.
Uns comem os figos, outros rebenta-lhes a boca.
Uns dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Uns sao filhos, outros sao enteados.
Usa e seras mestre.
Vai-se indo e vai-se vendo.
Vai-te lucro que me das percas.
Vale mais a nacao, que a criacao.
Vale mais quem deus ajuda do que quem muito madruga.
Vamos a vida que a morte e certa, embora em data incerta.
Vao as leis onde querem os reis.
Vao-se os amores, ficam as dores.
Vao-se os aneis, ficam os dedos.
Vaquinha que nao come com o bois, ou comeu antes ou come depois.
Vaso ruim nunca quebra.
Ve-se na adversidade o que vale a amizade.
Velho como a se de braga!
Velho enamorado, velho enterrado.
Velho mudado, velho enterrado.
Velho que de si cura, cem anos dura.
Velhos sao os farrapos.
Vem a ventura a quem a procura.
Vencer a si proprio, vale mais que vencer todos.
Vento de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Ver onde param as modas.
Ver para crer, como o s. Tome.
Verde e esperanca.
Vermelho ao mar, calor de rachar.
Vermelho na serra, chuva na terra.
Vindima em outobro que... s. Martinho to dira (11 de novembro).
Vindima molhada, pipa depressa despejada.
Vinha entre vinhas, casa entre vizinhas.
Vinha que rebenta em abril, da pouco vinho para o barril.
Vinho de boa cepa e filha de boa mae.
Vinho de marco, colhe-se no regaco.
Vinho e amigo, o mais antigo.
Vinho e medo descobrem o segredo.
Vinho, mulheres e tabaco, poem um homem fraco.
Vinho, ouro e amigo, quanto mais velho melhor.
Vinho que baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Vinho que nasce em maio vai para o gaio; se nasce em abril, vai ao funil; se nasce em marco, fica no regaco.
Vinho tirado e vinho bebido.
Vinho turvo e pao quente, sao inimigos da gente.
Vinho verde em janeiro e mortalha no telheiro.
Viro o disco e toca o mesmo.
Virar o bico ao prego.
Virou-se o feitico contra o feiticeiro.
Viuva rica, casada fica.
Viver de credito e pagar dobrado.
Vontade de rei nao conhece lei.
Voz do povo, voz de deus.
Vozes de burro nao chegam ao ceu.
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

Temas

A agricultura

A gua que no verao ha-de regar, em abril ha-de ficar.
A azeitona e a fortuna, as vezes muita, as vezes nenhuma.
A erva ruim nao queima a geada.
A fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro nao for secalhao e o rapaz nao for ladrao.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril frio: pao e vinho.
Aduba as terras e veras como medras.
Agosto amadurece, setembro vidimece.
Agosto debulhar, setembro vindimar.
Ai por sant’ana, limpa a pragana.
Ai vem o meu irmao marco, que fara o que eu nao faco.
Ano de ameixa, ano de muita queixa.
Ano de nevao, ano de muito pao.
Ano seco, ano bom.
Ate ao lavar dos cestos e vindima.
Ate ao s. Pedro o vinho tem medo.
Aveia de fevereiro enche o celeiro.
Cada um colhe aquilo que semeia.
Caindo o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
Cava fundo em novembro para plantares em janeiro.
Chovam trinta maios e nao chova em junho.
Chuva de ascensao nao da palhas nem pao.
Chuva em janeiro e nao frio, vai dar riqueza ao estio.
Chuva fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Depois dos santos, neve nos campos.
Depois que o menino nasceu, tudo cresceu.
Dia de s. Barnabe seca-lhe a palha pelo pe.
Dia de s. Lourenco, vai a vinha e enche o lenco.
Em 1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires terrear, poe-te a cantar.
Em fevereiro chuva, em agosto uva.
Em julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando, o vou limpando.
Em junho, foicinha em punho.
Em marco o sol rega e a chuva queima.
Em novembro, poe tudo a secar, que pode o sol nao voltar.
Em outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em outobro semeia e cria, teras alegria.
Em setembro, lavra, semeia e colhe que e mes para tudo.
Em terra ruim, nao se gaste boa semente.
Fevereiro enxuto roi mais pao do que quantos ratos ha no mundo.
Frutos e amores, os primeiros sao os melhores.
Gaba-te cesto, que logo vais a vindima.
Galinhas de s. Joao, pelo natal poedeiras sao.
Inverno de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Janeiro molhado, se nao cria pao, cria gado.
Maio coveiro nao e vinhateiro.
Maio frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Maio hortelao, muita parra e pouco grao.
Maio pardo, centeio grado.
Marco chuvoso, s. Joao farinhoso.
Marco marcagao, curas meadas, esteiras nao.
Mata a sede a terra que ela te matara a fome.
Melhor e que pleo natal, tenha o alho bico de pardal.
Muita parra, pouca uva.
Nao ha bom mosto, colhido em agosto.
Nao ha maior amigo que o julho com seu trigo.
Nasce erva em marco, ainda que lhe deem com o maco.
Neve em fevereiro, pressagio de mau celeiro.
Nevoas de agosto, nem bom nabo, nem bom magusto.
Nevoeiro de s. Pedro, poe o vinho a medo.
No po semeia que setembro to pagara.
O medo guarda a vinha que nem o vinhateiro.
O mes de agosto sera gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro.
O primeiro milho e para os pardais.
Oliveira a do meu avo, figueira a do meu pai e vinha a que eu plantar.
Outobro chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Para colher, e preciso semear.
Passar como um cao por vinha vindimada.
Pela sta. Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho).
Pela sta. Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, sera a vindima.
Pelo s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo s. Martinho, abatoca o teu pipinho.
Pelo s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, ja te nao faz dano.
Pelo s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Pelo s. Mateus nao a pecas a deus (chuva).
Pelo s. Matias, comecam as enxertias.
Pelo s. Silvestre, nem no alho nem na reste.
Pelo s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Pelos santos, neve nos campos. Poda curta, vindima longa.
Podar em marco e ser madraco.
Podar em marco ou no folhato.
Por s. Clemente, alca a mao da semente.
Por s. Gil aduba teu candil.
Por s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por s. Martinho, semeia o teu linho.
Por santo urbao, gaviao na mao.
Por santos, semeia trigo e colhe cardos.
Quando em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando maio chegar, e preciso enxofrar.
Quando nao chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.
Quem em abril nao varre a eira e em maio nao sacha a leira, anda todo o ano em canseira.
Quem em maio relva nao tem pao nem erva.
Quem nao anda com os cestos na vindima tem pouco amor a vinha.
Quem nao debulha em agosto, debulhacontra o seu gosto.
Quem nao podar ate marco, vindima no regaco.
Quem nao semeia, nao colhe.
Quem planta no outono leva um ano de abono.
Quem pda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada.
Quem semeia e nao segura, pode colher amargura.
Quem semeia, colhe.
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Quem vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
Querer sol na eira e chuva no nabal.
s. miguel soalheiro, enche o celeiro.
Se as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se nao arrancas a silveira, sofre a videira.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Se queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Seara e pao, fogo e destruicao.
Separar o trigo do joio.
Setembro molhado, figo estragado.
Trovoadas em agosto, abundancia de uva e mosto.
Tudo se quer no seu tempo; os nabos pelo advento.
Uma agua de maio e tres de abril valem por mil.

A agua

A agua corre sempre para o mar.
A agua lava tudo menos as mas linguas.
A agua que no verao ha-de regar, em abril ha-de ficar.
A preguica morreu de sede a beira da agua.
Abre o poco antes que tenhas sede.
Afoga-se mais gente em vinho do que em agua.
Agua corrente nao mata gente.
Agua da, agua leva.
Agua e conselhos so se dao a quem os pedir.
Agua fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Agua fria lava e cria.
Agua mole em pedra dura, tanto bate ate que fura.
Aguas passadas nao movem moinhos.
Aguas verdadeiras, por s. Mateus as primeiras.
Cada um leva a agua ao seu moinho.
Com melao vinho bom, e com melancia agua fria.
Dinheiro mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Em abril, aguas mil, canta o carro e carril.
Fazerr bem a vilao ruim e lancar agua em cesto roto.
Fazer uma tempestade num copo de agua.
Gato escladado, de agua fria tem medo.
Lua com “circo”, traz agua no bico.
Mal vai portugal, se tres cheias nao vierem ate ao natal.
Nao sujes a agua que has-de beber.
Nunca digas desta agua nao beberei.
O fogo e a agua sao maus amos e bons criados.
O pote tanto vai a bica, que um dia la fica.
Os rios correm para o mar.
Pelo s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pequenos mananciais formam grandes rios.
Por s. Vicente toda a agua tem valor.
Qaundo deus quer, agua fria e remedio.
Quem bebe agua nao se empenha.
Quem nao poupa a agua e lenha nao poupa o mais que tenha.
Rio onde ha piranha, jacare nada de costas.
Sacudir a agua do capote.
Uma agua de maio e tres de abril valem por mil.

Amizades/companhias

A amizade nao tem preco.
A amizade vive de provas.
A casa do teu amigo nao vas sem ser convidado.
A falta do amigo ha-de-se conhecer, mas nao aborrecer.
A ma companhia torna o bom, mau e o mau pior.
A saudade e a companheira dos que nao tem companhia.
A verdadeira miazade dura uma eternidade.
Amigo de bom tempo, muda-se com o vento.
Amigo de mesa nao e de firmeza.
Amigo de um, inimigo de nenhum.
Amigo do meu amigo, meu amigo e.
Amigo fiel e prudente vale mais do que parente.
Amigo na necessidade, e amigo de verdade.
Amigo nao empata amigo.
Amigo que nao presta e faca que nao corta, que se percam, pouco importa.
Amigo reconciliado, inimigo dobrado.
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Amigos, amigos, negocios a parte.
Amigos de longe, contas de perto.
Amigos e livros, querem-se poucos mas bons.
Amigos no emprestar, inimigos no entregar.
Amigos que desaparecem, esquecem.
Amor sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Ao amigo, ama-o com o seu vicio.
Ao amigo nao encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Ao amigo que nao e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao amigo que pede, nao se diz amanha.
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamaparam.
Aonde te querem muito, nao vas amiude.
Aquele que conta dez amigos, nao tem um.
As boas contas fazem os bons amigos.
Ave so nao faz ninho.
Aves da mesma pena andam juntas.
Boa amizade e um segundo parantesco.
Boas contas fazem boas amizades.
Bom e ter amigos, enm que seja no inferno.
Bons amigos, bons conselhos.
Bons livros, bons amigos.
Cada ovelha com sua parelha.
Cada panela tem o seu testo.
Cada qual com seu igual.
cem amigos e pouco, um inimigo e muito.
De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
Defeitos do meu amigo, lamento mas nao maldigo.
Deus me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei as manhas que tens.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem es.
Do amigo nao esperes, aquiloq ue tu puderes.
Duas pedras duras nao fazem farinha.
Duro com duro nao faz bom muro.
E na ausencia que se conhece a falta.
Em tempos de figos, nao ha amigos.
Enquanto o ouro luz, os amigos sao de truz.
Junta-te aos bons e seras como eles, junta-te aos maus e seras pior que eles.
Junto a panela que ferve, nao faltam amigos.
Maca podre apodrece um cento.
Masi perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais vale so que mal acompanhado.
Merenda comida, companhia desfeita.
Na necessidade se prova a amizade.
Na ha maior amigo que o julho com seu trigo.
Nao ha maior parente que amigo fiel e prudente.
Nao queiras mais ao amigo do que ele quer contigo.
Nem amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
No aperto e no perigo e que se conhece o amigo.
Nunca falta um chinelo velho para um pe manco.
O bom, junto ao pequeno fica maior e junto ao mau fica pior.
Onde todos ajudam, nada custa.
Os amigos dos meus amigos, meus amigos sao.
Os amigos sao para as ocasioes.
Pela aragem se ve quem vai na carruagem.
Pior e fingido amigo que declarado inimigo.
Quem a boa arvore se chega, boa sombra o cobre.
Quem empresta a um amigo, cobra a um inimigo.
Quem nao aparece, esquece.
Quem quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste.
Quem se quer bem, sempre se encontra.
Quem te avisa teu amigo e.
Quem tem amigos, e rico.
Quem tem amigos, nao morre na cadeia.
Quem tem dinheiro, nao lhe falta companheiro.
Rico sera, quem bons amigos puder contar.
Sao precisos dois para se dancar um tango.
Toda a panela tem a sua tampa.
Um bom livro e o melhor dos amigos.
Um grao nao enche o celeiro, mas ajuda o seu companheiro.
Um mau com outro se quer.
Um por todos e todos por um.
Uma mao lava a outra e ambas o rosto.
Uma ovelha ma poe o rebanho a perder.
Ve-se na adversidade o que vale a amizade.
Vinho e amigo, o mais antigo.

Amor/paixao

A imagem do que amamos e como a nossa sombra, segue-nos por toda a parte.
A paixao torna o homem cego, surdo e... e burro!
Amar e dar alguem o poder de nos causar sofrimento.
Amor a quanto obrigas.
Amor ausente, amor para sempre.
Amor com amor se paga.
Amor da praia, fica enterrado na areia.
Amor de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Amor de velho, ciumes de novo.
Amor e fe, nas obras se ve.
Amor e morte, nada e mais forte.
Amor que nasce de subito, mais tempo leva a curar.
Amor sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Amor sem vintem, nao governa ninguem.
Amor verdadeiro nao envelhece.
Amores arrufados, amores dobrados.
Apaixonado nao admite conselhos.
Arrufos de namorados, amores dobrados.
Azar ao jogo, sorte no amor.
Bem ama quem nao esquece.
Briga de namorados, amores dobrados.
E dos carecas que elas gostam mais.
Eu gosto de quem gosta de mim.
Frutos e amores, so primeiros sao os melhores.
Longe de vista, longe do coracao.
Mal de amor nao tem cura.
Maos frias, coracao quente, amor para sempre.
Longe de vista, longe do coracao.
Mal de amor nao tem cura.
Maos frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos quentes, coracao frio, amor vadio.
Muito amor, muito perdao.
Muito padece quem ama.
Mulher que a dois ama, aos dois engana.
Nao ha amor como o primeiro.
No amor, quem foge e vencedor.
Nunca e tarde para aprender.
O amor de mae e cego.
O amor e cego, mas ve.
O amor e como a lua; quando nao cresce mingua.
O amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
O amor e fogo que arde sem se ver.
O amor nao escolhe idades.
O cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O pouco nos basta, o muito se gosta.
Onde manda o amor, nao ha outro senhor.
Para curar um amor, so outro grande amor.
Para onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Parir e dor, criar e amor.
Quanto mais me bates, mais gosto de ti.
Quanto mais prima, mais se lhe arrima.
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Quem ama, o longe faz perto.
Quem meus filhos beija, minha boca adoca.
Quem muito ama, muito sofre.
Quem nao tem sorte ao jogo, tem sorte no amor.
Quem se faz temer, nao se faz amar.
Vao-se os amores, ficam as dores.
Velho enamorado, velho enterrado.

Os animais

A abelha-mestra nao tem sesta, e se a tem, pouca e depressa.
A albarda nunca pesou ao burro.
A brincar a brincar, o macaquinho casou com a mae.
A burro velho, capim novo.
A cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A cada bacorinho vem seu s. Martinho.
A cavalo dado nao se olha ao dente.
A doenca vem a cavalo e vai a pe.
A fome faz sair o lobo do mato.
A galinha da vizinha e melhor que a minha.
A galinha, onde tem os ovos, tem os olhos.
A montanha pariu um rato.
A mordedura do cao cura-se com a baba do mesmo.
A mulher e a sardinha, nem da maior nem da mais pequenina.
A mulher e a sardinha querem-se da mais maneirinha.
A mulher e o peixe no mar, sao dificeis de apanhar.
A paixao torna o homem cego, surdo e... e burro!
A pensar morreu um burro.
A pia e a mesma, os porcos e que mudam.
A primeira cavadela, minhoca.
A quem se faz mel, moscas o comem.
A raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A tres de abril, o cuco ha-de vir.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Agora e que a porca torce o rabo.
Ai miguel, miguel, que nao tens abelhas e vendes mel.
Albarda-se o burro a vontade do dono.
Alto!... a burra deu um salto.
Amor de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Anda em capa de letrado, muito asno disfarcado.
Antao era pastor, olhava cabras e tocava tambor.
Antes burro vivo, que sabio morto.
Antes dar ao gato do que leve o rato.
Ao afortunado, ate os galos poem ovos.
Ao pobre ate os caes ladram.
Aparelha-se o cavalo a vontade do dono.
Aqui ha gato!...
Arre ca, orelhudo, diz o asno ao burro.
As boas maneiras distinguem os homems dos bichos.
As pulgas vem com as favas e vao com as uvas.
Ave so nao faz ninho.
Aves da mesma pena andam juntas.
Basta arranhares um homem para encontrares um animal.
Basta uma ovelha ranhosa para perder o rebanho.
Bem sabe a burra, diante de quem zurra.
Bem se lambe o gato, depois de farto.
Borreguinha mansa, mama a sua teta... e a alheia.
Branco e, galinha o poe.
Burra velha nao toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro com fome, cardos come.
Burro morto, cevada ao rabo.
Burro velho nao aprende linguas.
Burro velho nao tem andadura, e se a toma, pouco dura.
Cabra manca nao tem sesta.
Cada macaco no seu galho.
Cada ovelha com sua parelha.
Cada passarinho gosta do seu ninho.
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha.
Caes e lobos comem todos.
Cao na igreja, toda a gente o apedreja.
Cao que ladra nao morde (enquanto ladra).
Capoeira onde ha gato, nao canta galinha.
Caranguejo que dorme, mare o leva.
Cavalo que voa nao quer espora.
Coelho casa com coelha e nao com ovelha.
Com o mal que faz o lobo, folga o corvo.
Comer gato por lebre.
Conselho de raposas, morte de galinhas.
Cria corvos e eles te comerao os olhos.
Criados e bois um ano ou dois.
Da garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha.
De burros nao se espera senao coices.
De focinho de cao nao se tira manteiga.
De homem para homem nao vai forca de boi.
De noite todos os gatos sao pardos.
De raminho em raminho, o passarinho faz o seu ninho.
Dia de s. Bras a cegonha veras e se nao a vires, o inverno vem atras.
Dormem os gatos, descansam os ratos.
Dos santos ao natal, vai um salto de pardal.
E cao que nao conhece dono.
E fino como um rato!
E ma como as cobras!
E rainha a galinha que poe os ovos na vindima.
Em abril, cada pulga da mil.
Em abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em boca fechada nao entra mosca.
Em casa do goncalo mais manda a galinha que o galo.
Em janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em janeiro, um salto de carneiro.
Em terra de lobos uiva-se com eles.
Em tua casa nao tens sardinha e na alheia pedes galinha.
Entrada de leao, saida de carneiro.
Es esperto, mas nao cacas ratos.
Espirro de bode e sinal de chuva.
Estar como um boi a olhar um palacio.
Eu seja cao!
Fevereiro enxuto roi mais pao dos que quantos ratos ha no mundo.
Ficar tudo em aguas de bacalhau.
Filho de burro um dia da coice.
Filho de gato, mata rato.
Filho de peixe,  peixinho e.
Filho de peixe sabe nadar.
Flor no peito, um burro perfeito.
Foge do maldizente, como da serpente.
Frango de janeiro canta a meia-noite em ponto.
Freio de ouro nao melhora o cavalo.
Gaiola bonita nao faz cantar o canario.
Gaivotas em terra, tempestade no mar.
Galinha de campo nao quer capoeira.
Galinha gorda por pouco dinheiro, nao ha poleiro.
Galinha que canta quer galo.
Galinhas de s. Joao, pelo natal poedeiras sao.
Galo pedres nao o vendas nem o des.
Gato escladado, de agua fria tem medo.
Gato escondido com or abo de fora.
Gato miador, ruim cacador.
Grandes peixes se pescam em grande srios.
Grao a grao enche a galinha o papo.
Ha muitas maneiras de matar pulgas.
Hospede e pescada, aos tres dias enfada.
Janeiro molhado, se nao cria pao, cria gado.
Julga-se sempre o lobo maior do que ele e.
Junho abafadico, sai a abelha do cortico.
Lavrador, antes sem orelhas que sem ovelhas.
Lerpar como o cao do miguel.
Liga-se ao coice conforme o burro.
Livra-te do homem que nao fala e do cao que nao ladra.
Lobo nao come lobo.
Ma vizinha a porta e pior que lagarta na horta.
Macaco velho nao mete a mao em cumbuca.
Mais quero asno que me leve, a cavalo que me derrube.
Mais vale um passaro na mao que dois a voar.
Marco marcagao, de manha cara de cao, ao meio-dia de rainha e a noite de fuinha.
Melhor e que pelo natal, tenha o alho bico de pardal.
Morreu o bicho, acabou-se a pessonha.
Muito pode o galo no seu poleiro.
Muito sabe a raposa, mas quem a apanha sabe mais.
Mula que faz him e mulher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher arrenegada e pior que vibora assanhada.
Mulher boa, ave rara.
Nao acordes o gato que dorme.
Nao contar com o ovo no cu da galinha.
Nao contes os pintos senao depois de nascidos.
Nao des a ovelha a guardar ao lobo.
Nao des perolas a porcos.
Nao e com vinagre que se apanham moscas.
Nao e por ai que o gato vai as filhos.
Nao e por ter grandes orelhas que o burro vai a feira.
Nao ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.
Nao se cacam lebres tocando tambor.
Nao se pescam trutas a bragas enxutas.
Nariz de cao e cu de gente, nunca esta quente.
Nem sempre galinha, nem sempre sardinha.
Nem tudo o que vem a rede e peixe.
Nem um dedo faz a mao, nem uma andorinha faz o verao.
No dia de santo andre diz o porco “quie”,”quie”.
No dia de santo andre, vai a esquina e traz o porco pelo pe.
No s. Joao a sardinha pinga no pao.
No tempo do cuco, tanto esta molhado com enxuto.
O bom cao nao ladra em falso.
O cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O dono do boi e quem pega no chifre.
O mocho nao entra no ninho da calandra.
O olho do dono e que engorda o cavalo.
O pavao quanto mais levanta a cauda mais se lhe ve o rabo.
O peixe que se escapa do anzol e sempre enorme...
O primeiro milho e para os pardais.
O que se da ao rato, da-se ao gato.
Onde ha galo, nao canta galinha.
Os caes ladram e a caravana passa.
Os homems inteligentes mudam de opiniao, os burros nao.
Os homems mostram a sua superioridade por dentro; os animais, por fora.
Ou entra mosca ou sai asneira.
Ovelha que bale, bocado que perde.
Pagar com o pelo do mesmo cao.
Papagaio come o milho, periquito leva a fama.
Para quem e, bacalhau basta.
Para tras mija a burra!
Passar como um cao por vinha vindimada.
Passaros de arribacao, tao depressa estao como vao.
Peixe nao puxa carroca.
Pela boca morre o peixe.
Pela sta. Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho).
Pelo cao, se respeita o patrao.
Pelo s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo tempo do cuco, de manha molhado e a tarde enxuto.
Pintainho de janeiro nao vai com a mae ao poleiro.
Por morrer uma andorinha, nao acaba a primavera.
Por o carro a frente dos bois.
Por um cravo se perde um cavalo.
Porco fresco e vinho novo: cristao morto.
Preso por ter cao, preso por nao ter.
Quando dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quando e velho o cao, se ladra e porque tem razao.
Quando em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando o amo e glutao, passam fome o criado e o cao.
Quando um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quando uma galinha cacareja, a outra copeja.
Qaunto mais conheco os homems, mais gosto dos animais.
Quanto mais ratos se matam, mais raros ficam.
Quem burro vai a roma, burro de la vem.
Quem cabritos vende e cabras nao tem, de algum lado vem.
Quem com porcos se mistura, farelo come.
Quem muito burro toca, algum ha-de ficar para tras.
Quem nao quer ser lobo, nao lhe veste a pele.
Quem nao tem cao, caca com gato.
Quem nao tem manha, morre no mar como a aranha.
Quem tem burro e vai a pe, mais burro e.
Quem tem medo, compra um cao.
Raposa que dorme nao apanha galinhas.
Roubar galinhas e vende-las ao dono.
Sao dez caes a um osso.
Saveis em maio, maleitas de todo o ano.
Saveis por s. Marcos enchem os barcos.
Se as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se nao e boi e vaca.
Se o cuco nao vem entre marco e abril, ou e morto ou esta para vir.
Se queres ver o teu porco, mata o teu corpo.
Se um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Sofrer que nem um passarinho, na mao do menino.
Tem o porco meao pelo s. Joao.
Tirar o cavalinho da chuva.
Todo o burro come palha, a questao e saber dar-lha.
Todo o galo tem o seu poleiro.
Tola e aovelha que se confessa ao lobo.
Um bom gato, um bom rato.
Um burro carregado de livros e um doutor.
Uma andorinha so, nao faz a primavera.
Uma gota de mel apanha mais moscas que um tonel de vinagre.
Uma ovelha ma poe o rebanho a perder.
Vaquinha que nao come com os bois, ou comeu antes ou come depois.
Vozes de burro nao chegam ao ceu.

Aprender

A gente so aprende quando e tarde demais.
Aprende e saberas.
Aprende e seras mestre.
Aprender ate morrer.
Aprender e como remar contra a corrente; e so parar e anda-se para tras.
Burro velho nao aprende linguas.
Casa de pais, escola de filhos.
Desmanchar e fazer, tudo e aprender.
Do trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Mais se sabe por experiencia que por teoria.
Ninguem nasce ensinado.
Nunca e tarde para aprender.
O bom gosto nao se ensina.
Pergunta e saberas.
Quanto mais aprendo, menos sei.
Quem burro vai a roma, burro de la vem.
Quem ler, leia para aprender.
Quem muito dorme, pouco aprende.
Quem pergunta quer saber.
Quem se engana, aprende.
Se queres aprender a rezar, entra no mar.

Avareza/ambicao

A ambicao cerra o coracao.
A ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A avareza e a origem de todo o mal.
A boca do ambicioso so se enche com a terra da sepultura.
A pai avarento, filho prodigo.
Ao avarento, tanto lhe falta o que tem como o que nao tem.
Ao pobre falta muito ao avarento tudo.
Maos que nao dais, porque esperais?
Pedir a avarento e cavar no mar.
Quanto mais se tem, mais se quer.
Quem tudo quer, tudo perde.
Temos muito, falta-nos muito.
Tudo falta a quem tudo quer.
Um avarento por causa de um, perde um cento.

As bebidas

A bebida quer-se comida e a comida bebida.
Abril frio: pao e vinho.
Aceita, sem receio, azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio.
Afoga-se mais gente em vinho do que em agua.
Antes das sopas, molham-se as bocas.
Aquele que sobre salada nao bebe, nao sabe o que perde.
Ate ao s. Pedro o vinho tem medo.
Beber vinho nao e beber siso.
Bebidas fortes, homems fracos.
Bom comer, tres vezes beber.
Bom vinho escusa pregao; bom peso faz vender o pao.
Bem vinho, ma cabeca.
Carne que baste, vinho que farte e pao que sobre.
Casa onde caibas, vinho quanto bebas, terra quanta vejas.
Chuva no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Com melao vinho bom, e com melancia agua fria.
Com melao vinho de tostao.
Com pao e vinho ja se anda caminho.
Com peras vinhos bebas, mas nao tanto que nade uma em cada canto.
Comer e beber, so o que apetecer.
Conselho de vinho, falso caminho.
Depois das sopas molham-se as bocas.
Depois de comer e beber, cada qual da o seu parecer.
Dia de s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Do vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder.
E como o vinho do porto, quanto mais velho melhor.
Entra o beber, sai o saber.
Estar como bebado no meio da ponte.
Eu ca sou como o jacinto, tanto bebe branco como tinto.
Gota a gota, o tonel se esgota.
Jogo e bebida: casa perdida.
Maio coveiro nao e vinhateiro.
Maio frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Mau vinho, bom vinagre.
Mel novo, vinho velho.
Mulher e vinho enganam o mais fino.
Mulher que bebe, tarde paga o que deve.
Nao bebas coisa que nao vejas, nao assines papel que nao leias.
Nao ha bom mosto, colhido em agosto.
Nao sei o que faca, se beba o vinho, se parta a cabeca.
Nao sujes a agua que has-de beber.
Nao vas sem a borracha a caminho e, se a levares, nao seja sem vinho.
Nevoeiro de s. Pedro, poe o vinho a medo.
Ninguem se embebeda com vinho da sua adega.
No dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No vinho esta a verdade.
O bom mosto sai ao rosto.
O vinho e que “induca” e o fado e que “instroi”.
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Por s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Porco fresco e vinho novo: cristao morto.
Quando o vinho desce, as palavras sobem.
Quem bebe e canta seu mal espanta.
Quem ca fica come e bebe, e a paixao logo se vai.
Quem come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem do vinho e amigo, cedo esta perdido.
Quem poda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem viva na taberna, morre no hospital.
Sabados a chover e bebados a beber, ninguem os pode vencer.
Se bebe para esquecer, pague antes de beber.
Se bebes demais, tropecas e cais.
Ter uma aduela partida.
Tocar os arcos a alguem.
Tonel mal lavado, vinho estragado.
Trabalhar com mulheres e beber por cabaca.
Vindima molhada, pipa depressa despejada.
Vinha que rebenta em abril, da pouco vinho para o barril.
Vinho de boa cepa e filha de boa mae.
Vinho de marco, colhe-se no regaco.
Vinho e amigo, o mais antigo.
Vinho e medo descobrem o segredo.
Vinho, mulheres e tabaco, poem um homem fraco.
Vinho, ouro e amigo, quanto mais velho melhor.
Vinhoq ue baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Vinho que nasce em maio vai para o gaio; se nasce em abril, vai ao funil; se nasce em marco, fica no regaco.
Vinho turvado e vinho bebido.
Vinho turvo e pao quente, sao inimigos da gente.
Vinho verde em janeiro e mortalha no telheiro.

Os burros

A albarda nunca pesou ao burro.
A burro velho, capim novo.
A paixao torna o homem cego, surdo e... e burro!
A pensar morreu um burro a vontade do dono.
Alto!... a burra deu um salto.
Antes burro vivo, que sabio morto.
Arre ca, orelhudo, diz o asno ao burro.
Bem sabe a burra, dainte de quem zurra.
Burra velha nao toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro com fome, cardos come.
Burro morto, cevada ao rabo.
Burro velho nao aprende linguas.
Burro velho nao tem andadura, e se a toma, pouco dura.
De burros nao se espera senao coices.
Filho de burro um dia da coice.
Flor no peito, um burro perfeito.
Liga-se ao coice conforme o burro.
Nao e por ter grande orelhas que o burro vai a feira.
Os homems inteligentes mudam de opiniao, os burros nao.
Para tras mija a burra!
Quando dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quem burro vai a roma, burro de la vem.
Quem muito burro toca, algum ha-de ficar para tras.
Quem tem burro e vai a pe, mais burro e.
Se um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Todo o burro come palha, a questao e saber dar-lha.
Um burro carregado de livros e um doutor.
Vozes de burro nao chegam ao ceu.

O casamento

A boda e ao baptizado, nao vas sem ser convidado.
Antes de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar tres.
Antes homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Antes marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Antes que cases olha o que fazes.
Aquilo que deus uniu, jamais o homem podera separar.
Boda molhada, boda abencoada.
Casa teu filho quando ele quiser e a tua filha quando puderes.
Casamento, apartamento.
Casamento e mortalha, no ceu se talha.
Coelho casa com coelha e nao com ovelha.
Contrato de casamento leva consigo o testamento.
Da galiza, nem bom vento nem bom casamento.
Depois da filha casada, nao lhe faltam pretendentes.
Deus os fez, deus os juntou.
E bem casada a que nao tem sogra nem cunhada.
Entre marido e mlher, cortesia se quer.
Entre marido e mulher, nao se meta a colher.
Homem casado, nem bom marido nem bom soldado.
Ir a guerra ou casar, nao se deve aconselhar.
Mau pai, mau marido.
Melao e casamento sao coisas de acertamento.
Nao ha casamento sem choro, nem funeral sem riso.
Nao ha domingo sem sol, nem noiva sem lencol.
Pobre e namoradeira, toda a vida solteira.
Por casa nem por vinha, nao cases com mulher parida.
Quem casa a correr, tem toda a vida para se arrepender.
Quem casa nao pensa; quem pensa nao casa.
Quem casa quer casa.
Quem enganar, tem de casar.
Se queres ver teu marido, da-lhe couves em agosto.
Sol e chuva, casamento da viuva.
Viuva rica, casada fica.

Chorar

A mulher ri quando pode e chora quando quer.
Antes a crianca chore que a mae suspire.
Antes trabalhar que chorar.
Canta que logo choras.
Choupana onde se ri, vale mais que palacio onde se chora.
Dinheiro emprestado sai rindo e volta chorando.
Em 1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires terrear, poe-te a cantar.
Mal que se ignora, coracao que nao chora.
Mulher que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar.
Nao adianta chorar, depois do leite derramado.
O amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
Quem canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Quem muito chora, nao mama.
Quem se levanta a cantar, deita-se a chorar.
Quem tem quem o chore, todos os dias morre.
Se a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno para vir.

A chuva

Chuva civil nao molha militares.
Chuva de ascensao nao da palhas nem pao.
Chuva em janeiro e nao frio, vai dar riqueza ao estio.
Chuva fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Chuva que nao acaba ao meio-dia, e chuva para todo o dia.
De santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
Dos santos ao advento, nem muita chuva nem muito vento.
E como chover no molhado.
Em fevereiro chuva, em agosto uva.
Em marco o sol rega e a chuva queima.
Espirro de bode e sinal de chuva.
Lua a tardinha, co seu anel, da chuva a noite a granel.
Natal ao lar(chuva), pascoa a assoalhar.
Pelo s. Mateus nao a pecas a deus (chuva).
Por muito que queira julho ser, pouco ha-de chover.
Quando chover em agosto, nao gastes o teu dinheiro em mosto.
Quando deus queria, ate do norte chovia.
Quando nao chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.
Quando nao chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
Quem anda a chuva, molha-se.
Querer sol na eira e chuva no nabal.
Sabados a chover e bebados a chover, ninguem os pode vencer.
Sol e chuva, casamento de viuva.
Tirar o cavalinho da chuva.
Vento de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Vermelho na serra, chuva na terra.

Comer/comidas

A bebida quer-se comida e a comida bebida.
A comida depois de passada a goela, o estomago que se entenda com ela.
A falta de pao, ate migalhas vao.
A fome e cozinheira.
A fome e o melhor tempero.
A fome espreita a porta de quem trabalha, mas nao entra em casa.
A fome faz sair o lobo do mato.
A hora de comer e a mais curta.
A quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
A racao nao e para quem se talha, e para quem a come.
Amigo de mesa nao e de firmeza.
Antes das sopas, molham-se as bocas.
Antes minha face com fome amarela, que vergonha nela.
Antes morrer arruinado, que viver esfaimado.
Antes sem ceia do que sem candeia.
Ao mesmo tempo soprar e sorver, nao pode ser.
Apressado come cru.
Ar e vento, e meio sustento.
Barriga cheia, companhia desfeita.
Barriga cheia e pe dormente, nao dura sempre.
Barriga vazia nao tem alegria.
Bem canta a marta depois de farta.
Bem mal ceia quem come de mao alheia.
Bem se lambe o gato, depois de farto.
Boca de rico, bolsa de pobre.
Bocejo longo ou e fome, ou sono, ou ruindade do dono.
Bolo torto nao perde o gosto.
Bom comer, tres vezes beber.
Bom rei, se quereis que vos sirva, dai-me de comer.
Burro com fome, cardos come.
Cada um come doq ue gosta.
Cada um come o que e seu.
Cada um come o que e seu.
Caes e lobos comem todos.
Caldo sem pao, no inferno dao.
Capa e merenda nunca pesaram.
Carne que baste, vinho que farte e pao que sobre.
Casa onde comem dois, comem tres.
Casa onde nao ha pao, todos ralham e ninguem tem razao.
Cautela e cnaja de galinha nunca fizeram mal a ninguem.
Com pao e vinho ja se anda caminho.
Com papas e bolos se enganam os tolos.
Com teu amo nao jogues as peras, ele come as maduras e deixa-te as verdes.
Comamos e bebamos e nnca mais ralhamos.
Come como sao, bebe como doente.
Come para viver, nao vivas para comer.
Comer e beber, so o que apetecer.
Comer gato por lebre.
Comer o pao que o diabo amassou.
Comer que nem um abade.
Comer sem pao, e comer de lambao.
Comida fina em corpos grossos faz mal aos ossos.
Da garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha.
Daqquilo que bem lhe sabe, nao reparte o frade.
Das grandes ceias estao as sepulturas cheias.
Depois das sopas molham-se as bocas.
Depois de almocar, deitar; depois de cear, andar, andar...
Depois de comer e beber, cada qual da o seu parecer.
Dinheiro compra pao, nao compra gratidao.
Dizer e fazer nao comem a mesma mesa.
Do prato a boca, arrefece a sopa.
Duas terras mantem um homem, quatro matam de fome.
Em agosto, toda a fruta tem gosto.
Em casa cheia e facil fazer a ceia.
Em outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em tua casa nao tens sardinha e na alheia pedes galinha.
Em velha gamela tambem se faz boa sopa.
Fevereiro trocou dois dias por uma tigela de papas.
Guarda pao para maio e lenha para abril.
Guarda para maio o pao tremes, nao o percas nem o des.
Guarda que comer, nao guardes que fazer.
Guardado esta o bocado para quem o ha-de comer.
Haja fartura, que a fome ninguem a atura.
Homem em jejum, nao ouve nenhum.
Juntar-se a fome a vontade de comer.
Junto a panela que ferve, nao faltam amigos.
Mata a sede a terra que ela te matara a fome.
Meia vida e a candeia; pao e vinho a outra meia.
Melhor e pao duro, que figo maduro.
Menino farto nao e comedor.
Merenda comida, companhia desfeita.
Migalhas tambem sao pao.
Morra marta, mas morra farta.
Nao ha carne sem osso, nem fruta sem caroco.
Nao ha fome que nao traga fartura.
Nao ha lenha como o azinho, nem carne como toucinho.
Nao ha prazer onde nao ha comer.
Nem amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
Nem come nem deixa comer!
Nem o pai morre, nem a gente almoca!
Nem sempre galinha, nem sempre sardinha.
Nem so de pao vive o homem.
No s. Joao a sardinha pinga no pao.
O comer e o cocar vao do comecar.
O pao pela cor e o vinho pelo sabor.
O que e doce nunca amargou.
O que nao mata, engorda.
O ultimo que vier come do que trouxer.
Ou ha moralidade ou comem todos.
Pao com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Pao de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem sao.
Pao pao, queijo queijo.
Pao quente, muito na mao, pouco no ventre.
Papagaio come o milho, periquito leva a fama.
Papas sem pao, abaixo se vao.
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Pelo s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe.
Porco fresco e vinho novo: cristao morto.
Primeiro os dentes, depois os  parentes.
Quando ha fome nao ha ruim pao.
Quando o amo e glutao, passam fome o criado e o cao.
Quem ca fica come e bebe, e a paixao logo se vai.
Quem canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Quem com porcos se mistura, farelo come.
Quem come a carne, que roa os ossos.
Quem come a correr, do estomago vem a sofrer.
Quem come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem come pouco aproveita muito.
Quem dao pao, da a educacao.
Quem em maio nao merenda, aos finados se encomenda.
Quem nao ceia, toda a noite rabeia.
Quem nao come por ter comido, a doenca nao e de perigo.
Quem nao e para comer, nao e para trabalhar.
Qeum nao gosta, nao come.
Quem nao tem maozinhas, nao come bolachinhas.
Quem nao trabuca, nao manduca.
Quem nnca comeu melado, quando come se lambuza.
Quem poda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Quem tarde vier, come do que trouxer.
Quem tem fome, nao olha ao que come.
Quem tem fome, tudo come.
Salada bem salgada, pouco vinagre e bem azeitada.
Se es velho comilao, encomenda o teu caixao.
Se muito come o tolo, mais tolo e quem lho da.
Se queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo.
Sem ovos nao se fazem omeletas.
Ter cara de quem comeu e nao gostou.
Ter mais olhos que barriga.
Uma boca, uma sopa.
Vaquinha que nao come com os bois, ou comeu antes ou come depois.
Vinho que baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Vinho turvo e pao quente, sao inimigos da gente.

Conselhos

A apressada pergunta, vagarosa resposta.
A boda e ao baptizado, nao vas sem ser convidado.
A casa de teu irmao, nao vas sem ter razao.
A casa do teu amigo nao vas sem ser convidado.
A comprar, so oq ue se pode pagar.
A ferro quente, malhar de repente.
A ignorancia e ma conselheira.
A noite e boa conselheira.
A palavras loucas, orelhas moucas.
A pergunta disparatada, nao se da resposta.
A pergunta insolente, resposta valente.
A quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
A quem erra perdoa uma vez e nao tres.
A quem muito quer saber, nada se lhe diga.
A quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
A terra onde fores ter, faz o que vires fazer.
Abre o poco antes que tenhas sede.
Aceita, sem receio, azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio.
Aduba as terras e veras como medras.
Agua e conselhos so se dao a quem os pedir.
Anda direito se queres respeito.
Andar marinheiro andar, nao te apanhe s. Simao no mar.
Antes de entrares, pensa na saida.
Antes de escarneceres do coxo, ve se andas direito.
Antes de falares uma vez, pensa duas.
Antes de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar tres.
Antes de mal com os homems por amor a el-rei, que de mal com el-rei por amor aos homems.
Antes que cases olha o que fazes.
Antes que conhecas, nao louves nem ofendas.
Antes que fales ve o que dizes.
Ao amigo, ama-o com o seu vicio.
Ao amigo nao encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Ao amigo que nao e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao amigo que pede, nao se diz amanha.
Ao rico nao devas e ao pobre nao prometas.
Aonde te querem muito, nao vas amiude.
Aos mortos e aos ausnetes, nao os insultes nem os atormentes.
Ãpaixonado nao admite conselhos.
Aprende e seras mestre.
Aproveita o que o velho diz, que actua como juiz.
Arrenda a vinha e o pomar, se os queres desgracar.
Bem prega o frei tomas; facam como ele diz e nao o que ele faz.
Bom conselho desprezado, ha-de ser muito lembrado.
Bons amigos, bons conselhos.
Cerra a tua porta e faras a tua vizinha boa.
Com direito por teu lado, nnca receies dar brado.
Com o fogo nao se brinca.
Come como sao, bebe como doente.
Come para viver, nao vivas para comer.
Comer e beber, so o que apetecer.
Conselho de raposas, morte de galinhas.
Conselho de vinho, falso caminho.
Criado que faz o seu dever, orelhas moucas deve ter.
Criados e bois um ano ou dois.
 Cuida bem no que fazes e nao te fies em rapazes.
De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
De calar ninguem se arrependa, quando na discussao ninguem se entenda.
De pessoa calada afasta a tua morada.
De quem nao e prudente, afaste-se a gente.
Deitar cedo e cedo erguer da saude e faz crescer.
Desconfia daquele a quem fizeste o bem.
Ditados velhos sao evangelhos.
Do erro alheio, tiro o prudente conselho.
E prudente desonfiar de quem e desconfiado.
Em caso de necessidade, casa a freira com o frade.
Em cima do leite, nada lhe deite.
Em outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em outobro semeia e cria, teras alegria.
Em roma, se romano.
Em setembro, lavra, semeia e colhe que e mes para tudo.
Enxame de maio, a quem o pedir, dai-o.
Escuta mil vezes e fala so uma.
Este conselho so: causa inveja, nao causes do.
Faca agucada nao se afia.
Fala pouco e bem, ter-te-ao por alguem.
Fia-te na virgem e nao corras.
Filho es, pai sera, assim como fizeres, assim encontraras.
Foge do maldizente, como da serpente.
Fugir do gago quando esta zangado, porque facilmente fica endiabrado.
Galo pedres nao o vendas nem o des.
Ganha fama e deita-te na cama.
Guarda em moco, acharas em velho.
Guarda o que nao presta e teras oq ue precisas.
Guarda pao para maio e lenha para abril.
Guarda para maio o pao tremes, nao o percas nem o des.
Guarda que comer, nao guardes que fazer.
Guarda-te do tolo, se tens miolo.
Ir a guerra ou casar, nao se deve aconselhar.
Junta-te aos bons e seras como eles, junta-te aos maus e seras pior que eles.
Lembra-te do futuro e o futuro se lembrara de ti.
Lembra-te sogra, que foste nora.
Livra-te do homem que nao fala e do cao que nao ladra.
Logo que outobro venha, procura lenha.
Mal te aconselha quem do trabalho te afasta.
Mata a sede a terra que ela te matara a fome.
Merece primeiro e pede depois.
Mesmo a casa do teu irmao, nao vas cada serao.
Na santa marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, assim a vindima.
Na semana de ramos lava os teus panos, que na da paixao lavaras ou nao.
Nao acordes o gato que dorme.
Nao bebas coisa que nao vejas, nao assines papel que nao leias.
Nao contes os pintos senao depois de nascidos.
Nao deitar foguetes antes da festa.
Nao deixes para amanha oq ue podes fazer hoje.
Nao des a ovelha a guardar ao lobo.
Nao des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Nao des perolas a porcos.
Nao digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo oq ue dizes.
Nao facas nada, sem consultar a almofada.
Nao falar ao mestre do que ele ensina mal.
Nao julgues mal de ninguem, nem para mal nem para bem.
Nao mecas todos pela mesma bitola.
Nao metas a foice em seara alheia.
Nao pecas a quem pediu, nem sirvas a quem ja serviu.
Nao ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.
Nao queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho.
Nao saia de casa sem capa e merenda, para que ao fim do dia nao se arrependa.
Nao saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nao se deve despir um santo para vestir outro.
Nao se deve falar em corda em casa de enforcado.
Nao se deve festejar o santo antes do seu dia.
Nao se gaste vela em mau defunto.
Nao se rasgue um lencol para remendar outro.
Nao subas tu, sapateiro, acima da chinela.
Nao sujes a agua que has-de beber.
Nao trocar o certo pelo duvidoso.
Nao vas sem borracha a caminho e, se a levares, nao seja sem vinho.
Nas costas dos outros ve as tuas.
Nem a camisa seja ciente do que a tua alma sente.
Nem amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
Nem em agosto caminhar, nem em dezembro marear.
Nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Ninguem se envergonhe de perguntar o que nao sabe.
Ninguem se meta onde nao e chamado.
No dar e no tomar, cuidado no enganar.
No po semeia que setembro te pagara.
Nunca digas desta agua nao beberei.
O conselheiro nao e quem paga.
O homem que nao tem um sorriso, nao deve abrir uma loja.
O sabio nao afirma nada que nao prove.
O sabio so deve ter a si por guardiao do seu segredo.
O segredo e bom conselheiro, o melhor e estar calado e aguardar primeiro.
O segredo melhor guardado e o que a ninguem e revelado.
Obra de prudente e, podendo fazer mal, nao o fazer.
Olha para o que eu digo e nao olhes para o que eu faco.
Os bons conselhos sao sempre amargos.
Paga o que deves, saberas com quanto ficas.
Paraa missa e para o moinho, nao esperes pelo teu vizinho.
Para boa vida levar, ver, ouvir e calar.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Para o filho, um bom conselho, e o  pai servir-lhe de espelho.
Pergunta e saberas.
Por casa nem por vinha, na cases com mulher parida.
Quando vires a barba do vizinho a arder, poe a tua de molho.
Quem com tolo se aconselha, mais tolo e que ele.
Quem da conselho nao da o remedio.
Quem fizer a cama bem feita, melhor nela se deita.
Quem ler, leia para aprender.
Quem nao ouve conselho, nao chega a velho.
Quem nao sabe disfarcar, nao sabe reinar.
Quem quer bom conselheiro, consulta o travesseiro.
Quem quer ir longe, prepare bem a sua montada.
Quem quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada.
Quem quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste.
Quem quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo.
Quem segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Quem te avisa teu amigo e.
Quem tem calos, nao se meta em apertos.
Regra do bom viver, faz como vires fazer.
Remenda o teu pano, que te durara um ano.
Responde-se ao tolo consoante a sua tolice.
Se bebes demais, tropecas e cais.
Se es velho ou comilao, encomenda o teu caixao.
Se indulgente e mostraras ser prudente.
Se nao arrancas a silveira, sofre a videira.
Se nao convem, nao facas; se nao e verdade, nao digas.
Senao fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes.
Se nao gostas, poes na beirinha do prato.
Se nao ha vento, rema.
Se nao podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
Se o primeiro a ouvir e o ultimo a falar.
Se podes olhar, ve; se podes ver, aprecia.
Se queres bom conselho, pede-o ao velho.
Se queres conhecer o teu corpo, mata o teu porco.
Se queres conhecer o vilao, poe-lhe uma vara na mao.
Se queres o menino correcto, vigia-o de perto.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Se queres paz, evita a guerra.
Se queres que digam bem de ti, nao digas mal de ninguem.
Se queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo.
Se queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz.
Se queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Se queres ver teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
Se um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Segredos, nem a mulher se devem contar, para nao complicar.
Segue a moda ou abandona o mundo.
Segue tu sempre a razao, muito embora a uns agrade e a outros nao.
Sera bom a prudencia quando falta a paciencia.
Seras o que quiseres, se ousares e puderes.
Teima, mas nao apostes.
Toma em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Trabalha e teras, madruga e veras.
Tu que sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei.
Um bom conselheiro, alumia como um candeeiro.
Usa e seras mestre.

O coracao

A ambicao cerra o coracao.
A gratidao e a memoria do coracao.
A lingua nao mente oq ue o coracao sente.
A quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
As palavras boas sao, se assim for o coracao.
Bolsa cheia, coracao alegre.
De todos desconfia o coracao culpado.
Fazer das tripas coracao.
Lingua de mel, coracao de fel.
Longe de vista, longe do coracao.
Mais vale um coracao sem palavras, que palavras sem coracao.
Mal que se ignora, coracao que nao chora.
Maos frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos quentes, coracao frio, amor vadio.
O bom vinho alegra o coracao.
O coracao e uma crianca, deseja tudo o que ve.
O coracao tem razoes que a propria razao desconhece.
O que os olhos nao veem, o coracao nao sente.
O vinho e a musica alegram o coracao.
Para onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Pelo teu coracao, julgas o teu irmao.
Quem ve caras, nao ve coracoes.

As criancas

A juventude e imprudente, salta por cima do riacho e a ponte ali ao lado.
A sombra da arvore nao deites o filho, encontra-lo-as ao sol.
Antes a crianca chora que a mae suspire.
Ao ano andar, aos dois falar.
Ao menino e ao borracho poe deus a mao por baixo.
Com o fogo nao se brinca.
Cresce e aparece.
Crianca mimada, crianca estragada.
De pequenino e que se torce o pepino.
De velho se torna a menino.
Depois que o menino nasceu, tudo cresceu.
Guarda em moco, acharas em velho.
Juventude leviana faz a velhice desolada.
Menino amimalhado, mal dobrado.
Menino farto nao e comedor.
Mocidade ociosa, velhice trabalhosa.
O amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
O cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O coracao e uma crianca, deseja tudo o que ve.
O menino engorda para crescer e o velho para morrer.
O que se aprende no berco dura ate a sepultura.
O trabalho do menino e pouco, mas quem o nao aproveita e louco.
O velho por nao poder e o moco por nao saber, deitam as coisas a perder.
Palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
Quem se deita com criancas, acorda molhado.
Quem tarde adenta, tarde aparenta.
Quem tem filhos tem cadilhos, e quem nao tem, cadilhos tem.
Sofrer que nem passarinho, na mao do menino.
Toma em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Tudo o que e pequeno tem graca.

Deus

A cada dia, da deus a dor e a alegria.
Ao menino e ao borracho poe deus a mao por baixo.
Aquilo que deus uniu, jamais o homem podera separar.
Cada um na sua casa e deus na de todos.
Cada um por si e deus por todos.
Calma que deus e grande e o mundo e pequeno.
Dai a cesar o que e de cesar e a deus o que e de deus.
Daqui ate la, so deus sabe o que sera.
Deus ajuda a quem se ajuda.
Deus ajuda quem trabalha, que e o capital que menos falha.
Deus castiga sem paus nem pedras.
Deus da as nozes, mas nao as parte.
Deus da frio conforme a roupa.
Deus da nozes, mas nao as parte.
Deus da frio conforme a roupa.
Deus da nozes a quem nao tem dentes.
Deus escreve direito por linhas tortas.
Deus me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Deus nao e de vinganca, mas castiga pela mansa.
Deus nos livre de quem mal nos quer e bem nos fala.
Deus nos livre dos maus vizinhos ao pe da porta.
Deus os fez, deus os juntou.
Deus nao tarda mas nao falta.
Errar e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Gracas a deus muitas gracas com deus nenhumas.
Hora a hora, deus melhora.
La me leve deus, onde estao os meus.
Mais vale pouco com deus, que muito sem deus.
O destino a deus pertence.
O futuro a deus pertence.
O homem poe e deus dispoe.
O mundo nos ve, deus e que nos conhece, ninguem e como parece.
O pouco com deus e muito, o muito sem deus e nada.
O temor do senhor e o principio da sabedoria.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Pelo s. Mateus nao a pecas a deus(chuva).
Quando deus fecha uma porta, abre sempre uma janela.
Qaundo deus quer, agua fria e remedio.
Quando deus queria, ate do norte chovia.
Quando nao chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
Quem da aos pobres, empresta a deus.
Quem madruga, deus ajuda.
Quem muda, deus ajuda.
Se deus nao perdoasse a ladrao, ficava sozinho no ceu.
Se deus o marcou, alguma coisa nele notou.
Se deus quisesse que o homem voasse, tinha-lhe feito asas.
Segredo de dois, segredo de deus; segredo de tres, o diabo o fez.
So deus sabe o que esta para vir.
So deus sabe o que vai na cabeca de cada um.
Tres, foi a conta que deus fez.
Tudo ao monte e fe em deus.
Vale mais quem deus ajuda do que quem muito madruga.
Voz do povo, voz de deus.

O diabo

A falr no diabo e ele a aparecer.
Ate o diabo se ri!
Bom e ter amigos, nem que seja no inferno.
Caldo sem pao, no inferno dao.
Comer o pao que o diabo amassou.
De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
De boas intencoes esta o inferno cheio.
Entre um e outro, o diabo escolha.
Fevereiro quente tras o diabo no ventre.
Mulher de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher de pelo na venta, nem o diabo a aguenta.
Nao va o diabo tece-las.
O diabo nao e como o pintam.
O diabo sabe muito, porque e velho.
O dinheiro e um diabo, mas sem dinheiro sao dois.
O lume ao pe da estopa e o diabo lhe assopra.
Pai nao tiveste, mae nao temeste, diabo te fizeste.
Que o diabo seja cego, surdo e mudo!
Quem da e torna a tirar, ao inferno vai parar.
Segredo de dois, segredo de deus; segredo de tres, o daibo o fez.
Todos sao anjos na hora de pedir e diabos na hora de pagar.

O dinheiro

A azeitona e a fortuna, as vezes muita, as vezes nenhuma.
A mulher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
A quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
A vida e um pau ensebado, com uma nota falsa presa na ponta.
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Amor sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Antes homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Ao luar de janeiro se conta o dinheiro.
Batendo ferro e fogo o ferreiro consegue tempera e dinheiro.
Branco em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Chapa ganha, chapa batida.
Com melao vinho de tostao.
Contas adiadas saiem furadas.
Dinheiro adiantado, dinheiro mal parado.
Dinheiro compra pao, nao compra gratidao.
Dinheiro emprestado sai rindo e volta chorando.
Dinheiro faz dinheiro.
Dinheiro mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Dinheiro nao conhece dono.
Dinheiro nao fala.
Dinheiro nao tem cheiro.
Dois pobres a mesma porta, um deles fica sem esmola.
Encomendas sem dinheiro, ficam no cais de aveiro.
Galinha gorda por pouco dinheiro, nao ha poleiro.
Mulher de fidalgo, pouco dinheiro e grande trancado.
Nao dar a mecha para o sebo.
O dinheiro e bom de gastar e mau de granjear.
O dinheiro e bom servidor, porem mau senhor.
O dinheiro e um diabo,mas sem dinheiro sao dois.
O dinheiro fez-se para gastar.
O tempo e dinheiro, o resto e conversa.
Pela assuncao, cada pinga vale um tostao.
Quando a esmola e grande, o santo desconfia.
Quando chover em agosto, nao gastes o teu dinheiro em mosto.
Quem nao tem dinheiro, nao tem vicios.
Quem nasce pataca, nao chega a vintem.
Quem quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste.
Quem tem dinheiro, nao lhe falta companheiro.
Quem tem doenca, abra a bolsa e tenha paciencia.
Seda em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Sem dinheiro, nada feito.
Tempo e dinheiro.
Tostao a tostao, faz um milhao.

A economia

A economia e a base da riqueza.
A quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
Boca de rico, bolsa de pobre.
Casa que não e ralhada, não e bem governada.
Chapa ganha, chapa batida.
Depois de um bom poupador, um bom gastador.
E tarde para a economia, quando a bolsa esta vazia.
Gota a gota, o tonel se esgota.
Grao a grao enche a galinha o papo.
Guarda o que não presta e teras o que precisas.
Muito se gasta, que a metade basta.
Muitos poucos fazem muito.
No poupar e que esta o ganho.
Para ganhar, basta poupar.
Pelo s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Poupa na cozinha e aumentaras a tua casinha.
Poupa o vintem, seras um dia alguem.
Poupa-se no farelo e gasta-se na farinha.
Quanto mais há, mais se gasta.
Quem economiza tem o que precisa.
Quem gasta mais do que tem, a pedir vem.
Quem gasta mais do que tem, mostra que siso não tem.
Quem guarda, tem.
Quem junta para si, poupa para os outros.
Quem na despesa e frugal, logo aumenta o capital.
Quem nada tem, nada perde.
Quem não gasta, o pouco lhe basta.
Quem não poupa a agua e a lenha não poupa o mais que tenha.
Quem poupa no pouco, ganha no muito.
Quem quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem tem tres e gasta quatro, depressa esvazia o saco.
Quem vive sem conta, vive sem honra.
Remenda o teu pano, que te durara um ano.
Saco vazio não fica de pe.
Sai mais cara a mecha que o sebo.
Tostao a tostao, faz um milhao.
Tudo o que vier e ganho.
Vai-te lucro que me das percas.
Viver de credito e pagar dobrado.

A educacao

A terra onde fores, faz o que vires fazer.
As boas maneiras distinguem os homems dos bichos.
As boas maneiras são a melhor carta de recomendacao.
Casa varrida e mulher penteada, parece bem e não custa nada.
Crianca mimada, crianca estragada.
Dar uma bofetada de luva branca.
Merece primeiro e pede depois.
O bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar.
O vinho e que “induca” e o fado e que “instroi”.
Quem bem ama, bem castiga.
Quem come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem cria e não castiga, mal cria.
Quem da o pao, da a educacao.
Quem mal fala, sua boca suja.
Quem me repreende, me defende.
Regra do bom viver, faz como vires fazer.
Repreensao bem dada, e palavra abencoada.

As estacoes do ano

A agua que no verao há-de regar, em abril há-de ficar.
Dia de s. Bras a cegonha veras e se não a vires, o inverno vem atras.
Dos santos ao natal, inverno natural.
Inverno de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Inverno laborioso, verao venturoso.
Marco marcagao, manha de inverno e tarde de verao.
Nem um dedo faz a mao, nem uma andorinha faz o verao.
No outono o sol tem sono.
Outobro suao, negacas de verao.
Pao de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem são.
Por morrer uma andorinha, não acaba a primavera.
Primeiro de agosto, primeiro de inverno.
Quem planta no outono leva um ano de abono.
Se a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno para vir.
Se o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Setembro e o maio do outono.
Uma andorinha so, não faz primavera.

Falar/palavras

A apressada pergunta, vagorosa resposta.
A brincar se dizem muitas verdades.
A falr e que a gente se entende.
A falar no diabo e ele a aparecer.
A lingua não mente o que o coracao sente.
A melhor palavra e a que fica por dizer.
A palavra e de prata e o silencio de ouro.
A palavras loucas, orelhas moucas.
A pedra e a palavra, depois de lancadas não voltam atras.
A pergunta disparatada, não se da resposta.
A pergunta insolente, resposta valente.
A quem muito quer saber, nada se lhe diga.
A rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A semente da mao pegara ou não, mas a da boca pega toda.
A verdade contenta-se com poucas palavras.
A verdade e para ser dita.
Antes de falares uma vez, pensa duas.
Antes que fales ve o que dizes.
Ao ano andar, aos dois falar.
As conversas são como as cerejas, umas puxam as outras.
As palavras boas são, se assim for o coracao.
As palavras mostram o que cada um realmente e.
As palavras não proferidas são as flores do silencio.
As palavras voam, os escritos ficam.
Bem dizer e bem ouvir e arte de conversar.
Bem prega maria , em casa vazia.
Bem prega o frei tomas; facam como ele diz e não o que ele faz.
Boa palavra custa pouco e vale muito.
Boca que diz que sim, tambem diz que não.
Bom exemplo, meio sermao.
Bom saber e calar, ate ser tempo de falar.        
Burro velho não aprende linguas.
Cada um fala como e.
Calar a verdade e enterrar ouro.
Cale o que deu e fale o que recebeu.
Da discussao nasce a luz.
Dar o dito por não dito.
De calar ninguem se arrependa, quando na discussao ninguem se entenda.
De pessoa calada afasta a tua morada.
Defeitos do meu amigo, lamento mas não maldigo.
Depois de comer e beber, cada qual da o seu aprecer.
Dinheiro não fala.
Dizer e facil, o dificil e fazer.
Dizer e fazer não comem a mesma mesa.
Do dito ao feito vai um grande eito.
Do dizer ao fazer, há muita coisa a ver.
Do dizer ao fazer, vai uma grande distancia.
E dito e feito!
E mais facil dizer que fazer.
Escuta mil vezes e fala so uma.
Fala pouco e bem ter-te-ao por alguem.
Falai no mau,aparelhai o pau.
Falai no mendes, aqui o tendes.
Falar bem, não custa a ninguem.
Falar não enche barriga.
Falar para com os seus botoes.
Falar sem pensar, vem muitas vezes a falhar.
Falas-me a gaguejar, estas-me a enganar.
Foge do maldizente, como da serpente.
Fugir a boca para a verdade.
Fugir do gago quando esta zangado, porque facilmente fica endiabrado.
Já aqui não esta quem falou.
Lingua de mel, coracao de fel.
Livra-te do homem que não fala e do cao que não ladra.
Mais perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais vale nada dizer, que dizer: -nada.
Mais vale um coracao sem palavras, que palavras sem coracao.
Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Mal me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Mula que faz him e mulher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher de janela, diz de todos e todos dela.
Mulher honrada e a menos falada.
Não digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo o que dizes.
Não diz coisa com loisa.
Não dizer uma para a caixa.
Não esta aqui quem falou.
Não falar ao mestre do que ele ensina mal.
Não ter papas na lingua.
Noticia ruim corre depressa.
O bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar.
O bom vinho por si fala.
O escorregar da lingua e pior que o do pe.
O parvo calado por sabio e reputado.
O tempo e dinheiro, o resto e conversa.
Olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faco.
Os que falam muito não são os que mais produzem.
Ou entra mosca ou sai asneira.
Ouvir e prata, calar e ouro.
Palavra de rei não volta atras.
Palavra puxa palavra.
Palavras fazem muitas vezes mais que as pancadas.
Palavras, leva-as o vento.
Para o prudente, uma palavra e suficiente.
Para um bom entendedor meia palavra basta.
Quando o vinho desce, as palavras sobem.
Quem conta um conto, aumenta um ponto.
Quem disputa, fala mal.
Quem diz a verdade não merece castigo.
Quem diz “eu não erro”, acabou de se enganar.
Quem diz o que quer, ouve do que não quer.
Quem fala assim não e gago.
Qeum fala com surdos, perde o seu latim.
Quem fala em barca, quer embarcar.
Quem fala o que quer, ouve do que não quer.
Quem fala semeia, quem escuta colhe.
Quem mal entende, mal conta.
Quem mal fala, sua boca suja.
Quem muito fala, pouco acerta.
Quem murmura, a muito se aventura.
Quem não sabe calar, não sabe falar.
Quem não sabe latim, fica assim...
Quem não vai a palavra, não vai a pancada.
Quem sabe calar, evita guerrear.
Quem sabe não fala; quem fala não sabe.
Quem tem boca, não manda soprar.
Quem tem boca vai a roma.
Responde-se ao tolo, consoante a sua tolice.
São mais as vozes que as nozes.
Se o primeiro a ouvir e o ultimo a falar.
Se queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz.
Se um burro te zurrar, não lhe zurres.
Ser mais paista que o papa.
So fala quem tem que se lhe diga.
Toda a pergunta tem resposta.
Todos falam e murmram, e ninguem olha para si.
Tudo se lava, menos a ma lingua.
Uma coisa e dizer, outra e fazer.
Uma imagem vale mais que mil palavras.
Voz do povo, voz de deus.
Vozes de burro não chegam ao ceu.

Familia/parantescos

A casa de teu irmao, não vas sem ter razao.
A familiaridade provoca desrespeito.
Antes marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Boa amizade e um segundo parantesco.
Boa vida, pai e mae olvida.
E bem casada a que não tem sogra nem cunhada.
Lembra-te sogra, que foste nora.
Mais vale o vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Mal me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Mesmo a casa de teu irmao, não vas cada serao.
Não há maior parente que amigo fiel e prudente.
Os filhos da minha filha meus netos, os da minha serao ou não.
Os pecados dos nossos avos, fazem-nos eles e pagamo-los nos.
Pelo teu coracao, julgas o teu irmao.
Primeiro os dentes, depois os parentes.
Qaunto mais prima, mais se lhe arrima.
Quem tem filhos tem cadilhos, e quem não tem, cadilhos tem.

A felicidade

A cada dia, da deus a dor e a alegria.
A felicidade e proporcional ao grau de esforco.
A felicidade esta onde cada um poe.
Ainda esta para nascer o que agrada a todos.
Cada um constroi a sua felicidade.
Feliz e quem por feliz se tem.
Qm e infeliz cai de costas e quebra o nariz.
Sem saude não há felicidade.
Tem tudo o que lhe apraz, quem com pouco se satisfaz.

Festas e romarias

Alto e para o baile!
Cada um tem o seu s. Joao.
Fazer a festa e deitar os foguetes.
Festa acabada, musicos em pe.
Gozar a grande e a francesa.
Maior fosse o dia, maior a romaria.
Mulher que não perde festa, para pouco presta.
Não deitar foguetes antes da festa.
Nem sempre aquele que dança e quem paga a musica.
No carnaval ninguem leva a mal.
No entrudo, vale tudo.
No s. Joao a sardinha pinga no pao.
O que faz falta e animar a malta.
Quem quer festa, sua-lhe a testa.

Os frutos

A mulher e a cereja para seu mal se enfeitam.
A mulher e como a laranja, so depois de descacada e que se sabe se e doce.
A mulher e o melao, o calado e o melhor.
A paciencia e amarga, mas os seus frutos deliciosos.
Alho e limao, são meio cirurgiao.
Ano de ameixa, ano de muita queixa.
Antes para nos um baguinho que dois figos para o vizinho.
As conversas são como as cerejas, umas puxam as outras.
As pulgas vem com as favas e vao com as uvas.
Boa arvore não da rim fruto.
Com melao vinho, e com melancia agua fria.
Com melao vinho de tostao.
Com peras vinho bebas, mas não tanto que nade uma em cada canto.
Com teu amo não jogues as peras, ele come as maduras e deixa-te as verdes.
De boa arvore bons frutos.
Deus da as nozes, mas não as parte.
Deus da as nozes a quem não tem dentes.
Dia de s. Martinho, lume castanhas e vinho.
Em agosto, toda a fruta tem gosto.
Em maio, come-se a cereja ao borralho.
Em tempo de figos, não há amigos.
Frutos e amores, os primeiros são os melhores.
Laranja de manha e ouro, a tarde e prata e a noite mata.
Laranjas em janeiro, dao que fazer ao coveiro.
Maca podre apodrece um cento.
Melao e casamento são coisas de acertamento.
Muita parra, pouca uva.
Não há carne sem osso, nem fruta sem caroco.
O bom fruto vem da boa semente.
O fruto proibido e o mais apetecido.
Pelos frutos se conhece a arvore.
Quem se queixa, larga a ameixa.
Quem vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
São favas contadas!
São mais as vozes que as nozes.
Setembro molhado, figo estragado.
Uma maca por dia mantem o medico longe.
Uns comem os figos, outros rebenta-lhes a boca.

A gratidao

A bondade e o perdao so fazem ingratidao.
A gratidao e a memoria do coracao.
De onde menos se espera e que vem a ingratidao.
Dinheiro compra pao, não compra gratidao.
Quando os favores acabam, comeca a ingratidao.

O homem

A mulher casada, o marido lhe basta.
A necessidade faz os homems espertos.
A raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A velhice faz o homem prudente.
A vida e bela, os homems e que dao cabo dela.
Ai miguel, miguel, que não tens abelhas e vendes mel.
Antes de mal com os homems por amor a el-rei, que de mal com el-rei por amor aos homems.
Antes homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Antes marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Aquilo que deus uniu, jamais o homem podera separar.
As boas accoes recomendam o homem.
As boas maneiras distinguem os homems dos bichos.
Atras de um grande homem há sempre uma grande mulher.
Basta arranhares um homem para encontrares um animal.
Bebidas fortes, homems fracos.
Bons dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
De esperanca vive o homem ate a morte.
De homem para homem não via forca de boi.
Do trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Do vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder.
Dos fracos não reza a historia.
Duas terras mantem um homem, quatro matam de fome.
E dos carecas que elas gostam mais.
Em casa do goncalo mais manda a galinha que o galo.
Errar e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Homem ajuizado por todos e respeitado.
Homem casado, nem bom marido nem bom soldado.
Homem de sete oficios, em todos e remendao.
Homem em jejum, não ouve nenhum.
Homem embrutecido tem pouca educacao e menos juizo.
Homem prevenido vale por dois.
Homem velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Livra-te do homem que não fala e do cao que não ladra.
Mulher que assobia, seu homem cornia.
Mulher que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar.
Na casa manda ela, mas nela mando eu.
Nem so de pao vive o homem.
No riso e o doido conhecido.
O fraco, ofendido, atraicoa; o forte, perdoa.
O homem de sete oficios nem por isso cehga a rico.
O homem poe e deus dispoe.
O homem que não tem um sorriso, não deve abrir uma loja.
O medroso ate da sombra tem medo.
O rei nasce e o homem faz-se.
Os homems  inteligentes mudam de opiniao, os burros não.
Os homems mostram a sua superioridade por dentro; os animais, por fora.
Os homems não se medem aos palmos.
Os homems são todos iguais, so tirar o nome e nada mais.
Pao de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem são.
Quanto mais conheco os homems, mais gosto dos animais.
Todo o homem tem o seu preco.
Vinho, mulheres e tabaco, poem um homem fraco.

Inimigos

Amigo de um, inimigo de nenhum.
amigo reconciliado, inmigo dobrado.
Amigos no emprestar, inimigos no entregar.
Cem amigos e ppouco, um inimigo e muito.
Deus me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Dobrado tem o perigo, quem foge do inimigo.
O optimo e inimigo do bom.
Pior e fingido amigo que declarado inimigo.
Quantos criados, tantos inimigos.
Quem empresta a um amigo, cobra a um inimigo.
Quem poupa o seu inimigo, as maos lhe morre.
Se não podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
Ve-se na adversidade o que vale a amizade.
Vinho turvo e pao quente, são inimigo s da gente.

A inveja

A cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A galinha da vizinha e melhor que a minha.
A mulher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
Antes invejado, que coitado.
Este conselho so: causa inveja, não causes do.
Mal de muito, consolo e.
Não há gloria sem inveja.
Nunca o invejoso medrou, nem quem a beira dele morou.
O invejoso e mau e manhoso.
Quem desdenha quer comprar.
São dez caes a um osso.
Ter dor de cotovelo.

Os livros

Amigos e livros, querem-se poucos mas bons.
Anda em capa de letrado, muito asno disfarcado.
Boa leitura, triteza cura.
Bons livros, bons amigos.
De livro fechado não sai letrado.
Um bom livro e o melhor dos amigos.
Um burro carregado de livros e um doutor.

A lua

Ao luar de janeiro se conta o dinheiro.
Lua a tardinha, com sue anel, da chuva a noite a granel.
Lua com “circo”, traz agua no bico.
Lua de pe, marinheiro deitado.
Lua nova setembrina, sete luas domina.
Lua nova trovejada, trinta dias e molhada.
Lua setembrina, para sete luados se inclina.
Luar de janeiro e amor o primeiro.
Luar de janeiro não tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Não há luar como o de janeiro.
O amor e como a lua; quando não cresce mingua.
O que se ouve no luar, diz-se ao luar.

O mar

A agua corre sempre para o mar.
Alto mar e sem vento, não promete seguro o tempo.
Caraguejo que dorme, mare que o leva.
Gaivotas em terra, tempestade no mar.
Há mar e mar, há ir e voltar.
Lua de pe, marinheiro deitado.
Não se afoga no mar quem por la não andar.
Nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Quando a mare bate quem se lixa e o mexilhao.
Quando o mar esta calmo, qualquer um pode ir ao leme.
Quem não tem manha, morre no mar como a aranha.
Quem vai ao mar, previne-se em terra.
Se queres aprender a rezar, entra no mar.
Vermelho ao mar, calor de rachar.

Erros, mentiras e verdades

A brincar a brincar, com as verdades me enganas.
A brincar se dizem muitas verdades.
A casa do mentiroso esta em cinzas, e ninguem acredita.
A fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhao e o rapaz não for ladrao.
A mentira so dura enquanto a verdade não chega.
A ocasiao faz o ladrao.
A porta mais seguramente trancada e a que pode ser deixada aberta.
A quem erra perdoa uma vez e não tres.
A quem servir a carapuca que a ponha.
A raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A razao e a verdade fogem quando ouvem dispustas.
A rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A verdade contenta-se com poucas palavras.
A verdade e como o azeite, vem sempre ao de cima.
A verdade não tem pes,... e anda.
A verdade a para ser dita.
A verdadeira amizade dura uma eternidade.
Achar e guardar e furtar.
Ai miguel, miguel, que não tens abelhas e vendes mel.
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Anda meio mundo a enganar outro meio.
Antes a probreza honrada que a riqueza roubada.
Antes minha face com fome amarela, que vergonha nela.
Ao amigo que não e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao fim de um ano tem o criado as manhas do amo.
Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo.
Aqui há gato!...
Arte de agradar, arte de enganar.
As boas contas fazem os bons amigos.
Bem dissimular, para bem governar.
Bens mal adquiridos, ... vao como vieram.
Bons dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Calar a verdade e enterrar e ouro.
Cedo ou tarde, tudo quanto se faz se sabe.
Comer gato por lebre.
Contas adiadas saiem furadas.
Cuida o ladrao, que todos o são.
De falso bem, o verdadeiro mal vem.
Depois da casa roubada, trancas a porta.
Dinheiro adiantado, dinheiro mal parado.
Dinheiro mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Do erro alheio, tira o prudente conselho.
Dos enganos vivem os escrivaes.
Em frente da arca aberta, o justo peca.
Encobrir o erro, e errar outra vez.
Errar e humano.
Errar e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Erros de medico, a terra os encobre.
Falar sem pensar, vem muitas vezes a falhar.
Falas-me a gagejar, estas-me a enganar.
Fugir a boca para a verdade.
Gato escondido com o rabo de fora.
Grandes caminhadas, grandes mentiras.
Jogaras, pediras, furtaras.
Ladrao não rouba ladrao.
Ladrao que rouba ladrao a ladrao tem cem anos de perdao.
Louvor humano e puro engano.
Mais perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais vale pedir que roubar.
Mais vale pronto recusar que falso promter.
Mal fechado, mal guardado.
Mal me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Muito esquece a quem não sabe.
Muito se engana quem cuida.
Mulher e vinho enganam o mais fino.
Mulher que a dois ama, aos dois engana.
Mulher que assobia, seu homem cornia.
Mulher que muito bebe, tarde paga o que deve.
Não bebas coisa que não vejas, não assines papel que não leias.
Não há coisa escondida, que não venha a ser sabida.
Não há crime perfeito.
Não há ninguem que não se engane.
Não me enganas dormitando, tambem costumo dormir.
No melhor pano cai a nodoa.
No vinho esta a verdade.
O crime não compensa.
O criminoso volta sempre ao local do crime.
O fruto proibido e o mais apetecido.
O peixe que se escapa do anzol e sempre enorme...
O que a noite se faz, de manha aparece.
O que arma a esparrela, tarde ou cedo cai nela.
O que e nosso a nossa mao vem ter.
O seu a seu dono.
O tempo e a honra, uma vez perdidos, nunca mais se recuperam.
Olho que ve, mao que pilha.
Olho vivo e pe ligeiro!
Os pecados dos nossos avos, fazem-nos eles e pagamo-los nos.
Paga o justo pelo pecador.
Papagaio come o milho, perquito leva a fama.
Para mim vens de carrinho!
Parecer sem ser, e fiar sem tecer.
Pecado confessado e meio perdoado.
Pior e fingido amigo que declarado inimigo.
Por uns pagam os outros.
Porta aberta tenta um santo.
P’ra vilao, vilao e meio.
Prometer mundos e fundos.
Quem bem ata, bem desata.
Quem compra sem poder, vende sem querer.
Quem diz a verdade não merece castigo.
Quem diz “eu não erro”, acabou de se enganar.
Quem enganar, tem de casar.
Quem furta pouco e ladrao, quem furta muito e barao.
Quem mais jura, mais mente.
Quem mais promete, menos cumpre.
Quem mal entende, mal conta.
Quem mente, cai-lhe um dente.
Quem mito promete pouco cumpre.
Quem não confia, não e de confiar.
Quem não conta, não erra.
Quem se engana no caminho, bem enganado vai.
Quem se ofusca, alguma coisa busca.
Quem sempre mente, vergonha não sente.
Quem serve a dois senhores, a algum há-de enganar.
Rodas e advogados, não andam sem ser untados.
Roubar galinhas e vende-las ao dono.
Sair melhor do que a encomenda.
São desculpas de mau pagador.
Se deus não perdoasse a ladrao, ficava sozinho no ceu.
Se deus o marcou, alguma coisa nele notou.
Tao ladrao e o que vai a horta, como o que fica a porta.
Tempo de guerra, mentira na terra.
Um padre a pecar, ... conta a dobrar.
Uns comem os figos, outros rebenta-lhes a boca.
Uns dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Virar o bico ao prego.
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

Os meses

A agua que no verao há-de regar, em abril há-de ficar.
A fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhao e o rapaz não for ladrao.
A tres de abril, o cuco há-de vir.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril frio: pao e vinho.
Agosto amuderece, setembro vindimar.
Agua de fevereiro mata o onzeneiro.
Ai vem o meu irmao marco, que fara o que eu não faco.
Ao luar de janeiro se conta o dinheiro.
Aproveite fevereiro, quem folgar em janeiro.
Aveia de fevereiro enche o celeiro.
Bons dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Branco em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Cava fundo em novembro para plantares em janeiro.
Chovam trinta maios e não chova em junho.
Chuva em janeiro e não frio, vai dar riqueza ao estio.
Dezembro com junho ao desafio, traz janeiro frio.
Dezembro molhado, janeiro geado.
Em 1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires terrear, poe-te a cantar.
Em abril, aguas mil, canta o carro e o carril.
Em abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em agosto, suor no rosto.
Em agosto, toda a fruta tem gosto.
Em dezembro treme o frio em cada membro.
Em fevereiro chuva, em agosto uva.
Em fevereiro neve e frio, e de esperar ardor no estio.
Em janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em janeiro, um salto de carneiro.
Em janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar.
Em julho, ao quinto dia veras que mês teras.
Em julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando, o vou limpando.
Em junho, ainda a velha esfrega o punho.
Em junho, foicinha em punho.
Em maio, come-se a cereja ao borralho.
Em marco o sol rega e a chuva queima.
Em marco tanto durmo como faco.
Em novembro, poe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Em outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em outobro semeia e cria, teras alegria.
Em setembro, ardem montes e secam as fontes.
Em setembro, lavra, semeia e colhe que e mês para tudo.
Enxame de maio, a quem o pedir, dai-o.
Fevereiro enxuto roi mais pao do que quantos ratos há no mundo.
Fevereiro matou a mae ao solheiro.
Fevereiro quente tras o diabo no ventre.
Fevereiro trocou dois dias por uma tigela de papas.
Frango de janeiro canta a meia-noite em ponto.
Frio de julho, abrasa em s. Tiago.
Guarda pao para maio e lenha para abril.
Guarda para maio e lenha para abril.
Guarda para maio o pao tremes, não o percas nem o des.
Inverno de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Janeiro fora, mais uma hora.
Janeiro molhado, se não cria pao, cria gado.
Junho abafadico, sai a abelha do cortico.
Junho calmoso, ano formoso.
Junho floreiro, paraiso verdadeiro.
Laranjas em janeiro, dao que fazer ao coveiro.
Logo que outobro venha, procura lenha.
Lua nova setembrina, sete luas domina.
Lua setembrina, para sete luados se inclina.
Luar de janeiro e amor o primeiro.
Luar de janeiro e amor o primeiro.
Luar de janeiro não tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Maio coveiro não e vinhateiro.
Maio frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Maio hortelao, muita parra e pouco grao.
Maio me molhou, maio me enxugou.
Maio pardo, centeio grado.
Maio pardo e ventoso, faz o ano formoso.
Manhas de abril, boas de andar e doces de dormir.
Marco chuvoso, s. Joao farinhoso.
Marco marcagao, curas meadas, esteiras não.
Marco marcagao, de manha cara de cao, ao meio-dia de rainha e a noite de fuinha.
Marco marcagao, manha de inverno e tarde de verao.
Não há bom mosto, colhido em agosto.
Não há luar como o de janeiro.
Não há maior amigo que o julho com seu trigo.
Não há mês mais irritado que abril zangado.
Não há mês mais irritado que abril zangado.
Não há mês que não volte outra vez.
Nasce erva em marco, ainda que lhe deem com o maco.
Nem em agosto caminhar, nem em dezembro marear.
Neve em fevereiro, pressagio de mau celeiro.
Nevoas de agosto, enm bom nabo, nem bom magusto.
Nevoeiro de s. Pedro, poe o vinho a medo.
No po semeia que setembro to pagara.
Nossa senhora de marco, traz o cestinho no braco.
O mês de agosto sera gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro.
Outobro chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Outobro suao, negacas de verao.
Pascoa em marco, ano de mortaco.
Pintainho de janeiro não vai com a mae ao poleiro.
Podar em marco e ser madraco.
Podar em marco ou no folhato.
Por muito que queira julho ser, pouco há-de chover.
Primeiro de agosto, primeiro de inverno.
Quando chover em agosto, não gastes o teu dinheiro em mosto.
Quando em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando maio chegar, e preciso enxofrar.
Quando não chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.
Quem em abril não varre a eira e em maio não sacha a leira, anda todo o ano em canseira.
Quem em maio não merenda, aos finados se encomenda.
Quem não debulha em agosto, debulha contra o seu gosto.
Quem não podar ate marco, vindima no regaco.
Saveis em maio, maleitas de todo o ano.
Se as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se o cuco não vem entre marco e abril, ou e morto ou esta para vir.
Se queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Se queres ver teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
Seda em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Setembro e o maio do outono.
Setembro molhado, figo estragado.
Sol de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol de junho madruga muito.
Sol de marco queima a dama no paco.
Tantos dias de geada tera maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro.
Trinta dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 tera um e os mais tem 31.
Trovoadas em agosto, abundancia de uva e mosto.
Uma agua de maio e tres de abril valem por mil.
Vento de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Vindima em outobro que... s. Martinho to dira.
Vinha que rebenta em abril, da pouco vinho para o barril.
Vinho de marco, colhe-se no regaco.
Vinho que nasce em maio vai para o gaio; se nasce em abril, vai ao funil; se nasce em marco, fica no regaco.
Vinho verde em janeiro e mortalha no telheiro.

A morte

A ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A boca do ambicioso so se enche com a terra da sepultura.
A esperanca e a ultima a morrer.
A preguica morreu de sede a beira da agua.
Afoga-se mais gente em vinho do que em agua.
Agua corrente não mata gente.
Amor e morte, nada e mais forte.
Anda-se toda a vida a aprender e morre-se sem saber.
Antes burro vivo, que sabio morto.
Antes morrer arruinado, que viver esfaimado.
Antes morrer da doenca que da cura.
Aos mortos e ausentes, não os insultes nem os atormentes.
Aprender ate morrer.
Casamento e mortalha, no ceu se talha.
Dar antes de morrer, e dispor-se a sofrer.
Das grandes ceias estao as sepulturas cheias.
De esperanca vive o homem ate a morte.
Desta vida nada se leva.
Estar com os pes para a cova.
Guerra avisada não mata soldados.
Há muitas maneiras de matar pulgas.
Mais vale ter mau halito que não ter halito nenhum.
Morra marta, mas morra farta.
Morrer por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
Morreu o bicho, acabou-se a pessonha.
Morte desejada não e mais chegada.
Morte desejada, vida dobrada.
Não há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico.
Não quero que ninguem morra, so quero que a vida me corra (diz o cangalheiro).
Não se deve falar em corda em casa de enforcado.
Nem o pai morre, nem a gente almoca!
O que não mata, engorda.
O que se aprende no berco dura ate a sepultura.
O seguro morreu de velho.
Para morrer basta estar vivo.
Parar e morrer.
Pascoa em marco, ano de mortaco.
Quem com ferros mata, com ferros morre.
Quem espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalco.
Quem poupa o seu inimigo, as maos lhe morre.
Quem se deserda antes que morra, precisa de uma cachaporra.
Quem se rala morre cedo.
Quem tem amigos, não morre na cadeia.
Quem tem oficio, não morre de fome.
Quem tem quem o chore, todos os dias morre.
Quem vive na taberna, morre no hospital.
Se queres ver teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
So se morre uma vez.
Todos tem a sua hora.
Trabalhar para aquecer, e melhor morrer de frio.
Vamos a vida que a morte e certa, embora em data incerta.
Velho enamorado, velho enterrado.
Velho mudado, velho enterrado.
Vinho verde em janeiro e mortalha no telheiro.

A mulher

A maria vai com as outras.
A mulher casada, o marido lhe basta.
A mulher e a cereja para seu mal se enfeitam.
A mulher e a sardinha querem-se da mais maneirinha.
A mulher e como a laranja, so depois de descacada e que se sabe se e doce.
A mlher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
A mulher e o melao, o calado e o melhor.
A mulher e o peixe no mar, são dificeis de apanhar.
A mulher e o vidro estao sempre em perigo.
A mulher ri quando pode e chora quando quer.
A raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
Amor de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Atras de um grande homem há sempre uma grande mulher.
Bem canta a marta depois de farta.
Bem prega maria, em casa vazia.
De noite, a candeia, parece bonita, a feia.
E dos carecas que elas gostam mais.
Gordura e formosura.
Há muitas marias na terra.
Homem velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Morra marta, mas morra farta.      
Mula que faz him e mlher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher arrenegada e pior que vibora assanhada.
Mulher boa, ave rara.
Mulher bonita nunca e pobre.
Mulher de bom recado, enche a casa ate ao telhado.
Mulher de buco, nem qualquer um lhe apalpa o pulso.
Mulher de cego, para quem se enfeita?
Mulher de fidalgo, pouco dinheiro e grande trancado.
Mulher de janela, diz de todos e todos dela.
Mulher de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher de pelo na venta, nem o diabo a aguenta.
Mulher doente, mulher para sempre.
Mulher e vinho enganam o mais fino.
Mulher honrada e a menos falada.
Mulher janeleira, raramente encarreira.
Mulher que a dois ama, aos dois engana.
Mulher que assobia, seu homem cornia.
Mulher que bem se arreia, nunca parece feia.
Mulher que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar
Mulher que muito bebe, tarde paga o que deve.
Mulher que não perde festa, para pouco presta.
Mulher seria não tem ouvidos.
Mulher so faz tudo; duas, fazem pouco; tres, não fazem nada.
Mulheres e ferramentas de corte, acertar com elas e uma sorte.
Na casa manda ela, mas nela mando eu.
Por casa nem vinha, não cases com mulher parida.
Segredos, nem a mulher se devem contar, para não complicar.
Sinal na perna, mulher de taberna.
Sinal no braco, mulher de desembaraco.
Sinal no peito, mulher de respeito.
Sol de marco qeuima a dama no paco.
Trabalhar com mulheres e beber por cabaca.
Vinho, mulheres e tabaco, poem um homem fraco.

O natal

Ande o frio por onde andar, no natal ca vem parar.
Assim como vires o tempo de santa luzia ao natal, assim estara o ano mês a mês ate final.
Caindo o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
De santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
De santa catarina ao natal, mês igual.
Do natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Dos santos ao natal, inverno natural.
Dos santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
Dos santos ao natal, vai um salto de pardal.
Galinhas de s. Joao, pelo natal poedeiras são.
Mal vai portugal, se tres cheias não vierem ate ao natal.
Melhor e que pelo natal, tenha o alho bico de pardal.
Não há ano, afinal, que não tenha o seu natal.
Natal ao lar(chuva), pascoa a assoalhar.
Natal em casa, pascoa na praca.
Por natal ao jogo e pela pascoa ao fogo.
Quem vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.

Os negocios

A comprar, so o que se pode pagar.
A ganhar se perde e a perder se ganha.
Amigos, amigos, negocios a parte.
Amigos de longe, contas de perto.
Boas contas fazem boas amizades.
Bom vinho escusa pregao; bom peso faz vender o pao.
Conseguir vender areia na praia.
Dinheiro faz dinheiro.
Ficar tudo em aguas de bacalhau.
Freio de ouro não melhora o cavalo.
Galinha gorda por pouco dinheiro, não há poleiro.
Ir tudo por agua abaixo.
O bom vinho traz a venda consigo.
O olho do dono e que engorda o cavalo.
O segredo e a alma do negocio.
Paga o que deves, saberas com quanto ficas.
Para quem compra, amanhece; para quem vende, anoitece.
Quem paga adiantado, não tem bom resultado.
Quem pedir fiado, paga mais que dobrado.

Pais e filhos

A brincar a brincar, o macaquinho casou com a mae.
A pai avarento, filho prodigo.
A pai ganhador, filho gastador.
A sombra da arvore não deites o filho, encontra-lo-as ao sol.
Antes a crianca chore que a mae suspire.
Boa vida, pai e mae olvida.
Casa de pais, escola de filhos.
Casa o teu filho quando ele quiser e a tua filha quando puderes.
Da o pai ao filho que nada merece; nunca o filho da ao pai sem interesse.
De pequeno veras, que filho teras.
Depois da filha casada, não lhe faltam pretendentes.
Fevereiro matou a mae ao solheiro.
Filho aborrecido, não teve bom castigo.
Filho de burro um dia da coice.
Filho de gato, mata rato.
Filho de peixe, epixinho e.
Filho de peixe sabe nadar.
Filho es, pai seras, assim como fizeres, assim encontraras.
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Homem velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Mau pai, mau marido.
Morrer por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
Nem o pai morre, nem a gente almoca!
O amor de mae e cego.
O bom filho a casa torna.
O bom fruto vem de boa semente.
Os filhos nunca cheiram mal aos pais.
Pai impertinente, filho desobediente.
Pai não tiveste, mae não temeste, diabo te fizeste.
Pelos frutos se conhece a arvore.
Quem meus filhos beija, minha boca adoca.
Qeum não se sente, não e filho de boa gente.
Quem sai aos seus não degenera.
Quem tem filhos tem cadilhos, e quem não tem, cadilhos tem.
Tal pai, tal filho.
Uns são filhos, outros são enteados.
Vale mais a nacao, que a criacao.
Vinho de boa cepa e filha de boa mae.

Partes do corpo

A agua lava tudo menos as mas linguas.
A barriga manda a perna.
A beleza esta nos olhos de quem a ve.
A cavalo dado não se olha ao dente.
A comida depois de passada a goela, o estomago que se entenda com ela.
A gente pensa que se benze e parte o nariz.
A irritacao não tem olhos.
A lingua não mente o que o coracao sente.
A palavras loucas, orelhas moucas.
A quem doi o dente e que vai ao dentista.
A raiva apressa as maos de um faxineiro.
A semente da mao pegara ou não, mas a da boca pega toda.
Agua fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Antes minha face com fome amarela, que veronha nela.
Ao vilao, mete na cama os pes.
As paredes tem ouvidos.
Ate aos quarenta bem eu passo; depois,... ai a minha perna,... ai o meu braco,...
Barriga cheia, companhia desfeita.
Barriga cheia e pe dormente, não dura sempre.
Barriga vazia não tem alegria.
Boca de rico, bolsa de pobre.
Boca que diz que sim, tambem diz que não.
Bom vinho, ma cabeca.
Cada cabeca, sua sentenca.
Cada um ve mal ou bem, conforme os olhos que tem.
Comida fina em corpos grossos faz mal aos ossos.
Criado que faz o seu dever, orelhas moucas deve ter.
De contente se ri o dente.
Depois das sopas molham-se as bocas.
Deus da nozes a quem não tem dentes.
Do prato a boca, arrefece a sopa.
E espirito santo de orelha!
E na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
Em agosto, suor no rosto.
Em boca fechada não entra mosca.
Em dezembro treme o frio em cada membro.
Em junho, ainda a velha esfrega o punho.
Encostar a barriga ao balcao.
Entra por um ouvido e sai pelo outro.
Falar não enche barriga.
Fama sem proveito, da dor no peito.
Fazer das tripas coracao.
Fazer ouvidos de mercador.
Fevereiro quente tras o diabo no ventre.
Lavrador, antes sem orelhas que sem ovelhas.
Lingua de mel, coracao de fel.
Louvor em boca propria e vituperio.
Mais vale um vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Mais vale um passaro na mao que dois a voar.
Mais vale um pe no travao que dois no caixao.
Mais vale uma mao inchada que uma enxada na mao.
Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Maos a mais, trabalho a menos.
Maos frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos generosas, maos poderosas.
Maos que não dais, porque esperais?
Maos quentes, coracao frio, amor vadio.
Meias, so para os pes.
Mater o nariz onde não e chamado.
Mulher de buco, nem qualquer um lhe apalpa o pulso.
Mulher de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher seria não tem ouvidos.
Na boa cabeca nunca faltam chapeus.
Não dar o braco a torcer.
Não des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Não e por ter grandes orelhas que o burro vai a feira.
Não saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nariz de cao e cu de gente, nunca esta quente.
Nas costas dos outros ve as tuas.
Ninguem corta a mao porque lhe doi um olho.
Nunca falta um chinelo velho para um pe manco.
O bom mosto sai ao rosto.
O bom vinho arruina a bolsa, e o mau o estomago.
O escorregar da lingua e pior que o do pe.
O mal e o bem a cara vem.
O olho do dono e que engorda o cavalo.
O que e nosso a nossa mao vem ter.
O que os olhos não veem, o coracao não sente.
O que tem a ver o cu com as calcas?
O saber não esta todo numa so cabeca.
Obra de vilao, atirar a pedra e esconder a mao.
Oh pernas, para que vos quero!
Olho por olho, dente por dente.
Olho que ve, mao que pilha.
Olho vivo e pe ligeiro!
Os olhos fizeram-se para ver e não para dormir.
Os ouvidos não se limpam com a cotonete, mas com o cotovelo.
Pao com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Pao quente, muito na mao, pouco no ventre.
Para onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Pela boca morre o peixe.
Pelo dedo se conhece o gigante.
Quando a cabeca não tem juizo, o corpo e que paga.
Quando dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quatro olhos veem mais do que dois.
Quem come a correr, do estomago vem a sofrer.
Quem e infeliz cai de costas e quebra o nariz.
Quem não tem cabeca, tem pernas.
Quem tem o que e seu na mao dos outros, perde-lo quer.
Quem ve caras, não ve coracoes.
So deus sabe o que vai na cabeca de cada um.
Tanto faz dar-lhe na cabeca, como na cabeca lhe dar.
Ter dor de cotovelo.
Ter fraca cara para ser santo.
Ter mais olhos que barriga.
Uma boca, uma sopa.
Uma mao lava a outra e ambas o rosto.
Vao-se os aneis, ficam os dedos.

A pobreza

A casa do rico iras se fores chamado e a do pobre sem seres chamado.
A magreza e sinal da pobreza.     
A minha pobre casinha, e pobre mas e minha.
A preguica e a chave da pobreza.
Antes a pobreza honrada que a riqueza roubada.
Ao pobre ate os caes ladram.
Ao pobre falta mito e ao avarento tudo.
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamparam.
Ao rico não devas e ao pobre não prometas.
Boca de rico, bolsa de pobre.
Branco em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Dar esmola não empobrece.
Dois pobres a mesma porta, um deles fica sem esmola.
E na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
Mais vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Mlher bonita nunca e pobre.
Não há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico.
Não há pior despeito que o do pobre orgulhoso.
Ninguem e pobre senao de juizo.
O bom vinho arruina a bolsa, e o mau o estomago.
O trabalho enriquece, a preguica empobrece.
Para pe de pobre, qualquer calcado serve.
Pobre e namoradeira, toda a vida solteira.
Pobrete mas alegrete.
Quando um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quem da aos pobres, empresta a deus.
Quem nasceu para ser pobre, mais vale a morte que a ma sorte.
Uns dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Vinho que baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.

Prata e ouro

A balanca quando trabalha, não conhece ouro nem chumbo.
A palavra e de prata e o silencio de ouro.
Calar a verdade e enterrar ouro.
Chega-se o ouro para o tesouro.
Enquanto o ouro luz, os amigos são de truz.
Freio de ouro não melhora o cavalo.
Laranja de manha e ouro, nem utdo o que alveja e prata.
O silencio e de ouro.
Ouvir e prata, calar e ouro.
Vinho, ouro e amigo, quanto mais velho melhor.

Profissoes

A fome e ma cozinheira.
A viola e o tambor querem-se na mao do tocador.
Alho e limao, são meio cirurgiao.
Barbeiro não paga a barbeiro.
Batendo ferro e fogo o ferreiro consegue tempera e dinheiro.
Cada qual no seu oficio.
Caindo o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Cesteiro que faz um cento, dando-lhe verga e tempo.
De medico e louco todos temos um pouco.
De medico, padre e advogado todos temos um bocado.
E como o ferreiro c/ maldicao, quando tem ferro não tem carvao.
E na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
Homem de sete oficios, em todos e remendao.
Lavrador, antes sem orelhas que sem ovelhas.
Maio coveiro não e vinhateiro.
Medico cura-se a si mesmo.
Não subas tu, sapateiro, acima da chinela.
O homem de sete oficios nem por isso chega a rico.
Onde entra o sol, não entra o medico.
Outobro chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Para o mau oficial nenhuma ferramenta presta.
Quem te manda a ti, oh sapateiro, tocar rabecao?
Rodas e advogados, não andam sem ser untados.
Uma maca por dia mantem o medico longe.

O rei

Assim como vive o rei, vivem os vassalos.
Bom rei, se quereis que vos sirva, dai-me de comer.
Em sua casa cada um e rei.
Em terra de cegos quem tem um olho e rei.
Novo rei, nova lei.
O rei nasce e o homem faz-se.
Palavra de rei não volta atras.
Rei morto, rei posto.
Vao as leis onde querem os reis.
Vontade de rei não conhece lei.

A religiao

A confraria e rica, so padres e que são pobres.
A curiosidade matou um frade.
A gente pensa que se benze e parte o nariz.
Ainda a procissao vai no adro e o andor já vai desequilibrado.
Antes de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar tres.
Cao na igreja, toda a gente o apedreja.
Comer que nem um abade.
Daquilo que bem lhe sabe, não reparte o frade.
De medico, padre e advogado todos temos umm bocado.
Em caso de necessidade, casa a freira com o frade.
Há sempre um ajudante a missa.
Manda a santa religiao, cocar onde há comichao.
Não andar la muito catolico.
Não e o habito que faz o monge.
Não há sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguica.
Para a missa e para o moinho, não esperes pelo teu vizinho.
Quando há obrigacoes, não há devocoes.
Quem toca o carrilhao, não vai na procissao.
Querer ensinar o padre-nosso ao vigario.
Se queres aprender a rezar, entra no mar.
Ser mais papista que o papa.

A riqueza

A casa do rico iras se fores chamado e a do pobre sem seres chamado.
A economia e a base da riqueza.
A educacao e riqueza.
Antes a pobreza honrada que a riqueza roubada.
Ao afortunado, ate os galos poem ovos.
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamparam.
Ao rico não devas e ao pobre não prometas.
Boca de rico, bolsa de pobre.
Bolsa cheia, coracao alegre.
Bom nome e melhor que riqueza.
Chega-se o ouro para o tesouro.
Em casa cheia e facil fazer a ceia.
Ganha-lo como um preto, gasta-lo como um fidalgo.
Haja fartura, que a fome ninguem a atura.
Mais vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Não des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Não há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico.
No poupar e que esta o ganho.
O trabalho enriquece, a preguica empobrece.
Quem tem amigos, e rico.
Rico sera, quem bons amigos puder contar.
Se queres conhecer o vilao, poe-lhe uma vara na mao.
Uns dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Viuva rica, casada fica.

O riso

A rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A vantagem e sempre de quem sorri.
Ate o diabo se ri!
De contente se ri o dente.
Muito riso, pouco siso.
Não há casamento sem choro, nem funeral sem riso.
Não se ria o roto do esfarrapado.
No riso e o doido conhecido.
O homem que não tem um sorriso, não deve abrir uma loja.
O ultimo a rir e o que ri melhor.
Riso pronto, miolo tonto.

As roupas

Acolhe-se uma pessoa pelo traje que veste, mas despe-se pela cultura que mostra.
Deus da frio conforme a roupa.
Por baixo da manta, tanto vai preta como vai branca.
Por cima folhos e rendas, por baixo nem fralda tem.
O que tem a ver o cu com as calcas?
Quem o alheio veste, na praca o despe.
Quem se veste de ruim pano, veste-se duas vezes por ano.
Quem tem capa, sempre escapa; quem tem gabao, escapara ou não.

O s. Martinho

A cada bacorinho vem seu s. Martinho.
Dia de s. Martinho, lume castanhas e vinho.
No dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
Pelo s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pelo s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, já te não faz dano.
Pelo s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Por s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por s. Martinho, semeia o teu linho.
Por s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Se o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Vindima em outobro que... s. Martinho to dira.

Os santos

A cada bacorinho vem seu s. Martinho.
Aguas verdadeiras, por s. Mateus as primeiras.
Ai por sant’ana, limpa a pragana.
Andar marinheir andar, não te apanhe s. Simao no mar.
Ate ao s. Pedro o vinho tem medo.
Cada um tem o sue s. Joao.
Chuva no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
De santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
De santa catarina ao natal, mês igual.
Depois dos santos, neve nos campos.
Dia de s. Barnabe seca-lhe a palha pelo pe.
Dia de s. Bras a cegonha veras e se não a vires, o inverno vem atras.
Dia de s. Lourenco, vai a vinha e enche o lenco.
Dia de s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Do natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Dos santos ao advento, nem muita chuva num muito vento.
Dos santos ao natal, inverno natural.
Dos santos ao natal, vai um salto de pardal.
Dos santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
E espirito santo de orelha!
Em dia de santa luzia, cresce a noite e minga o dia.
Frio de julho, abrasa em s. Tiago.
Galinhas de s. Joao, pelo natal poedeiras são.
Guerra de s. Joao, paz todo o ano.
Mal vai a beira se antes dos santos não moi a ribeira.
Não e santo da minha devocao.
Não ocupa mais pes de terra o papa que o sacristao.
Não se deve despir um santo para vestir outro.
Não se deve festejar o santo antes do seu dia.
No dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No dia de santo andre diz o porco “quie”,”quie”.
No dia de santo andre, vai a esquina e traz o porco pelo pe.
No s. Joao a sardinha pinga no pao.
Nossa senhora de marco, traz o cestinho no braco.
O que não se faz no dia de santa luzia, faz-se noutro dia.
Os santos esperam, mas não perdoam.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Pela assuncao, cada pinga vale um tostao.
Pela sta. Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho).
Pela sta. Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, sera a vindima.
Pelo s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo s. Lourenco vai a vinha e enche o lenco.
Pelo s. Martinho , abatoca o teu pipinho.
Pelo s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pelo s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, já te não faz dano.
Pelo s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Pelo s. Mateus não a pecas a deus (chuva).
Pelo s. Matias, comecam as enxertias.
Pelo s. Silvestre, nem no alho nem na reste.
Pelo s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Pelos santos, neve nos campos.
Por s. Clemente, alca a mao da semente.
Por s. Gil aduba teu candil.
Por s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por s. Martinho, semeia o teu linho.
Por s. Martinho, semeia o teu linho.
Por s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Por s. Vicente toda a agua e quente.
Por santo andre, o sete estrelo posto e.
Por santo andre, todo o dia noite e.
Por santo urbao, gaviao na mao.
Por santos, semeia trigo e colhe cardos.
Porta aberta tenta um santo.
Quando a esmola e grande, o santo desconfia.
Quando não chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
s. miguel soalheiro, enche o celeiro.
Santos de ao pe da porta não fazem milagres.
Saveis por s. Marcos enchem os barcos.
Se o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
So te elmbras de s.ta barbara quando troveja.
Tem o porco meao pelo s. Joao.
Ter fraca cara para ser santo.
Ver para crer, como o s. Tome.

A saude

A ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A cada dia, da deus a dor e a alegria.
A doenca vem a cavalo e vai a pe.
A mal desesperado, remedio heroico.
Agua fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Alho e limao, são meio cirurgiao.
Antes morrer da doenca que da cura.
Arranjar sarna para se cocar.
As grandes dores são mudas.
Ate aos quareanta bem eu passo; depois,... ai a minha perna,... ai o meu braco,...
Barriga cheia e pe dormente, não dura sempre.
Boa leitura, tristeza cura.
Cada qual sente o seu mal.
Come como são, bebe como doente.
Deitar cedo e cedo erguer da saude e faz crescer.
Dor compartilhada e dor aliviada.
Fama sem proveito, da dor de peito.
Mais vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Mal de amor não tem cura.
Mal por mal, antes cadeia que hospital.
Mal que não tem cura: a velhice e a loucura.
Muito padece quem ama.
Mulher doente, mulher para sempre.
O que a uns cura, a outros mata.
O que arde cura e o que aperta segura.
O são ao doente, em regra mente.
O tempo a tudo da remedio.
Onde entra o sol, não entra o medico.
Para curar um amor, so outro grande amor.
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Para grandes males, grandes remedios.
Parir e dor, criar e amor.
Quando deus quer, agua fria e remedio.
Quando um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quem não come por ter comido, a doenca não e de perigo.
Quem tem doenca, abra a bolsa e tenha paciencia.
Quem tem mazela, tudo lhe da nela.
Sarampo e sarampelo sete vezes vem ao pelo.
Saveis em maio, maleitas de todo o ano.
Se o trabalho da saude, entao trabalhem os doentes.
Sem saude não há felicidade.
Uma maca por dia mantem o medico longe.
Vao-se os amores, ficam as dores.
Velho que de si cura, cem anos dura.

Os segredos

A quem disseste o teu segredo, fizeste senhor de ti.
Ao amigo não encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Não há coisa escondida, que não venha a ser sabida.
Não saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nem a camisa seja ciente do que a tua alma sente.
O sabio so deve ter a si por guardiao do seu segredo.
O segredo e a alma do negocio.
O segredo e bom conselheiro, o melhor e estar calado e aguardar primeiro.
O segredo melhor guardado e o que a ninguem e revelado.
Quem segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Segredo de dois, segredo de deus; segredo de tres, o daibo o fez.
Segredo muito encoberto, e sempre descoberto.
Segredos, nem a mulher se devem contar, para não complicar.
Tu que sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei.
Vinho e medo descobrem o segredo.
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

O sol

Em janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em marco o sol rega e a chuva queima.
Em novembro, poe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Fevereiro matou a mae ao solheiro.
Manha de nevoeiro, tarde solheiro.
Não há domingo sem sol, nem noiva sem lencol.
No outono o sol tem sono.
O sol quando nasce e para todos.
Quem canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Querer sol na eira e chuva no nabal.
Querer tapar o sol com a peneira.
Sol de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol de junho madruga muito.
Sol de marco, fere que nem maco.
Sol de marco queima a dama no paco.
Sol e chva, casamento da viuva.

Sorte/azar

A sorte ajuda as vezes, o trabalho sempre.
A sorte bate uma vez a porta de cada um.
A sorte e para quem a tem.
Azar ao jogo, sorte no amor.
Depois diz que tens azar!...
Há dias em que cair e uma sorte.
Mulheres e ferramentas de corte, acertar com elas e uma sorte.
Quem não tem sorte ao jogo, tem sorte no amor.
Quem não tem sorte, tanto faz correr, como saltar.
Quem nasceu para ser pobre, mais vale a morte que a ma sorte.

O tempo

A fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhao e o rapaz não for ladrao.
A hora de comer e a mais curta.
A noite e boa conselheira.
Alto mar e sem vento, não promete seguro o tempo.
Ande o frio por onde andar, no natal ca vem parar.
Ano de nevao, ano de muito pao.
Ano seco, ano bom.
As dez, mete na cama os pes.
Atras do tempo, tempo vem.
Bons dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Cada coisa tem os eu tempo.
Chovam trinta maios e não chova em junho.
Chuva civil não molha militares.
Chva de ascensao não da palhas nem pao.
Chuva em janeiro e não frio, vai dar riqueza ao estio.
Chva fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Chuva que não acaba ao meio-dia, e chuva para todo o dia.
De manha comeca o dia.
De noite, a candeia, parece bonita, a feia.
De noite todos os gatos são pardos.
De santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
De santa catarina ao natal, mês igual.
Dezembro com junho ao desafio, traz janeiro frio.
Dezembro molhado, janeiro geado.
Do natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Dos santos ao advento, nem muita chuva nem muito vento.
Dos santos ao natal, inverno natural.
Dos santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
Dos santos ao natal, vai um salto de pardal.
Em dezembro treme o frio em cada membro.
Em dia de santa luzia, cresce a noite e minga o dia.
Em fevereiro chuva, em agosto uva.
Em fevereiro neve e frio, e de esperar ardor no estio.
Em janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em janeiro, um salto de carneiro.
Em janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar.
Em julho, ao quinto dia veras que mês teras.
Em junho, ainda que a velha esfrega o punho.
Em maio, come-se a cereja ao borralho.
Em marco o sol rega e a chuva queima.
Em marco tanto durmo como faco.
Em novembro, poe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Em outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em outobro semeia e cria, teras alegria.
Em setembro, ardem montes e secam as fontes.
Espirro de bode e sinal de chuva.
Fevereiro matou a mae ao solheiro.
Fevereiro quente tras o diabo no ventre.
Fevereiro trocou dois dias por uma tigela de papas.
Frio de julho, abrasa em s. Tiago.
Gaivotas em terra, tempestade no mar.
Inverno laborioso, verao venturoso.
Janeiro fora, mais uma hora.
Junho abafadico, sai a abelha do cortico.
Junho calmoso, ano famoso.
Junho floreiro, paraiso verdadeiro.
Logo que outobro venha, procura a lenha.
Lua a tardinha, com seu anel, da chuva a noite a granel.
Lua de pe, marinheiro deitado.
Lua nova setembrina, sete luas domina.
Lua nova trovejada, trinta dias e molhada.
Lua setembrina, para sete luados se inclina.
Luar de janeiro e amor o primeiro.
Luar de janeiro não tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Maio me molhou, maio me enxugou.
Maio pardo e ventoso, faz o ano formoso.
Mal vai portugal, se tres cheias não vierem ate ao natal.
Manha de nevoeiro, tarde solheiro.
Manhas de abril, boas de andar e doces de dormir.
Marco chuvoso, s. Joao farinhoso.
Mesmo a casa de teu irmao, não vas cada serao.
Na semana de ramos lava os teus panos, que na paixao lavaras ou não.
Não há luar como o de janeiro.
Não há melhor juiz que o tempo.
Não há mês mais irritado que abril zangado.
Não há mês que não volte outra vez.
Não há sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguica.
Natal ao lar(chuva), pascoa assoalhar.
Natal em casa, pascoa na praca.
Nevoeiro de mais de tres dias, durara oito.
No tempo do cuco, tanto esta molhado como enxuto.
Nossa senhora de marco, traz o cestinho no braco.
Outobro chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Outobro suao, negacas de verao.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Pelo tempo do cuco, de manha molhado e a tarde enxuto.
Por muito que queira julho ser, pouco há-de chover.
Por santo andre, todo o dia noite e.
Sabados a chover e bebados a beber, ninguem os pode vencer.
Se a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno para vir.
Se o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Seda em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Setembro e o maio do outono.
So te lembras de sta. Barbara quando troveja.
Sol de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol de junho madruga muito.
Sol de marco, fere que nem maco.
Sol e chuva, casamento da viuva.
Tantos dias de geada tera maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro.
Tempo e dinheiro.
Tempo e mare, não esperam por ninguem.
Trinta dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 tera um e os mais tem 31.
Trovoadas em agosto, abundancia de uva e mosto.
Tudo se quer no seu tempo; os nabos pelo advento.
Vento de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Vermelho ao mar, calor de rachar.

O trabalho

A fome espreita a porta de quem trabalha, mas não entra em casa.
A preguica torna tudo dificil; o trabalho tudo facilita.
A sorte ajuda as vezess, o trabalho sempre.
Antes de trabalhar que chorar.
Aproveite fevereiro, quem folgar em janeiro.
Cabra manca não tem sesta.
Caisa adiada não esta acabada.
De graca trabalha o relogio, mas quer corda todos os dias.
De manha comeca o dia.
Depressa e bem não faz ninguem.
Deus ajuda quem trabalha, que e o capital que menos falha.
Dispensaste auxilio alheio, carregas o saco cheio.
Dizer e fazer não comem a mesma mesa.
Do trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Duas terras mantem um homem, quatro matam de fome.
E areia de mais para a minha camioneta!
Em junho, foicinha em punho.
Enquanto se descansa, vamos aqui rachar esta lenha!
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Ganha-lo como um preto, gasta-lo como um fidalgo.
Guarda que comer, não guardes que fazer.
Mais vale um trabalhador que um mau mandador.
Mais vale uma mao inchada que uma enxada na mao.
Mal te aconselha quem do trabalho te afasta.
Manda quem pode, obedece quem deve.
Mande bem, mande mal, mas mande um so.
Maos a mais, trabalho a menos.
Mulher so faz tudo; duas, fazem pouco; tres, não fazem nada.
Nada e mais prejudicial a quem trabalha, que a presenca dos que nada fazem.
Não deixes para amanha o que podes fazer hoje.
Não há atalho sem trabalho.
Ningueme obrigado a fazer o que não pode.
Não há atalho sem trabalho.
Ninguem e obrigado a fazer o que não pode.
O competente não aquece o lugar.
O que não se faz de uma vez, faz-se em duas ou tres.
O que não se faz no dia de santa luzia, faz-se noutro dia.
O rabo e o mais dificil de esfolar.
O trabalho do menino e pouco, mas quem o não aproveita e louco.
O trabalho e a fonte de todas as riquezas.
O trabalho enriquece, apreguica empobrece.
Obra apressada, obra estragada.
Onde todos ajudam, nada custa.
Para o mau oficial nenhuma ferramenta presta.
Patrao fora, dia santo na loja.
Quem deseja fazer algo, encontra um meio; quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.
Quem não e para comer, não e para trabalhar.
Quem não trabuca, não manduca.
Quem se mete por atalhos, não se livra de trabalhos.
Quemt em oficio, não morre de fome.
Roma e pavia não se fizeram num dia.
Se não fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes.
Se o trabalho da saude, entao trabalhem os doentes.
Sem trabalho nada se faz.
Tarefa apressada, tarefa estragada.
Tarefa que agrada e depressa acabada.
Trabalha e teras, madruga e veras.
Trabalhador prudente evita o acidente.
Trabalhar com mulheres e beber por cabaca.
Trabalhar para aquecer, e melhor morrer de frio.
Trabalhar para aquecer, todos gostamos de não fazer.
Trabalho apressado, não da bom resultado.
Um dia vale por dois, para quem diz “já” e não “depois”.
Uma coisa e dizer, outra e fazer.
Usa e seras mestre.

A velhice

A burro velho, capim novo.
A velhice faz o homem prudente.
Amor de velho, ciumes de novo.
Amor verdadeiro não envelhece.
Aproveita o que o velho diz, que actua como juiz.
Burra velha não toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro velho não aprende linguas.
Burro velho não tem andadura, e se a toma, pouco dura.
De algodao velho não se faz bom pano.
De velho se torna a menino.
Ditados velhos são evangelhos.
E como o vinho do porto, quanto mais velho melhor.
Em junho, ainda a velha esfrega o punho.
Guarda em moco, acharas em velho.
Homem velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Juventude leviana faz a velhice desolada.
Macaco velho não mete a mao em cubuca.
Mal que não tem cura: a velhice e a loucura.
Mocidade ociosa, velhice trabalhosa.
Morrer por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
O diabo sabe muito, porque e velho.
O menino engorda para crescer e o velho para morrer.
O seguro morreu de velho.
O velho por não poder e o moco por não saber, deitam as coisa a perder.
Quando e velho o cao, se ladra e porque tem razao.
Quem de novo não morrer, de velho não escapa.
Quem envelhece, arrefece.
Quem não ouve conselho, não chega a velho.
Se es velho ou comilao, encomenda o teu caixao.
Se queres bom conselho, pede-o ao velho.
Toma em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Velho como a se de braga!
Velho mudado, velho enterrado.
Velho enamorado, velho enterrado.
Velho que de si cura, cem anos dura.
Velhos são os farrapos.

Os vicios

A boa vida e a mae de todos os vicios.
A ociosidade e responsavel por muitos vicios.
A pai ganhador, filho gastador.
A preguica e a chave da pobreza.
A preguica morreu de sede a beira da agua.
A preguica tonra tudo dificil; o trabalho tudo facilita.
Antes marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Ao amigo, ama-o com o seu vicio.
Boa vida, pai e mae olvida.
Depois de um bom poupador, um bom gastador.
Jogo e bebida: casa perdida.
Mocidade ociosa, velhice trabalhosa.
Muitas vezes se perde por preguica oq eu se ganha com justica.
Ninguem cria fama, deitado na cam.
O que o jogo da, o jogo leva.
Quem do vinho e amigo, cedo esta perdido.
Quem não tem dinheiro, não tem vicios.
So ganha quem joga.
Vinho, mulheres e tabaco, poem um homem fraco

A vida
A terra o criou, a terra o há-de comer.
A vida e bela , o que e preciso e saber vive-la.
A vida e bela, os homems e que dao cabo dela.
A vida e como uma vela acesa ao vento.
A vida e um pau ensebado, com uma nota falsa presa na ponta.
A vida não e so prazer.
A vida quanto mais se estica, mais curta fica.
Adeus mundo cruel!
Ano-novo, vida nova.
Bem querer e bem fazer, muito importa para bem viver.
Cada um tem de viver com aquilo que tem.
De esperanca vive o homem ate a morte.
Desta vida nada se leva.
E fatal como o destino!
Enquanto dura, vida e docura.
Enquanto há vida, há esperanca.
Este mundo e uma bola, quem anda nele e que se amola.
Este mundo são dois dias, e este já vai na conta.
Mais vale um gosto na vida que cem mil reis na algibeira.
Meia vida e a candeia; e pao e vinho a outra meia.
Morte desejada, vida dobrada.
Mudam os ventos, mudam-se os pensamentos.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Na vida nem tudo esta totalmente mal; ate um relogio parado esta certo duas vezes ao dia.
Na vida nem tudo são rosas.
Nada há mais certo na vida que a propria morte.
Ninguem esta bem com a vida que tem.
Ninguem fica para semente.
Ninguem foge ao seu destino.
Peso e medida, governam a vida.
Pobre e namoradeira, toda a vida solteira.
Quem casa a correr, tem toda a vida para se arrepender.
Quem mais dorme, menos vive.
Quem muito pula, pouco caca.
Quem quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo.
Quem vive na taberna, morre no hospital.
Quem vive sem conta, vive sem honra.
Todos tem a sua cruz.
Vira o disco e toca o mesmo.

Os vizinhos

A cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A galinha da vizinha e melhor que a minha.
Antes para nos um baguinho que dois figos para o vizinho.
Cada um so goza a paz que o vizinho quer.
Cerra a porta e faras a tua vizinha boa.
De pessoa calada afasta a tua morada.
De quem não e prudente, afaste-se a gente.
Deus nos livre dos maus vizinhos ao pe da porta.
Fui a casa da vizinha e envergonhei-me, voltei para casa e remediei-me.
Ma vizinha a porta e pior que lagarta na horta.
Mais vale o vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Não queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho.
Para a missa e para o moinho, não esperes pelo teu vizinho.
Quando vires a barba do vizinho a arder, poe a tua de molho.
Quem tem bom vizinho, não tema ruido.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Vinha entre vinhas, casa entre vizinhas.

INDICE

GERAL
AGRICULTURA
AGUA
AMIZADES/COMPANHIAS
AMOR/PAIXAO
ANIMAIS
APRENDER
AVAREZA/AMBICAO
BEBIDAS
BURROS
CASAMENTO
CHORAR
CHUVA
COMER/COMIDAS
CONSELHOS
CORACAO
CRIANCAS
DEUS
DIABO
DINHEIRO
ECONOMIA
EDUCACAO
ESTACOES DO ANO
FALAR/PALAVRAS
FAMILIA/PARANTESCO
FELICIDADE
FESTAS/ROMARIAS
FRUTOS
GRATIDAO
HOMEM
INIMIGOS
INVEJA
LIVROS
LUA
MAR
ERROS, MENTIRAS E VERDADES
MESES
MORTE
MULHER
NATAL
NEGOCIOS
PAIS/FILHOS
PARTES DO CORPO
POBREZA
PRATA/OURO
PROFISSOES
REI
RELIGIAO
RIQUEZA
RISO
ROUPAS
S. MARTINHO
SANTOS
SAUDE
SEGREDOS
SOL
SORTE/AZAR
TEMPO
TRABALHO
VELHICE
VICIOS
VIDA
VIZINHOS



FIM


anjoinfernal


epilifogal