Prefacio.
As palavras voam, os
escritos ficam
Proverbios e ditos populares
A abelha-mestra nao tem
sesta, e se a tem, pouca e depressa.
A afeicao cega a razao.
A agua corre sempre para o
mar.
A agua lava tudo menos as
mas linguas.
A agua que no verao ha-de
regar, em abril ha-de ficar.
A albarda nunca pesou ao
burro.
A ambicao cerra o coracao.
A ambicao e uma doenca que
so tem cura na sepultura.
A amizade nao tem preco.
A amizade vive de provas.
A apressada pergunta,
vagarosa resposta.
A avareza e a origem de todo
o mal.
A azeitona e a fortuna, as
vezes muita, as vezes nenhuma.
A balanca quando trabalha,
nao conhece ouro nem chumbo.
A barriga manda a perna.
A bebida quer-se comida e a
comida bebida.
A beleza depressa se acaba.
A beleza esta nos olhos de
quem a ve.
A boa filha duas vezes vem
para casa.
A boa vida e a mae de todos
os vicios.
A boca da barra perde-se o
navio.
A boca do ambicioso so se
enche com a terra da sepultura.
A boda e ao baptizado, nao
vas sem ser convidado.
A bondade e perdao so fazem ingratidao.
A boniteza nao se poe a
mesa.
A brincar a brincar, com as
verdades me enganas.
A brincar a brincar, o
macaquinho casua com a mae.
A brincar se dizem muitas
verdades.
A burro velho, capim novo.
A cabra da minha vizinha, da
mais leite que a minha.
A cada bacorinho vem seu
s.martinho.
A cada dia, da deus a dor e
alegria.
A carapuca e para quem a
enfia.
A caridade, bem entendida,
comeca por nos.
A caridade comeca em casa.
A casa de teu irmao, nao vas
sem ter razao.
A casa do mentiroso esta em
cinzas, e ninguem acredita.
A casa do rico iras se fores
chamado a do pobre sem seres chamado.
A casa do teu amigo nao vas
sem ser convidado.
A cascais, uma vez e nunca
mais.
A cavalo dado nao se olha ao
dente.
A cisma e pior que uma
doenca.
A comida depois de passada a
goela, o estomago que se entenda com ela.
A comprar, so o que se pode
pagar.
A confraria e rica, os
padres e que sao pobres.
A corda quebra sempre pelo
lado mais fraco.
A culpa e sempre dos
ausentes.
A curiosidade matou um
frade.
A desgraca ninguem foge.
A destreza pode muito, mas
mais a perseveranca.
A doenca vem a cavalo e vai
a pe.
A duvida e a sala de espera
do conhecimento.
A economia e a base da
riqueza.
A erva ruim nao queima a
geada.
A esperanca e a ultima a
morrer.
A excepcao faz a regra.
A fadiga e a melhor
almofada.
A falar e que a gente se
entende.
A falar no diabo e ele a
aparecer.
A falta de pao, ate migalhas
vao.
A falta do amigo ha-de-se
conhecer, mas nao aborrecer.
A familiaridade provoca
desrespeito.
A felicidade e proporcional
ao grau de esforco.
A felicidade esta onde cada
um a poe.
A ferro quente, malhar de
repente.
A fevereiro e ao rapaz
perdoa tudo quanto faz, se fevereiro nao for secalhao e o rapaz nao for ladrao.
A fome e ma cozinheira.
A fome e o melhor tempero.
A fome espreita a porta de
quem trabalha, mas nao entra em casa.
A fome faz sair o lobo do
mato.
A forca esta na constancia.
A galinha da minha vizinha e
melhor que a minha.
A galinha, onde tem os ovos,
tem os olhos.
A ganhar se perde e a perder
se ganha.
A gente julga mal ou bem,
conforme o interesse que tem.
A gente pensa que se benze e
parte o nariz.
A gente so aprende quando e
tarde demais.
A gratidao e a memoria do
coracao.
A hora de comer e a mais
curta.
A ignorancia do bem e a
causa do mal.
A ignorancia e ma conselheira.
A ignorancia e o vento sao do maior
atrevimento.
A imagem do que amamos e
como a nossa sombra, segue-nos por toda a parte.
A irritacao nao tem olhos.
A justica comeca em casa.
A juventude e imprudente,
salta por cima do riacho e a ponte ali ao lado.
A lei e dura, mas e a lei.
A lingua nao mente o que o
coracao sente.
A ma companhia torna o bom,
mau e o mau, pior.
A magreza e sinal da
probreza.
A maior ventura e a que
menos dura.
A mal desesperado, remedio
heroico.
A maria vai com as outras.
A melhor palavra e a que
fica por dizer.
A mentira so dura enquanto a verdade nao chega.
A minha pobre casinha, e
pobre mas e minha.
A montanha pariu um rato.
A mordedura do cao cura-se
com a baba do mesmo.
A mulher casada, o marido
lhe basta.
A mulher e a cereja para seu
mal se enfeitam.
à mlher e sardinha, nem da
maior nem da mais pequenina.
A mulher e a sardinha
querem-se da mais maneirinha.
A mulher e como a laranja,
so depois de descascada e que se sabe se e doce.
A mlher e o dinheiro dos
outros e sempre melhor.
A mulher e o melao, o calado
e o melhor.
A mulher e o peixe no mar,
sao dificeis de apanhar.
A mulher e o vidro estao
sempre em perigo.
A mulher ri quando pode e
chora quando quer.
A necessidade aguca o
engenho.
A necessidade faz os homems
espertos.
A necessidade nao tem
barreiras.
A nenhum coxo esquecem as
muletas.
A noite e boa conselheira.
A ocasiao faz o ladrao.
A ociosidade e responsavel
por muitos vicios.
A paciencia e amarga, mas os
seus frutos deliciosos.
A pai avarento, filho
prodigo.
A pai ganhador, filho
gastador.
A paixao torna o homem cego,
surdo e ... e burro!
A palavra e de prata e o
silencio de ouro.
A palavras loucas, orelhas
moucas.
A pedra e a palavra, depois
de lancadas nao voltam atras.
A pensar morreu um burro.
A pergunta disparatada, nao
se da resposta.
A pergunta insolente,
resposta valente.
A perseveranca tudo alcanca.
A pia e a mesma, os porcos e
que mudam.
A pior tinta e sempre melhor
que a melhor memoria.
A politica e para os
politicos.
A porta da rua e serventia
da casa.
A porta mais seguramente
trancada e a que pode ser deixada aberta.
A pratica faz o mestre.
A precaucao vale mais que a
cura.
A preguica morreu de sede a
beira da agua.
A preguica torna tudo
dificil; o trabalho tudo facilita.
A primeira cavadela,
minhoca.
A qualidade pesa mais que a
quantidade.
A quem disseste o teu
segredo, fizeste senhor de ti.
A quem do seu foi mau
despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
A quem doi o dente e que vai
ao dentista.
A quem e famoso, nao faltam
parentes.
A quem erra perdoa uma vez e
nao tres.
A quem muito quer saber,
nada se lhe diga.
A que se fez mel, moscas o
comem.
A quem servir a carapuca que
a ponha.
A quem tem fome da o teu
pao; ao triste da-lhe o coracao.
A racao nao e para quem se
talha, e para quem a come.
A raiva apressa as maos de
um faxineiro.
A rapidez consegue-se com
calma.
A raposa tem manha por sete
homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A razao e a verdade fogem
quando ouvem dispustas.
A razao, qaunta mais melhor.
A rir, a rir, as verdades
vao-se dizendo.
A saudade e a companheira
dos que nao tem companhia.
A saude e um bem precioso.
A semente da mao pegara ou
nao, mas a da boca pega toda.
A serenidade vence o furor.
A sombra da arvore nao
deites o filho, encontra-lo-as ao sol.
A sombra passa, a luz fica.
A sorte ajuda as vezes, o
trabalho sempre.
A sorte bate uma vez a porta
de cada um.
A sorte e para quem a tem.
A terra o criou, a terra o
ha-de comer.
A terra onde fores ter, faz
o que vires fazer.
A tres de abril, o cuco
ha-de vir.
A tua fama longe soa, e mais
depressa e a ma que a boa.
A ultima gota e a que faz
transbordar o copo.
A uniao faz a forca.
A vantagem e sempre de quem
sorri.
A velhice faz o homem
prudente.
A verdade contenta-se com
poucas palavras.
A verdade e como o azeite,
vem sempre ao de cima.
A verdade e para ser dita.
A verdade nao tem pes, ... e
anda.
A verdadeira amizade dura
uma eternidade.
A vida e bela, o que e
preciso e saber vive-la.
A vida e bela, os homems e
que dao cabo dela.
A vida e como uma vela acesa
ao vento.
A vida e um pau ensebado,
com uma nota falsa presa na ponta.
A vida nao e so prazer.
A vida quanto mais se
estica, mais curta fica.
A vida e o tambor querem-se
na mao do tocador.
A vontade vale tanto ou mais
que a accao.
Abre o poco antes que tenhas
sede.
Abril frio e molhado, enche
o celeiro e farta o gado.
Abril frio; pao e vinho.
Aceita, sem receio, azeite
de cima, mel do fundo e vinho do meio.
Achar e guardar e furtar.
Acolhe-se uma pessoa pelo
traje que veste, mas despe-se pela cultura que mostra.
Adeus mundo cruel!
Adiante, que atras vem
gente.
Adivinhar e proibido.
Aduba as terras e veras como
medras.
Afoga-se mais gente em vinho
do que em agua.
Agarra o tempo pelos
cabelos.
Agora e que a porca torce o
rabo.
Agosto amadurece, setembro
vindimece.
Agosto debulhar, setembro
vindimar.
Agua corrente nao mata
gente.
Agua da, agua leva.
Agua de fevereiro mata o
onzeneiro.
Aguas e conselhos so se dao
a quem os pedir.
Agua fria e pao quente nunca
fizeram bem ao ventre.
Agua fria lava e cria.
Agua mole em pedra dura,
tanto bate ate que fura.
Aguas passadas nao movem
moinhos.
Aguas verdadeiras, por s.
Mateus as primeiras(21/09)
Ai miguel, miguel, que nao
tens abelhas e vendes mel.
Ai por sant’ana, limpa a
pragana.
Ai vem o meu irmao marco,
que fara o que eu nao faco.
Ainda a procissao vai no
adro e o andor ja via desequilibrado.
Ainda esta para nascer o que
agrada a todos.
Ajuda-me e eu te ajudarei.
Albarda-se o burro a vontade
do dono.
Alcanca quem nao cansa.
Alho e limao, sao meio
cirurgiao.
Alto e para o baile!
Alto! ... a burra deu um
salto.
Alto mar e sem vento, nao
promete seguro o tempo.
Amanha tambem e dia.
Amar e dar alguem o poder de
nos causar sofrimento.
Amigo de bom tempo, muda-se
com o vento.
Amigo de mesa nao e de
firmeza.
Amigo de um, inimigo de
nenhum.
Amigo do meu amigo, amigo e.
Amigo fiel e prudente vale
mais doq ue parente.
Amigo na necessidade, e
amigo de verdade.
Amigo nao empata amigo.
Amigo que nao presta e faca
que nao corta, que se percam, pouco importa.
Amigo reconciliado, inimigo
dobrado.
Amigo verdadeiro vale mais
do que dinheiro.
Amigos, amigos, negocios a
parte.
Amigos de longe, contas de
perto.
Amigos e livros, querem-se
poucos mas bons.
Amigos no emprestar,
inimigos no entregar.
Amigos que desaparecem,
esquecem.
Amo impertinente faz o
criado desobediente.
Amor a quanto obrigas.
Amor ausente, amor para
sempre.
Amor com amor se paga.
Amor da praia, fica
enterrado na areia.
Amor de mulher e amor de
cao, nada valem se nada lhes dao.
Amor velho, ciumes de novo.
Amor e fe, nas obras se ve.
Amor e morte, nada e mais
forte.
Amor que nasce de subito,
mais tempo leva a curar.
Amor sem dinheiro, nao e bom
companheiro.
Amor sem vintem, nao governa
ninguem.
Amor verdadeiro nao
envelhece.
Amores arrufados, amores
dobrados.
Anda direito se queres
respeito.
Anda em capa de letrado,
muito asno disfarcado.
Anda meio mundo a enganar
outro meio.
Anda-se toda a vida a
aprender e morre-se sem saber.
Andar de anas para caifas.
Andar marinheiro andar, nao
te apanhe s. Simao no mar.
Ande o frio por onde andar,
no natal ca vem parar.
Ano de ameixa, ano de muita
queixa.
Ano de nevao, ano de muito
pao.
Ano-novo, vida nova.
Ano seco, ano bom.
Antao era pastor, olhava
cabras e tocava tambor.
Antes a crianca chore que a
mae suspire.
Antes a pobreza honrada que
a riqueza roubada.
Antes burro vivo, que sabio
morto.
Antes dar ao gato doq ue
leve o rato.
Antes das sopas, molham-se
as bocas.
Antes de entrares, pensa na
saida.
Antes de escarneceres do
coxo, ve se andas direito.
Antes de falares uma vez,
pensa duas.
Antes de ires para a guerra
reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar tres.
Antes de mal com os homems
por amor a el-rei,q ue de mal com el-rei por amor aos homems.
Antes desejado que
aborrecido.
Antes homem sem dinheiro,
que dinheiro sem homem.
Antes invejado, que coitado.
Antes marido feio e
laborioso que bonito e preguicoso.
Antes minha face com fome
amarela, que vergonha nela.
Antes morrer arruinado, que
viver esfaimado.
Antes morrer da doenca que
da cura.
Antes para nos um baguinho
que dois figos para o vizinho.
Antes que cases olha o que
fazes.
Antes que conhecas, nao
louves nem ofendas.
Antes que fales ve o que
dizes.
Antes quebrar que torcer.
Antes sem ceia do que sem
candeia.
Antes ser martelo que
bigorna.
Antes trabalhar que chorar.
Ao afortunado, ate os galos
poem ovos.
Ao amigo, ama-o com o seu
vicio.
Ao amigo nao encubras o teu
segredo, que daras causa a perde-lo.
Ao amigo que nao e certo, um
olho fechado e outro aberto.
Ao amigo que pede, nao se
diz amanha.
Ao ano andar, aos dois
falar.
Ao avarento, tanto lhe falta
o que tem como o que nao tem.
Ao fim de um ano tem o
criado as manhas do amo.
Ao ignorante sempre aborrece
o sabedor.
Ao luar de janeiro se conta
o dinheiro.
Ao menino e ao borracho por
deus a mao por baixo.
Ao mesmo tempo soprar e
sorver, nao pode ser.
Ao pobre ate os caes ladram.
Ao pobre falta muito e ao
avarento tudo.
Ao rico mil amigos se
deparam, ao pobre seus irmaos o desamparam.
Ao rico nao devas e ao pobre
nao prometas.
Ao ruim, nao ha mal que lhe
pegue.
Ao vilao, dao-lhe o pe e
toma a mao.
Aonde te querem muito, nao
vas amiude.
Aos mortos e aos ausentes,
nao os insultes nem os atormentes.
Apaixonado nao admite
conselhos.
Apanha com o cajado, quem se
mete onde nao e chamado.
Apanha-se mais depressa um
mentiroso que um coxo.
Aparelha-se o cavalo a
vontade do dono.
Aprende e saberas.
Aprende e seras mestre.
Aprender ate morrer.
Aprender e como remar contra
corrente; e so parar e anda-se para tras.
Aproveita o que o velho diz,
que actua como juiz.
Aproveite fevereiro, quem
folgar em janeiro.
Aquele que conta dez amigos,
nao tem um.
Aquele que sobre salada nao
bebe, nao sabe o que perde.
Aqui ha gato!...
Aquilo que deus uniu, jamais
o homem podera separar.
Ar e vento, e meio sustento.
Arranjar sarna para se
cocar.
Arre ca, orelhudo, diz o
asno ao burro.
Arrenda a vinha e o pomar,
se os queres desgracar.
Arrobas nao sao quintais,
nem as coisas sao iguais.
Arrufos de namorados, amores
dobrados.
Arte de agradar, arte de
enganar.
As aparencias iludem.
As boas accoes recomendam o
homem.
As boas contas fazem os bons
amigos.
As boas maneiras sao a
melhor carta de recomendacao.
As coisas bem feitas bem
parecem.
As conversas sao como as
cerejas, umas puxam as outras.
As dez, mete na cama os pes.
As grandes dores sao mudas.
As palavras boas sao, se
assim for o coracao.
As palavras mostram o que
cada um realmente e.
As palavras nao proferidas
sao as flores do silencio.
As palavras voam, os
escritos ficam.
As paredes tem ouvidos.
As pulgas vem com as favas e
vao com as uvas.
As tres e de vez.
Assim como vires o tempo de
santa luzia ao natal, assim estara o ano mes e mes ate final.
Assim como vive o rei, vivem
os vassalos.
Ate ao lavar dos cestos e
vindima.
Ate ao s. Pedro o vinho tem
medo.
Ate aos quanrenta bem eu
passo; depois, ... ai a minha perna, ... ai o meu braco,...
Ate o diabo se ri!
Atras de mim vira quem de
mim bom fara.
Atras de um grande homem ha
sempre uma grande mulher.
Atras do consentimento anda
perto o arrependimento.
Atras do isco vem o anzol.
Atras do tempo, tempo vem.
Ave so nao faz ninho.
Aveia de fevereiro enche o
celeiro.
Aves da mesma pena andam
juntas.
Azar ao jogo, sorte no amor.
Azul e verde, escarro na
parede.
Barbeiro nao paga a
barbeiro.
Barco parado nao faz viagem.
Barriga cheia, companhia
desfeita.
Barriga cheia e pe dormente,
nao dura sempre.
Barriga vazia nao tem
alegria.
Barrigudo nao danca, so
sacode a panca.
Basta arranhares um homem
para encontrares um animal.
Basta uma ovelha ranhosa
para perder o rebanho.
Batendo ferro e fogo o
ferreiro consegue tempera e dinheiro.
Beber vinho nao e beber
siso.
Bebidas fortes, homems
fracos.
Beleza sem virtude e como
uma rosa sem cheiro.
Bem ama quem nao esquece.
Bem canta a marta depois de
farta.
Bem comecado e meio feito.
Bem dissimular, para bem
governar.
Bem dizer e bem ouvir e arte
de conversar.
Bem esta o que bem acaba.
Bem fazer nunca se perde.
Bem mal ceia quem come de
mao alheia.
Bem prega maria, em casa
vazia.
Bem prega o frei tomas;
facam como ele diz e nao o que ele faz.
Bem querer e bem fazer,
muito importa para bem viver.
Bem sabe a burra, diante de
quem zurra.
Bem sabe mandar, quem sabe
obedecer.
Bem se lambe o gato, depois
de farto.
Beneficio oferecido vale
mais que pedido.
Bens mal adquiridos,... vao
como vieram.
Besterio mau, aos seus
atira.
Boa amizade e um segundo
parantesco.
Boa arvore nao da ruim
fruto.
Boa fama granjeia quem nao
diz mal da vida alheia.
Boa leitura, tristeza cura.
Boa palavra custa pouco e
vale muito.
Boa romaria faz, quem em sua
casa esta em paz.
Boa vida, pai e mae olvida.
Boas contas fazem boas
amizades.
Boca de rico, bolsa de
pobre.
Boca que diz sim, tambem diz
nao.
Bocejo longo ou e fome, ou
sono, ou ruindade do dono.
Boda molhada, boda
abencoada.
Bolo torto nao perde o
gosto.
Bolsa cheia, coracao alegre.
Bom comer, tres vezes beber.
Bom conselho desprezdo, ha-de
ser muito lembrado.
Bom e ter amigos, nem que
seja no inferno.
Bom exemplo, meio sermao.
Bom nome e melhor que
riqueza.
Bom rei, se quereis que vos
sirva, dai-me de comer.
Bom saber e calar, ate ser
tempo de falar.
Bom vinho escusa pregao; bom
peso faz vender o pao.
Bom vinho, ma cabeca.
Bonito e, o que bonito
parece.
Bons amigos, bons conselhos.
Bons dias em janeiro enganam
os homems em fevereiro.
Bons livros, bons amigos.
Borreguinha mansa, mama a
sua teta... e alheia.
Branco e, galinha o poe.
Branco em janeiro, sinal de
pouco dinheiro.
Brigas de namorados, amores
dobrados.
Burra velha nao toma
carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro com fome, cardos come.
Burro morto, cevada ao rabo.
Burro velho nao aprende
linguas.
Burro velho nao tem andadura,
e se a toma, pouco dura.
Buscar lenha para se
queimas.
Ca se fazem, ca se pagam.
Cabra manca nao tem sesta.
Cada cabeca, sua sentenca.
Cada coisa tem o seu tempo.
Cada macaco no seu galho.
Cada ovelha com sua parelha.
Cada panela tem o seu testo.
Cada passarinho gosta do seu
ninho.
Cada qual com seu igual.
Cada qual no seu oficio.
Cada qual sabe onde lhe
aperta o sapato.
Cada qual sente o seu mal.
Cada santo tem o seu nicho.
Cada terra com seu uso, cada
roca com seu fuso.
Cada tolo tem a sua mania.
Cada um acha prazer onde o
encontra.
Cada um colhe aquilo que
semeia.
Cada um come do que gosta.
Cada um come o que e seu.
Cada um constroi a sua
felicidade.
Cada um deve varrer diante
da sua porta.
Cada um e como e.
Cada um e para o que nasce.
Cada um fala como e.
Cada um leva a agua ao seu
moinho.
Cada um na sua casa e deus
na de todos.
Cad aum por si e deus por
todos.
Cada um procura o que lhe
convem.
Cada um puxa a brasa para a
sua sardinha.
Cada um sabe as linhas com
que se cose.
Cada um so goza a paz que o
vizinho quer.
Cada um tem aquilo que tem.
Cada um tem o seu fraco.
Cada um tem o seu gosto.
Cada um tem o seu s. Joao.
Cada um ve mal ou bem,
conforme os olhos que tem.
Caes e lobos comem todos.
Caindo o natal a
segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
Calar a verdade e enterra
ouro.
Caldo sem pao, no inferno
dao.
Cale o que deu e fale o que
recebeu.
Calma que deus e grande e o
mundo e pequeno.
Candeia que vai a frente,
alumia duas vezes.
Canta que logo choras.
Cao na igreja, toda a gente
o apedreja.
Cao que ladra nao morde
(enquanto ladra).
Capa e merenda nunca
pesaram.
Capoeira onde ha galo, nao
canta galinha.
Ca pricho teimoso nao cede a
razao.
Caranguejo que dorme, mare
que o leva.
Carne que baste, vinho que
farte e pao que sobre.
Carro alugado, nao anda sem
ser untado.
Casa de ferreiro, espeto de
pau.
Casa de pais, escolha de
filhos.
Casa o teu filho quando ele
quiser e a tua filha quando puderes.
Casa onde caibas, vinho
quanto bebas, terra quanta vejas.
Casa onde comem dois, comem
tres.
Casa onde nao ha pao, nao e
bem governada.
Casa varrida e mulher
penteada, parece bem e nao custa nada.
Casamento, apartamento.
Casamento e mortalha, no ceu
se talha.
Cautela e canja de galinha
nunca fizeram mal a ninguem.
Cava fundo em novembro para
plantaress em janeiro.
Cavalo que voa nao quer
espora.
Cedo ou tarde, tudo quanto
se faz se sabe.
Cego e o que nao quer ver.
Cem amigos e pouco, um
inimigo e muito.
Cerra a porta e faras a tua
vizinha boa.
Cessa a prudencia quando
falta a paciencia.
Cesteiro que faz um cesto
faz um cento, dando-lhe verga e tempo.
Chao pisado nao da erva.
Chapa ganha, chapa batida.
Chega-se o ouro para o
tesouro.
Chegou, viu e venceu.
Choupana onde se ri, vale
mais que palacio onde se chora.
Chovam trinta maios e nao
chova em junho.
Chuva civil nao molha
militares.
Chuva de ascensao nao da
palhas nem pao.
Chuva em janeiro e nao frio,
vai dar riqueza ao estio.
Chuva fina por sto.
Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva no s. Joao, nem bom
vinho nem bom pao.
Chva que nao acaba ao
meio-dia, e chuva para todo o dia.
Coelho casa com coelha e nao
com ovelha.
Coisa adiada nao esta
acabada.
Coisa julgada e tida por
verdadeira.
Coisa ruim nao tem perigo.
Com direito por teu lado,
nunca receies dar brado.
Com fafe ninguem fanfe.
Com jeito e com arte iras a
toda a parte.
Com melao vinho bom, e com
melancia agua fria.
Com melao vinho de tostao.
Com o fogo nao se brinca.
Com o mal que faz o lobo,
folga o corvo.
Com pao e vinho ja se anda
caminho.
Com papas e bolos se enganam
os tolos.
Com peras vinho bebas, mas
nao tanto que nade uma em cada canto.
Com teu amo nao jogues as
peras, ele come as maduras e deixa-te as verdes.
Comamos e bebamos e nunca
mais ralhamos.
Come como sao, bebe como
doente.
Come para viver, nao vivas para comer.
Comer e beber, so o que
apetecer.
Comer gato por lebre.
Comer o pao que o diabo
amassou.
Comer que nem um abade.
Comer sem pao, e comer de
lambao.
Comida fina em corpos
grossos faz mal aos ossos.comparacao nao e razao.
Conseguir vender areia na
praia.
Conselho de raposas, morte
de galinhas.
Conselho de vinho, falso
caminho.
Contas adiadas saiem
furadas.
Contra factos nao ha
argumentos.
Contrato de casamento leva
consigo o testamento.
Cresce e aparece.
Cria corvos e eles te
comerao os olhos.
Criado que faz o seu dever,
orelhas moucas deve ter.
Criados e bois um ano ou
dois.
Crianca mimada, crianca
estragada.
Cuida bem no que fazes e nao
te fies em rapazes.
Cuida o ladrao, que todos o
sao.
Da abundancia vem o tedio.
Da discussao nasce a luz.
Da duas vezes, aquele que da
depressa.
Da galiza, nem bom vento nem
bom casamento.
Da garganta para baixo,
tanto sabe a galinha como a sardinha.
Da o pai ao filho que nada
merece; nunca o filho da ao pai sem interesse.
Da proibicao nasce a
tentacao.
Dado e dado, vendido e
vendido, esquecido nem e pago nem agradecido.
Dai a cesar o que e de cesar
e a deus o que e de deus.
Daqui ate la, so deus sabe o
que sera.
Daquilo que bem lhe sabe,
nao reparte o frade.
Dar antes de morrer, e
dispor-se a sofrer.
Dar e honra, pedir e
desonra.
Dar esmola nao empobrece.
Dar o dito por nao dito.
Dar tempo ao tempo.
Dar uma bofetada de luva
branca.
Dar uma no cravo e outra na
ferradura.
Dar grandes ceias estao as
sepulturas cheias.
De algodao velho nao se faz
bom pano.
De alto cai quem alto sobe.
De amigo reconciliado,
guarda-te dele como do diabo.
De boa arvore bons frutos.
De boas intencoes esta o
inferno cheio.
De burros nao se espera
senao coices.
De calar ninguem se
arrependa, quando na discussao ninguem se entenda.
De contente se ri o dente.
De esperanca vive o homem
ate a morte.
De falso bem, o verdadeiro
mal vem.
De fio o pavio.
De focinho de cao nao se
tira manteiga.
De graca trabalha o relogio,
mas quer corda todos os dias.
De homem para homem nao vai
forca de boi.
De livro fechado nao sai
letrado.
De longe se faz perto.
De mal agradecidos esta o
inferno cheio.
De manha comeca o dia.
De medico e louco todos
temos um pouco.
De medico, padre e advogado
todos temos um bocado.
De nada duvida quem de nada
sabe.
De noite, a candeia, parece
bonita, a feia.
De noite todos os gatos sao
pardos.
De onde menos se espera e
que vem a ingratidao.
De pequenino e que se torce
o pepino.
De pequeno veras, que filho
teras.
De pessoa calada afasta a
tua morada.
De quem menos se espera,
muitas vezes vem o bem.
De quem nao e prudente,
afaste-se a gente.
De raminho em raminho, o
passarinho faz o seu ninho.
De santa catarina oa natal,
bom chover e melhor nevar(25/11).
De santa catarina ao natal,
mes igual.
De todos desconfia o coracao
culpado.
De um “sim” de um “nao”
nasce uma questao.
De velho se torna a menino.
Defeitos do meu amigo,
lamento mas nao maldigo.
Deitar cedo e cedo erguer da
saude e faz crescer.
Depois da casa roubada,
trancas as portas.
Depois da filha casada, nao
lhe faltam pretendentes.
Depois da tempestade vem a
bonanca.
Depois das sopas molham-se
as bocas.
Depois de almocar, deitar;
depois de cear, andar, andar...
Depois de comer e beber,
cada qual da o seu parecer.
Depois de um bom poupador,
um bom gastador.
Depois diz que tens azar!...
Depois do mal acontecido, todos
o tinham adivinhado.
Depois do mal feito, todos
sabem como se teria evitado.
Depois dos santos(01/11),
neve nos campos.
Depois que o menino naceu,
tudo cresceu.
Depressa e bem, ha pouco
quem.
Depressa e bem nao faz
ninguem.
Desconfia daquele a quem fizeste
o bem.
Deseja o melhor e espera o
pior.
Desejo proibido e o mais
apetecido.
Desmanchar e fazer, tudo e
aprender.
Desta vida nada se leva.
Deus ajuda a quem se ajuda.
Deus ajuda quem trabalha,
que e o capital que menos falha.
Deus castiga sem paus nem pedras.
Deus da as nozes, mas nao as
parte.
Deus da frio conforme a
roupa.
Deus da nozes a quem nao tem
dentes.
Deus escreve direito por
linhas tortas.
Deus me defenda do amigo,
que do inimigo me defendo eu.
Deus nao e de vinganca, mas
castiga pela mansa.
Deus nos livre dos maus
vizinhos ao pe da porta.
Deus os fez, deus os juntou.
Deus tarda mas nao falta.
Devagar, que o santo e de
barro.
Devagar que tenho pressa.
Devagar se vai longe.
Dezembro com junho ao
desafio, traz janeiro frio.
Dezembro molhado, janeiro
geado.
Dia de s. Barnabe seca-lhe a
palha pelo pe.
Dia de s. Bras a cegonha
veras e se nao a vires, o inverno vem atras(3/11).
Dia de s. Lourenco vai a
vinha e enche o lenco(10/08).
Dia de s. Martinho lume,
castanhas e vinho(11/11).
Dinheiro emprestado sai
rindo e volta chorando.
Dinheiro faz dinheiro.
Dinheiro mal ganho, agua o
deu, agua o levou.
Dinheiro nao conhece dono.
Dinheiro nao fala.
Dinheiro nao tem cheiro.
Dispensaste
auxilio alheio, carregas o saco cheio.
Ditados
velhos sao evangelhos.
Dividir
o mal pelas aldeias.
Diz-me
com quem andas, dir-te-ei quem es.
Diz
o roto para o nu: -porque nao te veste tu?
Dizer
e facil, o dificil e fazer.
Dizer
e fazer nao comem a mesma mesa.
Do
amigo nao esperes, aquilo que tu puderes.
Do
dito ao feito vai um grande eito.
Do
dizer ao fazer, ha muita coisa a ver.
Do
dizer ao fazer, vai uma grande distancia.
Do
erro alheio, tira o prudente conselho.
Do
instrumento vem o sustento.
Do
mal o menos.
Do
natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Do
poupar vem o ter.
Do
prato a boca, arrefece a sopa.
Do
trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Do
vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder.
Dobrado
tem o perigo, quem foge do inimigo.
Dois
pobres a mesma porta, um deles fica sem esmola.
Dor
compartilhada e dor aliviada.
Dormem
os gatos, descansam os ratos.
Dos
enganos vivem os escrivaes.
Dos
fracos nao reza a historia.
Dos
males o menos.
Dos
santos ao advento, nem muita chuva nem muito vento.
Dos
santos ao natal, inverno natural(01/11).
Dos
santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
Dos
santos ao natal, vai um salto de pardal.
Duas
pedras duras nao fazem farinha.
Duas
terras mantam um homem, quatro matam de fome.
Duro
de cozer, duro de roer.
E
areia de mais para a minha camioneta!
E
bem casada a que nao tem sogra nem cunhada.
E
cao que nao conhece dono.
E
como cair em saco roto.
E
como chover no molhado.
E
como o ferreiro c/ maldicao, quando tem ferro nao tem carvao.
E
como o vinho do porto, quanto mais velho melhor.
E
dito e feito!
E
dos carecas que elas gostam mais.
E
espirito santo de orelha!
E
fatal como o destino.
E
fino como um rato!
E
leve o fardo nos ombros dos outros.
E
ma como as cobras!
A
mais facil dizer que fazer.
E
mais facil prometer que dar.
E
malhar em ferro frio.
E
na ausencia que se conhece a falta.
E
na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
E
para o que der e vier.
E
prudente desconfiar de quem e desconfiado.
E
rainha a galinha que poe os ovos na vindima.
E
so atar e por ao fumeiro.
E
tarde para economia, quando a bolsa esta vazia.
Em
1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires
terrear, poe-te a cantar.
Em
abril, aguas mil, canta o carro e o carril.
Em
abril, cada pula da mil.
Em
abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em
agosto, suor no rosto.
Em
agosto, toda a fruta tem gosto.
Em
boca fechada nao entra mosca.
Em
casa cheia e facil fazer a ceia.
Em
casa do goncalo mais manda a galinha que o galo.
Em
caso de necessidade, casa a freira com o frade.
Em
cima do leite, nada lhe deite.
Em
dezembro treme o frio em cada membro.
Em
dia de santa luzia, cresce a noite e minga o dia.
Em
fevereiro chuva, em agosto uva.
Em
fevereiro neve e frio, e de esperar ardor no estio.
Em
frente da arca aberta, o justo peca.
Em
janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em
janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em
janeiro, um salto de carneiro.
Em
janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar.
Em
julho, ao quinto dia veras que mes teras.
Em
julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando o vou limpando.
Em
junho, foicinha em punho.
Em
lugar para dois, nao cabem tres.
Em
maio, come-se a cereja ao borralho.
Em
marco o sol rega e a chuva queima.
Em
marco tanto durmo como faco.
Em
mesa redonda nao ha cabeceira.
Em
novembro, poe tudo a secar, que pode o sol nao voltar.
Em
outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em
outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em
outobro semeia e cria, teras alegria.
Em
roma, se romano.
Em
setembro, ardem montes e secam as fontes.
Em
setembro, lavra, semeia e colhe que e mes para tudo.
Em
sua casa cada um rei.
Em
tempo de figos, nao ha amigos.
Em
tempo de guerra nao se limpam armas.
Em
terra de cegos quem tem um olho e rei.
Em
terra de lobos uiva-se com eles.
Em
terra ruim, nao se gaste boa semente.
Em
tua casa nao tens sardinha e na alheia pedes galinha.
Em
velha gamela tambem se faz boa sopa.
Encobrir
o erro, e errar outra vez.
Encomendas
sem dinheiro, ficam no cais de aveiro.
Encostar
a barriga ao balcao.
Enquanto
dura, vida e docura.
Enquanto
ha vida, ha esperanca.
Enquanto
o ouro luz, os amigos sao de truz.
Enquanto
o pau vai e vem, a gente folga as costas.
Enquanto
se descansa, vamos aqui rachar esta lenha!
Enquanto
se vai e vem, nao esta o caminho sem gente.
Entra
o beber, sai o saber.
Entra
por um ouvido e sai pelo outro.
Entrada
de leao, saida de carneiro.
Entre
dois males, o menor.
Entre
marido e mulher, cortesia se quer.
Entre
marido e mulher, nao se meta a colher.
Entre
mortos e feridos, alguem ha-de escapar.
Entre
um e outro, o diabo que escolha.
Entregar
a carta a garcia.
Enxame
de maio, a quem o pedir, dai-o.
Era
bom, mas acabou-se.
Errar
e humano.
Errar
e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Erros
de medico, a terra os encobre.
Es
esperto, mas nao cacas ratos.
Escuta
mil vezes e fala so uma.
Espirro
de bode e sinal de chuva.
Estar
com o pes para a cova.
Estar
como o bebado no meio da ponte.
Estar
como boi a olhar para um palacio.
Este
conselho so: causa inveja, nao causes do.
Este
mundo e uma bola, quem anda nele e que se amola.
Este
mundo sao dois dias, e este ja vai na conta.
Estes
publicitarios sao uns exagerados!...
Eu
ca sou como o jacinto, tanto bebo branco como tinto.
Eu
gosto de quem gosta de mim.
Eu
seja cao!
Excesso
de justica, faz injustica.
Faca
agucada nao se afia.
Fala
pouco e bem, ter-te-ao por alguem.
Falai
no mau, aparelhai o pau.
Falai
no mendes, aqui o tendes.
Falar
bem, nao custa a ninguem.
Falar
nao enche barriga.
Falar
para com os seus botoes.
Falar
sem pensar, vem muitas vezes a falhar.
Falas-me
a gaguejar, estas-me a enganar.
Fama
e melhor que dourada cama.
Fama
sem proveito, da dor no peito.
Faz
o mal, espera igual.
Faz-se
o caminho ao andar.
Fazer
a festa e deitar os foguetes.
Fazer
bem a vilao ruim e lancar agua em cesto roto.
Fazer
das tripas coracao.
Fazer
dele gato sapato.
Fazer
o bem sem olhar a quem.
Fazer
ouvidos de mercador.
Fazer
trinta por uma linha.
Fazer
uma tempestade num copo de agua.
Feliz
e quem por feliz se tem.
Ferro
que nao usa, gasta-o a ferrugem.
Festa
acabada, musicos em pe.
Fevereiro
enxuto roi mais pao do quantos ratos ha no mundo.
Fevereiro
matou a mae ao solheiro.
Fevereiro
quente tras o diabo no ventre.
Fevereiro
trocou dois dias por uma tigela de papas.
Fia-te
na virgem nao corras.
Ficar
a ver navios.
Ficar
tudo em aguas de bacalhau.
Filho
aborrecido, nao teve bom castigo.
Filho
de burro um dia da coice.
Filho
de gato, mata rato.
Filho
de peixe, peixinho e.
Filho
de peixe sabe nadar.
Filho
es, pai seras, assim como fizeres, assim encontraras.
Filhos
criados, trabalhos dobrados.
Flor
no peito, um burro perfeito.
Foge
do maldizente, como da serpente.
Frango
de janeiro canta a meia-noite em ponto.
Freio
de ouro nao melhora o cavalo.
Frio
de julho, abrasa em s.
Tiago.
Frutos
e amores, os primeiros sao os melhores.
Fugir
a boca para a verdade.
Fugir
do gago quando esta zangado, porque facilmente fica endiabrado.
Fui a casa da vizinha e envergonhei-me, voltei
para casa e remediei-me.
Gaba-te
cesto, que logo vais a vindima.
Gaiola
bonita nao faz cantar o canario.
Gaivotas
em terra, tempestade no mar.
Galinha
de campo nao quer capoeira.
Galinha
gorda por pouco dinheiro, nao ha poleiro.
Galinha que canta quer galo.
Galinhas
de s. Joao, pelo natal poedeiras sao.
Galo
pedres nao o vendas nem o des.
Ganha
fama e deita-te na cama.
Ganha-lo
como um preto, gasta-lo como um fidalgo.
Ganhar
e perder, tudo e desporto.
Gato
escaldado, de agua fria tem medo.
Gato
escondido com o rabo de fora.
Gato
miador, ruim cacador.
Generosidade
e dar antes de ser solicitado.
Gordura
e formosura.
Gota
a gota, o tonel se esgota.
Gozar
a grande e a francesa.
Gracas
a deus muitas e gracas com deus nenhumas.
Grandes
caminhadas, grandes mentiras.
Grandes
peixes se pescam em grandes rios.
Grao
a grao enche a galinha o papo.
Guarda
em moco, acharas em velho.
Guarda
o que nao presta e teras o que precisas.
Guarda
pao para maio e lenha para abril.
Guarda
para maio o pao tremes, nao o percas nem o des.
Guarda
que comer, nao guardes que fazer.
Guarda-te
do tolo, se tens miolo.
Guardado
esta o bocado para quem o ha-de comer.
Guerra
avisada nao mata soldados.
Guerra
de s. Joao, paz todo o ano.
Ha
dias em que cair e uma sorte.
Ha
gostos para tudo.
Ha
limites para tudo.
Ha
mais ingratos que sapatos.
Ha
mais mares que marinheiros.
Ha
mais quem nos queira mal que bem.
Ha
mais quem suje a casa, do que quem varra.
Ha
males que vem para bem.
Ha
mar e mar, ha ir e voltar.
ha muitas maneiras de matar pulgas.
ha muitas maneiras de matar pulgas.
Ha
muitas marias na terra.
Ha
sempre um ajudante a missa.
Ha
sempre um mau da fita.
Ha
sempre uma primeira vez para tudo.
Haja
fartura, que a fome ninguem a atura.
Homem
ajizado por todos e respeitado.
Homem
casado, nem bom marido nem bom soldado.
Homem
de sete oficios, em todos e remendao.
Homem
em jejum, nao ouve nenhum.
Homem
embrutecido tem pouca educacao e menos juizo.
Homem
prevenido vale por dois.
Homem
velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Honra
e proveito nao cabem em saco estreito.
Hora
a hora, deus melhora.
Hospede
e pescada, aos tres dias enfada.
Inverno
de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Inverno
laborioso, verao venturoso.
Ir
a guerra ou casar, nao se deve aconselhar.
Ir
a la e ser tosquiado.
Ir
de vento em popa.
Ir
desta para melhor.
Ir
tudo por agua abaixo.
Isso
e outra loica!
Ja
aqui nao esta quem falou.
Janeiro
fora, mais uma hora.
Janeiro
molhado, se nao cria pao, cria gado.
Jogaras,
pediras, furtaras.
Jogo
e bebida: casa perdida.
Julga-se
sempre o lobo maior do que ele e.
Junho
abafadico, sai a abelha do cortico.
Junho
calmoso, ano formoso.
Junho
floreiro, paraiso verdadeiro.
Junta-te
aos bons e seras como eles, junta-te aos maus e seras pior que eles.
Juntar-se
a fome a vontade de comer.
Juntar-se
o util ao agradavel.
Junto
a panela que ferve, nao faltam amigos.
Juventude
leviana faz a velhice desolada.
La
me leve deus, onde estao os meus.
La
por nao haver neve no telhado, nao significa que a lareira nao arda.
Ladrao
nao rouba ladrao.
Ladrao
de manha e ouro, a tarde e prata e a noite mata.
Laranjas
em janeiro, dao que fazer ao coveiro.
Lavrador,
antes sem orelhas que sem ovelhas.
Lembra-te
do futuro e o futuro se lembrara de ti.
Lembra-te
sogra, que foste nora.
Lerpar
como o cao do miguel.
Levar
a agua ao seu moinho.
Levar
a sua cruz ao calvario.
Liga-se
ao coice conforme o burro.
Lingua
de mel, coracao de fel.
Livra-te
do homem que nao fala e do cao que nao ladra.
Lobo
nao come lobo.
Logo
que outobro venha, procura lenha.
Longe
de vista, longe do coracao.
Louvor
em boca propria e vituperio.
Louvor
humano e puro engano.
Lua
a tardinha, com seu anel, da chuva a noite a granel.
Lua
com “circo”, traz agua no bico.
Lua
de pe, marinheiro deitado.
Lua
nova setembrina, sete luas domina.
Lua
nova trovejada, trinta dias e molhada.
Lua
setembrina, para sete luados se inclina.
Luar
de janeiro e amor o primeiro.
Luar
de janeiro nao tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Ma
vizinha a porta e pior que lagarta na horta.
Maca
podre apodrece um cento.
Macaco
velho nao mete a mao em cumbuca.
Madrasta,
o nome lhe basta.
Maio
coveiro nao e vinhateiro.
Maio
frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Maio
hortelao, muita parra e pouco grao.
Maio
me molhou, maio me enxugou.
Maio
pardo, centeio grado.
Maio
pardo e ventoso, faz o ano formoso.
Maior
fosse o dia, maior a romaria.
Mais
caro e o dado que o comprado.
Mais
perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais
quero asno que me leve, a cavalo que me derrube.
mais se sabe por experiencia que por teoria.
mais se sabe por experiencia que por teoria.
Mais
vale a boa fama doq ue se deitar numa boa cama.
Mais
vale a experiencia que ciencia.
Mais
vale bom vagar que ma pressa.
Mais
vale cair em graca que ser engracado.
Mais
vale cautela que arrependimento.
Mais
vale ir que mandar.
Mais
vale nada dizer, que dizer:-nada.
Mais
vale o exemplo que a doutrina.
Mais
vale o vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Mais
vale pedir que roubar.
Mais
vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
Mais
vale pouco com deus, que muito sem deus.
Mais
vale pouco que nada.
Mais
vale pouco mas certo que muito e incerto.
Mais
vale prevenir que remediar.
Mais
vale pronto recusar que falso promoter.
Mais
vale sabedoria que forca.
Mais
vvale se-lo que parece-lo.
Mais
vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Mais
vale so que mal acompanhado.
Mais
vale suar que enfermar.
Mais
vale tarde que nunca.
Mais
vale ter mau halito que nao ter halito nenhum.
Mais
vale um bom trabalhador que um mau mandador.
Mais
vale um coracao sem palavras, que palavras sem coracao.
Mais
vale um gosto na vida que cem mil reis na algibeira.
Mais
vale um mau acordo que uma boa demanda.
Mais
vale um passaro na mao que dois a voar.
Mais
vale um pe no travao que dois no caixao.
Mais
vale um toma que dois te darei.
Mais
vale uma mao inchada que uma enxada na mao.
Mal
de amor nao tem cura.
Mal
de muitos, consolo e.
Mal
fechado, mal guardado.
Mal
haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Mal
me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Mal
por mal, antes cadeia que hospital.
Mal
que nao tem cura: a velhice e a loucura.
Mal
que se ignora, coracao que nao chora.
Mal
te aconselha quem do trabalho te afasta.
Mal
vai a beira se antes dos santos nao moi a ribeira.
Mal
vai portugal, se tres cheias nao vierem ate ao natal.
Manda
a santa religiao, cocar onde nao ha comichao.
Manda
quem pode, obedece quem deve.
Mande
bem, mande mal, mas mande um so.
Manha
de nevoeiro, tarde solheiro.
Manhas
de abril, boas de andar e doces de dormir.
Maos
a mais, trabalho a menos.
Maos
frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos
generosas, maos poderosas.
Maos
que nao dais, porque esperais?
Maos
quentes, coracao frio, amor vadio.
Marco
chuvoso, s. Joao farinhoso.
Marco
marcagao, curas meadas, esteiras nao.
Marco
marcagao, de manha cara de cao, ao meio-dia de rainha e a noite de fuinha.
Marco
marcagao, manha de inverno e tarde de verao.
Mata
a sede a terra que ela te matara a fome.
Mata
com ferros, com ferros morres.
Mau
pai, mau marido.
Mau
principio, pior fim.
Mau
vinho, bom vinagre.
Medico
cura-se a si mesmo.
Meia
vida e a candeia; pao e vinho a outra meia.
Meias,
so para os pes.
Mel
novo, vinho velho.
Melao
e casamento sao coisas de acertamento.
Melhor
e pao duro, que figo maduro.
Melhor
e que pelo natal, tenha o alho bico de pardal.
Menino
amimalhado, mal dobrado.
Menino
farto nao e comedor.
Merece
primeiro e pede depois.
Merenda
comida, companhia desfeita.
Mesmo
a casa de teu irmao, nao vas cada serao.
Metade
do pagamento e o agredecimento.
Meter
o nariz onde nao e chamado.
Meu
dito, meu feito.
Migalhas
tambem sao pao.
Misturar
alhos com bugalhos.
Mocidade
ociosa, velhice trabalhosa.
Morra
marta, mas morra farta.
Morrer
por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
Morreu
o bicho, acabou-se a pessonha.
Morte
desejada nao e mais chegada.
Morte
desejada, vida dobrada.
Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades.
Mudam
os ventos, mudam-se os pensamentos.
Muita
confianca, pouco respeito.
Muita
parra, pouca uva.
Muitas
vezes se perde por preguica o que se ganha com justica.
Muito
ameca quem de medroso nao passa.
Muito
amor, muito perdao.
Muito
atura quem precisa.
Muito
esquece a quem nao sabe.
Muito
padece quem ama.
Muito
pode o galo no seu poleiro.
Muito
pouco sabe quem muito se gaba de saber.
Muito
riso, pouco siso.
Muito
sabe a raposa, mas quem a apanha sabe mais.
Muito
se engana quem cuida.
Muito
se gasta, que a metade basta.
Muitos
poucos fazem muito.
Mula
que faz him e mulher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher
arrenegada e pior que vibora assanhada.
Mulher
boa, ave rara.
Mulher
bonita nunca e pobre.
Mulher
de bom recado, enche a casa ate ao telhado.
Mulher
de buco, nem qualquer um lhe apalpa o pulso.
Mulher
de cego, para quem se enfeita?
Mulher
de fidalgo, pouco dinheiro e grande tracado.
Mulher de janela, diz de todos e todos dela.
Mulher
de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher
de pelo na venta, nem o diabo a aguenta.
Mulher
doente, mulher para sempre.
Mulher
e vinho enganam o mais fino.
Mulher
honrada e a menos falada.
Mulher
janeleira, raramente encarreira.
Mulher
que a dois ama, aos dois engana.
Mulher
que assobia, seu homem cornia.
Mlher
que bem se arreia, nunca parece feia.
Mulher
que muito bebe, tarde paga o que deve.
Mulher
que nao perde festa, para pouco presta.
Mulher
seria nao tem ouvidos.
Mulher
so faz tudo; duas, fazem pouco; tres, nao fazem nada.
Mulheres
e ferramentas de corte, acertar com elas e uma sorte.
Na
adverisdade e que se prova a amizade.
Na
boa cabeca nunca faltam chapeus.
Na
casa manda ela, mas nelas mando eu.
Na
desconfianca esta a seguranca.
Na
intencao esta o valor da accao.
Na
necessidade se prova a amizade.
Na
primeira que quer cai, na segunda cai quem quer.
Na
prisao e no hospital, ves quem te quer bem e quem te quer mal.
Na
santa marinha(18) vai ver tua vinha, assim como a achares, assim a vindima.
Na
semana de ramos lava os teus panos, que na da paixao lavaras ou nao.
Na
vida nem tudo esta totalmente mal; ate um relogio parado esta certo duas vezes
por dia.
Na
vida nem tudo sao rosas.
Nada
e mais prejudicial a quem trabalha, que a presenca dos que nada fazem.
Nada
ha mais certo na vida que a propria morte.
Nada
se faz sem tempo.
Nao
acordes o gato que dorme.
Nao
adianta chorar, depois do leite derramado.
Nao
anda descalco, quem semeia tojos.
Nao
andar la muito catolico.
Nao
batas mais no ceguinho.
Nao
bate a bota com a perdigota.
Nao
bebas coisa que nao vejas, nao assines papel que nao leias.
Nao
cantar vitoria antes do tempo.
Nao
contar com o ovo no cu da galinha.
Nao
contes os pintos senao depois de nascidos.
Nao
dar a mecha para o sebo.
Nao
dar o braco a torcer.
Nao
dar ponto sem no.
Nao
deitar foguetes antes da festa.
Nao
deixes para amanha o que podes fazer hoje.
Nao
des a ovelha a guardar ao lobo.
Nao
des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Nao
des perolas a porcos.
Nao
digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo o que dizes.
Nao
diz coisa com loisa.
Nao
dizer uma para a caixa.
Nao
e com palha que se apaga o fogo.
Nao
e com vinagre que se apanham moscas.
Nao
e o habito que faz o monge.
Nao
e por ai que o gato vai as filhos.
Nao
e por muito madrugar que amanhece mais cedo.
Nao
e por ter grandes orelhas que o burro vai a feira.
Nao
e santo da minha devocao.
Nao
esta mais aqui quem falou.
Nao
facas mal, que esperes vir bem.
Nao
facas nada, sem consultar a almofada.
Nao
falar ao mestre do que ele ensina mal.
Nao
ha amor como o primeiro.
Nao
ha ano, afinal, que nao tenha o seu natal.
Nao
ha atalho para o exito.
Nao
ha atalho sem trabalho.
Nao
ha ausentes sem culpas, nem presentes sem desculpas.
Nao
ha vela sem senao.
Nao
ha bem que sempre dure nem mal que se nao acabe.
Nao
ha bom mosto, colhido em agosto.
Nao
ha bom que nao possa ser melhor, nem mau que nao possa ser pior.
Nao
ha carne sem osso, nem fruta sem caroco.
Nao
ha casamento sem choro, nem funeral sem riso.
Nao
ha coisa escondida, que nao venha a ser sabida.
Nao
ha crime perfeito.
Nao
ha domingo sem sol, nem noiva sem lencol.
Nao
ha duas sem tres.
Nao
ha fome que nao traga fartura.
Nao
ha fumo sem fogo.
Nao
ha gloria sem inveja.
Nao
ha gosto sem desgosto.
Nao
ha lenha como o azinho, nem carne como o toucinho.
Nao
ha luar como o de janeiro.
Nao
ha madeira sem nos.
Nao
ha maior amigo que o julho com seu trigo.
Nao
ha maior idiotica do que viver pobre para morrer rico.
Nao
ha maior parente que amigo fiel e prudente.
Nao
ha melhor juiz que o tempo.
Nao
ha melhor juiz que o tempo.
Nao
ha mes mais irritado que abril zangado.
Nao
ha mes que nao volte outra vez.
Nao
ha ninguem que nao se engane.
Nao
ha pior despeito que o do pobre orgulhoso.
Nao
ha prazer onde nao ha de comer.
Nao
ha regra sem excepcao.
Nao
ha rosa sem espinhos.
Nao
ha sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguica.
Nao
ha sabio nem douto que ded louco nao tenha um pouco.
Nao
ha ventos favoraveis,para quem nao sabe para onde ir.
Nao
julgues mal de ninguem, nem para mal nem para bem.
Nao
me enganas dormitando, tambem costumo dormir.
Nao
mecas todos pela mesma bitola.
Nao
metas a foice em seara alheia.
Nao
ocupa mais pes de terra o papa que o sacristao.
Nao
pecas a quem pediu, nem sirvas a quem ja serviu.
Nao
perdes pel demora!
Nao
ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.
Nao
queiras mais ao amigo do que ele quer contigo.
Nao
queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho.
Nao
quero que ninguem morra, so quero que a vida me corra(diz o cangalheiro).
Nao
responder, ja e resposta.
Nao
sabe governar quem tudo quer controlar.
Nao
sabe mandar quem nao sabe obedecer.
Nao
saber da missa a metade.
Nao
saia de casa sem capa e merenda, para que ao fim do dia nao se arrependa.
Nao
saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nao
se afoga no mar quem por la nao andar.
Nao
se cacam lebres tocando tambor.
Nao
se deve despir um santo para vestir outro.
Nao
se deve falar em corda em casa de enforcado.
Nao
se deve festejar o santo antes do seu dia.
Nao
se gaste vela em mau defunto.
Nao
se lastima o que bem termina.
Nao
se pescam trutas e bragas enxutas.
Nao
se pode agradar a gregos e a troianos.
Nao
se rasgue um lencol para remendar outro.
Nao
se ria o roto do esfarrapado.
Nao
sei que faca, se beba o vinho, se parta a cabaca.
Nao
seras bem amado, se so contigo tens cuidados.
Nao
subas tu, sapateiro, acima da chinela.
Nao
sujes a agua que has-de beber.
Nao
ter eira enm beira, nem raminho na figueira.
Nao
ter papas na lingua.
Nao
ter ponta por onde se lhe pegue.
Nao
trocar o certo pelo duvidoso.
Nao
va o diabo tece-las.
Nao
vas sem a borracha a caminho e, se a levares, nao seja sem vinho.
Nariz
de cao e cu de gente, nunca esta quente.
Nas
costas dos outros ve as tuas.
Nasce
erva em marco, ainda que lhe deem com o maco.
Natal
ao lar (chuva), pascoa a assoalhar.
Natal
em casa, pascoa na praca.
Nem
a camisa seja ciente doq ue a tua alma sente.
Nem
amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
Nem
aquece, nem arrefece!
Nem
come nem deixa comer!
Nem
em agsoto caminhar, nem em dezembro marear.
Nem
o pai morre, nem a gente almoca!
Nem
oito nem oitenta!
Nem
sempre aquele que danca e quem paga a musica.
Nem
sempre galinha, nem sempre sardinha.
Nem
sempre o que parece e.
Nem
so de pao vive o homem.
Nem
tanto ao mar nem tanto a terra.
Nem
tanto nem tao pouco.
Nem
tudo o que luz e ouro, nem tudo o que alveja e prata.
Nem
tudo o que vem a rede e peixe.
Nem
tugiu, nem mgiu.
Nem
um dedo faz a mao, nem uma andorinha faz o verao.
Neve
em fevereiro, pressagio de mau celeiro.
Nevoas
de agosto, nem bom nabo, nem bom magusto.
Nevoeiro
de mais de tres dias, durara oito.
Nevoeiro
de s. Pedro, poe vinho a medo.
Ninguem
corta a mao porque lhe doi um olho.
Ninguem
cria fama, deitado na cama.
Ninguem
diga que esta bem.
Ninguem
e bom juiz em causa propria.
Ninguem
e obrigado a fazer o que nao pode.
Ninguem
e pobre senao de juizo.
Ninguem
e profeta em sua terra.
Ninguem
esta bem com a vida que tem.
Ninguem
fica para semente.
Ninguem
foge ao seu destino.
Ninguem
gosta de estar preso.
Ninguem
nasce ensinado.
Ninguem
pode ser julgado duas vezes pelo mesmo erro.
Ninguem
se embebeda com vinho da sua adega.
Ninguem
se envergonhe de perguntar o que nao sabe.
Ninguem
se meta onde nao e chamado.
Ninguem
sera bom senhor se nao for bom servidor.
No
amor, quem foge e vencedor.
No
aperto e no perigo e que se conhece o amigo.
No
carnaval ninguem leva a mal.
No
dar e no tomar, cuidado no enganar.
No
dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No
dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No
dia de santo andre diz o porco “quie”, “quie”(30/11).
No
dia de santo andre, vai a esquina e traz o porco pelo pe.
No
entrudo, vale tudo.
No
meio e que esta a virtude.
No
melhor pano cai a nodoa.
No
outono o sol tem sono.
No
po semeia que setembro to pagara.
No
poupar e que esta o ganho.
No
quartel de abrantes, tudo como dantes.
No
riso e o doido conhecido.
No
s. Joao a sardinha pinga no pao.
No
tempo do cuco, tanto esta molhado como enxuto.
No
vinho esta a verdade.
Nossa
senhora de marco, traz o cestinho no braco (dia 25).
Noticia
ruim corre depresa.
Novo
rei, nova lei.
Novos
tempos, novos costumes.
Nunca
digas desta agua nao beberei.
Nunca
e tarde para amar.
Nunca
e tarde para aprender.
Nunca
falta um chinelo velho para um pe manco.
Nunca
o ivejoso medrou, nem quem a beira dele morou.
O
amor de mae e cego.
O
amor e cego, mas ve.
O
amor e como a lua; quando nao cresce mingua.
O
amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
O
amor e fogo que arde sem se ver.
O
amor nao escolhe idades.
O
arrependimento lava a culpa.
O
barato sai caro.
O
bom cao nao ladra em falso.
O
bom filho a casa torna.
O
bom fruto vem de boa semente.
O
bom gosto nao se ensina.
O
bom, jnto ao pequeno fica maior e junto ao mau fica pior.
O
bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar.
O
bom mosto sai ao rosto.
O
bom por si se gaba.
O
bom vinho arruina a bolsa, e o mau o estomago.
O
bom vinho faz bom sangue.
O
bom vinho por si fala.
O
bom vinho traz a venda consigo.
O
caminho mais curto nem sempre e o mais a direito.
O
cantaro tantas vezes vai a fonte que um dia la deixa a asa.
O
cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O
comer e cocar vao do comecar.
O
competente nao aquece o lugar.
O
conselheiro nao e quem paga.
O
coracao e uma crianca, deseja tudo o que ve.
O
coracao tem razoes que a propria razao desconhece.
O
crime nao compesa.
O
criminoso volta sempre ao local do crime.
O
demasiado rompe o saco.
O
descuido e a morte do artista.
O
destino a deus pertence.
O
dever acima de tudo.
O
diabo nao e como o pintam.
O
diabo sabe muito, porque e velho.
O
dinheiro abre todas as portas.
O
dinheiro e bom de gastar e mau de granjear.
O
dinheiro e bom servidor, porem mau senhor.
O
dinheiro e um diabo, mas sem dinheiro sao dois.
O
dinheiro fez-se para gastar.
O
dono do boi e quem pega no chifre.
O
escorregar da lingua e pior que o do pe.
O
fim justifica os meios.
O fogo e a agua sao maus amos e bons criados.
O fraco ofendido, atraicoa; o forte, perdoa.
O fruto proibido e o mais apetecido.
O futuro a deus pertence.
O habito e uma segunda natureza.
O homem de sete oficios nem por isso chega a rico.
O homem poe e deus dispoe.
O homem que nao tem um sorriso, nao deve abrir uma loja.
O invejoso e mau e manhoso.
O lume ao pe da estopa e o diabo lhe assopra.
O mal e o bem a cara vem.
O medo guarda a vinha que nem o vinhateiro.
O medroso ate da sombra tem medo.
O melhor bocado e o do fim.
O menino engorda para crescer e o velho para morrer.
O mes de agosto sera gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro.
O mocho nao entra no ninho da calandra.
O mundo e uma bola, quem anda nele e que se amola.
O mundo nos ve, deus e que nos conhece, ninguem e como parece.
O olho do dono e que engorda o cavalo.
O optimo e inimigo do bom.
O pagar e o morrer, o mais tarde que puder ser.
O pao pela cor e o vinho pelo sabor.
O parvo calado por sabio e reputado.
O pavao quanto mais levanta a cauda mais se lhe ve o rabo.
O peixe que se escapa do anzol e sempre enorme...
O pobre pode ir sem esmola, mas nao vai sem resposta.
O pote tanto vai a bica, que um dia la fica.
O pouco com deus e muito, o muito sem deus e nada.
O pouco nos basta, o muito se gosta.
O primeiro milho e para os pardais.
O que a noite se faz, de manha aparece.
O que a uns cura, a outros mata.
O que arde cura, a outros mata.
O que arde o que aperta segura.
O que arma a esparrela, tarde ou cedo cai nela.
O que comeca bem esta meio feito.
O que e bom acaba depressa.
O que e demais, e molestia.
O que e doce nnca amargou.
O que e nosso a nossa mao vem ter.
O que esta escrito faz lei.
O que existe sempre aparece.
O que faz falta e animar a malta.
O que la vai, la vai.
O que mais custa, melhor sabe.
O que nao custa nao lustra.
O que nao e de ninguem e de todos e o que e de todos nao e de ninguem.
O que nao mata, engorda.
O que nao faz de uma vez, faz-se em duas ou tres.
O que nao se faz no dia de santa luzia, faz-se noutro dia.
O que nao tem remedio, remediado esta.
O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
O que o jogo da, o jogo leva.
O que os olhos nao veem, o coracao nao sente.
O que ouvires dos outros, escuta de ti.
O que passou, passou.
O que sabe recear, sabe ponderar.
O que se aprende no berco dura ate a sepultura.
O que se da ao rato, da-se ao gato.
O que se ouve no lr, diz-se ao luar.
O que tem a ver o cu com as calcas?
O que tem de ser tem muita forca.
O rabo e mais dificil de esfolar.
O rei nasce e o homem faz-se.
O saber nao esta todo numa so cabeca.
O saber nao ocupa lugar.
O sabio sabe que nao sabe, e o nescio julga que sabe.
O sabio so deve ter a si por guardiao do seu segredo.
O sao ao doente, em regra mente.
O segredo e a alma do negocio.
O segredo e bom conselheiro, o melhor e estar calado e aguardar
primeiro.
O segredo melhor guardado e o que a ninguem e revelado.
O seguro morreu de velho.
O servico bem feito, bem parece.
O seu a seu dono.
O silencio e de ouro.
O sol quando nasce e para todos.
O temor do senhor e o principio da sabedoria.
O tempo a tudo da remedio.
O tempo e a honra, uma vez perdidos, nunca mais se recuperam.
O tempo e dinheiro, o resto e conversa.
O trabalho do menino e pouco, mas quem o nao aproveita e louco.
O trabalho e a fonte de todas as riquezas.
O trabalho enriquece, a preguica empobrece.
O ultimo a rir e oq ue ri melhor.
O ultimo que vier come do que trouxer.
O util junta-se ao agradavel.
O velho por nao poder e o moco por nao saber, deitam as coisas a perder.
O vinho e a musica alegram o coracao.
O vinho e que “induca” e o fado e que “instroi”
Obra apressada, obra estragada.
Obra de prudente e, podendo fazer mal, nao o fazer.
Obra de vilao, atirar a pedra e esconder a mao.
Oh pernas, para que vos quero!
Olha para o que eu digo e nao olhes para o que eu faco.
Olho por olho, dente por dente.
Olho que ve, mao que pilha.
Olho vivo e pe ligeiro!
Oliveira a do meu avo, figueira a do meu pai e vinha a que eu plantar.
Onde entra o sol, ha fogo.
Onde ha galo, nao canta galinha.
Onde manda o amor, nao ha outro senhor.
Onde todos ajudam, nada custa.
Os amigos dos meus amigos, meus amigos sao.
Os amigos sao para as ocasioes.
Os bons conselhos sao sempre amargos.
Os caes ladram e a caravana passa.
Os extremos tocam-se.
Os factos nao deixam de existir, so porque sao ignorados.
Os filhos da minha filha meus netos sao, os da minha nora serao ou nao.
Os filhos nunca cheiram mal aos pais.
Os gostos nao se discutem.
Os homems inteligentes mudam de opiniao, so burros nao.
Os homems mostram a sua superioridade por dentro; os animais, por fora.
Os homems nao se medem aos palmos.
Os homems sao todos iguais, so tirar o nome e nada mais.
Os olhos fizeram-se para ver e nao para dormir.
Os ouvidos nao se limpam com o cotonete, mas com o cotovelo.
Os pecados dos nossos avos, fazem-nos eles e pagamo-los nos.
Os problemas dos outros sao sempre faceis de resolver.
Os que falam muito nao sao os que mais produzem.
Os rios correm para o mar.
Os santos esperam, mas nao perdoam.
Os sapateiros olham para os sapatos.
Os ultimos sao os primeiros.
Ou e de minha vista ou os barrotes estao tortos.
Ou entra mosca ou sai asneira.
Ou ha moralidade ou comem todos.
Ou sim ou sopas!
Ou vai ou racha!
Outros tempos, outros ventos.
Outobro chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Outobro suao, negacas de verao.
Ouvir e prata, calar e ouro.
Ovelha que bale, bocado que perde.
Paga o justo pelo pecador.
Paga o que deves, saberas com quanto ficas.
Pagar com o pelo do mesmo cao.
Pai impertinente, filho desobediente.
Pai nao tiveste, mae nao temeste, diabo te fizeste.
Palavra de rei nao volta atras.
Palavra puxa palavra.
Palavras fazem muitas vezes mais que as pancadas.
Palavras, leva-as o vento.
Palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro.
Pao com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Pao de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem sao.
Pao pao, queijo queijo.
Pao quente, muito na mao, pouco no ventre.
Papagaio come o milho, periquito leva a fama.
Papas sem pao, abaixo se vao.
Para a frente e que e o caminho.
Para a missa e para o moinho, nao esperes pelo teu vizinho.
Para boa vida levar, ver, ouvir e calar.
Para boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s.
Mateus(21/09).
Para colher, e preciso semear.
Para curar um amor, so outro grande amor.
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Para ensinar, e preciso saber.
Para ganhar, basta poupar.
Para grandes males, grandes remedios.
Para la do marao, mandam os que la estao.
Para mim vens de carrinho!
Para morrer basta estar vivo.
Para o ano de s. Cerejo, que e tarde e nunca o vejo.
Para o filho, um bom conselho, e o pai servir-lhe de espelho.
Para o mau oficial nenhuma ferramenta presta.
Para o prudente, uma palavra e suficiente.
Para onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Para os entendidos, acenos lhes bastam.
Para pe de pobre, qualquer calcado serve.
Para quem compra, amanhece; para quem vende, anoitece.
Para quem e, bacalhau basta.
Para quem sabe ler, um ponto e letra.
Para tras mija a burra!
Para tudo ha solucao.
Para um bom entendedor meia palavra basta.
Parar de aprender, e esquecer o que se sabe.
Parar e morrer.
Parecer sem ser, e fiar sem tecer.
Parir e dor, criar e amor.
Pascoa alta, chumbo na malta.
Pascoa em marco, ano de mortaco.
Passar a mao pelo pelo.
Passar as passas do algarve.
Passar como um cao por vinha vindimada.
Passaros de arribacao, tao depressa estao como vao.
Patrao fora, dia santo na loja.
Pecado confessado e meio perdoado.
Pede o guloso para o desejoso.
Pedir a avarento e cavar no mar.
Pedra que rola nao cria limo.
Peixe nao puxa carroca.
Pela aragem se ve quem vai na carruagem.
Pela assuncao, cada pinga vale um tostao.
Pela boca morre o peixe.
Pela obra se conhce o artesao.
Pela sta. Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, sera a
vindima.
Pelo cao, se respeita o patrao.
Pelo dedo se conhece o gigante.
Pelo s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo s. Lourenco (10/08) vai a vinha e enche o lenco.
Pelo s. Martinho, abatoca o teu pipinho(11/11).
Pelo s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pelo s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, ja te nao faz
dano.
Pelo s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Pelo s. Mateus, comecam as enxertias.
Pelo s. Silvestre, nem no alho nem na reste.
Pelo s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Pelo tempo do cuco, de manha molhado e a tarde enxuto.
Pelo teu coracao, julgas o teu irmao.
Pelos frutos se conhece a arvore.
Pelos santos, neve nos campos.
Penso, logo existo.
Pequeno machado derruba grande arvore.
Pequenos mananciais formam grandes rios.
Perder uma batalha nao e perder uma guerra.
Perdido por dez, perdido por vinte.
Perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe.
Pergunta e saberas.
Perguntar nao ofende.
Peso e medida, governam a vida.
Pimenta no cu dos outros e refresco.
Pintainho de janeiro nao vai com a mae ao poleiro.
Por a emenda que o soneto.
Pior e fingido amigo que declarado inimigo.
Pobre e namoradeira, toda a vida solteira.
Pobrete mas alegrete.
Pobreza nao e vileza.
Poda curta, vindima longa.
Poder em marco e ser madraco.
Podar em marco ou no folhato.
Por baixo da amnta, tanto vai preta como vai branca.
Por bem fazer, mal haver.
Por casa nem por vinha, nao cases com mulher parida.
Por cima folhos e rendas, por baixo nem fralda tem.
Por falta de um prego, perdeu-se a ferradura.
Por morrer uma andorinha, nao acaba a primavera.
Por muito que queira julho ser, pouco ha-de chover.
Por natal ao jogo e pela pascoa ao fogo.
Por o carro a frente dos bois.
Por os pontos nos is.
Por s. Clemente, alca a mao da semente(22/11).
Por s. Gil(01/08) aduba teu candil.
Por s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por s. Martinho, semeia o teu linho.
Por s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Por s. Vicente toda a agua e quente.
Por santo andre, o sete estrelo posto e.
Por santo andre, todo o dia noite e.
Por santo urbao, gaviao na mao (03/11).
Por santos, semeia trigo e colhe cardos.
Por um cravo se perde um cavalo.
Por uns pagam os outros.
Porca de muitos e bem comida mas mal cebada.
Porco fresco e vinho novo: cristao morto.
Porta aberta tenta um santo.
Pouco manda quem quer que muito lhe obedecam.
Poupa na cozinha e aumentaras a tua casinha.
Poupa o vintem, seras um dia alguem.
Poupa-se no farelo e gasta-se na farinha.
P’ra vilao, vilao e meio.
Preso por ter cao, preso por nao ter.
Presuncao e agua benta, cada qual toma a que quer.
Primeiro
a obrigacao, depois a devocao.
Primeiro
de agosto, primeiro de inverno.
Primeiro
nos, depois os outros.
Primeiro
os dentes, depois os parentes.
Primeiro
ouve-se, depois julga-se.
Promessa
e divida.
Promessas
e cascas fizeram-se para se quebrarem.
Prometer
mundos e fundos.
Prometido
e devido.
Quando
a cabeca nao tem juizo, o corpo e que paga.
Quando
a esmola e grande, o santo desconfia.
Quando
a fonte seca e que agua tem valor.
Quando
a mare bate quem se lixa e o mexilhao.
Quando
chover em agosto, nao gastes o teu dinheiro em mosto.
Quando
deus fecha uma porta, abre sempre uma janela.
Quando
deus quer, agua fria e remedio.
Quando
deus queria, ate do norte chovia.
Quando
dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quando
e velho o cao, se ladra e porque tem razao.
Quando
em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando
ha fome nao ha ruim pao.
Quando
ha obrigacoes, nao ha devocoes.
Quando
ha vento, nao ha bom tempo.
Quando
maio chegar, e preciso enxofrar.
Quando
mal, nunca pior.
Quando
nao chove em fevereiro, enm bom prado nem bom centeio.
Quando
nao chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
Quando
o amo e glutao, passam fome o criado e o cao.
Quando
o mar esta calmo, qualquer um pode ir ao leme.
Quando
o vinho desce, as palavras sobem.
Quando
os favores acabam, comeca a ingratidao.
Quando
se faz uma panela, faz-se o testo para ela.
Quando
um perde, outro ganha.
Quando
um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quando
uma galinha cacareja, a outra copeja.
Quando
vem a gloria, vai-se a memoria.
Quando
vires a barba do vizinho arder, poe a tua de molho.
Quanto
maior e a nau, maior e a tormenta.
Quanto
maior e a ventura, menos e segura.
Qunato
mais alta a berlinda, maior e o trambolhao.
Quanto
mais aprendo, menos sei.
Quanto
mais cedencia, mais exigencia.
Quanto
mais conheco os homems, mais gosto dos
animais.
Quanto
mais ha, mais se gasta.
Quanto
mais me bates, mais gosto de ti.
Quanto
mais o tolo sobe, tanto mais mostra o que e.
Quanto
mais olho menos vejo.
Qaunto
mais prima, mais se lhe arrima.
Quanto
mais ralos se matam, mais raros ficam.
Quanto
mais se tem, mais se quer.
Quanto
sabes, quanto vales.
Qauntos
criados, tantos inimigos.
Quatro
olhos veem mais do que dois.
Que
o diabo seja cego, surdo e mudo!
Quem
a boa arvore se chega, boa sombra o cobre.
Que
a si teme, nada mais tem a temer.
Quem
alegre se levanta, todo o dia canta.
Quem
ama o feio, bonito lhe parece.
Quem
ama, o longe faz perto.
Quem
anda a chuva, molha-se.
Quem
andou nao tem para andar.
Quem
bebe agua nao se empenha.
Quem
bebe e canta seu mal espanta.
Quem
bem ama, bem castiga.
Quem
bem ata, bem desata.
Quem
bem comeca, bem acaba.
Quem
bem nada nao se afoga.
Quem
brinca com o fogo, queima-se.
Quem
burro vai a roma, burro de la vem.
Quem
ca fica come e bebe, e a paixao logo se vai.
Quem
cabritos vende e cabras nao tem, de algum lado vem.
Quem
cala consente, mas nem sempre.
Quem
canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Quem
canta mal, canta sempre.
Quem
canta nao assobia.
Quem
carrega e que sabe o peso que leva.
Quem
casa a correr, tem toda a vida para se arrepender.
Quem
casa nao pensa; quem pensa nao casa.
Quem
casa quer casa.
Quem
com ferros mata, com ferros morre.
Quem
com porcos se mistura, farelo come.
Quem
com tolo se aconselha, mais tolo e que
ele.
Quem
come a carne, que roa os ossos.
Quem
come a correr, do estomago vem a sofrer.
Quem
come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem
come pouco aproveita muito.
Quem
compra sem poder, vende sem querer.
Quem
conduz com cautela, nada ve, tudo atropela.
Quem
conta um conto, aumenta um ponto.
Quem
corre por gosto nao cansa.
Quem
cospe para o ar, cai-lhe na cara.
Quem
cria e nao castiga, mal cria.
Quem
da aos pobres, empresta a deus.
Quem
da e torna a tirar, ao inferno vai parar.
Quem
da o conselho nao da o remedio.
Quem
da o pao, da educacao.
Quem
da o que tem, a mais nao e obrigado.
Quem
de novo nao morrer, de velho nao escapa.
Quem
desdenha quer comprar.
Quem
deseja fazer algo, encontra um meio; quem nao quer fazer nada, encontra uma
desculpa.
Quem
disputa, fala mal.
Quem
diz a verdade nao merece castigo.
Quem
diz “eu nao erro”, acabou de se enganar.
Quem
diz o que quer, ouve do que nao quer.
Quem
do vinho e amigo, cedo esta perdido.
Quem
e desconfiado nao e fiel.
Quem
e infeliz cai de costas e quebra o nariz.
Quem
e vivo sempre aparece.
Quem
economiza tem o que precisa.
Quem
em abril nao varre a eira e em maio nao sacha a leira, anda todo o ano em
canseira.
Quem
em maio nao merenda, aos finados se encomenda.
Quem
em maio relva nao tem pao nem erva.
Quem
empresta a um amigo, cobra a um inimigo.
Quem
encomendou o sermao que o pague.
Quem
enganar, tem de casar.
Quem
envelhece, arrefece.
Quem
escorrega tambem cai.
Quem
escuta, de si ouve.
Quem
espera, desespera.
Quem
espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalco.
Quem
espera sempre alcanca.
Quem
esta de fora nao racha lenha.
Quem
esta perto do lume e que se aquece.
Quem
estraga velho, paga novo.
Quem
fala assim nao e gago.
Quem
fala com surdos, perde o seu latim.
Quem
fala em barca, quer embarcar.
Quem
fala o que quer, ouve do que nao quer.
Quem
fala semeia, quem escuta colhe.
Quem
faz mal, espere outro tal.
Quem
faz o que pode, a mais nao e obrigado.
Quem
fia e tece, bem lhe parece.
Quem
fizer a cama bem feita, melhor nela se deita.
Quem
foi ao ar perdeu o lugar, e quem foi ao vento perdeu o assento.
Quem
furta pouco e ladrao, quem furta muito e barao.
Quem
gasta mais do que tem, a pedir vem.
Quem
gasta mais do que tem, mostra que siso nao tem.
Quem
guarda, tem.
Quem
junta para si, poupa para os outros.
Quem
ler, leia para aprender.
Quem
madruga, deus ajuda.
Quem
mais alto sobe, de mais alto cai.
Quem
mais dorme, menos vive.
Quem
mais jura, mais mente.
Quem
mais promete, menos cumpre.
Quem
mais sabe, mais aprende.
Quem
mais tem, mais quer.
Quem
mal anda, mal acaba.
Quem
mal comeca, mal acaba.
Quem
mal entende, mal conta.
Quem
mal fala, sua boca suja.
Quem
mal faz, por mal espere.
Quem
mal nao tem, mal nao pensa.
Quem
mal nao usa, mal nao cuida.
Quem
mal ouve, mal responde.
Quem
me repreende, me defende.
Quem
menos merece, mais reclama.
Quem
mente, cai-lhe um dente.
Quem
meus filhos beija, minha boca adoca.
Quem
muda, deus ajuda.
Quem
muito abarca, pouco abraca.
Quem
muito ama, muito sofre.
Quem
mito burro toca, ha-de ficar para tras.
Quem
muito canta, seu mal espanta.
Quem
muito chora, muito mija.
Quem
muito corre, depressa se cansa.
Quem
muito dorme, pouco aprende.
Quem
muito fala, pouco acerta.
Quem
muito promete pouco cumpre.
Quem
muito pula, pouco caca.
Quem
murmura, a muito se aventura.
Quem
na despesa e frugal, logo aumenta o capital.
Quem
nada deseja, nada lhe falta.
Quem
nada promete, nada deve.
Qeum
nada tem, nada perde.
Quem
nao anda com os cestos na vindima tem pouco amor a vinha.
Quem
nao aparece, esquece.
Quem
nao arrisca, nao petisca.
Quem
nao arriscou, nao perdeu nem ganhou.
Quem
nao ceia, toda a noite rabeia.
Quem
nao chora, nao mama.
Quem
nao come por ter comido, a doenca nao e de perigo.
Quem
nao confia, nao e de confiar.
Quem
nao conta, nao erra.
Quem
nao debulha em agosto, debulha contra o seu gosto.
Quem
nao deve nao teme.
Quem
nao e para comer, nao e para trabalhar.
Quem
nao entende, nao aprende.
Quem
nao estiver bem, que se mude.
Quem
nao gasta, o pouco lhe basta.
Quem
nao gosta, nao come.
Quem
nao herda, nao medra.
Quem
nao ouve conselho, nao chega a velho.
Quem
nao podar ate marco, vindima no regaco.
Quem
nao pode, arreia.
Quem
nao pode dormir, acha a cama mal feita.
Quem
nao pode, nao promete.
Quem
nao poupa a agua e a lenha nao poupa o mais que tenha.
Quem
nao quer ser lobo, nao lhe veste a pele.
Quem
nao sabe calar, nao sabe falar.
Quem
nao sabe disfarcar, nao sabe reinar.
Quem
nao sabe, e como quem nao ve.
Quem
nao sabe latim, fica assim...
Quem
nao se aventurou, nao perdeu nem ganhou.
Quem
nao se enfeita, por si se enjeita.
Quem
nao se sente, nao e filho de boa gente.
Quem
nao semeia, nao colhe.
Quem
nao te conhecer, que te compre.
Quem
nao tem cabeca, tem pernas.
Quem
nao tem cao, caca com gato.
Quem
nao tem dinheiro, nao tem vicios.
Quem
nao tem farinha, nao precisa de peneira.
Quem
nao tem manha, morre no mar como a aranha.
Quem
nao tem maozinhas, nao come bolachinhas.
Quem
nao tem sorte, tanto faz correr, como saltar.
Quem
nao tem vergonha, todo o mundo e seu.
Quem
nao trabuca, nao manduca.
Quem
nao vai a palavra, nao vai a pancada.
Quem
nao viu lisboa, nao viu coisa boa.
Quem
nasce pataca, nao chega a vintem.
Quem
nasceu para ser pobre, masi vale a morte que a ma sorte.
Quem
nunca comeu melado, quando come se lambuza.
Quem
nnca subiu uma montanha, nao conhece a planicie.
Quem
o alheio nao sente, nao tem quem o lamente.
Quem
o alheio veste, na praca o despe.
Quem
oferece nao quer dar.
Quem
paga adiantado, nao tem bom resultado.
Quem
parte e reparte e nao fica com a melhor parte, ou e tolo ou nao tem arte.
Quem
passa o dia a beber, no dia seguinte tem de fazer.
Quem
pede, vende-se; quem da, compra.
Quem
pedir fiado, paga mais que dobrado.
Quem
perde a vergonha, nada mais tem a perder.
Quem
perdoa nao esquece.
Quem
pergunta quer saber.
Quem
pergunta que rsaber.
Quem
planta no outono leva um ano de abono.
Quem
poda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem
pode manda, quem deve obedece.
Quem
pode o mais, pode o menos.
Quem
porfia mata a caca.
Quem
poupa o mau, prejudica o bom.
Quem
poupa o seu inimigo, as maos lhe morre.
Quem
primeiro chega, primeiro e servido.
Quem
procede bem, nao teme ninguem.
Quem
procura demais, encontra o que nao quer.
Quem
procura sempre encontra.
Quem
quer bolota, trepa.
Quem
quer bom conselheiro, consulta o travesseiro.
Quem
quer festa, sua-lhe a testa.
Quem
quer ir longe, prepare bem a sua montada.
Quem
quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem
quer vai, quem nao quer manda.
Quem
quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada.
Quem
quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou trates.
Quem
quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo.
Quem
recebe dado, nao escolhe.
Quem
sabe calar, evita guerrear.
Quem
sabe nao fala; quem fala nao sabe.
Quem
sabe o que se passa no convento, e quem esta la dentro.
Quem
sai aos seus nao degenera.
Quem
se deita com criancas, acorda molhado.
Quem
se deserda antes que morra, precisa de uma cachaporra.
Quem
se engana, aprende.
Qeum
se engana no caminho, bem enganado vai.
Quem
se faz temer, nao se faz amar.
Qeum
se levanta a cantar, deita-se a chorar.
Quem
se mete por atalhos, nao se livra de trabalhos.
Quem
se ofusca, alguma coisa busca.
Quem
se queixa, larga a ameixa.
Quem
se quer bem, sempre se encontra.
Quem
se rala morre cedo.
Quem
se veste de ruim pano, veste-se duas vezes por ano.
Quem
segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Qeum
sem dificuldades vence, sem prazer triunfa.
Qeum
semeia e nao segura, pode colher amargura.
Quem
semeia, colhe.
Quem
semeia ventos, colhe tempestades.
Quem
sempre mente, vergonha nao sente.
Quem
serve a dois senhores, a algum ha-de enganar.
Quem
tarde adenta, tarde aparenta.
Quem
tarde vier, come do que trouxer.
Quem
te avisa teu amigo e.
Quem
te manda a ti, oh sapateiro, tocar rabecao?
Quem
te viu e quem te ve.
Quem
tem amigos, e rico.
Quem
tem amigos, nao morre na cadeia.
Quem
tem boca, nao manda soprar.
Quem
tem boca vai a roma.
Quem
tem bom vizinho, nao tema ruido.
Quem
tem burro e vai a pe, mais burro e.
Quem
tem calos, nao se meta em apertos.
Quem
tem capa, sempre escapa; quem tem gabao, escapara ou nao.
Quem
tem cem e deve cem, nada tem.
Quem
tem cu tem medo.
Quem
tem dinheiro, nao lhe falta companheiro.
Quem
tem doenca, abra a bolsa e tenha paciencia.
Quem
tem filhos tem cadilhos, e quem nao tem, cadilhos tem.
Quem
tem fome, nao olha ao que come.
Quem
tem fome, tudo come.
Quem
tem ma memoria, comete sempre os mesmos erros.
Quem
tem azela, tudo lhe da nela.
Quem
tem medo, compra um cao.
Quem
te o que e seu na mao dos outros, perde-lo quer.
Quem
tem oficio, nao morre de fome.
Quem
tem peneiras, nao se livra de asneiras.
Quem
tem pressa, vai andando.
Quem
tem que perder, perde sempre.
Quem
tem quem o chore, todos os dias morre.
Quem
tem telhados de vidro, nao atira pedras.
Quem
tem tres e gasta quatro, depressa esvazia o saco.
Quem
tem unhas, toca guitarra.
Quem
tem vergonha, passa mal.
Quem
tiver mando, nao tema para ser obedecido.
Quem
toca o carrilhao, nao vai na procissao.
Quem
tudo quer, tudo perde.
Quem
tudo receia, nada teme.
Quem
usa, cuida.
Quem
vai a festa, tres dias nao presta.
Quem
vai a guerra, da e leva.
Quem
vai ao ar, perde olugar.
Quem
vai ao mar, previne-se em terra.
Quem
vai ao vento, perde o assento.
Quem
vai muito depressa, pode quebrar a cabeca.
Quem
vai seguro, vai longe.
Quem
vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
Quem
ve caras, nao ve coracoes.
Qeum
vier atras,q ue feche a porta.
Qeum
vive em paz, dorme em descanso.
Quem
vive na taberna, morre no hospital.
Qeum
vive sem conta, vive sem honra.
Quer
dado e arregacado!
Querer
e poder.
Querer
ensinar o padre-nosso ao nosso vigario.
Querer
sol na eira e chuva no nabal.
Querer
tapar o sol com a peneira.
Raposa
que dorme nao apanha galinhas.
Recordar
e viver.
Rei
morto, rei posto.
Remenda
o teu pano, que te durara um ano.
Repreensao
bem dada, e palavra abencoada.
Responde-se
ao tolo, consoante a sua tolice.
Ri-so
o roto do esfarrapado, o sujo do mal lavado.
Rico
sera, quem bons amigos puder contar.
Rio
onde ha piranha, jacare nada de costas.
Riso
pronto, miolo tonto.
Rodas
e advogados, nao andam sem ser untados.
Roma
e pavia nao se fizeram num dia.
Roubar
galinhas e vende-las ao dono.
Roupa
suja, lava-se em casa.
Rua,
que e a sala dos caes!
Ruim
marido, pior sem ele.
s.
miguel soalheiro, enche o celeiro.
Sabados
a chover e bebados a beber, ninguem os pode vencer.
Sabedor
e quem nao quer subir muito alto, nem descer demasiado.
Saber
esperar e uma virtude.
Saco
vazio nao fica de pe.
Sacudir
a agua do capote.
Sai
mais cara a mecha que o sebo.
Sair
melhor do que a encomenda.
Sair
o tiro pela culatra.
Salada
bem salgada, pouco vinagre e bem azeitada.
Santos
de ao pe da porta nao fazem milagres.
Sao
desculpas de mau pagador.
Sao
dez caes a um osso.
Sao
favas contadas!
Sao
mais as vozes que as nozes.
Sao
mais que as maes.
Sao
precisos dois para se dancar um tango.
Sarampo
e sarampelo sete vezes vem ao pelo.
Saveis
em maio, maleitas de todo o ano.
Saveis
po s. Marcos (25/03) enchem os barcos.
Se
a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno
para vir.
Se
as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se
bebe para esquecer, pague antes de beber.
Se
bebes demais, tropecas e cais.
Se
deus nao perdoasse a ladrao, ficava sozinho no ceu.
Se
deus o marcou, alguma coisa nele notou.
Se
deus quisesse que o homem voasse, tinha-lhe feito asas.
Se
es demasiado doce comer-te-ao; se es demasiado amargo, vomitar-te-ao.
Se
es velho comilao, encomenta o teu caixao.
Se
indulgente e mostraras ser prudente.
Se
maome nao vai a montanha, vai a montanha a maome.
Se
muito come o tolo, mais tolo e quem lho da.
Se
nao arrancas a silveira, sofre a videira.
Se
nao convem, nao facas; se nao e verdade, nao digas.
Se
nao e boi e vaca.
Se
nao fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes.
Se
nao gostas, poes na beirinha do prato.
Se
nao ha vento, rema.
Se
nao podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
Se
o cego guia o cego, correm ambos o risco de cair.
Se
o cuco nao vem entre marco e abril, ou e morto ou esta para vir.
Se
o inverno nao erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Se
o primeiro a ouvir e o ultimo a falar.
Se
o trabalho da saude, entao trabalhem os doentes.
Se
podes olhar, ve; se podes ver, aprecia.
Se
queres aprender a rezar, entra no mar.
Se
queres bom conselho, pede-o ao velho.
Se
queres conhecer o teu corpo, mata o teu porco.
Se
queres conhecer o vilao, poe-lhe uma vara na mao.
Se
queres o menino correcto, vigia-o de perto.
Se
queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha, esterca pelo s. Martinho.
Se
queres paz, evita a guerra.
Se
queres que digam bem de ti, nao digas mal de ninguem.
Se
queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo.
Se
queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz.
Se
queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Se
queres ver o teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
Se
um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Seara
e pao, fogo e destruicao.
Seda
em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Segredo
de dois, segredo de deus; segredo de tres, o diabo o fez.
Segredo
muito encoberto, e sempre descoberto.
Segredos,
nem a mulher se devem contar, para nao complicar.
Segue
a moda ou abadona o mundo.
Segue
tu sempre a razao, muito embora a uns agrade e a outros nao.
Sem
dinheiro, nada feito.
Sem
ovos nao se fazem omeletas.
Sem
saude nao ha felicidade.
Sem
tempo nada se faz.
Sem
trabalho nada se faz.
Separar
o trigo do joio.
Ser
mais paista que o papa.
Ser
useiro e vezeiro.
Sera
bom prudencia quando falta a paciencia.
Seras
o que quiseres, se ousares e puderes.
Setembro
e o maio do outono.
Setembro
molhado, figo estragado.
Silencio,
nao significa esquecimento.
Sinal
na perna, mulher de taberna.
Sinal
no braco, mulher de desembaraco.
Sinal
no peito, mulher de respeito.
So
deus sabe o que esta para vir.
So
deus sabe o que vai na cabeca de cada um.
So
fala quem tem que se lhe diga.
So
ganha quem joga.
So
me saiem duques!
So
os cordais merecem ser tratados com cordialidade.
So
perde quem tem.
So
quem a si se governa, pode governar os outros.
So
se morre uma vez.
So
sentimos o mal alheio, quando o nosso bate a porta.
So
te lembras de sta. Barbara quando troveja.
Sobe
devagar, chegaras sem cansar.
Sofrer
que nem passarinho, na mao do menino.
Sol
de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol
de junho madruga muito.
Sol
de marco, fere que nem maco.
Sol
de marco queima a dama no paco.
Sol
e chuva, casamento de viuva.
Sonhar
e facil!
Tal
pai, tal filho.
Tanto
barulho para nada!
Tanto
faz da-me como de-me.
Tanto
fazdar-lhe na cabeca, como na cabeca lhe dar.
Tantos
dias de geada tera maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro.
Tao
certo como dois e dois serem quatro.
Tao
grande e o marao, nao da seara nem pao.
Tao
ladrao e o que vai a horta, como oq ue fica a porta.
Tarde
e o que nunca chega.
Tarefa
apressada, tarefa estragada.
Tarefa
que agrada e depressa acabada.
Teima,
mas nao apostes.
Tem
muito tempo aquele que nao o perde.
Tem
o porco meao pelo s. Joao.
Tem
tudo o que lhe apraza, quem com pouco se satisfaz.
Temos
muito, falta-nos muito.
Tempo
de guerra, mentira na terra.
Tempo
e dinheiro.
Tempo
e mare, nao esperam por ninguem.
Tenda
e preciso quem a entenda, senao que a venda.
Ter
cara de quem comeu e nao gostou.
Ter
dor de cotovelo.
Ter
fraca cara para ser santo.
Ter
mais olhos que barriga.
Ter
uma aduela partida.
Testemunha
so, testemunha nula.
Tirar
o cavalinho da chuva.
Tocar
os racos a alguem.
Toda
a panela tem a sua tampa.
Toda
a pergunta tem resposta.
Todo
o burro come palha, a questao e saber dar-lha.
Todo
o galo tem o seu poleiro.
Todo
o homem tem o seu preco.
Todos
falam e murmuram, e ninguem olha para si.
Todos
os caminhos vao dar a roma.
Todos
sao anjos na hora de pedir e diabos na hora de pagar.
Todos
tem a sua cruz.
Todos
tem a sua hora.
Tola
e ovelha que se confessa ao lobo.
Toma
em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Tonel
mal lavado, vinho estragado.
Tostao
a tostao, faz um milhao.
Trabalha
e teras, madruga e veras.
Trabalhador
prudente evita o acidente.
Trabalhar
com mulheres e beber por cabaca.
Trabalhar
para aquecer, todos gostamos de nao fazer.
Trabalho
apressado, nao da bom resultado.
Trazer
o rei na barriga.
Tres,
foi a conta que deus fez.
Trigo
limpo, farinha amparo.
Trinta
dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 tera um e os mais tem 31.
Tristezas
nao pagam dividas.
Trovoadas
em agosto, abundancia de uva e mosto.
Tu
qeu sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei.
Tudo
ao monte e fe em deus.
Tudo
esta bem quando acaba em bem.
Tudo
falta a quem tudo quer.
Tudo
o que e pequeno tem graca.
Tudo
o que e violento nao dura muito tempo.
Tudo
o que entra sai.
Tudo
o que vier e ganho.
Tudo
se lava, menos a ma lingua.
Tudo
se quer no seu tempo; os nabos pelo advento.
Tudo
tem o seu preco.
Um
abismo chama outro.
Um
avarento por causa de um, perde um cento.
Um
bom conselheiro, alumia como um candeeiro.
Um
bom gato, um bom rato.
Um
bom livro e o melhor dos amigos.
Um
burro carregado de livros e um doutor.
Um
cego nao pode ser juiz em cores.
Um
dia nao sao dias.
Um
dia vale por dois, para quem diz “ja” e nao “depois”.
Um
gesto diz mais que muitas palavras.
Um
gosto, mil desgostos.
Um
grao nao enche o celeiro, mas ajuda o seu companheiro.
Um
mal nunca vem so.
Um
mau com outro se quer.
Um
padre a pecar,... conta a dobrar.
Um
por todos e todos por um.
Um
tolo tem sempre outro que o admira.
Uma
agua de maio e tres de abril valem por mil.
Uma
andorinha so, nao faz a primavera.
Uma
boca, uma sopa.
Uma
coisa e dizer, outra e fazer.
Uma
desgraca nunca vem so.
Uma
gota de mel apanha mais moscas que um tonel de vinagre.
Uma
imagem vale mais que mil palavras.
Uma
maca por dia mantem o medico longe.
Uma
mao lava a outra e ambas o rosto.
uma mentira descobre outra.
uma mentira descobre outra.
Uma
onca de bom senso vale um arratel de espirito.
Uma
ovelha ma poe o rebanho a perder.
Uma
vez nao sao vezes.
Unidos
resistimos, divididos caimos.
Uns
comem os figos, outros rebenta-lhes a boca.
Uns
dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Uns
sao filhos, outros sao enteados.
Usa
e seras mestre.
Vai-se
indo e vai-se vendo.
Vai-te
lucro que me das percas.
Vale
mais a nacao, que a criacao.
Vale
mais quem deus ajuda do que quem muito madruga.
Vamos
a vida que a morte e certa, embora em data incerta.
Vao
as leis onde querem os reis.
Vao-se
os amores, ficam as dores.
Vao-se
os aneis, ficam os dedos.
Vaquinha
que nao come com o bois, ou comeu antes ou come depois.
Vaso
ruim nunca quebra.
Ve-se
na adversidade o que vale a amizade.
Velho
como a se de braga!
Velho
enamorado, velho enterrado.
Velho
mudado, velho enterrado.
Velho
que de si cura, cem anos dura.
Velhos
sao os farrapos.
Vem
a ventura a quem a procura.
Vencer
a si proprio, vale mais que vencer todos.
Vento
de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Ver
onde param as modas.
Ver
para crer, como o s. Tome.
Verde
e esperanca.
Vermelho
ao mar, calor de rachar.
Vermelho
na serra, chuva na terra.
Vindima
em outobro que... s. Martinho to dira (11 de novembro).
Vindima
molhada, pipa depressa despejada.
Vinha
entre vinhas, casa entre vizinhas.
Vinha
que rebenta em abril, da pouco vinho para o barril.
Vinho
de boa cepa e filha de boa mae.
Vinho
de marco, colhe-se no regaco.
Vinho
e amigo, o mais antigo.
Vinho
e medo descobrem o segredo.
Vinho,
mulheres e tabaco, poem um homem fraco.
Vinho,
ouro e amigo, quanto mais velho melhor.
Vinho
que baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Vinho
que nasce em maio vai para o gaio; se nasce em abril, vai ao funil; se nasce em
marco, fica no regaco.
Vinho
tirado e vinho bebido.
Vinho
turvo e pao quente, sao inimigos da gente.
Vinho
verde em janeiro e mortalha no telheiro.
Viro
o disco e toca o mesmo.
Virar
o bico ao prego.
Virou-se
o feitico contra o feiticeiro.
Viuva
rica, casada fica.
Viver
de credito e pagar dobrado.
Vontade
de rei nao conhece lei.
Voz
do povo, voz de deus.
Vozes
de burro nao chegam ao ceu.
Zangam-se
as comadres, descobrem-se as verdades.
Temas
A
agricultura
A
gua que no verao ha-de regar, em abril ha-de ficar.
A
azeitona e a fortuna, as vezes muita, as vezes nenhuma.
A
erva ruim nao queima a geada.
A
fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro nao for secalhao e o
rapaz nao for ladrao.
Abril
frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril
frio: pao e vinho.
Aduba
as terras e veras como medras.
Agosto
amadurece, setembro vidimece.
Agosto
debulhar, setembro vindimar.
Ai
por sant’ana, limpa a pragana.
Ai
vem o meu irmao marco, que fara o que eu nao faco.
Ano
de ameixa, ano de muita queixa.
Ano
de nevao, ano de muito pao.
Ano
seco, ano bom.
Ate
ao lavar dos cestos e vindima.
Ate
ao s. Pedro o vinho tem medo.
Aveia
de fevereiro enche o celeiro.
Cada
um colhe aquilo que semeia.
Caindo
o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
Cava
fundo em novembro para plantares em janeiro.
Chovam
trinta maios e nao chova em junho.
Chuva
de ascensao nao da palhas nem pao.
Chuva
em janeiro e nao frio, vai dar riqueza ao estio.
Chuva
fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva
no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Depois
dos santos, neve nos campos.
Depois
que o menino nasceu, tudo cresceu.
Dia
de s. Barnabe seca-lhe a palha pelo pe.
Dia
de s. Lourenco, vai a vinha e enche o lenco.
Em
1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires
terrear, poe-te a cantar.
Em
fevereiro chuva, em agosto uva.
Em
julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando, o vou limpando.
Em
junho, foicinha em punho.
Em
marco o sol rega e a chuva queima.
Em
novembro, poe tudo a secar, que pode o sol nao voltar.
Em
outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em
outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em
outobro semeia e cria, teras alegria.
Em
setembro, lavra, semeia e colhe que e mes para tudo.
Em
terra ruim, nao se gaste boa semente.
Fevereiro
enxuto roi mais pao do que quantos ratos ha no mundo.
Frutos
e amores, os primeiros sao os melhores.
Gaba-te
cesto, que logo vais a vindima.
Galinhas
de s. Joao, pelo natal poedeiras sao.
Inverno
de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Janeiro
molhado, se nao cria pao, cria gado.
Maio
coveiro nao e vinhateiro.
Maio
frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Maio
hortelao, muita parra e pouco grao.
Maio
pardo, centeio grado.
Marco
chuvoso, s. Joao farinhoso.
Marco
marcagao, curas meadas, esteiras nao.
Mata
a sede a terra que ela te matara a fome.
Melhor
e que pleo natal, tenha o alho bico de pardal.
Muita
parra, pouca uva.
Nao
ha bom mosto, colhido em agosto.
Nao
ha maior amigo que o julho com seu trigo.
Nasce
erva em marco, ainda que lhe deem com o maco.
Neve
em fevereiro, pressagio de mau celeiro.
Nevoas
de agosto, nem bom nabo, nem bom magusto.
Nevoeiro
de s. Pedro, poe o vinho a medo.
No
po semeia que setembro to pagara.
O
medo guarda a vinha que nem o vinhateiro.
O
mes de agosto sera gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro.
O
primeiro milho e para os pardais.
Oliveira
a do meu avo, figueira a do meu pai e vinha a que eu plantar.
Outobro
chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Para
boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Para
colher, e preciso semear.
Passar
como um cao por vinha vindimada.
Pela
sta. Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho).
Pela
sta. Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, sera a vindima.
Pelo
s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo
s. Martinho, abatoca o teu pipinho.
Pelo
s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo
s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, ja te nao faz dano.
Pelo
s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Pelo
s. Mateus nao a pecas a deus (chuva).
Pelo
s. Matias, comecam as enxertias.
Pelo
s. Silvestre, nem no alho nem na reste.
Pelo
s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Pelos
santos, neve nos campos. Poda curta, vindima longa.
Podar
em marco e ser madraco.
Podar
em marco ou no folhato.
Por
s. Clemente, alca a mao da semente.
Por
s. Gil aduba teu candil.
Por
s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por
s. Martinho, semeia o teu linho.
Por
santo urbao, gaviao na mao.
Por
santos, semeia trigo e colhe cardos.
Quando
em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando
maio chegar, e preciso enxofrar.
Quando
nao chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.
Quem
em abril nao varre a eira e em maio nao sacha a leira, anda todo o ano em
canseira.
Quem
em maio relva nao tem pao nem erva.
Quem
nao anda com os cestos na vindima tem pouco amor a vinha.
Quem
nao debulha em agosto, debulhacontra o seu gosto.
Quem
nao podar ate marco, vindima no regaco.
Quem
nao semeia, nao colhe.
Quem
planta no outono leva um ano de abono.
Quem
pda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem
quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada.
Quem
semeia e nao segura, pode colher amargura.
Quem
semeia, colhe.
Quem
semeia ventos, colhe tempestades.
Quem
vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
Querer
sol na eira e chuva no nabal.
s.
miguel soalheiro, enche o celeiro.
Se
as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se
nao arrancas a silveira, sofre a videira.
Se
queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Se
queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Seara
e pao, fogo e destruicao.
Separar
o trigo do joio.
Setembro
molhado, figo estragado.
Trovoadas
em agosto, abundancia de uva e mosto.
Tudo
se quer no seu tempo; os nabos pelo advento.
Uma
agua de maio e tres de abril valem por mil.
A
agua
A
agua corre sempre para o mar.
A
agua lava tudo menos as mas linguas.
A
agua que no verao ha-de regar, em abril ha-de ficar.
A
preguica morreu de sede a beira da agua.
Abre
o poco antes que tenhas sede.
Afoga-se
mais gente em vinho do que em agua.
Agua
corrente nao mata gente.
Agua
da, agua leva.
Agua
e conselhos so se dao a quem os pedir.
Agua
fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Agua
fria lava e cria.
Agua
mole em pedra dura, tanto bate ate que fura.
Aguas
passadas nao movem moinhos.
Aguas
verdadeiras, por s. Mateus as primeiras.
Cada
um leva a agua ao seu moinho.
Com
melao vinho bom, e com melancia agua fria.
Dinheiro
mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Em
abril, aguas mil, canta o carro e carril.
Fazerr
bem a vilao ruim e lancar agua em cesto roto.
Fazer
uma tempestade num copo de agua.
Gato
escladado, de agua fria tem medo.
Lua
com “circo”, traz agua no bico.
Mal
vai portugal, se tres cheias nao vierem ate ao natal.
Nao
sujes a agua que has-de beber.
Nunca
digas desta agua nao beberei.
O
fogo e a agua sao maus amos e bons criados.
O
pote tanto vai a bica, que um dia la fica.
Os
rios correm para o mar.
Pelo
s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pequenos
mananciais formam grandes rios.
Por
s. Vicente toda a agua tem valor.
Qaundo
deus quer, agua fria e remedio.
Quem
bebe agua nao se empenha.
Quem
nao poupa a agua e lenha nao poupa o mais que tenha.
Rio
onde ha piranha, jacare nada de costas.
Sacudir
a agua do capote.
Uma
agua de maio e tres de abril valem por mil.
Amizades/companhias
A
amizade nao tem preco.
A
amizade vive de provas.
A
casa do teu amigo nao vas sem ser convidado.
A
falta do amigo ha-de-se conhecer, mas nao aborrecer.
A
ma companhia torna o bom, mau e o mau pior.
A
saudade e a companheira dos que nao tem companhia.
A
verdadeira miazade dura uma eternidade.
Amigo
de bom tempo, muda-se com o vento.
Amigo
de mesa nao e de firmeza.
Amigo
de um, inimigo de nenhum.
Amigo
do meu amigo, meu amigo e.
Amigo
fiel e prudente vale mais do que parente.
Amigo
na necessidade, e amigo de verdade.
Amigo
nao empata amigo.
Amigo
que nao presta e faca que nao corta, que se percam, pouco importa.
Amigo
reconciliado, inimigo dobrado.
Amigo
verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Amigos,
amigos, negocios a parte.
Amigos
de longe, contas de perto.
Amigos
e livros, querem-se poucos mas bons.
Amigos
no emprestar, inimigos no entregar.
Amigos
que desaparecem, esquecem.
Amor
sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Ao
amigo, ama-o com o seu vicio.
Ao
amigo nao encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Ao
amigo que nao e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao
amigo que pede, nao se diz amanha.
Ao
rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamaparam.
Aonde
te querem muito, nao vas amiude.
Aquele
que conta dez amigos, nao tem um.
As
boas contas fazem os bons amigos.
Ave
so nao faz ninho.
Aves
da mesma pena andam juntas.
Boa
amizade e um segundo parantesco.
Boas
contas fazem boas amizades.
Bom
e ter amigos, enm que seja no inferno.
Bons
amigos, bons conselhos.
Bons
livros, bons amigos.
Cada
ovelha com sua parelha.
Cada
panela tem o seu testo.
Cada
qual com seu igual.
cem amigos e pouco, um inimigo e muito.
cem amigos e pouco, um inimigo e muito.
De
amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
Defeitos
do meu amigo, lamento mas nao maldigo.
Deus
me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Diz-me
com quem andas, dir-te-ei as manhas que tens.
Diz-me
com quem andas, dir-te-ei quem es.
Do
amigo nao esperes, aquiloq ue tu puderes.
Duas
pedras duras nao fazem farinha.
Duro
com duro nao faz bom muro.
E
na ausencia que se conhece a falta.
Em
tempos de figos, nao ha amigos.
Enquanto
o ouro luz, os amigos sao de truz.
Junta-te
aos bons e seras como eles, junta-te aos maus e seras pior que eles.
Junto
a panela que ferve, nao faltam amigos.
Maca
podre apodrece um cento.
Masi
perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais
vale so que mal acompanhado.
Merenda
comida, companhia desfeita.
Na
necessidade se prova a amizade.
Na
ha maior amigo que o julho com seu trigo.
Nao
ha maior parente que amigo fiel e prudente.
Nao
queiras mais ao amigo do que ele quer contigo.
Nem
amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
No
aperto e no perigo e que se conhece o amigo.
Nunca
falta um chinelo velho para um pe manco.
O
bom, junto ao pequeno fica maior e junto ao mau fica pior.
Onde
todos ajudam, nada custa.
Os
amigos dos meus amigos, meus amigos sao.
Os
amigos sao para as ocasioes.
Pela
aragem se ve quem vai na carruagem.
Pior
e fingido amigo que declarado inimigo.
Quem
a boa arvore se chega, boa sombra o cobre.
Quem
empresta a um amigo, cobra a um inimigo.
Quem
nao aparece, esquece.
Quem
quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste.
Quem
se quer bem, sempre se encontra.
Quem
te avisa teu amigo e.
Quem
tem amigos, e rico.
Quem
tem amigos, nao morre na cadeia.
Quem
tem dinheiro, nao lhe falta companheiro.
Rico
sera, quem bons amigos puder contar.
Sao
precisos dois para se dancar um tango.
Toda
a panela tem a sua tampa.
Um
bom livro e o melhor dos amigos.
Um
grao nao enche o celeiro, mas ajuda o seu companheiro.
Um
mau com outro se quer.
Um
por todos e todos por um.
Uma
mao lava a outra e ambas o rosto.
Uma
ovelha ma poe o rebanho a perder.
Ve-se
na adversidade o que vale a amizade.
Vinho
e amigo, o mais antigo.
Amor/paixao
A
imagem do que amamos e como a nossa sombra, segue-nos por toda a parte.
A
paixao torna o homem cego, surdo e... e burro!
Amar
e dar alguem o poder de nos causar sofrimento.
Amor
a quanto obrigas.
Amor
ausente, amor para sempre.
Amor
com amor se paga.
Amor
da praia, fica enterrado na areia.
Amor
de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Amor
de velho, ciumes de novo.
Amor
e fe, nas obras se ve.
Amor
e morte, nada e mais forte.
Amor
que nasce de subito, mais tempo leva a curar.
Amor
sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Amor
sem vintem, nao governa ninguem.
Amor
verdadeiro nao envelhece.
Amores
arrufados, amores dobrados.
Apaixonado
nao admite conselhos.
Arrufos
de namorados, amores dobrados.
Azar
ao jogo, sorte no amor.
Bem
ama quem nao esquece.
Briga
de namorados, amores dobrados.
E
dos carecas que elas gostam mais.
Eu
gosto de quem gosta de mim.
Frutos
e amores, so primeiros sao os melhores.
Longe
de vista, longe do coracao.
Mal
de amor nao tem cura.
Maos
frias, coracao quente, amor para sempre.
Longe
de vista, longe do coracao.
Mal
de amor nao tem cura.
Maos
frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos
quentes, coracao frio, amor vadio.
Muito
amor, muito perdao.
Muito
padece quem ama.
Mulher
que a dois ama, aos dois engana.
Nao
ha amor como o primeiro.
No
amor, quem foge e vencedor.
Nunca
e tarde para aprender.
O
amor de mae e cego.
O
amor e cego, mas ve.
O
amor e como a lua; quando nao cresce mingua.
O
amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
O
amor e fogo que arde sem se ver.
O
amor nao escolhe idades.
O
cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O
pouco nos basta, o muito se gosta.
Onde
manda o amor, nao ha outro senhor.
Para
curar um amor, so outro grande amor.
Para
onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Parir
e dor, criar e amor.
Quanto
mais me bates, mais gosto de ti.
Quanto
mais prima, mais se lhe arrima.
Quem
ama o feio, bonito lhe parece.
Quem
ama, o longe faz perto.
Quem
meus filhos beija, minha boca adoca.
Quem
muito ama, muito sofre.
Quem
nao tem sorte ao jogo, tem sorte no amor.
Quem
se faz temer, nao se faz amar.
Vao-se
os amores, ficam as dores.
Velho
enamorado, velho enterrado.
Os
animais
A
abelha-mestra nao tem sesta, e se a tem, pouca e depressa.
A
albarda nunca pesou ao burro.
A
brincar a brincar, o macaquinho casou com a mae.
A
burro velho, capim novo.
A
cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A
cada bacorinho vem seu s. Martinho.
A
cavalo dado nao se olha ao dente.
A
doenca vem a cavalo e vai a pe.
A
fome faz sair o lobo do mato.
A
galinha da vizinha e melhor que a minha.
A
galinha, onde tem os ovos, tem os olhos.
A
montanha pariu um rato.
A
mordedura do cao cura-se com a baba do mesmo.
A
mulher e a sardinha, nem da maior nem da mais pequenina.
A
mulher e a sardinha querem-se da mais maneirinha.
A
mulher e o peixe no mar, sao dificeis de apanhar.
A
paixao torna o homem cego, surdo e... e burro!
A
pensar morreu um burro.
A
pia e a mesma, os porcos e que mudam.
A
primeira cavadela, minhoca.
A
quem se faz mel, moscas o comem.
A
raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A
tres de abril, o cuco ha-de vir.
Abril
frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Agora
e que a porca torce o rabo.
Ai
miguel, miguel, que nao tens abelhas e vendes mel.
Albarda-se
o burro a vontade do dono.
Alto!...
a burra deu um salto.
Amor
de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Anda
em capa de letrado, muito asno disfarcado.
Antao
era pastor, olhava cabras e tocava tambor.
Antes
burro vivo, que sabio morto.
Antes
dar ao gato do que leve o rato.
Ao
afortunado, ate os galos poem ovos.
Ao
pobre ate os caes ladram.
Aparelha-se
o cavalo a vontade do dono.
Aqui
ha gato!...
Arre
ca, orelhudo, diz o asno ao burro.
As
boas maneiras distinguem os homems dos bichos.
As
pulgas vem com as favas e vao com as uvas.
Ave
so nao faz ninho.
Aves
da mesma pena andam juntas.
Basta
arranhares um homem para encontrares um animal.
Basta
uma ovelha ranhosa para perder o rebanho.
Bem
sabe a burra, diante de quem zurra.
Bem
se lambe o gato, depois de farto.
Borreguinha
mansa, mama a sua teta... e a alheia.
Branco
e, galinha o poe.
Burra
velha nao toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro
com fome, cardos come.
Burro
morto, cevada ao rabo.
Burro
velho nao aprende linguas.
Burro
velho nao tem andadura, e se a toma, pouco dura.
Cabra
manca nao tem sesta.
Cada
macaco no seu galho.
Cada
ovelha com sua parelha.
Cada
passarinho gosta do seu ninho.
Cada
um puxa a brasa para a sua sardinha.
Caes
e lobos comem todos.
Cao
na igreja, toda a gente o apedreja.
Cao
que ladra nao morde (enquanto ladra).
Capoeira
onde ha gato, nao canta galinha.
Caranguejo
que dorme, mare o leva.
Cavalo
que voa nao quer espora.
Coelho
casa com coelha e nao com ovelha.
Com
o mal que faz o lobo, folga o corvo.
Comer
gato por lebre.
Conselho
de raposas, morte de galinhas.
Cria
corvos e eles te comerao os olhos.
Criados
e bois um ano ou dois.
Da
garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha.
De
burros nao se espera senao coices.
De
focinho de cao nao se tira manteiga.
De
homem para homem nao vai forca de boi.
De
noite todos os gatos sao pardos.
De
raminho em raminho, o passarinho faz o seu ninho.
Dia
de s. Bras a cegonha veras e se nao a vires, o inverno vem atras.
Dormem
os gatos, descansam os ratos.
Dos
santos ao natal, vai um salto de pardal.
E
cao que nao conhece dono.
E
fino como um rato!
E
ma como as cobras!
E
rainha a galinha que poe os ovos na vindima.
Em
abril, cada pulga da mil.
Em
abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em
boca fechada nao entra mosca.
Em
casa do goncalo mais manda a galinha que o galo.
Em
janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em
janeiro, um salto de carneiro.
Em
terra de lobos uiva-se com eles.
Em
tua casa nao tens sardinha e na alheia pedes galinha.
Entrada
de leao, saida de carneiro.
Es
esperto, mas nao cacas ratos.
Espirro
de bode e sinal de chuva.
Estar
como um boi a olhar um palacio.
Eu
seja cao!
Fevereiro
enxuto roi mais pao dos que quantos ratos ha no mundo.
Ficar
tudo em aguas de bacalhau.
Filho
de burro um dia da coice.
Filho
de gato, mata rato.
Filho
de peixe, peixinho e.
Filho
de peixe sabe nadar.
Flor
no peito, um burro perfeito.
Foge
do maldizente, como da serpente.
Frango
de janeiro canta a meia-noite em ponto.
Freio
de ouro nao melhora o cavalo.
Gaiola
bonita nao faz cantar o canario.
Gaivotas
em terra, tempestade no mar.
Galinha
de campo nao quer capoeira.
Galinha
gorda por pouco dinheiro, nao ha poleiro.
Galinha
que canta quer galo.
Galinhas
de s. Joao, pelo natal poedeiras sao.
Galo
pedres nao o vendas nem o des.
Gato
escladado, de agua fria tem medo.
Gato
escondido com or abo de fora.
Gato
miador, ruim cacador.
Grandes
peixes se pescam em grande srios.
Grao
a grao enche a galinha o papo.
Ha
muitas maneiras de matar pulgas.
Hospede
e pescada, aos tres dias enfada.
Janeiro
molhado, se nao cria pao, cria gado.
Julga-se
sempre o lobo maior do que ele e.
Junho
abafadico, sai a abelha do cortico.
Lavrador,
antes sem orelhas que sem ovelhas.
Lerpar
como o cao do miguel.
Liga-se
ao coice conforme o burro.
Livra-te
do homem que nao fala e do cao que nao ladra.
Lobo
nao come lobo.
Ma
vizinha a porta e pior que lagarta na horta.
Macaco
velho nao mete a mao em cumbuca.
Mais
quero asno que me leve, a cavalo que me derrube.
Mais
vale um passaro na mao que dois a voar.
Marco
marcagao, de manha cara de cao, ao meio-dia de rainha e a noite de fuinha.
Melhor
e que pelo natal, tenha o alho bico de pardal.
Morreu
o bicho, acabou-se a pessonha.
Muito
pode o galo no seu poleiro.
Muito
sabe a raposa, mas quem a apanha sabe mais.
Mula
que faz him e mulher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher
arrenegada e pior que vibora assanhada.
Mulher
boa, ave rara.
Nao
acordes o gato que dorme.
Nao
contar com o ovo no cu da galinha.
Nao
contes os pintos senao depois de nascidos.
Nao
des a ovelha a guardar ao lobo.
Nao
des perolas a porcos.
Nao
e com vinagre que se apanham moscas.
Nao
e por ai que o gato vai as filhos.
Nao
e por ter grandes orelhas que o burro vai a feira.
Nao
ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.
Nao
se cacam lebres tocando tambor.
Nao
se pescam trutas a bragas enxutas.
Nariz
de cao e cu de gente, nunca esta quente.
Nem
sempre galinha, nem sempre sardinha.
Nem
tudo o que vem a rede e peixe.
Nem
um dedo faz a mao, nem uma andorinha faz o verao.
No
dia de santo andre diz o porco “quie”,”quie”.
No
dia de santo andre, vai a esquina e traz o porco pelo pe.
No
s. Joao a sardinha pinga no pao.
No
tempo do cuco, tanto esta molhado com enxuto.
O
bom cao nao ladra em falso.
O
cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O
dono do boi e quem pega no chifre.
O
mocho nao entra no ninho da calandra.
O
olho do dono e que engorda o cavalo.
O
pavao quanto mais levanta a cauda mais se lhe ve o rabo.
O
peixe que se escapa do anzol e sempre enorme...
O
primeiro milho e para os pardais.
O
que se da ao rato, da-se ao gato.
Onde
ha galo, nao canta galinha.
Os
caes ladram e a caravana passa.
Os
homems inteligentes mudam de opiniao, os burros nao.
Os
homems mostram a sua superioridade por dentro; os animais, por fora.
Ou
entra mosca ou sai asneira.
Ovelha
que bale, bocado que perde.
Pagar
com o pelo do mesmo cao.
Papagaio
come o milho, periquito leva a fama.
Para
quem e, bacalhau basta.
Para
tras mija a burra!
Passar
como um cao por vinha vindimada.
Passaros
de arribacao, tao depressa estao como vao.
Peixe
nao puxa carroca.
Pela
boca morre o peixe.
Pela
sta. Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho).
Pelo
cao, se respeita o patrao.
Pelo
s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo
s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo
tempo do cuco, de manha molhado e a tarde enxuto.
Pintainho
de janeiro nao vai com a mae ao poleiro.
Por
morrer uma andorinha, nao acaba a primavera.
Por
o carro a frente dos bois.
Por
um cravo se perde um cavalo.
Porco
fresco e vinho novo: cristao morto.
Preso
por ter cao, preso por nao ter.
Quando
dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quando
e velho o cao, se ladra e porque tem razao.
Quando
em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando
o amo e glutao, passam fome o criado e o cao.
Quando
um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quando
uma galinha cacareja, a outra copeja.
Qaunto
mais conheco os homems, mais gosto dos animais.
Quanto
mais ratos se matam, mais raros ficam.
Quem
burro vai a roma, burro de la vem.
Quem
cabritos vende e cabras nao tem, de algum lado vem.
Quem
com porcos se mistura, farelo come.
Quem
muito burro toca, algum ha-de ficar para tras.
Quem
nao quer ser lobo, nao lhe veste a pele.
Quem
nao tem cao, caca com gato.
Quem
nao tem manha, morre no mar como a aranha.
Quem
tem burro e vai a pe, mais burro e.
Quem
tem medo, compra um cao.
Raposa
que dorme nao apanha galinhas.
Roubar
galinhas e vende-las ao dono.
Sao
dez caes a um osso.
Saveis
em maio, maleitas de todo o ano.
Saveis
por s. Marcos enchem os barcos.
Se
as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se
nao e boi e vaca.
Se
o cuco nao vem entre marco e abril, ou e morto ou esta para vir.
Se
queres ver o teu porco, mata o teu corpo.
Se
um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Sofrer
que nem um passarinho, na mao do menino.
Tem
o porco meao pelo s. Joao.
Tirar
o cavalinho da chuva.
Todo
o burro come palha, a questao e saber dar-lha.
Todo
o galo tem o seu poleiro.
Tola
e aovelha que se confessa ao lobo.
Um
bom gato, um bom rato.
Um
burro carregado de livros e um doutor.
Uma
andorinha so, nao faz a primavera.
Uma
gota de mel apanha mais moscas que um tonel de vinagre.
Uma
ovelha ma poe o rebanho a perder.
Vaquinha
que nao come com os bois, ou comeu antes ou come depois.
Vozes
de burro nao chegam ao ceu.
Aprender
A
gente so aprende quando e tarde demais.
Aprende
e saberas.
Aprende
e seras mestre.
Aprender
ate morrer.
Aprender
e como remar contra a corrente; e so parar e anda-se para tras.
Burro
velho nao aprende linguas.
Casa
de pais, escola de filhos.
Desmanchar
e fazer, tudo e aprender.
Do
trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Mais
se sabe por experiencia que por teoria.
Ninguem
nasce ensinado.
Nunca
e tarde para aprender.
O
bom gosto nao se ensina.
Pergunta
e saberas.
Quanto
mais aprendo, menos sei.
Quem
burro vai a roma, burro de la vem.
Quem
ler, leia para aprender.
Quem
muito dorme, pouco aprende.
Quem
pergunta quer saber.
Quem
se engana, aprende.
Se
queres aprender a rezar, entra no mar.
Avareza/ambicao
A
ambicao cerra o coracao.
A
ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A
avareza e a origem de todo o mal.
A
boca do ambicioso so se enche com a terra da sepultura.
A
pai avarento, filho prodigo.
Ao
avarento, tanto lhe falta o que tem como o que nao tem.
Ao
pobre falta muito ao avarento tudo.
Maos
que nao dais, porque esperais?
Pedir
a avarento e cavar no mar.
Quanto
mais se tem, mais se quer.
Quem
tudo quer, tudo perde.
Temos
muito, falta-nos muito.
Tudo
falta a quem tudo quer.
Um
avarento por causa de um, perde um cento.
As
bebidas
A
bebida quer-se comida e a comida bebida.
Abril
frio: pao e vinho.
Aceita,
sem receio, azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio.
Afoga-se
mais gente em vinho do que em agua.
Antes
das sopas, molham-se as bocas.
Aquele
que sobre salada nao bebe, nao sabe o que perde.
Ate
ao s. Pedro o vinho tem medo.
Beber
vinho nao e beber siso.
Bebidas
fortes, homems fracos.
Bom
comer, tres vezes beber.
Bom
vinho escusa pregao; bom peso faz vender o pao.
Bem
vinho, ma cabeca.
Carne
que baste, vinho que farte e pao que sobre.
Casa
onde caibas, vinho quanto bebas, terra quanta vejas.
Chuva
no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Com
melao vinho bom, e com melancia agua fria.
Com
melao vinho de tostao.
Com
pao e vinho ja se anda caminho.
Com
peras vinhos bebas, mas nao tanto que nade uma em cada canto.
Comer
e beber, so o que apetecer.
Conselho
de vinho, falso caminho.
Depois
das sopas molham-se as bocas.
Depois
de comer e beber, cada qual da o seu parecer.
Dia
de s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Do
vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder.
E
como o vinho do porto, quanto mais velho melhor.
Entra
o beber, sai o saber.
Estar
como bebado no meio da ponte.
Eu
ca sou como o jacinto, tanto bebe branco como tinto.
Gota
a gota, o tonel se esgota.
Jogo
e bebida: casa perdida.
Maio
coveiro nao e vinhateiro.
Maio
frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Mau
vinho, bom vinagre.
Mel
novo, vinho velho.
Mulher
e vinho enganam o mais fino.
Mulher
que bebe, tarde paga o que deve.
Nao
bebas coisa que nao vejas, nao assines papel que nao leias.
Nao
ha bom mosto, colhido em agosto.
Nao
sei o que faca, se beba o vinho, se parta a cabeca.
Nao
sujes a agua que has-de beber.
Nao
vas sem a borracha a caminho e, se a levares, nao seja sem vinho.
Nevoeiro
de s. Pedro, poe o vinho a medo.
Ninguem
se embebeda com vinho da sua adega.
No
dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No
dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No
vinho esta a verdade.
O
bom mosto sai ao rosto.
O
vinho e que “induca” e o fado e que “instroi”.
Para
curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Por
s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por
s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Porco
fresco e vinho novo: cristao morto.
Quando
o vinho desce, as palavras sobem.
Quem
bebe e canta seu mal espanta.
Quem
ca fica come e bebe, e a paixao logo se vai.
Quem
come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem
do vinho e amigo, cedo esta perdido.
Quem
poda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem
viva na taberna, morre no hospital.
Sabados
a chover e bebados a beber, ninguem os pode vencer.
Se
bebe para esquecer, pague antes de beber.
Se
bebes demais, tropecas e cais.
Ter
uma aduela partida.
Tocar
os arcos a alguem.
Tonel
mal lavado, vinho estragado.
Trabalhar
com mulheres e beber por cabaca.
Vindima
molhada, pipa depressa despejada.
Vinha
que rebenta em abril, da pouco vinho para o barril.
Vinho
de boa cepa e filha de boa mae.
Vinho
de marco, colhe-se no regaco.
Vinho
e amigo, o mais antigo.
Vinho
e medo descobrem o segredo.
Vinho,
mulheres e tabaco, poem um homem fraco.
Vinho,
ouro e amigo, quanto mais velho melhor.
Vinhoq
ue baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Vinho
que nasce em maio vai para o gaio; se nasce em abril, vai ao funil; se nasce em
marco, fica no regaco.
Vinho
turvado e vinho bebido.
Vinho
turvo e pao quente, sao inimigos da gente.
Vinho
verde em janeiro e mortalha no telheiro.
Os
burros
A
albarda nunca pesou ao burro.
A
burro velho, capim novo.
A
paixao torna o homem cego, surdo e... e burro!
A
pensar morreu um burro a vontade do dono.
Alto!...
a burra deu um salto.
Antes
burro vivo, que sabio morto.
Arre
ca, orelhudo, diz o asno ao burro.
Bem
sabe a burra, dainte de quem zurra.
Burra
velha nao toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro
com fome, cardos come.
Burro
morto, cevada ao rabo.
Burro
velho nao aprende linguas.
Burro
velho nao tem andadura, e se a toma, pouco dura.
De
burros nao se espera senao coices.
Filho
de burro um dia da coice.
Flor
no peito, um burro perfeito.
Liga-se
ao coice conforme o burro.
Nao
e por ter grande orelhas que o burro vai a feira.
Os
homems inteligentes mudam de opiniao, os burros nao.
Para
tras mija a burra!
Quando
dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quem
burro vai a roma, burro de la vem.
Quem
muito burro toca, algum ha-de ficar para tras.
Quem
tem burro e vai a pe, mais burro e.
Se
um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Todo
o burro come palha, a questao e saber dar-lha.
Um
burro carregado de livros e um doutor.
Vozes
de burro nao chegam ao ceu.
O
casamento
A
boda e ao baptizado, nao vas sem ser convidado.
Antes
de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar
tres.
Antes
homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Antes
marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Antes
que cases olha o que fazes.
Aquilo
que deus uniu, jamais o homem podera separar.
Boda
molhada, boda abencoada.
Casa
teu filho quando ele quiser e a tua filha quando puderes.
Casamento,
apartamento.
Casamento
e mortalha, no ceu se talha.
Coelho
casa com coelha e nao com ovelha.
Contrato
de casamento leva consigo o testamento.
Da
galiza, nem bom vento nem bom casamento.
Depois
da filha casada, nao lhe faltam pretendentes.
Deus
os fez, deus os juntou.
E
bem casada a que nao tem sogra nem cunhada.
Entre
marido e mlher, cortesia se quer.
Entre
marido e mulher, nao se meta a colher.
Homem
casado, nem bom marido nem bom soldado.
Ir
a guerra ou casar, nao se deve aconselhar.
Mau
pai, mau marido.
Melao
e casamento sao coisas de acertamento.
Nao
ha casamento sem choro, nem funeral sem riso.
Nao
ha domingo sem sol, nem noiva sem lencol.
Pobre
e namoradeira, toda a vida solteira.
Por
casa nem por vinha, nao cases com mulher parida.
Quem
casa a correr, tem toda a vida para se arrepender.
Quem
casa nao pensa; quem pensa nao casa.
Quem
casa quer casa.
Quem
enganar, tem de casar.
Se
queres ver teu marido, da-lhe couves em agosto.
Sol
e chuva, casamento da viuva.
Viuva
rica, casada fica.
Chorar
A
mulher ri quando pode e chora quando quer.
Antes
a crianca chore que a mae suspire.
Antes
trabalhar que chorar.
Canta
que logo choras.
Choupana
onde se ri, vale mais que palacio onde se chora.
Dinheiro
emprestado sai rindo e volta chorando.
Em
1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires
terrear, poe-te a cantar.
Mal
que se ignora, coracao que nao chora.
Mulher
que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar.
Nao
adianta chorar, depois do leite derramado.
O
amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
Quem
canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Quem
muito chora, nao mama.
Quem
se levanta a cantar, deita-se a chorar.
Quem
tem quem o chore, todos os dias morre.
Se
a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno
para vir.
A
chuva
Chuva
civil nao molha militares.
Chuva
de ascensao nao da palhas nem pao.
Chuva
em janeiro e nao frio, vai dar riqueza ao estio.
Chuva
fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva
no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Chuva
que nao acaba ao meio-dia, e chuva para todo o dia.
De
santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
Dos
santos ao advento, nem muita chuva nem muito vento.
E
como chover no molhado.
Em
fevereiro chuva, em agosto uva.
Em
marco o sol rega e a chuva queima.
Espirro
de bode e sinal de chuva.
Lua
a tardinha, co seu anel, da chuva a noite a granel.
Natal
ao lar(chuva), pascoa a assoalhar.
Pelo
s. Mateus nao a pecas a deus (chuva).
Por
muito que queira julho ser, pouco ha-de chover.
Quando
chover em agosto, nao gastes o teu dinheiro em mosto.
Quando
deus queria, ate do norte chovia.
Quando
nao chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.
Quando
nao chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
Quem
anda a chuva, molha-se.
Querer
sol na eira e chuva no nabal.
Sabados
a chover e bebados a chover, ninguem os pode vencer.
Sol
e chuva, casamento de viuva.
Tirar
o cavalinho da chuva.
Vento
de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Vermelho
na serra, chuva na terra.
Comer/comidas
A
bebida quer-se comida e a comida bebida.
A
comida depois de passada a goela, o estomago que se entenda com ela.
A
falta de pao, ate migalhas vao.
A
fome e cozinheira.
A
fome e o melhor tempero.
A
fome espreita a porta de quem trabalha, mas nao entra em casa.
A
fome faz sair o lobo do mato.
A
hora de comer e a mais curta.
A
quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
A
racao nao e para quem se talha, e para quem a come.
Amigo
de mesa nao e de firmeza.
Antes
das sopas, molham-se as bocas.
Antes
minha face com fome amarela, que vergonha nela.
Antes
morrer arruinado, que viver esfaimado.
Antes
sem ceia do que sem candeia.
Ao
mesmo tempo soprar e sorver, nao pode ser.
Apressado
come cru.
Ar
e vento, e meio sustento.
Barriga
cheia, companhia desfeita.
Barriga
cheia e pe dormente, nao dura sempre.
Barriga
vazia nao tem alegria.
Bem
canta a marta depois de farta.
Bem
mal ceia quem come de mao alheia.
Bem
se lambe o gato, depois de farto.
Boca
de rico, bolsa de pobre.
Bocejo
longo ou e fome, ou sono, ou ruindade do dono.
Bolo
torto nao perde o gosto.
Bom
comer, tres vezes beber.
Bom
rei, se quereis que vos sirva, dai-me de comer.
Burro
com fome, cardos come.
Cada
um come doq ue gosta.
Cada
um come o que e seu.
Cada
um come o que e seu.
Caes
e lobos comem todos.
Caldo
sem pao, no inferno dao.
Capa
e merenda nunca pesaram.
Carne
que baste, vinho que farte e pao que sobre.
Casa
onde comem dois, comem tres.
Casa
onde nao ha pao, todos ralham e ninguem tem razao.
Cautela
e cnaja de galinha nunca fizeram mal a ninguem.
Com
pao e vinho ja se anda caminho.
Com
papas e bolos se enganam os tolos.
Com
teu amo nao jogues as peras, ele come as maduras e deixa-te as verdes.
Comamos
e bebamos e nnca mais ralhamos.
Come
como sao, bebe como doente.
Come
para viver, nao vivas para comer.
Comer
e beber, so o que apetecer.
Comer
gato por lebre.
Comer
o pao que o diabo amassou.
Comer
que nem um abade.
Comer
sem pao, e comer de lambao.
Comida
fina em corpos grossos faz mal aos ossos.
Da
garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha.
Daqquilo
que bem lhe sabe, nao reparte o frade.
Das
grandes ceias estao as sepulturas cheias.
Depois
das sopas molham-se as bocas.
Depois
de almocar, deitar; depois de cear, andar, andar...
Depois
de comer e beber, cada qual da o seu parecer.
Dinheiro
compra pao, nao compra gratidao.
Dizer
e fazer nao comem a mesma mesa.
Do
prato a boca, arrefece a sopa.
Duas
terras mantem um homem, quatro matam de fome.
Em
agosto, toda a fruta tem gosto.
Em
casa cheia e facil fazer a ceia.
Em
outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em
tua casa nao tens sardinha e na alheia pedes galinha.
Em
velha gamela tambem se faz boa sopa.
Fevereiro
trocou dois dias por uma tigela de papas.
Guarda
pao para maio e lenha para abril.
Guarda
para maio o pao tremes, nao o percas nem o des.
Guarda
que comer, nao guardes que fazer.
Guardado
esta o bocado para quem o ha-de comer.
Haja
fartura, que a fome ninguem a atura.
Homem
em jejum, nao ouve nenhum.
Juntar-se
a fome a vontade de comer.
Junto
a panela que ferve, nao faltam amigos.
Mata
a sede a terra que ela te matara a fome.
Meia
vida e a candeia; pao e vinho a outra meia.
Melhor
e pao duro, que figo maduro.
Menino
farto nao e comedor.
Merenda
comida, companhia desfeita.
Migalhas
tambem sao pao.
Morra
marta, mas morra farta.
Nao
ha carne sem osso, nem fruta sem caroco.
Nao
ha fome que nao traga fartura.
Nao
ha lenha como o azinho, nem carne como toucinho.
Nao
ha prazer onde nao ha comer.
Nem
amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
Nem
come nem deixa comer!
Nem
o pai morre, nem a gente almoca!
Nem
sempre galinha, nem sempre sardinha.
Nem
so de pao vive o homem.
No
s. Joao a sardinha pinga no pao.
O
comer e o cocar vao do comecar.
O
pao pela cor e o vinho pelo sabor.
O
que e doce nunca amargou.
O
que nao mata, engorda.
O
ultimo que vier come do que trouxer.
Ou
ha moralidade ou comem todos.
Pao
com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Pao
de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem sao.
Pao
pao, queijo queijo.
Pao
quente, muito na mao, pouco no ventre.
Papagaio
come o milho, periquito leva a fama.
Papas
sem pao, abaixo se vao.
Para
curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Pelo
s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Perdoa-se
o mal que faz pelo bem que sabe.
Porco
fresco e vinho novo: cristao morto.
Primeiro
os dentes, depois os parentes.
Quando
ha fome nao ha ruim pao.
Quando
o amo e glutao, passam fome o criado e o cao.
Quem
ca fica come e bebe, e a paixao logo se vai.
Quem
canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Quem
com porcos se mistura, farelo come.
Quem
come a carne, que roa os ossos.
Quem
come a correr, do estomago vem a sofrer.
Quem
come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem
come pouco aproveita muito.
Quem
dao pao, da a educacao.
Quem
em maio nao merenda, aos finados se encomenda.
Quem
nao ceia, toda a noite rabeia.
Quem
nao come por ter comido, a doenca nao e de perigo.
Quem
nao e para comer, nao e para trabalhar.
Qeum
nao gosta, nao come.
Quem
nao tem maozinhas, nao come bolachinhas.
Quem
nao trabuca, nao manduca.
Quem
nnca comeu melado, quando come se lambuza.
Quem
poda tardio e semeia temporao tem vinho e pao.
Quem
segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Quem
tarde vier, come do que trouxer.
Quem
tem fome, nao olha ao que come.
Quem
tem fome, tudo come.
Salada
bem salgada, pouco vinagre e bem azeitada.
Se
es velho comilao, encomenda o teu caixao.
Se
muito come o tolo, mais tolo e quem lho da.
Se
queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo.
Sem
ovos nao se fazem omeletas.
Ter
cara de quem comeu e nao gostou.
Ter
mais olhos que barriga.
Uma
boca, uma sopa.
Vaquinha
que nao come com os bois, ou comeu antes ou come depois.
Vinho
que baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Vinho
turvo e pao quente, sao inimigos da gente.
Conselhos
A
apressada pergunta, vagarosa resposta.
A
boda e ao baptizado, nao vas sem ser convidado.
A
casa de teu irmao, nao vas sem ter razao.
A
casa do teu amigo nao vas sem ser convidado.
A
comprar, so oq ue se pode pagar.
A
ferro quente, malhar de repente.
A
ignorancia e ma conselheira.
A
noite e boa conselheira.
A
palavras loucas, orelhas moucas.
A
pergunta disparatada, nao se da resposta.
A
pergunta insolente, resposta valente.
A
quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
A
quem erra perdoa uma vez e nao tres.
A
quem muito quer saber, nada se lhe diga.
A
quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
A
terra onde fores ter, faz o que vires fazer.
Abre
o poco antes que tenhas sede.
Aceita,
sem receio, azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio.
Aduba
as terras e veras como medras.
Agua
e conselhos so se dao a quem os pedir.
Anda
direito se queres respeito.
Andar
marinheiro andar, nao te apanhe s. Simao no mar.
Antes
de entrares, pensa na saida.
Antes
de escarneceres do coxo, ve se andas direito.
Antes
de falares uma vez, pensa duas.
Antes
de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar
tres.
Antes
de mal com os homems por amor a el-rei, que de mal com el-rei por amor aos
homems.
Antes
que cases olha o que fazes.
Antes
que conhecas, nao louves nem ofendas.
Antes
que fales ve o que dizes.
Ao
amigo, ama-o com o seu vicio.
Ao
amigo nao encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Ao
amigo que nao e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao
amigo que pede, nao se diz amanha.
Ao
rico nao devas e ao pobre nao prometas.
Aonde
te querem muito, nao vas amiude.
Aos
mortos e aos ausnetes, nao os insultes nem os atormentes.
Ãpaixonado
nao admite conselhos.
Aprende
e seras mestre.
Aproveita
o que o velho diz, que actua como juiz.
Arrenda
a vinha e o pomar, se os queres desgracar.
Bem
prega o frei tomas; facam como ele diz e nao o que ele faz.
Bom
conselho desprezado, ha-de ser muito lembrado.
Bons
amigos, bons conselhos.
Cerra
a tua porta e faras a tua vizinha boa.
Com
direito por teu lado, nnca receies dar brado.
Com
o fogo nao se brinca.
Come
como sao, bebe como doente.
Come
para viver, nao vivas para comer.
Comer
e beber, so o que apetecer.
Conselho
de raposas, morte de galinhas.
Conselho
de vinho, falso caminho.
Criado
que faz o seu dever, orelhas moucas deve ter.
Criados
e bois um ano ou dois.
Cuida bem no que fazes e nao te fies em
rapazes.
De
amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
De
calar ninguem se arrependa, quando na discussao ninguem se entenda.
De
pessoa calada afasta a tua morada.
De
quem nao e prudente, afaste-se a gente.
Deitar
cedo e cedo erguer da saude e faz crescer.
Desconfia
daquele a quem fizeste o bem.
Ditados
velhos sao evangelhos.
Do
erro alheio, tiro o prudente conselho.
E
prudente desonfiar de quem e desconfiado.
Em
caso de necessidade, casa a freira com o frade.
Em
cima do leite, nada lhe deite.
Em
outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em
outobro semeia e cria, teras alegria.
Em
roma, se romano.
Em
setembro, lavra, semeia e colhe que e mes para tudo.
Enxame
de maio, a quem o pedir, dai-o.
Escuta
mil vezes e fala so uma.
Este
conselho so: causa inveja, nao causes do.
Faca
agucada nao se afia.
Fala
pouco e bem, ter-te-ao por alguem.
Fia-te
na virgem e nao corras.
Filho
es, pai sera, assim como fizeres, assim encontraras.
Foge
do maldizente, como da serpente.
Fugir
do gago quando esta zangado, porque facilmente fica endiabrado.
Galo
pedres nao o vendas nem o des.
Ganha
fama e deita-te na cama.
Guarda
em moco, acharas em velho.
Guarda
o que nao presta e teras oq ue precisas.
Guarda
pao para maio e lenha para abril.
Guarda
para maio o pao tremes, nao o percas nem o des.
Guarda
que comer, nao guardes que fazer.
Guarda-te
do tolo, se tens miolo.
Ir
a guerra ou casar, nao se deve aconselhar.
Junta-te
aos bons e seras como eles, junta-te aos maus e seras pior que eles.
Lembra-te
do futuro e o futuro se lembrara de ti.
Lembra-te
sogra, que foste nora.
Livra-te
do homem que nao fala e do cao que nao ladra.
Logo
que outobro venha, procura lenha.
Mal
te aconselha quem do trabalho te afasta.
Mata
a sede a terra que ela te matara a fome.
Merece
primeiro e pede depois.
Mesmo
a casa do teu irmao, nao vas cada serao.
Na
santa marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, assim a vindima.
Na
semana de ramos lava os teus panos, que na da paixao lavaras ou nao.
Nao
acordes o gato que dorme.
Nao
bebas coisa que nao vejas, nao assines papel que nao leias.
Nao
contes os pintos senao depois de nascidos.
Nao
deitar foguetes antes da festa.
Nao
deixes para amanha oq ue podes fazer hoje.
Nao
des a ovelha a guardar ao lobo.
Nao
des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Nao
des perolas a porcos.
Nao
digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo oq ue dizes.
Nao
facas nada, sem consultar a almofada.
Nao
falar ao mestre do que ele ensina mal.
Nao
julgues mal de ninguem, nem para mal nem para bem.
Nao
mecas todos pela mesma bitola.
Nao
metas a foice em seara alheia.
Nao
pecas a quem pediu, nem sirvas a quem ja serviu.
Nao
ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.
Nao
queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho.
Nao
saia de casa sem capa e merenda, para que ao fim do dia nao se arrependa.
Nao
saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nao
se deve despir um santo para vestir outro.
Nao
se deve falar em corda em casa de enforcado.
Nao
se deve festejar o santo antes do seu dia.
Nao
se gaste vela em mau defunto.
Nao
se rasgue um lencol para remendar outro.
Nao
subas tu, sapateiro, acima da chinela.
Nao
sujes a agua que has-de beber.
Nao
trocar o certo pelo duvidoso.
Nao
vas sem borracha a caminho e, se a levares, nao seja sem vinho.
Nas
costas dos outros ve as tuas.
Nem
a camisa seja ciente do que a tua alma sente.
Nem
amigo reconciliado, nem duas vezes guisado.
Nem
em agosto caminhar, nem em dezembro marear.
Nem
tanto ao mar nem tanto a terra.
Ninguem
se envergonhe de perguntar o que nao sabe.
Ninguem
se meta onde nao e chamado.
No
dar e no tomar, cuidado no enganar.
No
po semeia que setembro te pagara.
Nunca
digas desta agua nao beberei.
O
conselheiro nao e quem paga.
O
homem que nao tem um sorriso, nao deve abrir uma loja.
O
sabio nao afirma nada que nao prove.
O
sabio so deve ter a si por guardiao do seu segredo.
O
segredo e bom conselheiro, o melhor e estar calado e aguardar primeiro.
O
segredo melhor guardado e o que a ninguem e revelado.
Obra
de prudente e, podendo fazer mal, nao o fazer.
Olha
para o que eu digo e nao olhes para o que eu faco.
Os
bons conselhos sao sempre amargos.
Paga
o que deves, saberas com quanto ficas.
Paraa
missa e para o moinho, nao esperes pelo teu vizinho.
Para
boa vida levar, ver, ouvir e calar.
Para
boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Para
curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Para
o filho, um bom conselho, e o pai
servir-lhe de espelho.
Pergunta
e saberas.
Por
casa nem por vinha, na cases com mulher parida.
Quando
vires a barba do vizinho a arder, poe a tua de molho.
Quem
com tolo se aconselha, mais tolo e que ele.
Quem
da conselho nao da o remedio.
Quem
fizer a cama bem feita, melhor nela se deita.
Quem
ler, leia para aprender.
Quem
nao ouve conselho, nao chega a velho.
Quem
nao sabe disfarcar, nao sabe reinar.
Quem
quer bom conselheiro, consulta o travesseiro.
Quem
quer ir longe, prepare bem a sua montada.
Quem
quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem
quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada.
Quem
quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste.
Quem
quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo.
Quem
segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Quem
te avisa teu amigo e.
Quem
tem calos, nao se meta em apertos.
Regra
do bom viver, faz como vires fazer.
Remenda
o teu pano, que te durara um ano.
Responde-se
ao tolo consoante a sua tolice.
Se
bebes demais, tropecas e cais.
Se
es velho ou comilao, encomenda o teu caixao.
Se
indulgente e mostraras ser prudente.
Se
nao arrancas a silveira, sofre a videira.
Se
nao convem, nao facas; se nao e verdade, nao digas.
Senao
fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes.
Se
nao gostas, poes na beirinha do prato.
Se
nao ha vento, rema.
Se
nao podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
Se
o primeiro a ouvir e o ultimo a falar.
Se
podes olhar, ve; se podes ver, aprecia.
Se
queres bom conselho, pede-o ao velho.
Se
queres conhecer o teu corpo, mata o teu porco.
Se
queres conhecer o vilao, poe-lhe uma vara na mao.
Se
queres o menino correcto, vigia-o de perto.
Se
queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Se
queres paz, evita a guerra.
Se
queres que digam bem de ti, nao digas mal de ninguem.
Se
queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo.
Se
queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz.
Se
queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Se
queres ver teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
Se
um burro te zurrar, nao lhe zurres.
Segredos,
nem a mulher se devem contar, para nao complicar.
Segue
a moda ou abandona o mundo.
Segue
tu sempre a razao, muito embora a uns agrade e a outros nao.
Sera
bom a prudencia quando falta a paciencia.
Seras
o que quiseres, se ousares e puderes.
Teima,
mas nao apostes.
Toma
em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Trabalha
e teras, madruga e veras.
Tu
que sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei.
Um
bom conselheiro, alumia como um candeeiro.
Usa
e seras mestre.
O
coracao
A
ambicao cerra o coracao.
A
gratidao e a memoria do coracao.
A
lingua nao mente oq ue o coracao sente.
A
quem tem fome da o teu pao; ao triste da-lhe o coracao.
As
palavras boas sao, se assim for o coracao.
Bolsa
cheia, coracao alegre.
De
todos desconfia o coracao culpado.
Fazer
das tripas coracao.
Lingua
de mel, coracao de fel.
Longe
de vista, longe do coracao.
Mais
vale um coracao sem palavras, que palavras sem coracao.
Mal
que se ignora, coracao que nao chora.
Maos
frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos
quentes, coracao frio, amor vadio.
O
bom vinho alegra o coracao.
O
coracao e uma crianca, deseja tudo o que ve.
O
coracao tem razoes que a propria razao desconhece.
O
que os olhos nao veem, o coracao nao sente.
O
vinho e a musica alegram o coracao.
Para
onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Pelo
teu coracao, julgas o teu irmao.
Quem
ve caras, nao ve coracoes.
As
criancas
A
juventude e imprudente, salta por cima do riacho e a ponte ali ao lado.
A
sombra da arvore nao deites o filho, encontra-lo-as ao sol.
Antes
a crianca chora que a mae suspire.
Ao
ano andar, aos dois falar.
Ao
menino e ao borracho poe deus a mao por baixo.
Com
o fogo nao se brinca.
Cresce
e aparece.
Crianca
mimada, crianca estragada.
De
pequenino e que se torce o pepino.
De
velho se torna a menino.
Depois
que o menino nasceu, tudo cresceu.
Guarda
em moco, acharas em velho.
Juventude
leviana faz a velhice desolada.
Menino
amimalhado, mal dobrado.
Menino
farto nao e comedor.
Mocidade
ociosa, velhice trabalhosa.
O
amor e como as criancas; comeca a brincar e acaba a chorar.
O
cao e o menino vao para quem lhes faz carinho.
O
coracao e uma crianca, deseja tudo o que ve.
O
menino engorda para crescer e o velho para morrer.
O
que se aprende no berco dura ate a sepultura.
O
trabalho do menino e pouco, mas quem o nao aproveita e louco.
O
velho por nao poder e o moco por nao saber, deitam as coisas a perder.
Palhas
ao palheiro, meninas ao candeeiro.
Quem
se deita com criancas, acorda molhado.
Quem
tarde adenta, tarde aparenta.
Quem
tem filhos tem cadilhos, e quem nao tem, cadilhos tem.
Sofrer
que nem passarinho, na mao do menino.
Toma
em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Tudo
o que e pequeno tem graca.
Deus
A
cada dia, da deus a dor e a alegria.
Ao
menino e ao borracho poe deus a mao por baixo.
Aquilo
que deus uniu, jamais o homem podera separar.
Cada
um na sua casa e deus na de todos.
Cada
um por si e deus por todos.
Calma
que deus e grande e o mundo e pequeno.
Dai
a cesar o que e de cesar e a deus o que e de deus.
Daqui
ate la, so deus sabe o que sera.
Deus
ajuda a quem se ajuda.
Deus
ajuda quem trabalha, que e o capital que menos falha.
Deus
castiga sem paus nem pedras.
Deus
da as nozes, mas nao as parte.
Deus
da frio conforme a roupa.
Deus
da nozes, mas nao as parte.
Deus
da frio conforme a roupa.
Deus
da nozes a quem nao tem dentes.
Deus
escreve direito por linhas tortas.
Deus
me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Deus
nao e de vinganca, mas castiga pela mansa.
Deus
nos livre de quem mal nos quer e bem nos fala.
Deus
nos livre dos maus vizinhos ao pe da porta.
Deus
os fez, deus os juntou.
Deus
nao tarda mas nao falta.
Errar
e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Gracas
a deus muitas gracas com deus nenhumas.
Hora
a hora, deus melhora.
La
me leve deus, onde estao os meus.
Mais
vale pouco com deus, que muito sem deus.
O
destino a deus pertence.
O
futuro a deus pertence.
O
homem poe e deus dispoe.
O
mundo nos ve, deus e que nos conhece, ninguem e como parece.
O
pouco com deus e muito, o muito sem deus e nada.
O
temor do senhor e o principio da sabedoria.
Para
boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Pelo
s. Mateus nao a pecas a deus(chuva).
Quando
deus fecha uma porta, abre sempre uma janela.
Qaundo
deus quer, agua fria e remedio.
Quando
deus queria, ate do norte chovia.
Quando
nao chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
Quem
da aos pobres, empresta a deus.
Quem
madruga, deus ajuda.
Quem
muda, deus ajuda.
Se
deus nao perdoasse a ladrao, ficava sozinho no ceu.
Se
deus o marcou, alguma coisa nele notou.
Se
deus quisesse que o homem voasse, tinha-lhe feito asas.
Segredo
de dois, segredo de deus; segredo de tres, o diabo o fez.
So
deus sabe o que esta para vir.
So
deus sabe o que vai na cabeca de cada um.
Tres,
foi a conta que deus fez.
Tudo
ao monte e fe em deus.
Vale
mais quem deus ajuda do que quem muito madruga.
Voz
do povo, voz de deus.
O
diabo
A
falr no diabo e ele a aparecer.
Ate
o diabo se ri!
Bom
e ter amigos, nem que seja no inferno.
Caldo
sem pao, no inferno dao.
Comer
o pao que o diabo amassou.
De
amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
De
boas intencoes esta o inferno cheio.
Entre
um e outro, o diabo escolha.
Fevereiro
quente tras o diabo no ventre.
Mulher
de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher
de pelo na venta, nem o diabo a aguenta.
Nao
va o diabo tece-las.
O
diabo nao e como o pintam.
O
diabo sabe muito, porque e velho.
O
dinheiro e um diabo, mas sem dinheiro sao dois.
O
lume ao pe da estopa e o diabo lhe assopra.
Pai
nao tiveste, mae nao temeste, diabo te fizeste.
Que
o diabo seja cego, surdo e mudo!
Quem
da e torna a tirar, ao inferno vai parar.
Segredo
de dois, segredo de deus; segredo de tres, o daibo o fez.
Todos
sao anjos na hora de pedir e diabos na hora de pagar.
O
dinheiro
A
azeitona e a fortuna, as vezes muita, as vezes nenhuma.
A
mulher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
A
quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
A
vida e um pau ensebado, com uma nota falsa presa na ponta.
Amigo
verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Amor
sem dinheiro, nao e bom companheiro.
Antes
homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Ao
luar de janeiro se conta o dinheiro.
Batendo
ferro e fogo o ferreiro consegue tempera e dinheiro.
Branco
em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Chapa
ganha, chapa batida.
Com
melao vinho de tostao.
Contas
adiadas saiem furadas.
Dinheiro
adiantado, dinheiro mal parado.
Dinheiro
compra pao, nao compra gratidao.
Dinheiro
emprestado sai rindo e volta chorando.
Dinheiro
faz dinheiro.
Dinheiro
mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Dinheiro
nao conhece dono.
Dinheiro
nao fala.
Dinheiro
nao tem cheiro.
Dois
pobres a mesma porta, um deles fica sem esmola.
Encomendas
sem dinheiro, ficam no cais de aveiro.
Galinha
gorda por pouco dinheiro, nao ha poleiro.
Mulher
de fidalgo, pouco dinheiro e grande trancado.
Nao
dar a mecha para o sebo.
O
dinheiro e bom de gastar e mau de granjear.
O
dinheiro e bom servidor, porem mau senhor.
O
dinheiro e um diabo,mas sem dinheiro sao dois.
O
dinheiro fez-se para gastar.
O
tempo e dinheiro, o resto e conversa.
Pela
assuncao, cada pinga vale um tostao.
Quando
a esmola e grande, o santo desconfia.
Quando
chover em agosto, nao gastes o teu dinheiro em mosto.
Quem
nao tem dinheiro, nao tem vicios.
Quem
nasce pataca, nao chega a vintem.
Quem
quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste.
Quem
tem dinheiro, nao lhe falta companheiro.
Quem
tem doenca, abra a bolsa e tenha paciencia.
Seda
em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Sem
dinheiro, nada feito.
Tempo
e dinheiro.
Tostao
a tostao, faz um milhao.
A
economia
A
economia e a base da riqueza.
A
quem do seu foi mau despenseiro, nao fies o teu dinheiro.
Boca
de rico, bolsa de pobre.
Casa
que não e ralhada, não e bem governada.
Chapa
ganha, chapa batida.
Depois
de um bom poupador, um bom gastador.
E
tarde para a economia, quando a bolsa esta vazia.
Gota
a gota, o tonel se esgota.
Grao
a grao enche a galinha o papo.
Guarda
o que não presta e teras o que precisas.
Muito
se gasta, que a metade basta.
Muitos
poucos fazem muito.
No
poupar e que esta o ganho.
Para
ganhar, basta poupar.
Pelo
s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Poupa
na cozinha e aumentaras a tua casinha.
Poupa
o vintem, seras um dia alguem.
Poupa-se
no farelo e gasta-se na farinha.
Quanto
mais há, mais se gasta.
Quem
economiza tem o que precisa.
Quem
gasta mais do que tem, a pedir vem.
Quem
gasta mais do que tem, mostra que siso não tem.
Quem
guarda, tem.
Quem
junta para si, poupa para os outros.
Quem
na despesa e frugal, logo aumenta o capital.
Quem
nada tem, nada perde.
Quem
não gasta, o pouco lhe basta.
Quem
não poupa a agua e a lenha não poupa o mais que tenha.
Quem
poupa no pouco, ganha no muito.
Quem
quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem
tem tres e gasta quatro, depressa esvazia o saco.
Quem
vive sem conta, vive sem honra.
Remenda
o teu pano, que te durara um ano.
Saco
vazio não fica de pe.
Sai
mais cara a mecha que o sebo.
Tostao
a tostao, faz um milhao.
Tudo
o que vier e ganho.
Vai-te
lucro que me das percas.
Viver
de credito e pagar dobrado.
A
educacao
A
terra onde fores, faz o que vires fazer.
As
boas maneiras distinguem os homems dos bichos.
As
boas maneiras são a melhor carta de recomendacao.
Casa
varrida e mulher penteada, parece bem e não custa nada.
Crianca
mimada, crianca estragada.
Dar
uma bofetada de luva branca.
Merece
primeiro e pede depois.
O
bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar.
O
vinho e que “induca” e o fado e que “instroi”.
Quem
bem ama, bem castiga.
Quem
come do meu pilao, bebe do meu cinturao.
Quem
cria e não castiga, mal cria.
Quem
da o pao, da a educacao.
Quem
mal fala, sua boca suja.
Quem
me repreende, me defende.
Regra
do bom viver, faz como vires fazer.
Repreensao
bem dada, e palavra abencoada.
As
estacoes do ano
A
agua que no verao há-de regar, em abril há-de ficar.
Dia
de s. Bras a cegonha veras e se não a vires, o inverno vem atras.
Dos
santos ao natal, inverno natural.
Inverno
de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Inverno
laborioso, verao venturoso.
Marco
marcagao, manha de inverno e tarde de verao.
Nem
um dedo faz a mao, nem uma andorinha faz o verao.
No
outono o sol tem sono.
Outobro
suao, negacas de verao.
Pao
de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem são.
Por
morrer uma andorinha, não acaba a primavera.
Primeiro
de agosto, primeiro de inverno.
Quem
planta no outono leva um ano de abono.
Se
a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno
para vir.
Se
o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Setembro
e o maio do outono.
Uma
andorinha so, não faz primavera.
Falar/palavras
A
apressada pergunta, vagorosa resposta.
A
brincar se dizem muitas verdades.
A
falr e que a gente se entende.
A
falar no diabo e ele a aparecer.
A
lingua não mente o que o coracao sente.
A
melhor palavra e a que fica por dizer.
A
palavra e de prata e o silencio de ouro.
A
palavras loucas, orelhas moucas.
A
pedra e a palavra, depois de lancadas não voltam atras.
A
pergunta disparatada, não se da resposta.
A
pergunta insolente, resposta valente.
A
quem muito quer saber, nada se lhe diga.
A
rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A
semente da mao pegara ou não, mas a da boca pega toda.
A
verdade contenta-se com poucas palavras.
A
verdade e para ser dita.
Antes
de falares uma vez, pensa duas.
Antes
que fales ve o que dizes.
Ao
ano andar, aos dois falar.
As
conversas são como as cerejas, umas puxam as outras.
As
palavras boas são, se assim for o coracao.
As
palavras mostram o que cada um realmente e.
As
palavras não proferidas são as flores do silencio.
As
palavras voam, os escritos ficam.
Bem
dizer e bem ouvir e arte de conversar.
Bem
prega maria , em casa vazia.
Bem
prega o frei tomas; facam como ele diz e não o que ele faz.
Boa
palavra custa pouco e vale muito.
Boca
que diz que sim, tambem diz que não.
Bom
exemplo, meio sermao.
Bom
saber e calar, ate ser tempo de falar.
Burro
velho não aprende linguas.
Cada
um fala como e.
Calar
a verdade e enterrar ouro.
Cale
o que deu e fale o que recebeu.
Da
discussao nasce a luz.
Dar
o dito por não dito.
De
calar ninguem se arrependa, quando na discussao ninguem se entenda.
De
pessoa calada afasta a tua morada.
Defeitos
do meu amigo, lamento mas não maldigo.
Depois
de comer e beber, cada qual da o seu aprecer.
Dinheiro
não fala.
Dizer
e facil, o dificil e fazer.
Dizer
e fazer não comem a mesma mesa.
Do
dito ao feito vai um grande eito.
Do
dizer ao fazer, há muita coisa a ver.
Do
dizer ao fazer, vai uma grande distancia.
E
dito e feito!
E
mais facil dizer que fazer.
Escuta
mil vezes e fala so uma.
Fala
pouco e bem ter-te-ao por alguem.
Falai
no mau,aparelhai o pau.
Falai
no mendes, aqui o tendes.
Falar
bem, não custa a ninguem.
Falar
não enche barriga.
Falar
para com os seus botoes.
Falar
sem pensar, vem muitas vezes a falhar.
Falas-me
a gaguejar, estas-me a enganar.
Foge
do maldizente, como da serpente.
Fugir
a boca para a verdade.
Fugir
do gago quando esta zangado, porque facilmente fica endiabrado.
Já
aqui não esta quem falou.
Lingua
de mel, coracao de fel.
Livra-te
do homem que não fala e do cao que não ladra.
Mais
perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais
vale nada dizer, que dizer: -nada.
Mais
vale um coracao sem palavras, que palavras sem coracao.
Mal
haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Mal
me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Mula
que faz him e mulher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher
de janela, diz de todos e todos dela.
Mulher
honrada e a menos falada.
Não
digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo o que dizes.
Não
diz coisa com loisa.
Não
dizer uma para a caixa.
Não
esta aqui quem falou.
Não
falar ao mestre do que ele ensina mal.
Não
ter papas na lingua.
Noticia
ruim corre depressa.
O
bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar.
O
bom vinho por si fala.
O
escorregar da lingua e pior que o do pe.
O
parvo calado por sabio e reputado.
O
tempo e dinheiro, o resto e conversa.
Olha
para o que eu digo e não olhes para o que eu faco.
Os
que falam muito não são os que mais produzem.
Ou
entra mosca ou sai asneira.
Ouvir
e prata, calar e ouro.
Palavra
de rei não volta atras.
Palavra
puxa palavra.
Palavras
fazem muitas vezes mais que as pancadas.
Palavras,
leva-as o vento.
Para
o prudente, uma palavra e suficiente.
Para
um bom entendedor meia palavra basta.
Quando
o vinho desce, as palavras sobem.
Quem
conta um conto, aumenta um ponto.
Quem
disputa, fala mal.
Quem
diz a verdade não merece castigo.
Quem
diz “eu não erro”, acabou de se enganar.
Quem
diz o que quer, ouve do que não quer.
Quem
fala assim não e gago.
Qeum
fala com surdos, perde o seu latim.
Quem
fala em barca, quer embarcar.
Quem
fala o que quer, ouve do que não quer.
Quem
fala semeia, quem escuta colhe.
Quem
mal entende, mal conta.
Quem
mal fala, sua boca suja.
Quem
muito fala, pouco acerta.
Quem
murmura, a muito se aventura.
Quem
não sabe calar, não sabe falar.
Quem
não sabe latim, fica assim...
Quem
não vai a palavra, não vai a pancada.
Quem
sabe calar, evita guerrear.
Quem
sabe não fala; quem fala não sabe.
Quem
tem boca, não manda soprar.
Quem
tem boca vai a roma.
Responde-se
ao tolo, consoante a sua tolice.
São
mais as vozes que as nozes.
Se
o primeiro a ouvir e o ultimo a falar.
Se
queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz.
Se
um burro te zurrar, não lhe zurres.
Ser
mais paista que o papa.
So
fala quem tem que se lhe diga.
Toda
a pergunta tem resposta.
Todos
falam e murmram, e ninguem olha para si.
Tudo
se lava, menos a ma lingua.
Uma
coisa e dizer, outra e fazer.
Uma
imagem vale mais que mil palavras.
Voz
do povo, voz de deus.
Vozes
de burro não chegam ao ceu.
Familia/parantescos
A
casa de teu irmao, não vas sem ter razao.
A
familiaridade provoca desrespeito.
Antes
marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Boa
amizade e um segundo parantesco.
Boa
vida, pai e mae olvida.
E
bem casada a que não tem sogra nem cunhada.
Lembra-te
sogra, que foste nora.
Mais
vale o vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Mal
me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Mesmo
a casa de teu irmao, não vas cada serao.
Não
há maior parente que amigo fiel e prudente.
Os
filhos da minha filha meus netos, os da minha serao ou não.
Os
pecados dos nossos avos, fazem-nos eles e pagamo-los nos.
Pelo
teu coracao, julgas o teu irmao.
Primeiro
os dentes, depois os parentes.
Qaunto
mais prima, mais se lhe arrima.
Quem
tem filhos tem cadilhos, e quem não tem, cadilhos tem.
A
felicidade
A
cada dia, da deus a dor e a alegria.
A
felicidade e proporcional ao grau de esforco.
A
felicidade esta onde cada um poe.
Ainda
esta para nascer o que agrada a todos.
Cada
um constroi a sua felicidade.
Feliz
e quem por feliz se tem.
Qm
e infeliz cai de costas e quebra o nariz.
Sem
saude não há felicidade.
Tem
tudo o que lhe apraz, quem com pouco se satisfaz.
Festas
e romarias
Alto
e para o baile!
Cada
um tem o seu s. Joao.
Fazer
a festa e deitar os foguetes.
Festa
acabada, musicos em pe.
Gozar
a grande e a francesa.
Maior
fosse o dia, maior a romaria.
Mulher
que não perde festa, para pouco presta.
Não
deitar foguetes antes da festa.
Nem
sempre aquele que dança e quem paga a musica.
No
carnaval ninguem leva a mal.
No
entrudo, vale tudo.
No
s. Joao a sardinha pinga no pao.
O
que faz falta e animar a malta.
Quem
quer festa, sua-lhe a testa.
Os
frutos
A
mulher e a cereja para seu mal se enfeitam.
A
mulher e como a laranja, so depois de descacada e que se sabe se e doce.
A
mulher e o melao, o calado e o melhor.
A
paciencia e amarga, mas os seus frutos deliciosos.
Alho
e limao, são meio cirurgiao.
Ano
de ameixa, ano de muita queixa.
Antes
para nos um baguinho que dois figos para o vizinho.
As
conversas são como as cerejas, umas puxam as outras.
As
pulgas vem com as favas e vao com as uvas.
Boa
arvore não da rim fruto.
Com
melao vinho, e com melancia agua fria.
Com
melao vinho de tostao.
Com
peras vinho bebas, mas não tanto que nade uma em cada canto.
Com
teu amo não jogues as peras, ele come as maduras e deixa-te as verdes.
De
boa arvore bons frutos.
Deus
da as nozes, mas não as parte.
Deus
da as nozes a quem não tem dentes.
Dia
de s. Martinho, lume castanhas e vinho.
Em
agosto, toda a fruta tem gosto.
Em
maio, come-se a cereja ao borralho.
Em
tempo de figos, não há amigos.
Frutos
e amores, os primeiros são os melhores.
Laranja
de manha e ouro, a tarde e prata e a noite mata.
Laranjas
em janeiro, dao que fazer ao coveiro.
Maca
podre apodrece um cento.
Melao
e casamento são coisas de acertamento.
Muita
parra, pouca uva.
Não
há carne sem osso, nem fruta sem caroco.
O
bom fruto vem da boa semente.
O
fruto proibido e o mais apetecido.
Pelos
frutos se conhece a arvore.
Quem
se queixa, larga a ameixa.
Quem
vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
São
favas contadas!
São
mais as vozes que as nozes.
Setembro
molhado, figo estragado.
Uma
maca por dia mantem o medico longe.
Uns
comem os figos, outros rebenta-lhes a boca.
A
gratidao
A
bondade e o perdao so fazem ingratidao.
A
gratidao e a memoria do coracao.
De
onde menos se espera e que vem a ingratidao.
Dinheiro
compra pao, não compra gratidao.
Quando
os favores acabam, comeca a ingratidao.
O
homem
A
mulher casada, o marido lhe basta.
A
necessidade faz os homems espertos.
A
raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A
velhice faz o homem prudente.
A
vida e bela, os homems e que dao cabo dela.
Ai
miguel, miguel, que não tens abelhas e vendes mel.
Antes
de mal com os homems por amor a el-rei, que de mal com el-rei por amor aos
homems.
Antes
homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem.
Antes
marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Aquilo
que deus uniu, jamais o homem podera separar.
As
boas accoes recomendam o homem.
As
boas maneiras distinguem os homems dos bichos.
Atras
de um grande homem há sempre uma grande mulher.
Basta
arranhares um homem para encontrares um animal.
Bebidas
fortes, homems fracos.
Bons
dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
De
esperanca vive o homem ate a morte.
De
homem para homem não via forca de boi.
Do
trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Do
vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder.
Dos
fracos não reza a historia.
Duas
terras mantem um homem, quatro matam de fome.
E
dos carecas que elas gostam mais.
Em
casa do goncalo mais manda a galinha que o galo.
Errar
e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Homem
ajuizado por todos e respeitado.
Homem
casado, nem bom marido nem bom soldado.
Homem
de sete oficios, em todos e remendao.
Homem
em jejum, não ouve nenhum.
Homem
embrutecido tem pouca educacao e menos juizo.
Homem
prevenido vale por dois.
Homem
velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Livra-te
do homem que não fala e do cao que não ladra.
Mulher
que assobia, seu homem cornia.
Mulher
que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar.
Na
casa manda ela, mas nela mando eu.
Nem
so de pao vive o homem.
No
riso e o doido conhecido.
O
fraco, ofendido, atraicoa; o forte, perdoa.
O
homem de sete oficios nem por isso cehga a rico.
O
homem poe e deus dispoe.
O
homem que não tem um sorriso, não deve abrir uma loja.
O
medroso ate da sombra tem medo.
O
rei nasce e o homem faz-se.
Os
homems inteligentes mudam de opiniao, os
burros não.
Os
homems mostram a sua superioridade por dentro; os animais, por fora.
Os
homems não se medem aos palmos.
Os
homems são todos iguais, so tirar o nome e nada mais.
Pao
de hoje, carne de ontem e vinho do outro verao fazem o homem são.
Quanto
mais conheco os homems, mais gosto dos animais.
Todo
o homem tem o seu preco.
Vinho,
mulheres e tabaco, poem um homem fraco.
Inimigos
Amigo
de um, inimigo de nenhum.
amigo reconciliado, inmigo dobrado.
amigo reconciliado, inmigo dobrado.
Amigos
no emprestar, inimigos no entregar.
Cem
amigos e ppouco, um inimigo e muito.
Deus
me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.
Dobrado
tem o perigo, quem foge do inimigo.
O
optimo e inimigo do bom.
Pior
e fingido amigo que declarado inimigo.
Quantos
criados, tantos inimigos.
Quem
empresta a um amigo, cobra a um inimigo.
Quem
poupa o seu inimigo, as maos lhe morre.
Se
não podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
Ve-se
na adversidade o que vale a amizade.
Vinho
turvo e pao quente, são inimigo s da gente.
A
inveja
A
cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A
galinha da vizinha e melhor que a minha.
A
mulher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
Antes
invejado, que coitado.
Este
conselho so: causa inveja, não causes do.
Mal
de muito, consolo e.
Não
há gloria sem inveja.
Nunca
o invejoso medrou, nem quem a beira dele morou.
O
invejoso e mau e manhoso.
Quem
desdenha quer comprar.
São
dez caes a um osso.
Ter
dor de cotovelo.
Os
livros
Amigos
e livros, querem-se poucos mas bons.
Anda
em capa de letrado, muito asno disfarcado.
Boa
leitura, triteza cura.
Bons
livros, bons amigos.
De
livro fechado não sai letrado.
Um
bom livro e o melhor dos amigos.
Um
burro carregado de livros e um doutor.
A
lua
Ao
luar de janeiro se conta o dinheiro.
Lua
a tardinha, com sue anel, da chuva a noite a granel.
Lua
com “circo”, traz agua no bico.
Lua
de pe, marinheiro deitado.
Lua
nova setembrina, sete luas domina.
Lua
nova trovejada, trinta dias e molhada.
Lua
setembrina, para sete luados se inclina.
Luar
de janeiro e amor o primeiro.
Luar
de janeiro não tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Não
há luar como o de janeiro.
O
amor e como a lua; quando não cresce mingua.
O
que se ouve no luar, diz-se ao luar.
O
mar
A
agua corre sempre para o mar.
Alto
mar e sem vento, não promete seguro o tempo.
Caraguejo
que dorme, mare que o leva.
Gaivotas
em terra, tempestade no mar.
Há
mar e mar, há ir e voltar.
Lua
de pe, marinheiro deitado.
Não
se afoga no mar quem por la não andar.
Nem
tanto ao mar nem tanto a terra.
Quando
a mare bate quem se lixa e o mexilhao.
Quando
o mar esta calmo, qualquer um pode ir ao leme.
Quem
não tem manha, morre no mar como a aranha.
Quem
vai ao mar, previne-se em terra.
Se
queres aprender a rezar, entra no mar.
Vermelho
ao mar, calor de rachar.
Erros,
mentiras e verdades
A
brincar a brincar, com as verdades me enganas.
A
brincar se dizem muitas verdades.
A
casa do mentiroso esta em cinzas, e ninguem acredita.
A
fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhao e o
rapaz não for ladrao.
A
mentira so dura enquanto a verdade não chega.
A
ocasiao faz o ladrao.
A
porta mais seguramente trancada e a que pode ser deixada aberta.
A
quem erra perdoa uma vez e não tres.
A
quem servir a carapuca que a ponha.
A
raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
A
razao e a verdade fogem quando ouvem dispustas.
A
rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A
verdade contenta-se com poucas palavras.
A
verdade e como o azeite, vem sempre ao de cima.
A
verdade não tem pes,... e anda.
A
verdade a para ser dita.
A
verdadeira amizade dura uma eternidade.
Achar
e guardar e furtar.
Ai
miguel, miguel, que não tens abelhas e vendes mel.
Amigo
verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Anda
meio mundo a enganar outro meio.
Antes
a probreza honrada que a riqueza roubada.
Antes
minha face com fome amarela, que vergonha nela.
Ao
amigo que não e certo, um olho fechado e outro aberto.
Ao
fim de um ano tem o criado as manhas do amo.
Apanha-se
mais depressa um mentiroso que um coxo.
Aqui
há gato!...
Arte
de agradar, arte de enganar.
As
boas contas fazem os bons amigos.
Bem
dissimular, para bem governar.
Bens
mal adquiridos, ... vao como vieram.
Bons
dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Calar
a verdade e enterrar e ouro.
Cedo
ou tarde, tudo quanto se faz se sabe.
Comer
gato por lebre.
Contas
adiadas saiem furadas.
Cuida
o ladrao, que todos o são.
De
falso bem, o verdadeiro mal vem.
Depois
da casa roubada, trancas a porta.
Dinheiro
adiantado, dinheiro mal parado.
Dinheiro
mal ganho, agua o deu, agua o levou.
Do
erro alheio, tira o prudente conselho.
Dos
enganos vivem os escrivaes.
Em
frente da arca aberta, o justo peca.
Encobrir
o erro, e errar outra vez.
Errar
e humano.
Errar
e proprio do homem, perdoar e proprio de deus.
Erros
de medico, a terra os encobre.
Falar
sem pensar, vem muitas vezes a falhar.
Falas-me
a gagejar, estas-me a enganar.
Fugir
a boca para a verdade.
Gato
escondido com o rabo de fora.
Grandes
caminhadas, grandes mentiras.
Jogaras,
pediras, furtaras.
Ladrao
não rouba ladrao.
Ladrao
que rouba ladrao a ladrao tem cem anos de perdao.
Louvor
humano e puro engano.
Mais
perde em amizades quem mais teima nas verdades.
Mais
vale pedir que roubar.
Mais
vale pronto recusar que falso promter.
Mal
fechado, mal guardado.
Mal
me querem as comadres por lhes dizer as verdades.
Muito
esquece a quem não sabe.
Muito
se engana quem cuida.
Mulher
e vinho enganam o mais fino.
Mulher
que a dois ama, aos dois engana.
Mulher
que assobia, seu homem cornia.
Mulher
que muito bebe, tarde paga o que deve.
Não
bebas coisa que não vejas, não assines papel que não leias.
Não
há coisa escondida, que não venha a ser sabida.
Não
há crime perfeito.
Não
há ninguem que não se engane.
Não
me enganas dormitando, tambem costumo dormir.
No
melhor pano cai a nodoa.
No
vinho esta a verdade.
O
crime não compensa.
O
criminoso volta sempre ao local do crime.
O
fruto proibido e o mais apetecido.
O
peixe que se escapa do anzol e sempre enorme...
O
que a noite se faz, de manha aparece.
O
que arma a esparrela, tarde ou cedo cai nela.
O
que e nosso a nossa mao vem ter.
O
seu a seu dono.
O
tempo e a honra, uma vez perdidos, nunca mais se recuperam.
Olho
que ve, mao que pilha.
Olho
vivo e pe ligeiro!
Os
pecados dos nossos avos, fazem-nos eles e pagamo-los nos.
Paga
o justo pelo pecador.
Papagaio
come o milho, perquito leva a fama.
Para
mim vens de carrinho!
Parecer
sem ser, e fiar sem tecer.
Pecado
confessado e meio perdoado.
Pior
e fingido amigo que declarado inimigo.
Por
uns pagam os outros.
Porta
aberta tenta um santo.
P’ra
vilao, vilao e meio.
Prometer
mundos e fundos.
Quem
bem ata, bem desata.
Quem
compra sem poder, vende sem querer.
Quem
diz a verdade não merece castigo.
Quem
diz “eu não erro”, acabou de se enganar.
Quem
enganar, tem de casar.
Quem
furta pouco e ladrao, quem furta muito e barao.
Quem
mais jura, mais mente.
Quem
mais promete, menos cumpre.
Quem
mal entende, mal conta.
Quem
mente, cai-lhe um dente.
Quem
mito promete pouco cumpre.
Quem
não confia, não e de confiar.
Quem
não conta, não erra.
Quem
se engana no caminho, bem enganado vai.
Quem
se ofusca, alguma coisa busca.
Quem
sempre mente, vergonha não sente.
Quem
serve a dois senhores, a algum há-de enganar.
Rodas
e advogados, não andam sem ser untados.
Roubar
galinhas e vende-las ao dono.
Sair
melhor do que a encomenda.
São
desculpas de mau pagador.
Se
deus não perdoasse a ladrao, ficava sozinho no ceu.
Se
deus o marcou, alguma coisa nele notou.
Tao
ladrao e o que vai a horta, como o que fica a porta.
Tempo
de guerra, mentira na terra.
Um
padre a pecar, ... conta a dobrar.
Uns
comem os figos, outros rebenta-lhes a boca.
Uns
dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Virar
o bico ao prego.
Zangam-se
as comadres, descobrem-se as verdades.
Os
meses
A
agua que no verao há-de regar, em abril há-de ficar.
A
fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhao e o
rapaz não for ladrao.
A
tres de abril, o cuco há-de vir.
Abril
frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril
frio: pao e vinho.
Agosto
amuderece, setembro vindimar.
Agua
de fevereiro mata o onzeneiro.
Ai
vem o meu irmao marco, que fara o que eu não faco.
Ao
luar de janeiro se conta o dinheiro.
Aproveite
fevereiro, quem folgar em janeiro.
Aveia
de fevereiro enche o celeiro.
Bons
dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Branco
em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Cava
fundo em novembro para plantares em janeiro.
Chovam
trinta maios e não chova em junho.
Chuva
em janeiro e não frio, vai dar riqueza ao estio.
Dezembro
com junho ao desafio, traz janeiro frio.
Dezembro
molhado, janeiro geado.
Em
1 de janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar poe-te a chorar; se vires
terrear, poe-te a cantar.
Em
abril, aguas mil, canta o carro e o carril.
Em
abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em
agosto, suor no rosto.
Em
agosto, toda a fruta tem gosto.
Em
dezembro treme o frio em cada membro.
Em
fevereiro chuva, em agosto uva.
Em
fevereiro neve e frio, e de esperar ardor no estio.
Em
janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em
janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em
janeiro, um salto de carneiro.
Em
janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar.
Em
julho, ao quinto dia veras que mês teras.
Em
julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando, o vou limpando.
Em
junho, ainda a velha esfrega o punho.
Em
junho, foicinha em punho.
Em
maio, come-se a cereja ao borralho.
Em
marco o sol rega e a chuva queima.
Em
marco tanto durmo como faco.
Em
novembro, poe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Em
outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em
outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em
outobro semeia e cria, teras alegria.
Em
setembro, ardem montes e secam as fontes.
Em
setembro, lavra, semeia e colhe que e mês para tudo.
Enxame
de maio, a quem o pedir, dai-o.
Fevereiro
enxuto roi mais pao do que quantos ratos há no mundo.
Fevereiro
matou a mae ao solheiro.
Fevereiro
quente tras o diabo no ventre.
Fevereiro
trocou dois dias por uma tigela de papas.
Frango
de janeiro canta a meia-noite em ponto.
Frio
de julho, abrasa em s.
Tiago.
Guarda
pao para maio e lenha para abril.
Guarda
para maio e lenha para abril.
Guarda
para maio o pao tremes, não o percas nem o des.
Inverno
de marco e seca de abril deixam o lavrador a pedir.
Janeiro
fora, mais uma hora.
Janeiro
molhado, se não cria pao, cria gado.
Junho
abafadico, sai a abelha do cortico.
Junho
calmoso, ano formoso.
Junho
floreiro, paraiso verdadeiro.
Laranjas
em janeiro, dao que fazer ao coveiro.
Logo
que outobro venha, procura lenha.
Lua
nova setembrina, sete luas domina.
Lua
setembrina, para sete luados se inclina.
Luar
de janeiro e amor o primeiro.
Luar
de janeiro e amor o primeiro.
Luar
de janeiro não tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Maio
coveiro não e vinhateiro.
Maio
frio, junho quente, bom pao, vinho valente.
Maio
hortelao, muita parra e pouco grao.
Maio
me molhou, maio me enxugou.
Maio
pardo, centeio grado.
Maio
pardo e ventoso, faz o ano formoso.
Manhas
de abril, boas de andar e doces de dormir.
Marco
chuvoso, s. Joao farinhoso.
Marco
marcagao, curas meadas, esteiras não.
Marco
marcagao, de manha cara de cao, ao meio-dia de rainha e a noite de fuinha.
Marco
marcagao, manha de inverno e tarde de verao.
Não
há bom mosto, colhido em agosto.
Não
há luar como o de janeiro.
Não
há maior amigo que o julho com seu trigo.
Não
há mês mais irritado que abril zangado.
Não
há mês mais irritado que abril zangado.
Não
há mês que não volte outra vez.
Nasce
erva em marco, ainda que lhe deem com o maco.
Nem
em agosto caminhar, nem em dezembro marear.
Neve
em fevereiro, pressagio de mau celeiro.
Nevoas
de agosto, enm bom nabo, nem bom magusto.
Nevoeiro
de s. Pedro, poe o vinho a medo.
No
po semeia que setembro to pagara.
Nossa
senhora de marco, traz o cestinho no braco.
O
mês de agosto sera gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro.
Outobro
chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Outobro
suao, negacas de verao.
Pascoa
em marco, ano de mortaco.
Pintainho
de janeiro não vai com a mae ao poleiro.
Podar
em marco e ser madraco.
Podar
em marco ou no folhato.
Por
muito que queira julho ser, pouco há-de chover.
Primeiro
de agosto, primeiro de inverno.
Quando
chover em agosto, não gastes o teu dinheiro em mosto.
Quando
em marco arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando
maio chegar, e preciso enxofrar.
Quando
não chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio.
Quem
em abril não varre a eira e em maio não sacha a leira, anda todo o ano em
canseira.
Quem
em maio não merenda, aos finados se encomenda.
Quem
não debulha em agosto, debulha contra o seu gosto.
Quem
não podar ate marco, vindima no regaco.
Saveis
em maio, maleitas de todo o ano.
Se
as andorinhas partirem em outobro, seca tudo.
Se
o cuco não vem entre marco e abril, ou e morto ou esta para vir.
Se
queres um bom cabaco, semeia-o em marco.
Se
queres ver teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
Seda
em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Setembro
e o maio do outono.
Setembro
molhado, figo estragado.
Sol
de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol
de junho madruga muito.
Sol
de marco queima a dama no paco.
Tantos
dias de geada tera maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro.
Trinta
dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 tera um e os mais tem 31.
Trovoadas
em agosto, abundancia de uva e mosto.
Uma
agua de maio e tres de abril valem por mil.
Vento
de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Vindima
em outobro que... s. Martinho to dira.
Vinha
que rebenta em abril, da pouco vinho para o barril.
Vinho
de marco, colhe-se no regaco.
Vinho
que nasce em maio vai para o gaio; se nasce em abril, vai ao funil; se nasce em
marco, fica no regaco.
Vinho
verde em janeiro e mortalha no telheiro.
A
morte
A
ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A
boca do ambicioso so se enche com a terra da sepultura.
A
esperanca e a ultima a morrer.
A
preguica morreu de sede a beira da agua.
Afoga-se
mais gente em vinho do que em agua.
Agua
corrente não mata gente.
Amor
e morte, nada e mais forte.
Anda-se
toda a vida a aprender e morre-se sem saber.
Antes
burro vivo, que sabio morto.
Antes
morrer arruinado, que viver esfaimado.
Antes
morrer da doenca que da cura.
Aos
mortos e ausentes, não os insultes nem os atormentes.
Aprender
ate morrer.
Casamento
e mortalha, no ceu se talha.
Dar
antes de morrer, e dispor-se a sofrer.
Das
grandes ceias estao as sepulturas cheias.
De
esperanca vive o homem ate a morte.
Desta
vida nada se leva.
Estar
com os pes para a cova.
Guerra
avisada não mata soldados.
Há
muitas maneiras de matar pulgas.
Mais
vale ter mau halito que não ter halito nenhum.
Morra
marta, mas morra farta.
Morrer
por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
Morreu
o bicho, acabou-se a pessonha.
Morte
desejada não e mais chegada.
Morte
desejada, vida dobrada.
Não
há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico.
Não
quero que ninguem morra, so quero que a vida me corra (diz o cangalheiro).
Não
se deve falar em corda em casa de enforcado.
Nem
o pai morre, nem a gente almoca!
O
que não mata, engorda.
O
que se aprende no berco dura ate a sepultura.
O
seguro morreu de velho.
Para
morrer basta estar vivo.
Parar
e morrer.
Pascoa
em marco, ano de mortaco.
Quem
com ferros mata, com ferros morre.
Quem
espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalco.
Quem
poupa o seu inimigo, as maos lhe morre.
Quem
se deserda antes que morra, precisa de uma cachaporra.
Quem
se rala morre cedo.
Quem
tem amigos, não morre na cadeia.
Quem
tem oficio, não morre de fome.
Quem
tem quem o chore, todos os dias morre.
Quem
vive na taberna, morre no hospital.
Se
queres ver teu marido morto, da-lhe couves em agosto.
So
se morre uma vez.
Todos
tem a sua hora.
Trabalhar
para aquecer, e melhor morrer de frio.
Vamos
a vida que a morte e certa, embora em data incerta.
Velho
enamorado, velho enterrado.
Velho
mudado, velho enterrado.
Vinho
verde em janeiro e mortalha no telheiro.
A
mulher
A
maria vai com as outras.
A
mulher casada, o marido lhe basta.
A
mulher e a cereja para seu mal se enfeitam.
A
mulher e a sardinha querem-se da mais maneirinha.
A
mulher e como a laranja, so depois de descacada e que se sabe se e doce.
A
mlher e o dinheiro dos outros e sempre melhor.
A
mulher e o melao, o calado e o melhor.
A
mulher e o peixe no mar, são dificeis de apanhar.
A
mulher e o vidro estao sempre em perigo.
A
mulher ri quando pode e chora quando quer.
A
raposa tem manha por sete homems; a mulher tem manha de sete raposas.
Amor
de mulher e amor de cao, nada valem se nada lhes dao.
Atras
de um grande homem há sempre uma grande mulher.
Bem
canta a marta depois de farta.
Bem
prega maria, em casa vazia.
De
noite, a candeia, parece bonita, a feia.
E
dos carecas que elas gostam mais.
Gordura
e formosura.
Há
muitas marias na terra.
Homem
velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Morra
marta, mas morra farta.
Mula
que faz him e mlher que sabe latim raramente tem bom fim.
Mulher
arrenegada e pior que vibora assanhada.
Mulher
boa, ave rara.
Mulher
bonita nunca e pobre.
Mulher
de bom recado, enche a casa ate ao telhado.
Mulher
de buco, nem qualquer um lhe apalpa o pulso.
Mulher
de cego, para quem se enfeita?
Mulher
de fidalgo, pouco dinheiro e grande trancado.
Mulher
de janela, diz de todos e todos dela.
Mulher
de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher
de pelo na venta, nem o diabo a aguenta.
Mulher
doente, mulher para sempre.
Mulher
e vinho enganam o mais fino.
Mulher
honrada e a menos falada.
Mulher
janeleira, raramente encarreira.
Mulher
que a dois ama, aos dois engana.
Mulher
que assobia, seu homem cornia.
Mulher
que bem se arreia, nunca parece feia.
Mulher
que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar
Mulher
que muito bebe, tarde paga o que deve.
Mulher
que não perde festa, para pouco presta.
Mulher
seria não tem ouvidos.
Mulher
so faz tudo; duas, fazem pouco; tres, não fazem nada.
Mulheres
e ferramentas de corte, acertar com elas e uma sorte.
Na
casa manda ela, mas nela mando eu.
Por
casa nem vinha, não cases com mulher parida.
Segredos,
nem a mulher se devem contar, para não complicar.
Sinal
na perna, mulher de taberna.
Sinal
no braco, mulher de desembaraco.
Sinal
no peito, mulher de respeito.
Sol
de marco qeuima a dama no paco.
Trabalhar
com mulheres e beber por cabaca.
Vinho,
mulheres e tabaco, poem um homem fraco.
O
natal
Ande
o frio por onde andar, no natal ca vem parar.
Assim
como vires o tempo de santa luzia ao natal, assim estara o ano mês a mês ate
final.
Caindo
o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
De
santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
De
santa catarina ao natal, mês igual.
Do
natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Dos
santos ao natal, inverno natural.
Dos
santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
Dos
santos ao natal, vai um salto de pardal.
Galinhas
de s. Joao, pelo natal poedeiras são.
Mal
vai portugal, se tres cheias não vierem ate ao natal.
Melhor
e que pelo natal, tenha o alho bico de pardal.
Não
há ano, afinal, que não tenha o seu natal.
Natal
ao lar(chuva), pascoa a assoalhar.
Natal
em casa, pascoa na praca.
Por
natal ao jogo e pela pascoa ao fogo.
Quem
vareja antes do natal, fica-lhe a azeitona no olival.
Os
negocios
A
comprar, so o que se pode pagar.
A
ganhar se perde e a perder se ganha.
Amigos,
amigos, negocios a parte.
Amigos
de longe, contas de perto.
Boas
contas fazem boas amizades.
Bom
vinho escusa pregao; bom peso faz vender o pao.
Conseguir
vender areia na praia.
Dinheiro
faz dinheiro.
Ficar
tudo em aguas de bacalhau.
Freio
de ouro não melhora o cavalo.
Galinha
gorda por pouco dinheiro, não há poleiro.
Ir
tudo por agua abaixo.
O
bom vinho traz a venda consigo.
O
olho do dono e que engorda o cavalo.
O
segredo e a alma do negocio.
Paga
o que deves, saberas com quanto ficas.
Para
quem compra, amanhece; para quem vende, anoitece.
Quem
paga adiantado, não tem bom resultado.
Quem
pedir fiado, paga mais que dobrado.
Pais
e filhos
A
brincar a brincar, o macaquinho casou com a mae.
A
pai avarento, filho prodigo.
A
pai ganhador, filho gastador.
A
sombra da arvore não deites o filho, encontra-lo-as ao sol.
Antes
a crianca chore que a mae suspire.
Boa
vida, pai e mae olvida.
Casa
de pais, escola de filhos.
Casa
o teu filho quando ele quiser e a tua filha quando puderes.
Da
o pai ao filho que nada merece; nunca o filho da ao pai sem interesse.
De
pequeno veras, que filho teras.
Depois
da filha casada, não lhe faltam pretendentes.
Fevereiro
matou a mae ao solheiro.
Filho
aborrecido, não teve bom castigo.
Filho
de burro um dia da coice.
Filho
de gato, mata rato.
Filho
de peixe, epixinho e.
Filho
de peixe sabe nadar.
Filho
es, pai seras, assim como fizeres, assim encontraras.
Filhos
criados, trabalhos dobrados.
Homem
velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Mau
pai, mau marido.
Morrer
por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
Nem
o pai morre, nem a gente almoca!
O
amor de mae e cego.
O
bom filho a casa torna.
O
bom fruto vem de boa semente.
Os
filhos nunca cheiram mal aos pais.
Pai
impertinente, filho desobediente.
Pai
não tiveste, mae não temeste, diabo te fizeste.
Pelos
frutos se conhece a arvore.
Quem
meus filhos beija, minha boca adoca.
Qeum
não se sente, não e filho de boa gente.
Quem
sai aos seus não degenera.
Quem
tem filhos tem cadilhos, e quem não tem, cadilhos tem.
Tal
pai, tal filho.
Uns
são filhos, outros são enteados.
Vale
mais a nacao, que a criacao.
Vinho
de boa cepa e filha de boa mae.
Partes
do corpo
A
agua lava tudo menos as mas linguas.
A
barriga manda a perna.
A
beleza esta nos olhos de quem a ve.
A
cavalo dado não se olha ao dente.
A
comida depois de passada a goela, o estomago que se entenda com ela.
A
gente pensa que se benze e parte o nariz.
A
irritacao não tem olhos.
A
lingua não mente o que o coracao sente.
A
palavras loucas, orelhas moucas.
A
quem doi o dente e que vai ao dentista.
A
raiva apressa as maos de um faxineiro.
A
semente da mao pegara ou não, mas a da boca pega toda.
Agua
fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Antes
minha face com fome amarela, que veronha nela.
Ao
vilao, mete na cama os pes.
As
paredes tem ouvidos.
Ate
aos quarenta bem eu passo; depois,... ai a minha perna,... ai o meu braco,...
Barriga
cheia, companhia desfeita.
Barriga
cheia e pe dormente, não dura sempre.
Barriga
vazia não tem alegria.
Boca
de rico, bolsa de pobre.
Boca
que diz que sim, tambem diz que não.
Bom
vinho, ma cabeca.
Cada
cabeca, sua sentenca.
Cada
um ve mal ou bem, conforme os olhos que tem.
Comida
fina em corpos grossos faz mal aos ossos.
Criado
que faz o seu dever, orelhas moucas deve ter.
De
contente se ri o dente.
Depois
das sopas molham-se as bocas.
Deus
da nozes a quem não tem dentes.
Do
prato a boca, arrefece a sopa.
E
espirito santo de orelha!
E
na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
Em
agosto, suor no rosto.
Em
boca fechada não entra mosca.
Em
dezembro treme o frio em cada membro.
Em
junho, ainda a velha esfrega o punho.
Encostar
a barriga ao balcao.
Entra
por um ouvido e sai pelo outro.
Falar
não enche barriga.
Fama
sem proveito, da dor no peito.
Fazer
das tripas coracao.
Fazer
ouvidos de mercador.
Fevereiro
quente tras o diabo no ventre.
Lavrador,
antes sem orelhas que sem ovelhas.
Lingua
de mel, coracao de fel.
Louvor
em boca propria e vituperio.
Mais
vale um vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Mais
vale um passaro na mao que dois a voar.
Mais
vale um pe no travao que dois no caixao.
Mais
vale uma mao inchada que uma enxada na mao.
Mal
haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Maos
a mais, trabalho a menos.
Maos
frias, coracao quente, amor para sempre.
Maos
generosas, maos poderosas.
Maos
que não dais, porque esperais?
Maos
quentes, coracao frio, amor vadio.
Meias,
so para os pes.
Mater
o nariz onde não e chamado.
Mulher
de buco, nem qualquer um lhe apalpa o pulso.
Mulher
de nariz arrebitado, e levada do diabo.
Mulher
seria não tem ouvidos.
Na
boa cabeca nunca faltam chapeus.
Não
dar o braco a torcer.
Não
des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Não
e por ter grandes orelhas que o burro vai a feira.
Não
saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nariz
de cao e cu de gente, nunca esta quente.
Nas
costas dos outros ve as tuas.
Ninguem
corta a mao porque lhe doi um olho.
Nunca
falta um chinelo velho para um pe manco.
O
bom mosto sai ao rosto.
O
bom vinho arruina a bolsa, e o mau o estomago.
O
escorregar da lingua e pior que o do pe.
O
mal e o bem a cara vem.
O
olho do dono e que engorda o cavalo.
O
que e nosso a nossa mao vem ter.
O
que os olhos não veem, o coracao não sente.
O
que tem a ver o cu com as calcas?
O
saber não esta todo numa so cabeca.
Obra
de vilao, atirar a pedra e esconder a mao.
Oh
pernas, para que vos quero!
Olho
por olho, dente por dente.
Olho
que ve, mao que pilha.
Olho
vivo e pe ligeiro!
Os
olhos fizeram-se para ver e não para dormir.
Os
ouvidos não se limpam com a cotonete, mas com o cotovelo.
Pao
com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Pao
quente, muito na mao, pouco no ventre.
Para
onde o coracao se inclina, o pe caminha.
Pela
boca morre o peixe.
Pelo
dedo se conhece o gigante.
Quando
a cabeca não tem juizo, o corpo e que paga.
Quando
dois burros zurram, um baixa as orelhas.
Quatro
olhos veem mais do que dois.
Quem
come a correr, do estomago vem a sofrer.
Quem
e infeliz cai de costas e quebra o nariz.
Quem
não tem cabeca, tem pernas.
Quem
tem o que e seu na mao dos outros, perde-lo quer.
Quem
ve caras, não ve coracoes.
So
deus sabe o que vai na cabeca de cada um.
Tanto
faz dar-lhe na cabeca, como na cabeca lhe dar.
Ter
dor de cotovelo.
Ter
fraca cara para ser santo.
Ter
mais olhos que barriga.
Uma
boca, uma sopa.
Uma
mao lava a outra e ambas o rosto.
Vao-se
os aneis, ficam os dedos.
A
pobreza
A
casa do rico iras se fores chamado e a do pobre sem seres chamado.
A
magreza e sinal da pobreza.
A
minha pobre casinha, e pobre mas e minha.
A
preguica e a chave da pobreza.
Antes
a pobreza honrada que a riqueza roubada.
Ao
pobre ate os caes ladram.
Ao
pobre falta mito e ao avarento tudo.
Ao
rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamparam.
Ao
rico não devas e ao pobre não prometas.
Boca
de rico, bolsa de pobre.
Branco
em janeiro, sinal de pouco dinheiro.
Dar
esmola não empobrece.
Dois
pobres a mesma porta, um deles fica sem esmola.
E
na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
Mais
vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Mlher
bonita nunca e pobre.
Não
há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico.
Não
há pior despeito que o do pobre orgulhoso.
Ninguem
e pobre senao de juizo.
O
bom vinho arruina a bolsa, e o mau o estomago.
O
trabalho enriquece, a preguica empobrece.
Para
pe de pobre, qualquer calcado serve.
Pobre
e namoradeira, toda a vida solteira.
Pobrete
mas alegrete.
Quando
um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quem
da aos pobres, empresta a deus.
Quem
nasceu para ser pobre, mais vale a morte que a ma sorte.
Uns
dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Vinho
que baste, carne que farte e pao que sobre e seja eu pobre.
Prata
e ouro
A
balanca quando trabalha, não conhece ouro nem chumbo.
A
palavra e de prata e o silencio de ouro.
Calar
a verdade e enterrar ouro.
Chega-se
o ouro para o tesouro.
Enquanto
o ouro luz, os amigos são de truz.
Freio
de ouro não melhora o cavalo.
Laranja
de manha e ouro, nem utdo o que alveja e prata.
O
silencio e de ouro.
Ouvir
e prata, calar e ouro.
Vinho,
ouro e amigo, quanto mais velho melhor.
Profissoes
A
fome e ma cozinheira.
A
viola e o tambor querem-se na mao do tocador.
Alho
e limao, são meio cirurgiao.
Barbeiro
não paga a barbeiro.
Batendo
ferro e fogo o ferreiro consegue tempera e dinheiro.
Cada
qual no seu oficio.
Caindo
o natal a segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira.
Casa
de ferreiro, espeto de pau.
Cesteiro
que faz um cento, dando-lhe verga e tempo.
De
medico e louco todos temos um pouco.
De
medico, padre e advogado todos temos um bocado.
E
como o ferreiro c/ maldicao, quando tem ferro não tem carvao.
E
na cara dos pobres que os barbeiros aprendem.
Homem
de sete oficios, em todos e remendao.
Lavrador,
antes sem orelhas que sem ovelhas.
Maio
coveiro não e vinhateiro.
Medico
cura-se a si mesmo.
Não
subas tu, sapateiro, acima da chinela.
O
homem de sete oficios nem por isso chega a rico.
Onde
entra o sol, não entra o medico.
Outobro
chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Para
o mau oficial nenhuma ferramenta presta.
Quem
te manda a ti, oh sapateiro, tocar rabecao?
Rodas
e advogados, não andam sem ser untados.
Uma
maca por dia mantem o medico longe.
O
rei
Assim
como vive o rei, vivem os vassalos.
Bom
rei, se quereis que vos sirva, dai-me de comer.
Em
sua casa cada um e rei.
Em
terra de cegos quem tem um olho e rei.
Novo
rei, nova lei.
O
rei nasce e o homem faz-se.
Palavra
de rei não volta atras.
Rei
morto, rei posto.
Vao
as leis onde querem os reis.
Vontade
de rei não conhece lei.
A
religiao
A
confraria e rica, so padres e que são pobres.
A
curiosidade matou um frade.
A
gente pensa que se benze e parte o nariz.
Ainda
a procissao vai no adro e o andor já vai desequilibrado.
Antes
de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar
tres.
Cao
na igreja, toda a gente o apedreja.
Comer
que nem um abade.
Daquilo
que bem lhe sabe, não reparte o frade.
De
medico, padre e advogado todos temos umm bocado.
Em
caso de necessidade, casa a freira com o frade.
Há
sempre um ajudante a missa.
Manda
a santa religiao, cocar onde há comichao.
Não
andar la muito catolico.
Não
e o habito que faz o monge.
Não
há sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguica.
Para
a missa e para o moinho, não esperes pelo teu vizinho.
Quando
há obrigacoes, não há devocoes.
Quem
toca o carrilhao, não vai na procissao.
Querer
ensinar o padre-nosso ao vigario.
Se
queres aprender a rezar, entra no mar.
Ser
mais papista que o papa.
A
riqueza
A
casa do rico iras se fores chamado e a do pobre sem seres chamado.
A
economia e a base da riqueza.
A
educacao e riqueza.
Antes
a pobreza honrada que a riqueza roubada.
Ao
afortunado, ate os galos poem ovos.
Ao
rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmaos o desamparam.
Ao
rico não devas e ao pobre não prometas.
Boca
de rico, bolsa de pobre.
Bolsa
cheia, coracao alegre.
Bom
nome e melhor que riqueza.
Chega-se
o ouro para o tesouro.
Em
casa cheia e facil fazer a ceia.
Ganha-lo
como um preto, gasta-lo como um fidalgo.
Haja
fartura, que a fome ninguem a atura.
Mais
vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Não
des o dedo ao vilao, que te tomara a mao.
Não
há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico.
No
poupar e que esta o ganho.
O
trabalho enriquece, a preguica empobrece.
Quem
tem amigos, e rico.
Rico
sera, quem bons amigos puder contar.
Se
queres conhecer o vilao, poe-lhe uma vara na mao.
Uns
dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem.
Viuva
rica, casada fica.
O
riso
A
rir, a rir, as verdades vao-se dizendo.
A
vantagem e sempre de quem sorri.
Ate
o diabo se ri!
De
contente se ri o dente.
Muito
riso, pouco siso.
Não
há casamento sem choro, nem funeral sem riso.
Não
se ria o roto do esfarrapado.
No
riso e o doido conhecido.
O
homem que não tem um sorriso, não deve abrir uma loja.
O
ultimo a rir e o que ri melhor.
Riso
pronto, miolo tonto.
As
roupas
Acolhe-se
uma pessoa pelo traje que veste, mas despe-se pela cultura que mostra.
Deus
da frio conforme a roupa.
Por
baixo da manta, tanto vai preta como vai branca.
Por
cima folhos e rendas, por baixo nem fralda tem.
O
que tem a ver o cu com as calcas?
Quem
o alheio veste, na praca o despe.
Quem
se veste de ruim pano, veste-se duas vezes por ano.
Quem
tem capa, sempre escapa; quem tem gabao, escapara ou não.
O
s. Martinho
A
cada bacorinho vem seu s. Martinho.
Dia
de s. Martinho, lume castanhas e vinho.
No
dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No
dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
Pelo
s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pelo
s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo
s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, já te não faz dano.
Pelo
s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Por
s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por
s. Martinho, semeia o teu linho.
Por
s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Se
o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Se
queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Vindima
em outobro que... s. Martinho to dira.
Os
santos
A
cada bacorinho vem seu s. Martinho.
Aguas
verdadeiras, por s. Mateus as primeiras.
Ai
por sant’ana, limpa a pragana.
Andar
marinheir andar, não te apanhe s. Simao no mar.
Ate
ao s. Pedro o vinho tem medo.
Cada
um tem o sue s. Joao.
Chuva
no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
De
santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
De
santa catarina ao natal, mês igual.
Depois
dos santos, neve nos campos.
Dia
de s. Barnabe seca-lhe a palha pelo pe.
Dia
de s. Bras a cegonha veras e se não a vires, o inverno vem atras.
Dia
de s. Lourenco, vai a vinha e enche o lenco.
Dia
de s. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Do
natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Dos
santos ao advento, nem muita chuva num muito vento.
Dos
santos ao natal, inverno natural.
Dos
santos ao natal, vai um salto de pardal.
Dos
santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
E
espirito santo de orelha!
Em
dia de santa luzia, cresce a noite e minga o dia.
Frio
de julho, abrasa em s.
Tiago.
Galinhas
de s. Joao, pelo natal poedeiras são.
Guerra
de s. Joao, paz todo o ano.
Mal
vai a beira se antes dos santos não moi a ribeira.
Não
e santo da minha devocao.
Não
ocupa mais pes de terra o papa que o sacristao.
Não
se deve despir um santo para vestir outro.
Não
se deve festejar o santo antes do seu dia.
No
dia de s. Martinho, fura o teu pipinho.
No
dia de s. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No
dia de santo andre diz o porco “quie”,”quie”.
No
dia de santo andre, vai a esquina e traz o porco pelo pe.
No
s. Joao a sardinha pinga no pao.
Nossa
senhora de marco, traz o cestinho no braco.
O
que não se faz no dia de santa luzia, faz-se noutro dia.
Os
santos esperam, mas não perdoam.
Para
boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Pela
assuncao, cada pinga vale um tostao.
Pela
sta. Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho).
Pela
sta. Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, sera a vindima.
Pelo
s. Joao deve o milho cobrir o rabo do cao.
Pelo
s. Lourenco vai a vinha e enche o lenco.
Pelo
s. Martinho , abatoca o teu pipinho.
Pelo
s. Martinho, deixa a agua para o moinho.
Pelo
s. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo
s. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano, já te não faz dano.
Pelo
s. Martinho vai a adega e prova o teu vinho.
Pelo
s. Mateus não a pecas a deus (chuva).
Pelo
s. Matias, comecam as enxertias.
Pelo
s. Silvestre, nem no alho nem na reste.
Pelo
s. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado.
Pelos
santos, neve nos campos.
Por
s. Clemente, alca a mao da semente.
Por
s. Gil aduba teu candil.
Por
s. Martinho, nem favas nem vinho.
Por
s. Martinho, semeia o teu linho.
Por
s. Martinho, semeia o teu linho.
Por
s. Martinho todo o mosto e bom vinho.
Por
s. Vicente toda a agua e quente.
Por
santo andre, o sete estrelo posto e.
Por
santo andre, todo o dia noite e.
Por
santo urbao, gaviao na mao.
Por
santos, semeia trigo e colhe cardos.
Porta
aberta tenta um santo.
Quando
a esmola e grande, o santo desconfia.
Quando
não chove por s. Mateus, e por milagre de deus.
s.
miguel soalheiro, enche o celeiro.
Santos
de ao pe da porta não fazem milagres.
Saveis
por s. Marcos enchem os barcos.
Se
o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Se
queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
So
te elmbras de s.ta barbara quando troveja.
Tem
o porco meao pelo s. Joao.
Ter
fraca cara para ser santo.
Ver
para crer, como o s. Tome.
A
saude
A
ambicao e uma doenca que so tem cura na sepultura.
A
cada dia, da deus a dor e a alegria.
A
doenca vem a cavalo e vai a pe.
A
mal desesperado, remedio heroico.
Agua
fria e pao quente nunca fizeram bem ao ventre.
Alho
e limao, são meio cirurgiao.
Antes
morrer da doenca que da cura.
Arranjar
sarna para se cocar.
As
grandes dores são mudas.
Ate
aos quareanta bem eu passo; depois,... ai a minha perna,... ai o meu braco,...
Barriga
cheia e pe dormente, não dura sempre.
Boa
leitura, tristeza cura.
Cada
qual sente o seu mal.
Come
como são, bebe como doente.
Deitar
cedo e cedo erguer da saude e faz crescer.
Dor
compartilhada e dor aliviada.
Fama
sem proveito, da dor de peito.
Mais
vale ser rico e ter saude, a ser pobre e doente.
Mal
de amor não tem cura.
Mal
por mal, antes cadeia que hospital.
Mal
que não tem cura: a velhice e a loucura.
Muito
padece quem ama.
Mulher
doente, mulher para sempre.
O
que a uns cura, a outros mata.
O
que arde cura e o que aperta segura.
O
são ao doente, em regra mente.
O
tempo a tudo da remedio.
Onde
entra o sol, não entra o medico.
Para
curar um amor, so outro grande amor.
Para
curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te.
Para
grandes males, grandes remedios.
Parir
e dor, criar e amor.
Quando
deus quer, agua fria e remedio.
Quando
um pobre come galinha, um dos dois esta doente: ou o pobre ou a galinha.
Quem
não come por ter comido, a doenca não e de perigo.
Quem
tem doenca, abra a bolsa e tenha paciencia.
Quem
tem mazela, tudo lhe da nela.
Sarampo
e sarampelo sete vezes vem ao pelo.
Saveis
em maio, maleitas de todo o ano.
Se
o trabalho da saude, entao trabalhem os doentes.
Sem
saude não há felicidade.
Uma
maca por dia mantem o medico longe.
Vao-se
os amores, ficam as dores.
Velho
que de si cura, cem anos dura.
Os
segredos
A
quem disseste o teu segredo, fizeste senhor de ti.
Ao
amigo não encubras o teu segredo, que daras causa a perde-lo.
Não
há coisa escondida, que não venha a ser sabida.
Não
saiba a tua mao esquerda o que faz a direita.
Nem
a camisa seja ciente do que a tua alma sente.
O
sabio so deve ter a si por guardiao do seu segredo.
O
segredo e a alma do negocio.
O
segredo e bom conselheiro, o melhor e estar calado e aguardar primeiro.
O
segredo melhor guardado e o que a ninguem e revelado.
Quem
segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer.
Segredo
de dois, segredo de deus; segredo de tres, o daibo o fez.
Segredo
muito encoberto, e sempre descoberto.
Segredos,
nem a mulher se devem contar, para não complicar.
Tu
que sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei.
Vinho
e medo descobrem o segredo.
Zangam-se
as comadres, descobrem-se as verdades.
O sol
Em
janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em
marco o sol rega e a chuva queima.
Em
novembro, poe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Fevereiro
matou a mae ao solheiro.
Manha
de nevoeiro, tarde solheiro.
Não
há domingo sem sol, nem noiva sem lencol.
No
outono o sol tem sono.
O
sol quando nasce e para todos.
Quem
canta antes do almoco, chora antes do sol posto.
Querer
sol na eira e chuva no nabal.
Querer
tapar o sol com a peneira.
Sol
de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol
de junho madruga muito.
Sol
de marco, fere que nem maco.
Sol
de marco queima a dama no paco.
Sol
e chva, casamento da viuva.
Sorte/azar
A
sorte ajuda as vezes, o trabalho sempre.
A
sorte bate uma vez a porta de cada um.
A
sorte e para quem a tem.
Azar
ao jogo, sorte no amor.
Depois
diz que tens azar!...
Há
dias em que cair e uma sorte.
Mulheres
e ferramentas de corte, acertar com elas e uma sorte.
Quem
não tem sorte ao jogo, tem sorte no amor.
Quem
não tem sorte, tanto faz correr, como saltar.
Quem
nasceu para ser pobre, mais vale a morte que a ma sorte.
O
tempo
A
fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhao e o
rapaz não for ladrao.
A
hora de comer e a mais curta.
A
noite e boa conselheira.
Alto
mar e sem vento, não promete seguro o tempo.
Ande
o frio por onde andar, no natal ca vem parar.
Ano
de nevao, ano de muito pao.
Ano
seco, ano bom.
As
dez, mete na cama os pes.
Atras
do tempo, tempo vem.
Bons
dias em janeiro enganam os homems em fevereiro.
Cada
coisa tem os eu tempo.
Chovam
trinta maios e não chova em junho.
Chuva
civil não molha militares.
Chva
de ascensao não da palhas nem pao.
Chuva
em janeiro e não frio, vai dar riqueza ao estio.
Chva
fina por sto. Agostinho e como se chovesse vinho.
Chuva
no s. Joao, nem bom vinho nem bom pao.
Chuva
que não acaba ao meio-dia, e chuva para todo o dia.
De
manha comeca o dia.
De
noite, a candeia, parece bonita, a feia.
De
noite todos os gatos são pardos.
De
santa catarina ao natal, bom chover e melhor nevar.
De
santa catarina ao natal, mês igual.
Dezembro
com junho ao desafio, traz janeiro frio.
Dezembro
molhado, janeiro geado.
Do
natal a santa luzia cresce um palmo em cada dia.
Dos
santos ao advento, nem muita chuva nem muito vento.
Dos
santos ao natal, inverno natural.
Dos
santos ao natal, perde a padeira o cabedal.
Dos
santos ao natal, vai um salto de pardal.
Em
dezembro treme o frio em cada membro.
Em
dia de santa luzia, cresce a noite e minga o dia.
Em
fevereiro chuva, em agosto uva.
Em
fevereiro neve e frio, e de esperar ardor no estio.
Em
janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em
janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.
Em
janeiro, um salto de carneiro.
Em
janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar.
Em
julho, ao quinto dia veras que mês teras.
Em
junho, ainda que a velha esfrega o punho.
Em
maio, come-se a cereja ao borralho.
Em
marco o sol rega e a chuva queima.
Em
marco tanto durmo como faco.
Em
novembro, poe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Em
outobro pega tudo e recolhe tudo.
Em
outobro se prudente, guarda o pao, guarda a semente.
Em
outobro semeia e cria, teras alegria.
Em
setembro, ardem montes e secam as fontes.
Espirro
de bode e sinal de chuva.
Fevereiro
matou a mae ao solheiro.
Fevereiro
quente tras o diabo no ventre.
Fevereiro
trocou dois dias por uma tigela de papas.
Frio
de julho, abrasa em s.
Tiago.
Gaivotas
em terra, tempestade no mar.
Inverno
laborioso, verao venturoso.
Janeiro
fora, mais uma hora.
Junho
abafadico, sai a abelha do cortico.
Junho
calmoso, ano famoso.
Junho
floreiro, paraiso verdadeiro.
Logo
que outobro venha, procura a lenha.
Lua
a tardinha, com seu anel, da chuva a noite a granel.
Lua
de pe, marinheiro deitado.
Lua
nova setembrina, sete luas domina.
Lua
nova trovejada, trinta dias e molhada.
Lua
setembrina, para sete luados se inclina.
Luar
de janeiro e amor o primeiro.
Luar
de janeiro não tem parceiro, mas la vem o de agosto, que lhe da de gosto.
Maio
me molhou, maio me enxugou.
Maio
pardo e ventoso, faz o ano formoso.
Mal
vai portugal, se tres cheias não vierem ate ao natal.
Manha
de nevoeiro, tarde solheiro.
Manhas
de abril, boas de andar e doces de dormir.
Marco
chuvoso, s. Joao farinhoso.
Mesmo
a casa de teu irmao, não vas cada serao.
Na
semana de ramos lava os teus panos, que na paixao lavaras ou não.
Não
há luar como o de janeiro.
Não
há melhor juiz que o tempo.
Não
há mês mais irritado que abril zangado.
Não
há mês que não volte outra vez.
Não
há sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguica.
Natal
ao lar(chuva), pascoa assoalhar.
Natal
em casa, pascoa na praca.
Nevoeiro
de mais de tres dias, durara oito.
No
tempo do cuco, tanto esta molhado como enxuto.
Nossa
senhora de marco, traz o cestinho no braco.
Outobro
chuvoso, torna o lavrador venturoso.
Outobro
suao, negacas de verao.
Para
boas colheitas, pede bom tempo a deus, pelas temporas de s. Mateus.
Pelo
tempo do cuco, de manha molhado e a tarde enxuto.
Por
muito que queira julho ser, pouco há-de chover.
Por
santo andre, todo o dia noite e.
Sabados
a chover e bebados a beber, ninguem os pode vencer.
Se
a candelaria chora, esta o inverno fora; se a candelaria rir, esta o inverno
para vir.
Se
o inverno não erra caminho, te-lo-eis pelo s. Martinho.
Seda
em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.
Setembro
e o maio do outono.
So
te lembras de sta. Barbara quando troveja.
Sol
de janeiro sai tarde e poe-se cedo.
Sol
de junho madruga muito.
Sol
de marco, fere que nem maco.
Sol
e chuva, casamento da viuva.
Tantos
dias de geada tera maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro.
Tempo
e dinheiro.
Tempo
e mare, não esperam por ninguem.
Trinta
dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 tera um e os mais tem 31.
Trovoadas
em agosto, abundancia de uva e mosto.
Tudo
se quer no seu tempo; os nabos pelo advento.
Vento
de marco, chuva de abril, fazem o maio florir.
Vermelho
ao mar, calor de rachar.
O
trabalho
A
fome espreita a porta de quem trabalha, mas não entra em casa.
A
preguica torna tudo dificil; o trabalho tudo facilita.
A
sorte ajuda as vezess, o trabalho sempre.
Antes
de trabalhar que chorar.
Aproveite
fevereiro, quem folgar em janeiro.
Cabra
manca não tem sesta.
Caisa
adiada não esta acabada.
De
graca trabalha o relogio, mas quer corda todos os dias.
De
manha comeca o dia.
Depressa
e bem não faz ninguem.
Deus
ajuda quem trabalha, que e o capital que menos falha.
Dispensaste
auxilio alheio, carregas o saco cheio.
Dizer
e fazer não comem a mesma mesa.
Do
trabalho e da experiencia, aprendeu o homem a ciencia.
Duas
terras mantem um homem, quatro matam de fome.
E
areia de mais para a minha camioneta!
Em
junho, foicinha em punho.
Enquanto
se descansa, vamos aqui rachar esta lenha!
Filhos
criados, trabalhos dobrados.
Filhos
criados, trabalhos dobrados.
Ganha-lo
como um preto, gasta-lo como um fidalgo.
Guarda
que comer, não guardes que fazer.
Mais
vale um trabalhador que um mau mandador.
Mais
vale uma mao inchada que uma enxada na mao.
Mal
te aconselha quem do trabalho te afasta.
Manda
quem pode, obedece quem deve.
Mande
bem, mande mal, mas mande um so.
Maos
a mais, trabalho a menos.
Mulher
so faz tudo; duas, fazem pouco; tres, não fazem nada.
Nada
e mais prejudicial a quem trabalha, que a presenca dos que nada fazem.
Não
deixes para amanha o que podes fazer hoje.
Não
há atalho sem trabalho.
Ningueme
obrigado a fazer o que não pode.
Não
há atalho sem trabalho.
Ninguem
e obrigado a fazer o que não pode.
O
competente não aquece o lugar.
O
que não se faz de uma vez, faz-se em duas ou tres.
O
que não se faz no dia de santa luzia, faz-se noutro dia.
O
rabo e o mais dificil de esfolar.
O
trabalho do menino e pouco, mas quem o não aproveita e louco.
O
trabalho e a fonte de todas as riquezas.
O
trabalho enriquece, apreguica empobrece.
Obra
apressada, obra estragada.
Onde
todos ajudam, nada custa.
Para
o mau oficial nenhuma ferramenta presta.
Patrao
fora, dia santo na loja.
Quem
deseja fazer algo, encontra um meio; quem não quer fazer nada, encontra uma
desculpa.
Quem
não e para comer, não e para trabalhar.
Quem
não trabuca, não manduca.
Quem
se mete por atalhos, não se livra de trabalhos.
Quemt
em oficio, não morre de fome.
Roma
e pavia não se fizeram num dia.
Se
não fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes.
Se
o trabalho da saude, entao trabalhem os doentes.
Sem
trabalho nada se faz.
Tarefa
apressada, tarefa estragada.
Tarefa
que agrada e depressa acabada.
Trabalha
e teras, madruga e veras.
Trabalhador
prudente evita o acidente.
Trabalhar
com mulheres e beber por cabaca.
Trabalhar
para aquecer, e melhor morrer de frio.
Trabalhar
para aquecer, todos gostamos de não fazer.
Trabalho
apressado, não da bom resultado.
Um
dia vale por dois, para quem diz “já” e não “depois”.
Uma
coisa e dizer, outra e fazer.
Usa
e seras mestre.
A
velhice
A
burro velho, capim novo.
A
velhice faz o homem prudente.
Amor
de velho, ciumes de novo.
Amor
verdadeiro não envelhece.
Aproveita
o que o velho diz, que actua como juiz.
Burra
velha não toma carreira, anda sempre da mesma maneira.
Burro
velho não aprende linguas.
Burro
velho não tem andadura, e se a toma, pouco dura.
De
algodao velho não se faz bom pano.
De
velho se torna a menino.
Ditados
velhos são evangelhos.
E
como o vinho do porto, quanto mais velho melhor.
Em
junho, ainda a velha esfrega o punho.
Guarda
em moco, acharas em velho.
Homem
velho e mulher nova dao filhos ate a cova.
Juventude
leviana faz a velhice desolada.
Macaco
velho não mete a mao em cubuca.
Mal
que não tem cura: a velhice e a loucura.
Mocidade
ociosa, velhice trabalhosa.
Morrer
por morrer, morra o meu pai que e mais velho.
O
diabo sabe muito, porque e velho.
O
menino engorda para crescer e o velho para morrer.
O
seguro morreu de velho.
O
velho por não poder e o moco por não saber, deitam as coisa a perder.
Quando
e velho o cao, se ladra e porque tem razao.
Quem
de novo não morrer, de velho não escapa.
Quem
envelhece, arrefece.
Quem
não ouve conselho, não chega a velho.
Se
es velho ou comilao, encomenda o teu caixao.
Se
queres bom conselho, pede-o ao velho.
Toma
em rapaz bom caminho, segui-lo-as em velhinho.
Velho
como a se de braga!
Velho
mudado, velho enterrado.
Velho
enamorado, velho enterrado.
Velho
que de si cura, cem anos dura.
Velhos
são os farrapos.
Os
vicios
A
boa vida e a mae de todos os vicios.
A
ociosidade e responsavel por muitos vicios.
A
pai ganhador, filho gastador.
A
preguica e a chave da pobreza.
A
preguica morreu de sede a beira da agua.
A
preguica tonra tudo dificil; o trabalho tudo facilita.
Antes
marido feio e laborioso que bonito e preguicoso.
Ao
amigo, ama-o com o seu vicio.
Boa
vida, pai e mae olvida.
Depois
de um bom poupador, um bom gastador.
Jogo
e bebida: casa perdida.
Mocidade
ociosa, velhice trabalhosa.
Muitas
vezes se perde por preguica oq eu se ganha com justica.
Ninguem
cria fama, deitado na cam.
O
que o jogo da, o jogo leva.
Quem
do vinho e amigo, cedo esta perdido.
Quem
não tem dinheiro, não tem vicios.
So
ganha quem joga.
Vinho,
mulheres e tabaco, poem um homem fraco
A
vida
A
terra o criou, a terra o há-de comer.
A
vida e bela , o que e preciso e saber vive-la.
A
vida e bela, os homems e que dao cabo dela.
A
vida e como uma vela acesa ao vento.
A
vida e um pau ensebado, com uma nota falsa presa na ponta.
A
vida não e so prazer.
A
vida quanto mais se estica, mais curta fica.
Adeus
mundo cruel!
Ano-novo,
vida nova.
Bem
querer e bem fazer, muito importa para bem viver.
Cada
um tem de viver com aquilo que tem.
De
esperanca vive o homem ate a morte.
Desta
vida nada se leva.
E
fatal como o destino!
Enquanto
dura, vida e docura.
Enquanto
há vida, há esperanca.
Este
mundo e uma bola, quem anda nele e que se amola.
Este
mundo são dois dias, e este já vai na conta.
Mais
vale um gosto na vida que cem mil reis na algibeira.
Meia
vida e a candeia; e pao e vinho a outra meia.
Morte
desejada, vida dobrada.
Mudam
os ventos, mudam-se os pensamentos.
Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades.
Na
vida nem tudo esta totalmente mal; ate um relogio parado esta certo duas vezes
ao dia.
Na
vida nem tudo são rosas.
Nada
há mais certo na vida que a propria morte.
Ninguem
esta bem com a vida que tem.
Ninguem
fica para semente.
Ninguem
foge ao seu destino.
Peso
e medida, governam a vida.
Pobre
e namoradeira, toda a vida solteira.
Quem
casa a correr, tem toda a vida para se arrepender.
Quem
mais dorme, menos vive.
Quem
muito pula, pouco caca.
Quem
quer prosperar na vida, tem de gastar por medida.
Quem
quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo.
Quem
vive na taberna, morre no hospital.
Quem
vive sem conta, vive sem honra.
Todos
tem a sua cruz.
Vira
o disco e toca o mesmo.
Os
vizinhos
A
cabra da minha vizinha, da mais leite que a minha.
A
galinha da vizinha e melhor que a minha.
Antes
para nos um baguinho que dois figos para o vizinho.
Cada
um so goza a paz que o vizinho quer.
Cerra
a porta e faras a tua vizinha boa.
De
pessoa calada afasta a tua morada.
De
quem não e prudente, afaste-se a gente.
Deus
nos livre dos maus vizinhos ao pe da porta.
Fui
a casa da vizinha e envergonhei-me, voltei para casa e remediei-me.
Ma
vizinha a porta e pior que lagarta na horta.
Mais
vale o vizinho a mao do que longe o nosso irmao.
Não
queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho.
Para
a missa e para o moinho, não esperes pelo teu vizinho.
Quando
vires a barba do vizinho a arder, poe a tua de molho.
Quem
tem bom vizinho, não tema ruido.
Se
queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo s. Martinho.
Vinha
entre vinhas, casa entre vizinhas.
INDICE
GERAL
AGRICULTURA
AGUA
AMIZADES/COMPANHIAS
AMOR/PAIXAO
ANIMAIS
APRENDER
AVAREZA/AMBICAO
BEBIDAS
BURROS
CASAMENTO
CHORAR
CHUVA
COMER/COMIDAS
CONSELHOS
CORACAO
CRIANCAS
DEUS
DIABO
DINHEIRO
ECONOMIA
EDUCACAO
ESTACOES
DO ANO
FALAR/PALAVRAS
FAMILIA/PARANTESCO
FELICIDADE
FESTAS/ROMARIAS
FRUTOS
GRATIDAO
HOMEM
INIMIGOS
INVEJA
LIVROS
LUA
MAR
ERROS,
MENTIRAS E VERDADES
MESES
MORTE
MULHER
NATAL
NEGOCIOS
PAIS/FILHOS
PARTES
DO CORPO
POBREZA
PRATA/OURO
PROFISSOES
REI
RELIGIAO
RIQUEZA
RISO
ROUPAS
S.
MARTINHO
SANTOS
SAUDE
SEGREDOS
SOL
SORTE/AZAR
TEMPO
TRABALHO
TRABALHO
VELHICE
VICIOS
VIDA
VIZINHOS
FIM
anjoinfernal
epilifogal